terça-feira, 25 de setembro de 2012

Município socialista na Espanha resiste à crise

25/09/2012
Município socialista na Espanha resiste à crise
Desde que conseguiu a desapropriação de terras improdutivas a partir da pressão
dos moradores, Marinaleda implementou um modelo cooperativista de produção que
envolve rodízio na lavoura e na indústria e hoje sustenta índices de emprego
mais elevados do que os da Espanha. Segundo a prefeitura, o desemprego não passa
de 4%, enquanto a oposição diz que chega a 14%. Seja como for, são números muito
inferiores aos 25% do país.
Naira Hofmeister e Guilherme Kolling, de Marinaleda, Espanha
Data: 25/09/2012
Marinaleda - Quando em 2008 a crise do sistema financeiro dos Estados Unidos
chegou à Europa, causando também recessão nos países do Velho Mundo, cerca de
200 jovens migraram a Marinaleda, um pequeno povoado espanhol no coração da
Andaluzia.
Parte deles voltava para casa depois de ter perdido o trabalho na construção
civil, que era então o grande setor em expansão no país ibérico e cuja bolha
explodiu com a falta de crédito na economia a partir da quebra de bancos
norte-americanos. Outros vinham em busca do El Dorado espanhol: a festejada
terra do pleno emprego propagandeada pela administração municipal.
A fama da cidade, entretanto, não tem nada de milagroso ou mítico. É fruto de
três décadas de uma briga comprada por toda a população e liderada pelo líder
sindical Juan Manuel Sánchez Gordillo: a reforma agrária.
Marinaleda perdeu a metade de seus habitantes durante a ditadura do general
Francisco Franco. A pobreza a que estavam condicionados os que ficaram fez com
que se gestasse no íntimo dessa sociedade um desejo de mudança que não foi
saciado com o retorno da democracia no final dos anos 70.
Organizados em torno do Sindicato de Obreros del Campo, criado em 1977, os
trabalhadores rurais iniciaram uma sistemática ocupação de terras improdutivas
nos arredores da cidade, exigindo que fossem repartidas para que todos pudessem
trabalhar. A luta mais conhecida de todas é a origem da boa reputação de
Marinaleda: a fazenda de El Humoso.
“Todas as manhãs caminhávamos 8 quilômetros entre o centro urbano e a estância.
Logo que nos instalávamos, vinha a guarda civil nos correr de lá. Em alguns
casos eram bem violentos; chegaram a cortar as árvores para que não tivéssemos
sombra para descansar”, lembra o agricultor Joaquin Juan Diaz, hoje um dos
sócios de uma das cooperativas responsáveis pela produção em El Humoso.
“Mas não nos assuntavam: na manhã seguinte, marchávamos até lá novamente e a
polícia nos mandava embora, mas voltávamos no dia seguinte, e no outro, e no
outro, e no outro”, recorda, admirando o horizonte de oliveiras que hoje é
(também) sua propriedade.
El Humoso pertencia ao Duque do Infantado, que assim como essa, possuía outras
tantas terras no sul da Espanha. A maior parte delas improdutiva. “Era muito
comum durante a guerra da Reconquista, no século XV, que os reis dessem terras
como pagamento aos que lutavam por eles contra os mouros, no sul”, explica o
deputado e porta-voz do grupo parlamentário da Esquerda Unida da Andaluzia, José
Antonio Castro.
As caminhadas diárias – e os confrontos contra a guarda civil – duraram seis
anos até que a Junta da Andaluzia decidiu desapropriar parte da terra e deixar
que os moradores a explorassem. O primeiro que fizeram foi pintar no muro
externo da propriedade a frase que retocam ano a ano com denodo. “Essa fazenda é
para os trabalhadores desempregados de Marinaleda”.
Em seguida dividiram-se em oito cooperativas e com os subsídios estatais
compraram máquinas, ferramentas e sementes para a produção. Oito anos depois
deram um novo passo e fundaram a primeira agroindústria de propriedade coletiva
na cidade, a Humar Alimentos, cujo nome foi criado a partir das iniciais de
Humoso e Marinaleda.
“É fundamental colocar os meios de produção nas mãos do agricultor e do
operário: assim eles recebem o que é justo pelo seu trabalho e o consumidor paga
menos pelo alimento”, costuma discursar Sánchez Gordillo.
Jornada igual para todos
As duas iniciativas associativistas de Marinaleda são o que garantem que em 2012
o município sustente taxas de desemprego bastante menores que os nacionais.
Segundo a prefeitura, os parados na cidade não passam de 4%, enquanto a oposição
defende que chegam a 14%.
De uma maneira ou outra, são números muito inferiores aos 25% da população
espanhola que não consegue trabalho em plena crise. “O campo se caracteriza por
não ter índices estáveis de ocupação. É verdade que há meses em que o desemprego
é nulo na cidade. Mas há épocas de menor atividade tanto na fazenda como na
agroindústria”, pondera Joaquin Diaz.
Entre 70 e 120 cooperativados trabalham de maneira fixa o ano todo na lavoura e
na agroindústria. Em períodos de entressafra, eles aproveitam para fazer a
manutenção de equipamentos, limpeza dos campos, a contabilidade.
Por este serviço recebem 1.200 euros mensais, o mesmo salário dos funcionários
públicos e do próprio Sánchez Gordillo, eleito nove vezes prefeito entre 1979 e
2011 – ele nunca recebeu pelo cargo eletivo municipal, era remunerado como
professor de História e nos últimos anos como deputado da Andaluzia.
Quando há carga extra, se contrata por jornada homens e mulheres na cidade. O
cenário laboral de Marinaleda se complicou a partir de 2008 não apenas pela
retração da economia, que reduz os preços pagos pelos grandes distribuidores –
as multinacionais, que são o alvo do momento dos protestos na cidade – e a
demanda dos consumidores. Com o retorno dos jovens que haviam ido para a cidade
e a chegada de migrantes de outras regiões, há mais competição na hora de
conseguir um trabalho.
O que não significa que haverá mais desempregados, senão que cada um trabalhará
menos horas, conforme explica a vice-prefeita de Marinaleda, Esperanza Saavedra
Martín: “Se há necessidade de 100 agricultores para 20 dias de trabalho e são
100 candidatos, cada um vai trabalhar 20 dias. Mas se 200 pessoas se
apresentarem, cada uma vai ir para o campo durante 10 dias”.
Outra diferença com relação aos plantios tradicionais é que tanto El Humoso como
a Humar Alimentos pagam uma diária única para todos os seus trabalhadores: 47
euros por jornada, sem fazer distinção entre a função e até mesmo a
produtividade de cada um.
É folclórica, aliás, uma fala de Sánchez Gordillo durante uma assembleia na qual
queixavam-se alguns trabalhadores da falta de comprometimento e de efetividade
de outros colegas. “Se há quem trabalha menos, os que podem produzir mais devem
fazer o dobro de esforço a que estão costumados para ajudar a estes
companheiros”.
O trabalho se reparte através de sorteios nas assembleias públicas do município.
Embora o vereador Hipólito Aires, do Partido Socialista Espanhol (PSOE) – que em
Marinaleda faz oposição à sigla no poder, a Esquerda Unida – acrescente que só
são incluídos na loteria laboral aqueles que participam das marchas e protestos
convocados pelo prefeito. “Cada tipo de atividade política conta um número
específico de pontos e só pode apresentar-se para uma vaga aqueles que atingem
um mínimo”, denuncia.
Exportação para Venezuela começou neste ano
A aposta das cooperativas para que haja ocupação plena durante a maior parte do
ano é diversificar a produção. Setembro é o mês da colheita dos pimentões – há
três variedades cultivadas em El Humoso, que em seguida são beneficiadas na
Humar Alimentos –, e a previsão de Esperanza era que se incorporassem ao
contingente fixo das cooperativas entre 300 e 500 trabalhadores durante dois
meses. Em seguida será o turno das beterrabas, dos girassóis, do trigo, da
alcachofra.
Três vezes ao ano eles recolhem azeitonas do plantio de oliveiras. “Em 2011
colhemos 3,8 milhões de quilos: 3 milhões para a fabricação de azeite e o
restante de azeitonas de mesa”, contabiliza Manuel Martín Fernández, que em um
domingo se dedicava a limpar os tanques de estocagem do líquido, que em breve
receberia a parte da produção de setembro.
A colheita, entretanto, ficou pequena com o início das relações comerciais com a
Venezuela, depois que o presidente Hugo Chávez conheceu a história de Marinaleda
e de seu prefeito através de uma reportagem na TeleSur. Em 2012 pela primeira
vez El Humoso entregou ao país cerca de 70 milhões de litros de azeite, um
volume 20 vezes superior ao que a fazenda produz.
A saída foi se associar com cooperativas de municípios vizinhos que seguissem
parâmetros de produção e de trabalho semelhantes aos de Marinaleda. “Tem que
pagar bem o agricultor que recolhe azeitona e o empregado da fábrica, e possuir
uma qualidade como a nossa, pois não misturamos 'orujo' no nosso azeite”,
completa Joaquin Díaz.
“É muito importante que haja solidariedade prática entre os países, entre as
cooperativas, entre os distintos grupos. Ainda mais num momento difícil como
esse”, reflete Gordillo, referindo-se ao momento de crise. Ele planeja
estabelecer relações semelhantes com Nigarágua, Equador e Bolívia. “Seria uma
boa ideia que o projeto Alba se estendesse pelo sul da Europa”, conclui.
Apesar da ajuda bem-vinda de Chávez, o prefeito defende um modelo misto de
sustentabilidade da produção, em que o mercado interno também seja atendido,
numa relação direta entre produtor, pequeno comércio e consumidor.
************************
In:
Carta Maior
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=20967&boletim_id=1387&componente_id=23122
Brasil 25/09/2012

domingo, 23 de setembro de 2012

El dólar ya no es la moneda principal para el comercio de petróleo

                           
                       Ken Schortgen Jr. · · · · ·
            
            23/09/12
            
            
            El 11 de septiembre, Lindsey Williams, ex ministro de las compañías
            petroleras durante la construcción del oleoducto de Alaska, anunció
            el acontecimiento más significativo para el dólar de EE.UU. desde su
            creación como moneda. Por primera vez desde la década de 1970,
            cuando Henry Kissinger forjó un acuerdo comercial con la casa real
            de Saud para vender petróleo sólo con dólares estadounidenses, China
            anunció su intención de dejar de lado el dólar en sus negocios de
            petróleo y comenzó a vender el producto utilizando su propia moneda.
            Lindsey Williams: "El día más importante en la historia del dólar
            estadounidense, desde su fundación, ocurrió el jueves 6 de
            septiembre pasado; ese día, ocurrió algo que va a afectar nuestras
            más de lo que imaginamos".
            "El Jueves, 06 de septiembre... sólo hace unos días, China hizo el
            anuncio oficial. China dijo: “nuestro sistema bancario está listo,
            todos nuestros sistemas de comunicación están listos, todos los
            sistemas de transferencia están listos y, a partir de ese día,
            jueves 6 de septiembre cualquier país del mundo que quiera comprar,
            vender o negociar con petróleo crudo puede hacerlo usando de la
            moneda china y no el dólar estadounidense”. Entrevista con Natty
            Bumpo de Just Measures Radio, 11 de septiembre.
            Este anuncio hecho por China es uno de los cambios más
            significativos en los sistemas económicos y monetarios mundiales,
            pero apenas se informó sobre el anuncio debido a que ocurrió durante
            la convención demócrata. Las ramificaciones de esta nueva acción son
            muy amplias, y muy bien podría ser el catalizador que haga caer al
            dólar como moneda de reserva mundial, y cambiar todo el panorama de
            cómo funciona el mundo de la compra de energía.
            Irónicamente, desde el 6 de septiembre, el dólar de EE.UU. cayó de
            81.467 a 79,73 en el índice de precios. Y mientras los analistas se
            centran en lo que viene ocurriendo en la Eurozona, y mientras se
            esperan medidas por parte del Banco Reserva Federal respecto a la
            caída del dólar, no es casualidad que el dólar empezara a perder
            fuerza el día mismo del anuncio de China.
            Dado que China no es un país productor de petróleo, la pregunta que
            mucha gente se hace es: ¿cómo es que la potencia asiática tiene
            tanto petróleo como para afectar a la hegemonía del dólar? La
            respuesta también la dio Lindsey Williams cuando señaló que China y
            Rusia firmaron un nuevo acuerdo comercial el 7 de septiembre por el
            que la Federación Rusa acordó vender petróleo a China en las
            cantidades que esta última deseara.
            Lindsey Williams: "Esto nunca ha ocurrido en la historia del
            petróleo desde que el crudo se convirtió en la fuerza motivadora
            detrás de  toda nuestra (EE.UU.) economía, y que todo en nuestras
            vidas gira en torno al petróleo. Y nunca, desde que el petróleo se
            convirtió en el factor de motivación detrás nuestra economía...
            nunca se había vendido, comprado o intercambiado petróleo en ningún
            país del mundo, sin utilizar el dólar estadounidense".
            "El petróleo crudo es la moneda estándar del mundo. No es el yen ni
            la libra ni el dólar. No hay, en todo el mundo, otro producto más
            comerciado que el petróleo".
            "El viernes 7 de septiembre, Rusia anunció que desde ese día  iba a
            abastecer a China con todo el petróleo que necesitara, sin importar
            cuanto... no hay límite. Y Rusia no usará el dólar estadounidense".
            Entrevista con Natty Bumpo en la red, 11 de septiembre.
            Estos dos actos de los dos adversarios más poderosos de la economía
            y el imperio estadounidenses representan un movimiento para atacar
            la fortaleza económica principal que mantiene a Estados Unidos como
            superpotencia económica. Cuando el resto del mundo empiece a pasar
            por alto el dólar y compre petróleo en otras divisas, el pueblo
            estadounidense sentirá todo el peso de nuestra deuda y disminución
            de la estructura manufacturera.
            Este nuevo acuerdo entre Rusia y China también tiene graves
            consecuencias en lo que respecta a Irán, y el resto de Oriente
            Medio. Las sanciones estadounidenses contra Irán dejarán de tener un
            efecto mensurable, ya que Irán podrá simplemente optar por vender su
            petróleo a China, para recibir yuanes a cambio,  y usar esa moneda
            para comprar los recursos que necesita para sostener su economía y
            su programa nuclear.
            El mundo cambió la semana pasada; y ni Wall Street ni los medios de
            comunicación dijeron ni una sola palabra mientras los políticos
            [estadounidenses] se regodeaban en su propia magnificencia en sus
            convenciones partidarias. El 6 de septiembre fue testigo de un gran
            golpe al imperio estadounidense y al dólar como moneda de reserva
            mundial. Y China, junto con Rusia, tienen ahora el objetivo de
            convertirse en los controladores de la energía, y por lo tanto, los
            controladores de una nueva petro-moneda.
            
          
            www.examiner.com, 12 de septiembre de 2012 Compartir
             *****
In: Sinpermiso
http://www.sinpermiso.info/textos/index.php?id=5261
23/09/2012
              

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Las primeras 1.000 empresas detentan un poder reservado a las naciones

            Robert G. Eccles · George Serafeim · · · ·
            
            16/09/12
            
           
            La globalización ha concentrado el poder económico en un grupo de
            grandes empresas que están en condiciones de cambiar el mundo a una
            escala históricamnete reservada a las naciones. Tan solo 1.000
            empresas son responsables de la mitad del valor total de mercado de
            las más de 60.000 empresas del mundo que cotizan en bolsa.
            Virtualmente controlan la economía global.
            
            Esta gran concentración de influencia debería ser el punto de
            partida de cualquier estrategia de cambio institucional hacia una
            sociedad sostenible.
            
            Consideremos la rapidez con la que ha aparecido esta situación. En
            1980 las 1.000 mayores empresas del mundo tenían unos beneficios de
            2,64 billones $, o 6,99 billones en dólares del 2010, ajustados
            según el índice de precios al consumidor. Empleaban a unos 21
            millones de personas directamente y tenían una capitalización total
            de mercado de cerca de 900.000 millones $ (2,38 billones en dólares
            del 2010), o 33 % del total mundial.
            
            Hacia 2010 las 1.000 mayores empresas del mundo tenína unos
            beneficios de 32 billones $. Empleaban a 67 millones de personas
            directamente y tenían una capitalización total de mercado de 28
            billones $. Esto supone un 49% del total de la capitalización
            mundial de mercado, habiendo descendido desde un 64 % respecto al
            2.000, en el punto culminante de la burbuja de internet y antes de
            la crisis del 2008.
            
            Asimismo hay una concentración substancial dentro de las primeras
            1.000. Ochenta y tres empresas representan un tercio de los 32
            billones $ de los beneficios del grupo. Las primeras 172 empresas
            representan cerca de la mitad de ellos. La 172ª mayor empresa, la
            petrolera rusa Rosneft Oil, tuvo una beneficio equivalente al PIB
            del 74º país del mundo, Uruguay.
            
            Estas empresas y sus cadenas de aprovisionamiento tiene un impacto
            enorme sobre la sociedad tanto para lo bueno como para lo malo.
            Crean bienes y servicios para los clientes, riqueza para los
            accionistas y trabajos para millones de personas. También consumen
            ingentes cantidades de recursos naturales, contaminan el
            medioambiente local y global a un pequeño o ningún coste y, en
            algunos casos, limitan el bienestar de los empleados si los salarios
            y las condiciones de trabajo son inadecuados. Estas prácticas
            indeseables hacen insostenible esta sociedad a la que estamos
            acostumbrados.
            
            Actualmente muchas empresas reconocen alguna responsabilidad hacia
            el mundo más allá de sus operaciones. Lo que es más, saben que si
            quieren continuara con un crecimiento tan rápido en los mercados en
            desarrollo -o, como diría Willie Sutton, « donde está el dinero »-
            puede que tengan que proporcionar más que bienes y servicios, por
            ejemplo mejoras en la sociedad civil allí donde más se necesitan:
            vivienda, salud y educación.
            
            Las oportunidades de mercado, la presión de los competidores, la de
            los inversores y la reputación de la marca están consiguiendo en
            estas empresas lo que de otra forma solamente se conseguiría a
            través de la regulación y, puesto que la regulación la llevan a cabo
            las agencias nacionales, los aproximadamente 200 países del mundo
            tendrían que introducir y hacer cumplir regulaciones similares.
            Menudo quebradero de cabeza.
            
            En vez de esto, el mismo mercado ha recorrido ya un largo trecho
            hacia la adaptación de la economía global al concentrar liderazgo de
            mercado y también moral en los 1.000 consejos de administración. El
            número 1.000 es algo arbitrario. Lo escogemos en parte porque es un
            número relativamente fácil de manejar y las instituciones de la
            sociedad civil y las ONGs se están volviendo cada vez más
            sofisticadas en las formas de hacer precisamente esto.
            
            Los grandes inversores constituyen también un poderoso cuerpo
            electoral que pide un cambio. La riqueza está todavía más
            concentrada por lo que respecta a la gestión de activos que respecto
            a la de empresas. Los 500 mayores gestores de fondos tienen más de
            42 billones $ en activos para gestionar. Los 10 primeros gestores de
            fondos representan un tercio de esta cantidad; los 50 primeros los
            dos tercios. Esto significa que un pequeño número de inversores
            institucionales podría ocasionar un gran cambio en los negocios.
            Están haciendo progresos.
            
            Puede que muchas empresas consideren las prácticas sostenibles
            solamente como desventajas competitivas a corto plazo. Pero este no
            es necesariamente el caso. A través de innovaciones en procesos,
            productos y modelos de negocios, las 1.000 Globales pueden hacer más
            dinero mejorando su actividad en medidas clave de sostenibilidad –
            denominadas ESG (Environmental and Social issues and corporate
            Governance): medioambiente, asuntos sociales y gobernanza
            corporativa.
            
            Los mismos informes financieros están cambiando lentamente,
            reflejando la importancia de estos indicadores no-financieros. Los
            informes integrales – la publicación de datos financieros y ESG en
            un solo documento – ayuda a las empresas a comprender de donde
            pueden venir las nuevas iniciativas y ayuda a los inversores a
            entender si una empresa se da cuenta de como está cambiando el
mundo.
            
            El cambio de comportamiento de estas 1.000 empresas ayudará al de
            millones de otras empresas, a medida que prácticas de negocios más
            saludables degoteen en sus cadenas de suministros y hacia la
            constelación de empresas privadas. Finalmente, la creación de una
            sociedad sostenible – una sociedad que atiende las necesidades de la
            generación actual sin sacrificar las de las generaciones futuras –
            requiere un comportamineto responsable por parte de cada individuo,
            siendo más fácil el cambio individual si las instituciones que
            estructuran nuestras vidas y nuestra sociedad allanan el camino.
            
            Robert G. Eccles es profesor de gestión en la Harvard Business
            School y George Serafeim es profesor adjunto de administración
            empresarial en la  Harvard Business School.
            
            Traducción para www.sinpermiso.info: Anna Maria Garriga
***********
In: Sinpermiso
http://www.sinpermiso.info/textos/index.php?id=5248
16/9/2012

terça-feira, 11 de setembro de 2012

La auto-gestión es nuestra arma


Grecia
La auto-gestión es nuestra arma
verba-volant
Texto de la ocupación Libertatia, encontrada en Tesalónica, sobre la perspectiva
de la auto-gestión de la fábrica de Viomijanikí Metaleftikí (Industrial Minera).
Nos ha encantado oír la noticia de que los trabajadores de Viomijanikí
Metaleftikí (Industrial Minera) están reclamando la fábrica a cambio del dinero
que se les debe. Es una lucha que comenzó en mayo de 2011 con el pretexto del
cierre-abandono de la fábrica por parte de su Administración. En respuesta, la
asamblea general del sindicato de los 40 trabajadores con un porcentaje de 98%
procedió a un régimen de abstención del trabajo desde septiembre de 2011.
Viomijanikí Metaleftikí (Industrial Minera) es una empresa filial de
Filkeram-Johnson, es productora principalmente de adhesivos para azulejos y está
ubicada en la zona industrial de Thermi, en las afueras de Tesalónica.
Nuestro medio y principio es la ocupación y auto-gestión de los medios de
producción. Como colectividad política, en principio, nos solidarizamos con las
demandas de los obreros de Viomijanikí Metaleftikí (Industrial Minera) y
señalamos que apoyamos cualquier lucha de la clase obrera que tiene como
objetivo el control y la autogestión de los medios de producción por los
obreros. Creemos que la lucha de Viomijanikí Metaleftikí (Industrial Minera) se
encuentra en esta dirección.
La única solución es la auto-organización
Planteamos como objetivo y propuesta para salir de la crisis y del capitalismo
que la genera la autogestión de los medios de producción, a través de la
generalización de la cultura de los colectivos laborales, la creación de
sindicatos de base revolucionarios auto-organizados y en general la organización
de nuestra clase a través de lógicas y prácticas revolucionarias tangibles.
Por desgracia o por suerte para algunos, las luchas obreras se limitaban a tan
sólo reivindicaciones económicas. Ya con el estallido de la lucha de los obreros
de Viomijanikí Metaleftikí (Industrial Minera) se están planteando unas
propuestas que tienen como objetivo la gestión de la fábrica por los obreros.
Según mencionan los mismos obreros en sus comunicados, están luchando no sólo
por recibir sus devengados, sino por tomar (los medios de) la producción en sus
manos. Están montando un plan para la sostenibilidad de su proyecto: están
reclamando al Estado el marco jurídico que les permita el funcionamiento legal y
por consiguiente viable de la fábrica bajo control obrero y con la forma
jurídica de empresa cooperativa.
Nuestra opinión es que en este momento histórico la intervención del Estado,
como un vehículo institucional, para el surgimiento de un nuevo marco jurídico
para el control obrero de las empresas en quiebra o abandonadas no constituye la
vía única para la viabilidad inicial de este tipo de iniciativas (proyectos). La
misma autogestión de la fábrica en la práctica constituirá la palanca de presión
más importante para la creación de un marco jurídico más favorable.
Ni privatización ni estatización
Creemos que desde el principio tienen que ser aclarados por los propios
trabajadores los conceptos y los principios del control del trabajo que desean
[1]. Por nuestra parte estamos en contra de la lógica de las cooperativas
“privadas” que tienen como objetivo el enriquecimiento de sus socios. También
nos oponemos a cualquier estatización total que anule los conceptos del control
obrero y de la auto-gestión, creando así una cultura de pasividad, adjudicación,
jerarquía y funcionarismo, la cual es contraria al concepto de la auto-gestión,
que se basa en la participación consciente.
La potencial guerra comercial-económica que puedan hacer a cualquier proyecto
semejante los proveedores y compradores, siempre que lo consideren necesario, se
puede confrontar parcialmente y a corto plazo a través de la ayuda del Estado
para garantizar el ciclo de producción y distribución de los productos [2]. En
este caso es necesario que la solidaridad social se convierta en una palanca de
presión política hacia esta dirección, con arreglo a la auto-gestión de los
medios de producción. Esta lucha hace resaltar la necesidad urgente de la
creación de una organización política, la cual consideramos esencial
(imprescindible) para la estructura y la coordinación de personas, grupos,
actividades y acciones de características y objetivos (orientación)
revolucionarios. La organización política servirá de punto de referencia para la
agudización de la lucha de clases y la práctica revolucionaria.
Por esta razón, queremos destacar algunas cuestiones que hemos detectado en las
asambleas de la Iniciativa de Solidaridad con Viomijanikí Metaleftikí
(Industrial Minera) y que creemos que están fundamentalmente asociadas con el
asunto de la auto-gestión. En primer lugar, una parte de los solidarios no
plantea la auto-gestión como un medio que surge de un principio. También, otros
no pueden decidir si se dirigen a la clase obrera, a los griegos en general, o a
los patrones, pequeños o grandes. Por ello, proponemos la existencia no de una
iniciativa más, la cual se vaya a disolver cualquiera que sea el resultado de la
lucha, sino de una iniciativa diferente, que se componga de colectividades y
organizaciones que no cambien de propuestas según la plusvalía política que
ellas les vayan a reportar. Hablamos de las colectividades y organizaciones que
muestran con su discurso y sus acciones que la auto-gestión puede realizarse y
que existe y se desarrolla en nuestra ciudad. No somos dogmáticos, pero tenemos
que ser claros con la cuestión de la auto-gestión.
Frente a la casualidad (accidentalidad) y la apoteosis de la espontaneidad,
frente al dogmatismo de la defensa únicamente de los derechos laborales, la
lucha de clases, la lucha de los trabajadores de Viomijanikí Metaleftikí
(Industrial Minera) es un paso hacia la realización de la auto-gestión en cada
unidad de producción, basta con que haya voluntad, estructura y organización. Y
todo esto porque no queremos ver ni en pintura en esta lucha a fascistas y
oportunistas “solidarios”, ya sonriendo, portando regalos o prometiendo el oro y
el moro. Que no se nutran de esta lucha el reformismo y el fascismo. Ya que
vosotros no podéis, podemos nosotros.
El texto en griego.
Notas:
[1] N.d.T. En uno de sus comunicados los trabajadores hacen referencia a «toma
del Poder por la clase obrera»…
[2] N.d.T. Creemos que muy dudoso que el Estado ofrezca ayuda a un proyecto
auto-organizado.
***************
In: Rebelión
http://rebelion.org/noticia.php?id=155838
Espanha 11/09/2012