domingo, 11 de outubro de 2015

COP21: O clima vai bem, obrigado!



– Como o GIEC organizou uma gigantesca transferência do dinheiro de todos
os cidadãos para alguns beneficiários...

por István E. Markó [*]

Na véspera da Conferência Internacional de Paris sobre o Clima ( COP21),
sucedem-se declarações alarmistas a um ritmo desenfreado, efectuadas pela
colossal máquina de propaganda da ONU. Nada nos é poupado, nem a seca e os
fogos florestais na Califórnia, nem o último furacão atravessando a Ásia.
Qualquer acontecimento meteorológico que possa inquietar o público, ainda
que pouco, é imediatamente ligado a uma [suposta] alteração climática de
origem antropogénica.

Numa entrevista recente no programa La Première (RTBF, Radio Télévision
Belge Francophone), o vice-presidente do GIEC (Grupo Intergovernamental
para o Estudo do Clima), o professor Jean-Pascal van Ypersele, não hesitou
em nos prometer o apocalipse final: desde secas e chuvas extremamente
intensas, colheitas de cereais em queda livre, uma ascensão catastrófica
do nível dos oceanos... e a culpar o CO2 produzido pelo homem. E exigir
que se chegue a uma descabornização total da nossa sociedade daqui até
2100! Do contrário, a temperatura da Terra aumentaria em mais de 2º C,
nível para além do qual um fim atroz nos aguarda.

O vice-presidente do GIEC parece ignorar (?) que este limite de +2º C na
elevação da temperatura média do nosso planeta não repousa sobre nenhuma
prova científica. Este número foi lançado por climatologistas alemães
dirigidos pelo Prof. Schellnhuber, director do Potsdam Institute for
Climate Impact Research, sob pressão de Angela Merkel. Mais tarde, o Prof.
Schellnhuber irá declarar: "Este limite de +2º não tem nada de mágico; é
somente um objectivo político. O mundo não desaparecerá imediatamente,
mesmo em caso de aquecimento mais poderoso".

Esta declaração não perturba nosso vice-presidente, que prossegue: "Se se
continua no curso de desenvolvimento actual sem nada modificar, chegaremos
provavelmente a +4 ou +5º a mais e isto será catastrófico para muitas
populações". Mais uma vez, ele parece ignorar (?) que numerosas
publicações científicas recentes revêem em baixa o impacto do aquecimento
devido à duplicação da quantidade de CO2 atmosférico. O Prof. Jean
Jouzel, igualmente vice-presidente do GIEC, afirmava recentemente que o
aquecimento observado da Terra era da ordem de 0,01ºC por ano! Daqui a
2100 a Terra veria sua temperatura aumentar em 0,85º se nada mudasse.
Estamos longe, muito longe, dos +2ºC políticos e dos extravagantes +4 a
5ºC emitidos pelas mais loucas modelizações. A não fiabilidade dos modelos
climáticos foi claramente denunciada por Hans von Storch, um dos mais
eminentes climatologistas alemães, que não hesita em declarar: "Os
modelos climáticos são falsos em mais de 98%!" E, contudo, são os
resultados erróneos destes modelos não fiáveis que servem de base de
trabalho aos decisores políticos.

CO2, O VILÃO UNIVERSAL

O culpável é, evidentemente, o CO2 emitido pelo homem – e unicamente
este. Recordemos que não há nenhuma prova científica da influência do CO2
sobre a temperatura do globo. Ao contrário, todos os estudos indicam que,
durante os últimos 400 mil anos, a variação da concentração em CO2
atmosférico sempre seguiu as flutuações da temperatura, nunca o inverso.
Enquanto a quantidade de CO2 emitida pelo homem não cessa de crescer desde
a era industrial, um arrefecimento climático importante foi observado de
1942 a 1975, levando alguns a preverem a iminência de uma nova Era
Glaciar. Desde há quase 19 anos, a temperatura média da Terra não aumentou
nem um mínimo. Se o CO2 tivesse um efeito qualquer sobre a temperatura nós
já o teríamos observado, não?

Todas as previsões efectuadas pelos climatologistas modelizadores
revelaram-se sempre erróneas. Todas, sem excepção! O número e a violência
dos furacões diminuiu em vez de aumentar, os gelos na Antárctica não
cessam de aumentar desde há cerca de 30 anos, a banquisa árctica que devia
desaparecer desde 2008 está sempre lá e recupera admiravelmente, a
velocidade de subida dos oceanos diminuiu fortemente, os ursos polares que
estavam em vias de desaparecimento viram sua população multiplicada por
sete desde 1970 e o planeta enverdeceu em 21%, em parte graças ao
crescimento da taxa de CO2 atmosférico. Ao contrário das afirmações do
Prof. van Ypersele: "A partir de 1º a mais, a produção de cereais como o
trigo ou o arroz está ameaçada", numerosos estudos de campo mostram que o
trigo e o arroz prosperam quando a taxa de CO2 na atmosfera e a
temperatura aumentam (até 600 ppmv e +3ºC)! Assinalemos que existem também
múltiplas variedades de trigo e de arroz resistentes a este tipo de
stress.

Quanto às energias renováveis, louvadas pelo vice-presidente do GIEC,
elas não são competitivas com as energias fósseis e nucleares. Sem as
gigantescas subvenções estatais pagas pelos contribuintes, estas energias
intermitentes de custo exorbitante jamais teriam visto o dia. Contudo, ele
obstina-se em recomendar estas soluções inoperantes que não só empobrecem
a população (mais de um milhão de alemães são incapazes de pagar suas
facturas energéticas) como arriscam remeter para a pobreza um número
crescente dos nossos irmãos humanos. O escândalo da transferência dos
pobres para os mais ricos, que podem pagar painéis solares e [veículos]
Tesla S, das companhias eléctricas que enriquecem graças aos certificados
verdes e dos bancos que tomam de passagem a sua parte, durou demasiado. O
GIEC organizou, com a cumplicidade de certos políticos, uma gigantesca
transferência do dinheiro de todos os cidadãos para alguns felizes
beneficiários. Isto é uma vergonha ética... O pior é que isso foi
orquestrado por partidos de esquerda.

É triste que a climatologia, esta jovem e bela ciência, seja assim
desviada para visões politiqueiras e para o dogmatismo ideológico.


09/Outubro/2015
Ver também:

Aquecimento global: uma impostura científica
Acerca da impostura global
A fábula do aquecimento global
A falsificação da história climática a fim de "provar" o aquecimento
global
Climagate: O pior escândalo científico da nossa era
CO2: O novo tráfico de indulgências
mitos-climaticos.blogspot.pt

[*] Químico, presidente da European Chemical Society, Professor da
Universidade Católica de Louvaina.

O original encontra-se em
www.contrepoints.org/2015/10/09/224588-cop21-le-climat-va-bien-merci-pour-lui


Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .


IN
RESISTIR.INFO
http://resistir.info/climatologia/cop21_09out15.html
11/10/2015

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