quinta-feira, 8 de maio de 2014

A reforma agrária popular

Stedile: “o neodesenvolvimentismo chegou ao seu limite”

Léa Maria Aarão Reis


João Pedro Stédile não hesita em dizer: “Perdeu-se a oportunidade histórica de
fazer a chamada reforma agrária clássica no Brasil.” Para ele, o importante
agora é a luta resultante da aliança entre os trabalhadores do campo e os da
cidade - os que farão a reforma agrária popular.

“A reforma agrária fixa o homem no campo e desfaveliza o país.” É a ideia
central, hoje, do discurso que, com perseverança, põe em prática há 35 anos, o
fundador e uma das lideranças mais expressivas do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST), o economista gaúcho João Pedro Stédile, de 61 anos.
Carismático, um dos pensadores de raiz marxista e dos ativistas de esquerda mais
importantes do país, Stédile não hesita em dizer: “Perdeu-se a oportunidade
histórica de fazer a chamada reforma agrária clássica no Brasil.” Para ele, o
importante agora é a luta resultante da aliança entre os trabalhadores do campo
e os da cidade - os que farão a reforma agrária popular. E acrescenta: “A cidade
grande é o inferno em vida para o camponês, pois sobra para ele a favela e a
superexploração.”Gaúcho nascido na cidade de Lagoa Vermelha, região de
agropecuária do nordeste do Rio Grande do Sul, nesta entrevista exclusiva a
Carta Maior João Pedro relembra três datas seminais do MST, 17 de abril: o Dia
Nacional da Luta pela Reforma Agrária, o Dia Mundial da Luta Campesina e os 18
anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, no sul do Pará, quando 1500
trabalhadores rurais foram brutalmente agredidos pela Polícia Militar do estado
e 19 trabalhadores foram por ela assassinados. Privatizações de terras, de
acesso aos minérios – do subsolo do país -, de águas, fontes naturais, lençóis
freáticos, e até do ar da Amazônia estão na pauta da nossa conversa assim como o
tema do agronegócio: “A mídia é a arma para protegê-lo e aos seus lucros,”
lembra o líder do MST.

Carta Maior: Quais as mudanças nas ações do MST a partir
deste ano?
Stédile: A reflexão coletiva no MST e na Via Campesina Brasil é a de
que, no passado, estava posto um programa de reforma agrária que visava resolver
o problema de terra de trabalho, e ao mesmo tempo desenvolver as forças
produtivas, o mercado interno para a indústria nacional e assim participava do
processo de desenvolvimento nacional.Esse tipo de reforma agrária ficou
conhecido como reforma agrária clássica. Ele se realizava quando havia condições
de uma aliança tácita entre os camponeses que precisavam de terra e a burguesia
industrial, que precisava de mercado interno. No Brasil, chegamos mais próximo
dessa possibilidade na crise da década de 60 quando o governo Goulart apresentou
um projeto de reforma agrária clássica, que era também revolucionário para a
época. Ele apresentou o projeto dia 13 de março e caiu dia 1 de abril. Mais
tarde, esse programa poderia ainda ter sido implementado na redemocratização do
país, no governo Tancredo, quando José Gomes da Silva, nosso maior especialista
em reforma agrária clássica foi presidente do Incra. Ele preparou um plano que
previa assentar 1,4 milhões de famílias em quatro anos. Apresentou ao Sarney dia
4 de outubro e caiu dia 13 de outubro de 85. Quando Lula chegou ao governo
também imaginávamos que esse programa poderia ser retomado. Mas aí o contexto
econômico e político já era outro. E a reforma agrária clássica ficou nas
calendas.

CM: A reforma agrária clássica, então, não tem mais sentido aqui no
Brasil? E o que é projetado no lugar dela para que se cumpra, enfim, a justiça
social e econômica no campo?

Como eu disse: a reforma agrária clássica visava
resolver a questão do trabalho no campo e o desenvolvimento industrial com
mercado interno. Nos tempos atuais, o que hegemoniza o capitalismo é o capital
financeiro e as empresas transnacionais que controlam o mercado mundial de
alimentos. Para essa classe dominante não interessa mais reforma agrária, de
nenhum tipo, pois eles não precisam de mercado interno, nem de camponeses, nem
de indústria nacional. E por isso estão implementando um novo modelo de controle
da produção agrícola pelo capital, que é o agronegócio.O agronegócio representa
os interesses apenas dos grandes proprietários de terra, do capital financeiro e
das empresas transnacionais. Um modelo baseado na monocultura, em que cada
fazenda se especializa num só produto como soja, cana, pastagens ou eucalipto.
(No Brasil de agora, 80% de todas as terras se dedicam apenas a esses cinco
cultivos.) Em lugar de usar mão-de-obra eles fazem uso intensivo de máquinas
agrícolas e de venenos, ambos controlados pelas empresas transnacionais.
Destroem o meio ambiente, pois o único objetivo é o lucro máximo. E estão
completamente dependentes do capital financeiro, que adianta o crédito para que
comprem os insumos das empresas transnacionais - e assim se fecha o ciclo.Meia
dúzia de empresas fica com o lucro, e o povo fica desempregado e com passivo
ambiental, que já está afetando o clima até nas cidades. Por isso, não interessa
mais reforma agrária clássica para a classe dominante atual. E ela está
inviabilizada para os camponeses. Então, nós temos levantado a tese da
necessidade de lutar por um novo tipo de reforma agrária que chamamos de reforma
agrária popular.

CM: O que você chama de “reforma agrária popular”?

Diante dessa nova realidade agrária, com o domínio do capital internacional e financeiro,
fizemos um intenso debate dentro do MST que envolveu toda nossa militância,
nossa base, intelectuais e professores, amigos, durante dois anos. E terminamos
com a realização do evento do VI Congresso Nacional há menos de dois meses, em
fevereiro deste ano onde aprovamos essa formulação da necessidade de uma reforma
agrária popular.Reforma agrária popular porque agora ela precisa atender não só
as necessidades dos camponeses sem terra, que precisam trabalhar. Mas as
necessidades de todo o povo. E o povo precisa de alimentos, alimentos sadios,
sem venenos, precisa de emprego, precisa de desenvolvimento da agroindústria,
precisa de educação e cultura. Então, o nosso programa de reforma agrária de
novo tipo, parte da necessidade de democratização da propriedade da terra,
fixando limites, e propõe a reorganização da produção agrícola, priorizando a
produção de alimentos sem venenos. Para isso precisamos adotar e universalizar
uma nova matriz tecnológica que é a agroecologia. E foi isso que pedimos ao
Silvio Tendler para mostrar em seu novo documentário, O veneno está na mesa
2.Como é possível e necessária a matriz da agroecologia para produz alimentos
sadios que beneficiam toda a população e evitam as enfermidades, sobretudo o
câncer, provocado pelos alimentos contaminados por agrotóxicos. O Instituto
Nacional do Câncer advertiu que, neste ano de 2014 teremos 526 mil novos casos
de câncer entre os brasileiros. A maior parte deles de mama e de próstata.
Precisamos uma reforma agrária que valorize a vida no interior, gerando emprego
para jovens. E para isso propomos a implantação de milhares de pequenas
agroindústrias na forma de cooperativas que vão dar emprego a milhões de jovens
que precisam estudar. Propomos a democratização da educação para que todos
tenham os mesmos direitos e oportunidades sem sair do meio rural.CM: Você tem
denunciado que nesse modelo do agronegócio privatiza-se até o ar. Como é isso?De
fato, entre as características desse novo modelo do capital, é que este, agora
mais poderoso, pois é dominado pelo capital financeiro e pelas empresas
transnacionais, quando chega à agricultura, eprocura se apropriar de todos os
recursos naturais para tirar lucro máximo.Em períodos de crise capitalista no
hemisfério norte, como o que estamos vivendo, essa necessidade deles aumenta,
pois a apropriação privada dos recursos naturais, seja terra, minérios, água,
energia elétrica, é fonte inesgotável de uma renda extraordinária, mais além da
exploração do trabalho. Pois os recursos estão na natureza, e eles, ao se
apropriarem desses recursos, colocam no mercado a preços bem acima do seu valor,
medido pelo custo de produção.Para isso, desde a implantação da hegemonia do
neoliberalismo, foram impondo condicionamentos jurídicos, em todos os países do
mundo, sob orientação dos Estados Unidos e dos organismos internacionais a seu
serviço, como FMI, OMC, Banco Mundial, para garantir a propriedade privada de
bens da natureza. Então, pela lei de patentes (aprovada em 1995), eles agora
podem ser donos das sementes. Para isso fazem mudanças genéticas e dizem que é
um novo ser vivo, transgênico, produzido em laboratório. Privatizaram as águas.
Seja nos lençóis freáticos, seja nas fontes naturais. Privatizaram o acesso aos
minérios.
CM: As riquezas do subsolo do país, propriedade da população e que
deveriam estar a serviço do povo não escaparam desse processo de espoliação.O
Brasil concedeu, nos últimos anos, sob a gestão da velha Arena, que até hoje não
largou a teta do Ministério de Minas e Energia, mais de oito mil licenças de
mineração no nosso subsolo para empresas privadas que deveriam estar a serviço
de todo povo. E agora, como você disse, estão tentando privatizar o oxigênio
produzido pelas florestas nativas. Medem pelo GPS a quantidade de oxigênio
produzido pelas florestas, emitem um documento que estabelece certo valor e isso
se converte em dólares como crédito de carbono que é vendido na Europa para as
empresas poluidoras se justificar e assim continuarem poluindo. Aqui, no Brasil,
até a empresa Natura está praticando isso.
CM: Como agem as transnacionais dessa
área no Brasil, hoje?
Para se ter uma ideia, por outro lado, em termos de
valores, da crise mundial de 2008 para cá entraram no Brasil mais de 200 bilhões
de dólares que foram aplicados em recursos naturais. Somente no setor
sucroalcoleiro, que era propriedade da tradicional burguesia nacional, agora
apenas três empresas transnacionais (Cargill, ADM e Bungue) controlam mais de
50% de todo setor.

CM: Muito importante você enfatizar estes temas: mudança de parâmetros da
agricultura no país e uma agricultura voltada para a produção de alimentos.
Quais os novos parâmetros?

Nossa análise coletiva considera que a organização da
produção de alimentos e dos produtos agrícolas tem que estar submetida a outros
parâmetros. Os capitalistas, com seu modelo do agronegócio, fundam sua ação
baseados apenas no paradigma da produção de mercadorias para o mercado mundial,
na busca incessante do lucro máximo, do aumento da produtividade do trabalho e
da produtividade física de cada palmo de terra.Nós queremos reorganizá-la
baseada em outros parâmetros. Baseados na história da civilização que sempre viu
os alimentos como um bem - e não como mercadoria. Visão de que todos os seres
humanos têm direito a se alimentar. Na produção agrícola em equilibro com a
natureza, e não contra ela. E, sobretudo, organizando a produção para dê
trabalho para as pessoas, para que elas tenham renda e possam viver em boas
condições e felizes, no interior, sem cair na ilusão de que somente serão
felizes se vierem para a cidade grande. Cidade grande é o inferno em vida para o
camponês. Pois sobra para ele apenas a favela e a superexploração.

CM: Mas e a bancada ruralista, com trânsito livre nos palácios de Brasília… e o agronegócio
- não aceitam esses parâmetros…

Claro, eles são os porta-vozes da classe
dominante. Os capitalistas, para manterem seus altos lucros no campo espoliam a
natureza e expulsam o povo do interior e se protegem num estado burguês, que é o
estado brasileiro. Protegem-se fazendo leis apenas para seus interesses, como
fizeram nas mudanças do código florestal etc. Protegem-se com o seu poder
judiciário que é o poder ainda monárquico, que inviabiliza as desapropriações
para reforma agrária, que impede a legalização das terras indígenas e de
quilombolas, que impede inclusive as desapropriações das fazendas com trabalho
escravo, como determina a Constituição - mas que eles não cumprem.E tudo isso é
respaldado pela mídia televisiva, sobretudo a Globo, a Bandeirantes, SBT, que
manipulam todos os dias o nosso povo para lhes dizer que o agronegócio é a única
solução. Que o agronegócio é que sustenta o Brasil, quando é justamente o
contrário. A mídia é a arma ideológica para proteger o agronegócio e seus
lucros.
CM: Como se dará a mudança do foco das ações, deslocado para o urbano?
Como é esta aliança do MST com as cidades?

O nosso programa de reforma agrária
popular implica agora em envolver todo o povo, pois ela não interessa apenas aos
sem-terra. E, portanto, temos que explicar ao povo, à classe trabalhadora que a
reforma agrária é necessária para ele se alimentar melhor, de forma sadia, sem
venenos. Que o programa de agroindústrias vai dar emprego, que universalizar a
educação no interior vai gerar milhões de empregos para educadores etc.Esta
aliança vai se fazendo através da construção de uma consciência coletiva de
todas as classes trabalhadoras. Por um plano de lutas conjunto que envolva a
todos na luta por mudanças sociais. E, sobretudo, num programa político de
mudanças para o país que unifica todos os setores da classe trabalhadora da
cidade e do campo.Tudo isso leva tempo, exige energias, mas é o caminho para
construirmos verdadeiras mudanças na cidade e na agricultura. Para isso teremos
que travar muitas batalhas, passar por muitos “pedágios” que a classe dominante
vai nos impor.
CM: E as cidades?
A cidade virou um grande negócio que alija os
mais pobres cada vez mais para os seus confins. Mas como mudar isto? Os
territórios urbanos, as cidades e suas periferias também estão sendo vitimas
desse modelo do grande capital que igualmente quer a renda extraordinária nas
cidades, conquistada através da especulação sobre os preços dos prédios, dos
terrenos, dos espaços urbanos. A diferença entre o valor real de uma casa, de
uma praça, de um prédio, e o preço de mercado, que eles impõem, é que representa
a renda da qual eles se apropriam e que toda sociedade acaba pagando.Pior, os
trabalhadores acabam sendo expulsos para as periferias de uma maneira
permanente, e ali os transportes públicos não chegam. Ou foram privatizados. Ou
são caríssimos. Por isso, a bandeira de luta de tarifa zero para os transportes
públicos em todas as grandes cidades é mais do que justo e é necessária.A par de
tudo isso, como tem defendido nossa querida professora Ermínia Maricato, somente
uma grande reforma urbana que devolva ao povo o direito de usar a sua cidade. As
cidades foram usurpadas do povo, e agora pertencem apenas aos especuladores, aos
bancos e à indústria automobilística.

CM: O mais recente governo do PT foi
decepcionante?

Os governos Lula e Dilma não foram governos do PT, nem da classe trabalhadora.
Foram governos de composição de classe, que gerou um programa de governo do
neodesenvolvimentismo, que se propunha a fazer a economia crescer, distribuir
renda e retomar o papel do estado suplantando o mercado (dos tempos do
neoliberalismo). Nesse sentido eles cumpriram o programa, e nesse programa todas
as classes ganharam um pouco, sendo que, como diz o próprio Lula, os banqueiros
foram os que mais ganharam.Mas esse programa e essa composição de classes, na
opinião dos movimentos sociais, bateram no teto. E agora já não conseguem mais
resolver os problemas fundamentais do povo que ainda padece com falta de moradia
digna, emprego qualificado, acesso à universidade, e transporte público
civilizado. As manifestações do ano passado foram o sinal de que o modelo do
neodesenvolvimentismo chegou ao seu limite.E como disse antes, espero que os
setores organizados da classe trabalhadora construam um programa unitário de
mudanças, e retomem a iniciativa das mobilizações de massa. Isso permitiria
termos, no futuro, governos também populares, que possam fazer as mudanças
estruturais de que precisamos. Por ora, os movimentos sociais de todo país
construíram uma unidade em torno da necessidade de uma reforma política que
devolva ao povo a soberania para escolher seus representantes.Já que, no regime
atual, as empresas sequestraram as eleições. Veja: segundo o TSE, em torno de
2262 empresas gastaram mais de 4,6 bilhões de reais, nas últimas duas eleições
sendo que 80% desses recursos foram de apenas 117 empresas. Ou seja, o novo
colégio eleitoral que decide quem deve ser eleito, são essas 117 empresas que
usam o dinheiro para elegê-los. Isso precisa mudar, para salvar uma democracia
frágil e capenga. Então, a necessidade urgente de uma reforma política. Para
tanto, será necessário convocar uma assembléia constituinte soberana (na forma
de ser eleita) exclusiva para essas mudanças.

CM: Mas a força do MST está intacta
- ou não?
Vinte mil trabalhadores foram protestar defronte do Planalto, dois
meses atrás. Acabaram sendo recebidos pela Presidenta Dilma.O MST é uma pequena
parcela do conjunto das forças populares do povo brasileiro. Nós temos procurado
nos manter unidos, resistindo à avalanche do capital e mantendo nossos projetos
de mudança. Outros setores da classe, influenciados pela pequena burguesia ou
pela mídia, foram derrotados em seus projetos. Levamos nossos 15 mil militantes
ao VI Congresso, como um espaço de unidade e de celebração de nossa mística da
mudança. Por isso, fomos recebidos pela Presidenta, e apresentamos nossas
idéias, sem ilusões. As mudanças não vêm de palácios; vêm das ruas e de um povo
consciente e organizado; sempre foi assim na historia da humanidade. E nós vamos
seguir esse caminho.

CM: Esta semana, dia 17 de abril, mais uma vez é lembrada a
data dos 18 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, quando 1500 trabalhadores
sem terra foram brutalmente agredidos pela Polícia Militar do Pará e 18 deles
cruelmente assassinados por agentes daquela PM.

Como está a situação do processo
de punição dos policiais que participaram da ação criminosa? Como o MST está
agindo sobre o assunto?

Nunca mais poderemos esquecer aquele 17 de abril de
1996, sendo presidente Fernando Henrique, quando a Polícia Militar do Pará,
financiada pela empresa Vale, assassinou cruelmente 19 companheiros nossos.
Posteriormente, outros dois vieram a falecer e há ainda até hoje 69 feridos, com
sequelas graves.O processo judicial se arrasta até os nossos dias. Apenas os
dois comandantes foram condenados a mais de 200 anos de prisão. Porém apelaram,
e estão em prisão domiciliar num quartel da PM de Belém, em apartamentos com
todas as regalias de oficiais. Tradicionalmente, todos os anos repetimos, no
mesmo local, um grande acampamento com a nossa juventude do MST da regional
amazônica, para que os nossos jovens não se esqueçam, e ajudem a lutar por
justiça e por reforma agrária.Em todo Brasil vamos fazer manifestações, cultos
ecumênicos, e protestar perante o poder judiciário, que protege descaradamente
apenas os interesses dos ricos e fazendeiros do país. Entre as suas reformas
estruturais, o Brasil precisa de uma reforma do judiciário que democratize e
coloque esse poder sob controle da sociedade. Haja visto como se comporta o
imperador Joaquim Barbosa, com suas estripulias, megalomanias e diárias em
tempos de férias. Ainda bem que ele comprou um apartamento em Miami, e imagino
que seu sonho é ir morar lá…Em todo mundo, nos mais de cem países em que a Via
Campesina está organizada haverá manifestações, pois esse dia 17 de abril foi
declarado Dia Mundial da luta camponesa. E até aqui no Brasil, envergonhado, no
último ano de seu governo, FHC assinou um decreto, declarando o dia 17 de abril,
Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária. Então, nesse dia, é até legal você
lutar pela reforma agrária. Imprimir

In
O Diário.info
http://www.odiario.info/?p=3251
20/4/2014

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