por Aleka Papariga [*]
As eleições francesas, seus resultados na primeira volta e o que está a
preparar-se para a segunda volta são uma lição importante e confirmam as
razões porque o KKE se recusa a participar da frente das chamadas forças
anti-memorando e forças ditas de esquerda. Quando um partido comunista,
quando um movimento do trabalho incorpora os protestos das massas
populares dentro de uma aliança de esquerda que aceita a negociação
exclusivamente dentro da União Europeia e do diálogo social com os
monopólios, então só pode haver um resultado o qual é este que agora
podemos testemunhar em relação à segunda volta em França: Para o povo o de
ser conduzido ordeiramente a votar ou pelo partido liberal ou pela
social-democracia, para o radicalismo o de ser minado e entorpecido e para
o conservadorismo a sua propagação.
Isto recorda a segunda volta das eleições francesas [anteriores], quando
todos votaram por Chirac de modo a que Le Pen não fosse fortalecida. Hoje
estão a ser conclamados pela esquerda francesa, como é chamada, a votar
por Hollande de modo a que Sarkozy não venha a ser presidente. Com esta
linha de raciocínio o movimento será sempre derrotado e especialmente num
período de crise quando o trabalho e o movimento popular devem engrossar e
avançar.
23/Abril/2012
[*] Secretária-geral do Comité Central do KKE
O original encontra-se em
http://inter.kke.gr/News/news2012/2012-04-23-gallia
Esta declaração encontra-se em http://resistir.info/ .
24/Abr/12
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