sábado, 17 de abril de 2021

Política de financiarização neoliberal dos EUA vs. socialismo industrial da China



*por Michael Hudson *

'O príncipe', de Maquiavel. Quase meio milénio atrás, /O Príncipe / de
Niccolo Machiavelli descreveu três opções de como uma potência
conquistadora poderia tratar os estados que derrotou na guerra, mas que
"estavam habituados a viver sob suas próprias leis e em liberdade: ... a
primeira é arruiná-los, a seguinte é residir lá pessoalmente, a terceira
é permitir que vivam sob suas próprias leis, arrecadando um tributo e
nele estabelecendo uma oligarquia que manterá amizade para consigo". [1]
<#notas>

Maquiavel preferia a primeira opção, mencionando a destruição de Cartago
por Roma. Foi o que os Estados Unidos fizeram com o Iraque e a Líbia
depois de 2001. Mas na Nova Guerra Fria de hoje o modo de destruição é
em grande medida económico, por meio de sanções comerciais e
financeiras, tal como as que os Estados Unidos impuseram à China,
Rússia, Irão, Venezuela e outros. adversários designados. A ideia é
negar-lhes insumos essenciais, principalmente em tecnologia e
processamento de informação essenciais, matérias-primas e acesso a
conexões bancárias e financeiras, tais como as ameaças dos EUA de
expulsar a Rússia do sistema de compensação bancária SWIFT.

A segunda opção é ocupar os rivais. Isto é feito apenas parcialmente
pelas tropas nas 800 bases militares americanas no exterior. Mas a
ocupação habitual e mais eficiente é através de aquisições corporativas
americanas da sua infraestrutura básica, possuindo seus activos mais
lucrativos e remetendo sua receita de volta ao núcleo imperial.

O presidente Trump disse que queria confiscar o petróleo do Iraque e da
Síria como reparação pelo custo da destruição das suas sociedades. Seu
sucessor, Joe Biden, procurou em 2021 nomear Neera Tanden, leal a
Hillary Clinton, para chefiar o Gabinete de Gestão e Orçamento (OMB) do
governo. Ela instou a que os Estados Unidos obrigassem a Líbia a
entregar suas vastas reservas de petróleo como reparação pelo custo da
destruição da sua sociedade. "Temos um défice gigante. Eles têm muito
petróleo. A maior parte dos americanos escolheria não se envolver no
mundo por causa desse défice. Se quisermos continuar a nos envolver no
mundo, gestos como fazer com que países ricos em petróleo nos paguem
parcialmente não me parecem loucura". [2] <#notas>

Os estrategas americanos preferiram a terceira opção de Maquiavel:
Deixar o adversário derrotado nominalmente independente, mas dominar por
meio de oligarquias clientes. O conselheiro de segurança nacional do
presidente Jimmy Carter, Zbigniew Brzezinski, referiu-se a eles como
"vassalos", no significado medieval clássico de exigir lealdade aos seus
patronos americanos, com um interesse comum em verem a economia sujeita
privatizada, financiarizada, tributada e transferida para os Estados
Unidos pelo seu patrocínio e apoio, com base numa reciprocidade de
interesses contra a afirmação democrática local de auto-suficiência
nacionalista e de manter o excedente económico em casa a fim de promover
a prosperidade interna ao invés de enviá-lo para o exterior.

Esta política de privatização por uma oligarquia cliente com sua própria
fonte de riqueza baseada na órbita dos EUA foi o que a diplomacia
neoliberal americana consumou nas ex-economias soviéticas depois de 1991
para assegurar a sua vitória na Guerra Fria sobre o comunismo soviético.
A forma como as oligarquias clientes foram criadas foi uma
/grabitization / *[NT]* <#nt> que rompeu totalmente as interconexões
económicas que tornam as economias integradas. "Para dizer isto numa
terminologia que remonta à era mais brutal de antigos impérios",
explicou Brzezinski, "os três grandes imperativos da geoestratégia
imperial são evitar conluio e manter a dependência de segurança entre os
vassalos, mantê-los como tributários cordatos, protege-los para evitar
que os bárbaros se unam". [3] <#notas>

Depois de reduzir a Alemanha e o Japão à vassalagem a seguir à sua
derrota na Segunda Guerra Mundial, a diplomacia dos Estados Unidos em
1946 fez o mesmo à Grã-Bretanha e a sua área da libra imperial, seguida
no devido tempo pelo resto da Europa Ocidental e suas antigas colónias.
O próximo passo foi isolar a Rússia e a China, enquanto evitava que "os
bárbaros se unissem". Se se unissem, advertia Brzezinski, "os Estados
Unidos podem ter de determinar como enfrentar coligações regionais que
procuram expulsar os EUA da Eurásia, ameaçando assim o status da América
como potência global". [4] <#notas>

Em 2016, Brzezinski viu a Pax Americana desfazer-se dado o seu fracasso
em atingir estes objectivos. Ele reconheceu que os Estados Unidos "não
são mais a potência imperial global". [5] <#notas> Foi isso que motivou
o seu crescente antagonismo em relação à China e à Rússia, juntamente
com o Irão e a Venezuela.

TRANSIÇÃO: o problema não era a Rússia, cuja /nomenklatura / comunista
deixou o seu país ser dominado por uma cleptocracia orientada pelo
ocidente, mas a China. O confronto EUA-China não é simplesmente uma
rivalidade nacional, mas um conflito económico e de sistemas sociais. A
razão pela qual o mundo de hoje está a ser mergulhado numa Guerra Fria
2.0 económica e quase militar pode ser encontrada na perspectiva de
controle socialista daquilo que as economias ocidentais desde a
antiguidade clássica trataram como activos geradores de renda de
propriedade privada:   moeda e bancos (junto com as regras que regem a
dívida e execução hipotecária), terra, recursos naturais e monopólios de
infraestrutura.

O contraste entre dinheiro, crédito, terra e monopólios naturais
privatizados e concentrados nas mãos de uma oligarquia /rentista / ou
utilizados para promover a prosperidade geral e o crescimento tornou-se
basicamente um contraste entre capitalismo financeiro e socialismo. No
entanto, em termos mais vastos, este conflito já existia há 2500 anos,
no contraste entre a realeza do Oriente Próximo e as oligarquias grega e
romana. Tais oligarquias, ostensivamente democráticas numa forma
política superficial e de ideologia hipócrita, lutaram contra o conceito
de realeza. A fonte dessa oposição era que o poder real – ou o dos
"tiranos" internos – poderia patrocinar o que os reformadores
democráticos gregos e romanos estavam a advogar: o cancelamento de
dívidas para salvar as populações de serem reduzidas à servidão da
dívida e à dependência (e em última análise à escravidão) e a
redistribuição de terras para impedir que a sua propriedade se
polarizasse e se concentrasse nas mãos de credores e latifundiários.

Do ponto de vista actual dos Estados Unidos, tal polarização é a
dinâmica básica do neoliberalismo hoje patrocinado pelo país. China e
Rússia são ameaças existenciais à expansão global da riqueza
financiarizada /rentista. / A Guerra Fria 2.0 actual visa dissuadir a
China e potencialmente outros países de socializar seus sistemas
financeiros, terras e recursos naturais, e manter no domínio público as
empresas de serviços de infraestrutura a fim de impedir que sejam
monopolizados em mãos privadas para desviar rendas económicas a expensas
do investimento produtivo em crescimento económico.

Os Estados Unidos esperavam que a China fosse tão crédula quanto a União
Soviética e adoptasse uma política neoliberal que permitisse que sua
riqueza fosse privatizada e transformada em privilégios de extracção de
renda, para ser vendida aos americanos. "O que o mundo livre esperava
quando saudou a entrada da China no organismo do livre comércio [a
Organização Mundial do Comércio] em 2001", explicou Clyde V. Prestowitz
Jr, conselheiro comercial no governo Reagan, era que "desde a época da
adopção de Deng Xiaoping de alguns métodos de mercado, em 1979, e
especialmente após o colapso da União Soviética em 1992 ... o aumento do
comércio e do investimento na China levasse inevitavelmente à
mercantilização de sua economia, ao desaparecimento das suas empresas
estatais". [6] <#notas>

Mas, ao invés de adoptar o neoliberalismo baseado no mercado, queixou-se
Prestowitz, o governo da China apoiou o investimento industrial e
manteve o controle da dívida e do dinheiro nas suas próprias mãos. Esse
controle governamental estava "em desacordo com as regras do sistema
global liberal" de acordo com as linhas neoliberais que haviam sido
impostas às antigas economias da soviéticas depois de 1991. "Mais
fundamentalmente", resumiu Prestowitz:

    "A economia da China é incompatível com as principais premissas do
    sistema económico global hoje corporificadas na Organização Mundial
    do Comércio, no Fundo Monetário Internacional, no Banco Mundial e
    numa longa lista de outros acordos de livre comércio. Estes pactos
    pressupõem economias que sejam baseadas primariamente no mercado,
    com o papel do Estado circunscrito e as decisões microeconómicas
    deixadas em grande parte aos interesses privados que operem sob um
    estado de direito. Este sistema nunca previu uma economia como a da
    China, na qual empresas estatais respondem por um terço da produção;
    a fusão da economia civil com a economia estratégico-militar é uma
    necessidade do governo; planos económicos quinquenais orientam o
    investimento para sectores-alvo; um partido político eternamente
    dominante nomeia os CEOs de um terço ou mais das principais
    corporações e estabeleceu células partidárias em todas as empresas
    significativas; o valor da divisa é administrado, dados corporativos
    e pessoais são meticulosamente colectados pelo governo para serem
    usados para controle político e económico; e o comércio
    internacional está sujeito a ser transformado em arma a qualquer
    momento para finalidades estratégicas".

Isso é uma hipocrisia de cair o queixo – como se a economia civil dos
EUA não estivesse fundida com seu próprio complexo militar-industrial e
não administrasse sua moeda ou usasse seu comércio internacional como
arma a fim de atingir objectivos estratégicos. É o caso de dizer: quem
tem telhados de vidro não atira pedras ao vizinho, uma fantasia que
retrata a indústria americana como independente do governo. Na verdade,
Prestowitz disse que "Biden deveria invocar a Lei de Produção de Defesa
para aumentar a produção baseada nos EUA de bens críticos, como
medicamentos, semicondutores e painéis solares".

Enquanto os estrategas comerciais estado-unidenses comparam a
"democracia" americana e o Mundo Livre com a autocracia chinesa, o
principal conflito entre os EUA e a China tem sido o papel do governo no
apoio à indústria. A indústria americana cresceu fortemente no século
XIX com o apoio do governo, tal como agora a China está a providenciar.
Afinal de contas, essa era a doutrina do capitalismo industrial. Mas, à
medida que a economia dos Estados Unidos se torna financiarizada, ela se
desindustrializa. A China tem-se mostrado consciente dos riscos da
financiarização e tem tomado medidas para tentar contê-la. Isso a ajudou
a alcançar o que costumava ser o ideal estado-unidense de providenciar
serviços básicos de infraestrutura a preços baixos.

Aqui está o dilema da política dos EUA: Seu governo está a apoiar a
rivalidade industrial com a China, mas também apoia a financiarização e
privatização da economia interna – a mesma política que tem usado para
controlar os países "vassalos" e extrair seu excedente económico pela
busca de renda monopolista /(rent-seeking). /

*Por que o capitalismo financeiro dos EUA trata a economia socialista da
China como uma ameaça existencial *

O capital industrial financiarizado quer um estado forte para servir a
si mesmo, mas não para servir ao trabalho, aos consumidores, ao meio
ambiente ou ao progresso social de longo prazo ao custo de erodir lucros
e rendas.

As tentativas dos EUA de globalizar essa política neoliberal estão a
levar a China a resistir à financeirização ocidental. Seu êxito fornece
a outros países uma lição objectiva de por que evitar a financiarização
e a busca de rendas monopolistas que aumentam as despesas gerais da
economia e, portanto, seu custo de vida e de fazer negócios.

A China também está oferecendo uma lição prática sobre como proteger sua
economia e a de seus aliados de sanções estrangeiras e da
desestabilização relacionada. Sua resposta mais básica tem sido impedir
o surgimento de uma oligarquia independente interna ou externa. Isso tem
acontecido sobretudo pela manutenção do controle do governo sobre
finanças e crédito, propriedade e política de posse da terra nas mãos do
governo tendo em mente um plano de longo prazo.

Olhando para trás no curso da história, foi com esta retenção que
governantes do Oriente Próximo da Idade do Bronze impediram a emergência
de uma oligarquia que ameaçasse as economias palacianas. Foi uma
tradição que persistiu durante os tempos bizantinos, tributando grandes
agregações de riqueza para evitar uma rivalidade com o palácio e a sua
protecção de uma ampla prosperidade e a distribuição de terras de
auto-sustento.

A China também está a proteger a sua economia do comércio e das sanções
financeiras apoiadas pelos EUA e dos distúrbios económicos, visando a
auto-suficiência no essencial. Isso envolve independência tecnológica e
capacidade de providenciar alimentos e recursos energéticos suficientes
para sustentar uma economia que possa funcionar de forma isolada do
bloco unipolar dos EUA. Também envolve o desengate do dólar americano e
dos sistemas bancários a ele vinculados e, portanto, da capacidade de os
Estados Unidos imporem sanções financeiras. Associado a este objectivo
está a criação de uma alternativa informatizada interna ao sistema de
compensação bancária SWIFT.

O dólar ainda representa 80% de todas as transacções globais, mas menos
da metade do comércio sino-russo de hoje – e a proporção está a
diminuir, especialmente as empresas russas assim evitam que pagamentos
ou contas dolarizadas sejam confiscadas por sanções dos EUA.

Estes movimentos de protecção limitam a ameaça dos EUA à primeira opção
de Maquiavel: destruir o mundo se ele não se submeter à extracção de
rendas financiarizadas patrocinadas pelos EUA. Mas, como Vladimir Putin
enquadrou as questões: "Quem gostaria de viver num mundo sem a Rússia?"

Kin Chi: Meu comentário rápido: Os EUA certamente gostariam de destruir
seu rival, optando pela primeira opção. Mas sabem que é impossível ter
êxito, mesmo no caso da Rússia, sem mencionar a China. Assim, espera que
o rival se desintegre a partir de dentro, ou por blocos de interesses
significativos dentro que sejam cúmplices dos interesses dos Estados
Unidos. Portanto, precisamos avaliar como a Rússia e a China estão a
reagir a este desafio, uma vez que existem múltiplas forças
contestatárias dentro de cada país. E é também por isso que nos temos
preocupado muito com os economistas políticos neoliberais pró-EUA e
decisores políticos nestes dois países.

Concordo consigo em que a China investiu muito em infraestrutura e
indústria. No entanto, estamos preocupados com os movimentos de
financiarização da China. Daí, a sua declaração de que "a China tem
evitado a financiarização" pode não ser o caso real, pois foram feitos
vários movimentos de financiarização, mas podemos dizer que a *China
parece estar consciente dos riscos da financiarização e tem tomado
medidas para tentar contê-la, causando descontentamento por parte dos
interesses financeiros dos EUA, que gostariam de ver a China a ir mais
longe nesse caminho. *

É interessante que ontem a Casa Branca exprimiu preocupação com o uso do
RMB <https://pt.wikipedia.org/wiki/Renminbi> digital pela China e o
Iraque para liquidar contas de petróleo, pois isto estaria além do
monitoramento das transacções pelos EUA.

15/Abril/2021

[1] Niccolo Machiavelli, /O Príncipe / (1532), Capítulo 5: "A respeito
da maneira de governar cidades ou principados que viviam sob suas
próprias leis antes de serem anexados".
[2] Neera Tanden, "A Líbia deve pagar-nos?" memorando para Faiz Shakir,
Peter Juul, Benjamin Armbruster e NSIP Core, 21 de outubro de 2011. O
Sr. Shakir, para seu crédito, respondeu: "Se acharmos que podemos ganhar
dinheiro com uma incursão, o faremos? Isso é um sério problema de
política / mensagem / moral para nossa política externa, acho eu". Como
presidente do Center for American Progress, Tanden apoiou uma proposta
de 2010 para cortar os benefícios da Previdência Social, reflectindo o
objectivo de longo prazo de Obama-Clinton de austeridade orçamental
interna e externa.
[3] Zbigniew Brzezinski, /The Grand Chessboard: American Primacy and its
Geostrategic Imperatives / (New York: 1997), p. 40. Ver a discussão de
Pepe Escobar, " For Leviathan, It's So Cold in Alaska
<https://www.unz.com/pescobar/for-leviathan-its-so-cold-in-alaska/> ",
Unz.com, 18 de março de 2021.
[4] Brzezinski, /ibid., / P. 55.
[5] Brzezinski, "Towards a Global Realignment,"  /The American Interest
/ (17 de abril de 2016). Para uma discussão, consulte Mike Whitney, "The
Broken Checkboard: Brzezinski Gives Up on Empire," /Counterpunch, / 25
de agosto de 2016.
[6] Clyde Prestowitz, "Blow Up the Global Trading System, /Washington
Monthly, / 24 de março de 2021.

[NT] /Grabitization: / "A palavra russa para *privatização * depois de
Boris Yeltsin ter dissolvido a União Soviética em 1991 e aceite o
conselho americano para entregar empresas e recursos naturais existentes
a directores vermelhos e aos bancos que eles se apressaram a organizar.
Os neoliberais da Guerra Fria aplaudiram isto como um mercado livre,
reconhecendo que o único meio pelos quais os apropriadores
pós-soviéticos poderiam transformar suas conquistas em cash e mantê-las
livres de impostos futuros e restituições /(clawbacks) / era vender suas
acções a compradores dos EUA e europeus, mantendo a maior parte das suas
receitas em Londres e outros centros de hot-money.

"A narrativa neoliberal de encobrimento era que administradores a
actuarem no seu próprio interesse tornariam a indústria mais produtiva
do que no caso de propriedade estatal. Na prática o resultado foi o
*despojamento de activos * e *operações de iniciados * /(insider
dealing) / (ver *Cleptocracia * ). Os novos proprietários das fábricas
deixaram de pagar benefícios aos empregados e ficaram longos períodos
sem lhes pagar de todo. Isto transformou a Rússia e outras economias
pós-soviéticas em oligarquias financeiramente polarizadas, com muito
menos tributação progressiva do que a aplicada no ocidente – tipicamente
um imposto uniforme /(flat tax) / que incidia só sobre o trabalho e os
consumidores, não sobre a propriedade e o rendimento financeiro ou
ganhos com preços de activos. As acções russas listadas nas bolsas de
valores de Nova York e Londres tornaram-se as principais ganhadoras o
que levou à crise financeira russo-asiática de 1997, mas entre 1997 e
2015 a Rússia sofreu fugas de capital e perdas da ordem dos US$25 mil
milhões por ano – mais de 500 mil milhões de dólares".
/in / /J is for Junk Economics: A Guide to Economic Survival in an Age
of Deception/
<https://www.bookdepository.com/J-is-for-Junk-Economics-Michael-Hudson/9783981484250?ref=pd_gw_1_pd_gateway_1_1>
, Michael Hudson, Islet, 2017, p.110.

*O original encontra-se em thesaker.is/...
<http://thesaker.is/americas-neoliberal-financialization-policy-vs-chinas-industrial-socialism/>
*

In
RESISTIR.INFO
https://www.resistir.info/m_hudson/financiarizacao_15abr21.html
16/4/2021

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