(Do blog com equipe) - A atitude de
certo juiz de Curitiba de interferir na decisão de um desembargador do TRF-4
que mandou soltar o ex-presidente Lula ainda neste domingo é a gota que faltava
para mostrar que a justiça está sendo descaradamente desobedecida e
vilipendiada por bufões e tartufos de primeira instância no Brasil.
Caso o comportamento não seja
coibido, isso equivalerá a um reles golpe de estado dado por um juiz de piso
contra a República e o Estado de Direito em nosso país.
A mídia de sempre quis dar a impressão que se trata de um imbróglio judiciário quando não há imbróglio algum.
Moro não é o delegado da Polícia Federal encarregado de cumprir a determinação da justiça, não é o dono da custódia de Lula e não tem que se meter, interceptando ou prejudicando o cumprimento - especialmente no fim de semana - de uma decisão tomada pela autoridade competente, hierarquicamente superior, de um desembargador de plantão.
A mídia de sempre quis dar a impressão que se trata de um imbróglio judiciário quando não há imbróglio algum.
Moro não é o delegado da Polícia Federal encarregado de cumprir a determinação da justiça, não é o dono da custódia de Lula e não tem que se meter, interceptando ou prejudicando o cumprimento - especialmente no fim de semana - de uma decisão tomada pela autoridade competente, hierarquicamente superior, de um desembargador de plantão.
O que vai ocorrer daqui pra frente
quando um juiz de primeira instância discordar da determinação - que se sequer
estava dirigida a ele - de um desembargador?
Independente do desfecho desse episódio, a palavra e a responsabilidade estão com o órgão máximo do Judiciário, que deve assumir o seu papel de fazer cumprir a lei e a Constituição e a velha máxima de que decisão judicial não é para ser desobedecida e sim para ser cumprida incontinenti, evitando que se abram precedentes que irão transformar a justiça brasileira em uma balbúrdia em que terá maior poder quem espernear ou gritar mais alto, no lugar de obedecer aos prazos e ritos previstos no trâmite judiciário normal.
Independente do desfecho desse episódio, a palavra e a responsabilidade estão com o órgão máximo do Judiciário, que deve assumir o seu papel de fazer cumprir a lei e a Constituição e a velha máxima de que decisão judicial não é para ser desobedecida e sim para ser cumprida incontinenti, evitando que se abram precedentes que irão transformar a justiça brasileira em uma balbúrdia em que terá maior poder quem espernear ou gritar mais alto, no lugar de obedecer aos prazos e ritos previstos no trâmite judiciário normal.
Caso o STF se exima de manifestar-se
sobre esse gravíssimo ato, absolutamente político, será o mesmo que confessar
que quem manda no Brasil é a famigerada república que se instalou solertemente
em Curitiba.
Nesse caso é melhor abandonar o prédio da Suprema Corte ao porteiro que
estiver de plantão com as chaves de arquivos e gabinetes para que sejam
entregues em prazo hábil ao insolente - e totalmente desequilibrado - juiz de
piso que está agindo como se estivesse no comando da Nação.
Mauro Santayana
http://www.maurosantayana.com/2018/07/virou-zona.html
8/7/2018
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