sábado, 1 de outubro de 2016
Reforma da Previdência e uma legião de walking deads***
Roberto Malvezzi (Gogó)
A reforma da Previdência propõe nada mais que uma contribuição
de 50 anos para que a pessoa possa se aposentar. Assim, quem
começar a pagar com 20 anos, poderá se aposentar aos 70. Um
pouco mais de atraso e passa para 75 ou 80 anos. Claro, as
pessoas vão pagar para morrer. A aposentadoria será a do
túmulo.
A população mais pobre poderá contar ainda com uma jornada de
trabalho de 12 horas, conforme também a proposta da reforma
trabalhista do governo de plantão, vergonhosamente recuada
pelo espanto social que causou.
O sistema previdenciário brasileiro é a única solidariedade
social organizada que temos. Dele dependem dezenas de milhões
de brasileiros diretamente. Portanto, seu desmonte é tornar o
país um lugar de caos social.
Daqui alguns anos, uma legião de walking deads estará na
Avenida Paulista, em frente ao prédio da FIESP, pedindo
emprego ao Paulo Skaf. Lá estará o pessoal com Alzheimer,
outros com Parkinson, outros com câncer de próstata, outras
com câncer de útero ou mama, escorados em bengalas, em cadeira
de rodas, esmolando a caridade da classe média e dos
capitalistas.
Enfim, triunfarão os ideais do golpe de 2016. Nossa mão de
obra que já foi de escravos indígenas, depois de escravos
negros, depois de assalariados da miséria, será um exército de
desvalidos.
In
CORREIO DA CIDADANIA
http://www.correiocidadania.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12057:2016-09-29-23-04-28&catid=25:politica&Itemid=47
29/9/2016
*** SE NON È VERO, È PROBABILE
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