segunda-feira, 30 de maio de 2022

Tendência rumo à emergência de uma classe média “internacional”

 


    Prabhat Patnaik [*]


O chanceler do Tesouro da Grã-Bretanha, cuja residência oficial é ao
lado da do primeiro-ministro britânico, é Rishi Sunak, de origem
indiana. A secretária do Interior britânico é Priti Patel, também de
origem indiana. A vice-presidente dos EUA Kamala Harris, é de
ascendência mista indiana e jamaicana. Pode-se continuar; há muitos
casos notáveis de "histórias de êxito" no mundo dos negócios
internacionais. Não se trata de pessoas que estejam necessariamente
isoladas dos seus países de origem. A esposa de Rishi Sunak, por
exemplo, continua a ser cidadã indiana; e Madeleine Albright, a [antiga]
secretária de Estado norte-americana de origem checa (não terceiro
mundo), em tempos chegou a ser proposta como candidata presidencial à
República Checa.

Isto é uma situação sem precedentes. É verdade que figuras políticas de
grupos minoritários nos países anfitriões ocuparam posições importantes
nos seus respectivos países, sendo Benjamin Disraeli o exemplo mais
óbvio. Mas a emergente proeminência de políticos e homens de negócios
com origem no terceiro mundo na metrópole é um fenómeno totalmente novo.
Este fenómeno aparenta sublinhar a "equidade" do país anfitrião; tal
"equidade" tem também o efeito de persuadir a classe média dos países do
terceiro mundo de que conseguiria um "tratamento justo" na metrópole e
que, em consequência, está a emergir uma nova e "justa" ordem mundial em
que já não importa o próprio país de origem para alcançar o êxito. Uma
das queixas da classe média das colónias nos velhos tempos era ter de
enfrentar discriminação nos seus próprios países sob o domínio colonial,
nunca lhes sendo permitido subir acima de um certo nível nas hierarquias
oficiais; esta experiência trouxe-a à necessidade de derrubar o jugo
colonial. Em contraste, a experiência atual da classe média do terceiro
mundo convence-a de que tal discriminação já não existe; e portanto, o
fenómeno do imperialismo teria deixado de ser válido.

Mas isto estimula uma outra percepção. Se existe algum obstáculo ao
avanço sócio-económico sob o capitalismo de hoje, ele decorre não das
origens ou da cor da pele, mas da adesão a crenças ideológicas
"antiquadas" da esquerda que só "causam perturbação". Para avançar na
carreira, segue-se, há que abandonar estas crenças, que supostamente
carecem de substância, uma vez que a discriminação sistemática com base
na raça ou na etnia parece ter desaparecido. Esta percepção está
subjacente ao conformismo ideológico que se observa entre as classes
médias por toda a parte e que marca o capitalismo neoliberal
contemporâneo, uma vez que o não-conformismo ideológico, para além da
falta de substância, também prejudica a carreira. Isto tem várias
implicações.

A primeira, claro, é um amortecimento do entusiasmo das próprias classes
médias pela alteração da sociedade, mesmo numa direção não
revolucionária. Por outras palavras, o núcleo da uniformidade ideológica
que caracteriza a classe média é a adesão ao neoliberalismo. Não há
sequer qualquer inclinação rumo ao "novo liberalismo" que pessoas como
John Maynard Keynes haviam defendido, o qual enfatizava a necessidade de
uma intervenção do Estado para tornar o sistema capitalista mais
aceitável para os trabalhadores. Grande parte da "engenharia social"
agora parece mesmo desnecessária para a classe média emergente. Em
segundo lugar, este conformismo ideológico tende a promover a emergência
de uma classe média "internacional", onde o país de origem desta classe
ou o seu lugar de localização pouca diferença faz para a uniformidade da
posição ideológica por ela mantida.

Em terceiro lugar, e o mais importante, isto contribui para uma
aquiescência sem precedentes mesmo entre as classes oprimidas. Marx e
Engels argumentaram no /Manifesto Comunista/ que elementos da burguesia
e da pequena burguesia, que haviam tido o privilégio da educação e que
chegam a ver o "processo histórico como um todo", fazem uma opção de
classe diferente da sua classe de origem /("de-class")/ e desempenham um
papel pioneiro na organização dos trabalhadores e camponeses. Seguindo
esta linha de pensamento, Lênine tinha enfatizado que é esta secção de
intelectuais /"de-classed”/ que traz a consciência socialista, distinta
da mera consciência sindical, à classe trabalhadora. Mas a medida em que
os próprios intelectuais rompem com a sua classe de origem /(de-class)/
não depende apenas das suas convicções intelectuais; depende também da
sua experiência como intelectuais, do grau em que a "injustiça" do
sistema emerge como um obstáculo palpável mesmo nas suas próprias
carreiras pessoais. A remoção dos obstáculos ao progresso pessoal tem,
portanto, um efeito constrangedor sobre a dimensão relativa do grupo de
intelectuais /de-classed/ e, portanto, sobre o grau em que a teoria
revolucionária é levada à classe trabalhadora. Isto é exatamente o que
está hoje a acontecer; o aparecimento da "equidade" no sistema que
aparentemente não discrimina com base na cor da pele tem o efeito
desfocado /(refracted)/ de promover a aquiescência entre os oprimidos,
que muitos notaram ser uma marca do capitalismo neoliberal contemporâneo.

Isto leva-nos ao cerne do problema. O neoliberalismo traz
invariavelmente miséria aos camponeses e pequenos produtores do terceiro
mundo, agravando o seu nível de vida absoluto. Traz também
miserabilização absoluta aos trabalhadores:   o inchaço das reservas de
trabalho devido ao ataque à pequena produção prejudica tanto os do
exército de trabalho ativo como os do de reserva; a globalização do
capital reduz a força negocial dos trabalhadores de qualquer país em
particular; e a privatização das empresas do sector público tem um
efeito semelhante. Os trabalhadores no seu conjunto ficam assim
absolutamente pior sob o neoliberalismo; mas a classe média que se torna
"internacional", tanto devido à sua capacidade de migrar para o
estrangeiro sem receio de discriminação como também devido à
deslocalização de atividades da metrópole que lhe proporciona
oportunidades de emprego em casa, melhora a sua posição económica em
comparação com a anterior. Desenvolve-se assim um hiato dentro do
terceiro mundo entre não só a grande burguesia como também a classe
média florescente e o povo trabalhador a sofrer por causa do
neoliberalismo; e este mesmo facto contribui para uma aquiescência entre
os oprimidos.

Três advertências devem aqui ser feitas. Utilizei aqui o termo "classe
média" como uma categoria “apanha tudo”, o que é obviamente
injustificado. Vastas faixas de pessoas entre aqueles que seriam
geralmente entendidos como pertencendo à "classe média" também sofrem
sob o neoliberalismo. A questão, porém, é que números substanciais da
classe média, especialmente entre os seus escalões superiores,
beneficiam significativamente sob o regime neoliberal. E ainda que
constituam apenas um segmento de uma classe média muito mais vasta,
utilizei por conveniência o termo "classe média" apenas para eles. Em
segundo lugar, mesmo dentro deste escalão superior, a tendência para a
homogeneização ideológica acima referida é apenas uma tendência; não
afeta todos os que a ela pertencem. Há grandes números que continuam
empenhados na ideia de mudança social progressiva, só que o seu peso
relativo desce em relação ao tempo anterior. E, em terceiro lugar, mesmo
entre os restantes, a tendência para uma inculcação da homogeneidade
ideológica, não é necessariamente um fenómeno permanente. Com o
aprofundamento da crise do neoliberalismo, mesmo este segmento é
suscetível de mudar a sua perspetiva: o aprofundamento da crise, para
usar a linguagem de Marx, iria "martelar dialética" nas suas cabeças;
mas até agora o seu entusiasmo pelo neoliberalismo não parece ter-se
desvanecido.

Uma área em particular onde o hiato entre esta "classe média" e o povo
trabalhador se tem manifestado é na atitude dos media nos países do
terceiro mundo. Com certeza, os media, de propriedade e controlados pela
grande burguesia, refletem substancialmente a atitude dos seus
proprietários, a qual é pró-neoliberal e anti-trabalhadores. Mas isto é
complementado também pela atitude pró-neoliberal desta classe média, a
qual fornece o pessoal para gerir os media, e que se torna não simpática
a qualquer resistência por parte dos trabalhadores (geralmente nem
sequer mencionando tal resistência quando ela ocorre). Além disso, os
media fazem mesmo vista grossa, para o dizer de forma suave, à
perseguição de minorias étnicas ou religiosas. Não combatem o
"supremacismo maioritário" e o ódio contra a minoria, quando tal "ódio"
se torna um aliado do neoliberalismo atingido pela crise.

Na Índia esta aliança entre o "supremacismo maioritário" e a ordem
neoliberal assume a forma de uma aliança entre as corporações e o
Hindutva e assenta na propagação do ódio contra a minoria muçulmana. O
objetivo é impedir que a grande burguesia se torne o alvo de ataque por
parte dos trabalhadores, dividindo estes últimos de acordo com linhas
"comunais" e assegurando que todo o discurso social seja isolado das
questões do pão e da manteiga da existência material. O facto de, num
momento em que a rupia se afundou a um nível sem precedentes, quando a
inflação dos preços grossistas ultrapassou os 15%, quando a inflação dos
preços no consumidor se aproxima dos 8% e quando o desemprego está a
níveis nunca vistos desde a independência, os media estão cheios de
reportagens sobre um ídolo (shivling) encontrado dentro do recinto da
mesquita de Gyanvapi em Varanasi, o que indica que o veneno
comunal-fascista está a ser injetado no discurso público do país. A
conduzir esta injeção, não pode haver dúvidas, está o silêncio, ou mesmo
a cumplicidade silenciosa, deste segmento da classe média.

O combate contra a aliança corporações-Hindutva que utiliza este veneno
comunal-fascista exige ir além da agenda neoliberal e colocar perante os
trabalhadores uma agenda alternativa que os entusiasme, por aqueles
elementos da classe média que permanecem não apegados à sua classe de
origem /(“de-classed”)./


        29/Maio/2022


    [*] Economista, indiano, ver Wikipedia
    <http://en.wikipedia.org/wiki/Prabhat_Patnaik>


    O original encontra-se em
    peoplesdemocracy.in/2022/0529_pd/tendency-towards-emergence-“international”-middle-class <https://peoplesdemocracy.in/2022/0529_pd/tendency-towards-emergence-%E2%80%9Cinternational%E2%80%9D-middle-class>

Em
RESISTIR.INFO
https://www.resistir.info/patnaik/patnaik_29mai22.html
30/5/2022

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Não há outra saída senão a guerra

 
 
 


    Chris Hedges

Jornalista vencedor do Pulitzer Prize (maior prêmio do jornalismo nos
EUA), foi correspondente estrangeiro do New York Times, trabalhou para o
The Dallas Morning News, The Christian Science Monitor e NPR.


   
A guerra permanente canibalizou os EUA. Ela criou um charco social,
político e econômico. Cada novo fiasco militar é mais um prego no caixão
da Pax Americana edit



*Por **Chris Hedges**, originalmente publicado no **The Chris Hedges
Report* <https://chrishedges.substack.com/p/no-way-out-but-war?s=r>

*Traduzido e adaptado por Rubens Turkienicz com exclusividade para o
Brasil 247*

Os Estados Unidos, assim como ilustra o próximo voto unânime no
Congresso dos EUA para prover US$ 40 bilhões em ajuda à Ucrânia, está
preso na espiral da morte do militarismo incontrolável. Não há trens de
alta velocidade. Não há serviços universais de saúde [pública]. Não há
um programa viável de assistência contra o Covid. Não há suspensão
temporária para a inflação de 8,3% ao ano. Não há programas de
infraestrutura para consertar as estradas e pontes em decadência – _que
requerem US$ 41,8 bilhões_
<https://artbabridgereport.org/reports/2021-ARTBA-Bridge-Report.pdf>
para arrumar as 43.586 pontes com _deficiências estruturais_
<https://www.bts.gov/content/condition-us-highway-bridges> que tem 68
anos de idade, em média. Não há perdão para os _US$ 1,7 trilhões em
dívidas estudantis_
<https://www.cnbc.com/2022/05/06/this-is-how-student-loan-debt-became-a-1point7-trillion-crisis.html>. Não se aborda a inequalidade de renda. Não há um programa para alimentar as _17 milhões de crianças_ <https://www.savethechildren.org/us/charity-stories/child-hunger-in-america> que vão para a cama com fome a cada noite. Não há um controle racional das armas, nem de inibir a epidemia de violência niilista e as matanças em massa. Não há ajuda para os 100.000 estadunidenses que _morrem a cada ano_ <https://www.cdc.gov/nchs/pressroom/nchs_press_releases/2021/20211117.htm> de overdoses de drogas. Não há um salário mínimo de US$ 15/hora como compensação para os 44 anos de _estagnação salarial_ <https://www.pewresearch.org/fact-tank/2018/08/07/for-most-us-workers-real-wages-have-barely-budged-for-decades/>. Não há uma trégua nos preços de combustíveis que estão projetados para chegar a US$ 6 por galão (equivalente a 3,78 litros).


A permanente economia de guerra implantada desde o fim da Segunda Guerra
Mundial destruiu a economia privada, levou a nação à falência e
desperdiço trilhões de dólares dos dinheiros dos contribuintes. A
monopolização do capital pelos militares elevou a _dívida pública
estadunidense a US$ trilhões_
<https://www.defense.gov/News/Releases/Release/Article/2980014/the-department-of-defense-releases-the-presidents-fiscal-year-2023-defense-budg/>, US$ 6 trilhões a mais do que o PIB dos EUA de US$ 24 trilhões. Pagar o serviço [juros] desta dívida custa US$ 300 bilhões por ano. Nós [os EUA] gastamos mais nas forças militares – _US$ 813 bilhões_ <https://www.defense.gov/News/Releases/Release/Article/2980014/the-department-of-defense-releases-the-presidents-fiscal-year-2023-defense-budg/> para o ano fiscal de 2023 – do que os nove países seguintes combinados, incluindo a China e a Rússia.


Estamos pagando um preço social, político e econômico pesado pelo nosso
[dos EUA] militarismo. Washington assiste passivamente enquanto os EUA
apodrece moralmente, politicamente, economicamente e fisicamente –
enquanto a China, a Rússia, a Arábia Saudita, a Índia e outros países
livram-se da tirania do dólar estadunidense a da SWIFT (International
Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication – Sociedade
Internacional para Trocas Bancárias Mundiais e Telecomunicação
Financeira), uma rede de mensagens que os bancos e outras instituições
financeiras usam para enviar e receber informações – como instruções de
transferências de dinheiro. Uma vez que o dólar dos EUA deixe de ser a
moeda mundial de reserva, uma vez que haja uma alternativa ao SWIFT,
isso precipitará um colapso econômico interno [nos EUA]. Isto forçará a
imediata contração do império estadunidense, fechando as suas quase 800
instalações militares no estrangeiro. Isto sinalizará o fim da Pax
Americana [sic].

Democrata ou Republicano. Não faz diferença. A guerra é a raison d'état
do estado. Gastos militares extravagantes são justificados em nome da
“segurança nacional”. Os quase US$ 40 bilhões alocados para a Ucrânia –
a maior parte disto indo para as mãos dos fabricantes de armamentos,
como a Raytheon Technologies, General Dynamics, Northrop Grumman, BAE
Systems, Lockheed Martin e Boeing – são só o começo. Os estrategistas
militares – os quais dizem que a guerra será longa e prolongada – estão
falando sobre infusões de US$ 4-5 bilhões por mês em ajuda militar para
a Ucrânia. Estamos enfrentando ameaças existenciais. Mas estas não
importam. _O orçamento proposto_
<https://www.cdc.gov/media/releases/2022/s0328-2023-budget.html> para os
Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC – Centers for
Disease Control and Prevention) é de US$ 10,675 bilhões. O _orçamento
proposto_ <https://www.epa.gov/planandbudget/cj> para a Agência de
Proteção Ambiental dos EUA (EPA – Environmental Protection Agency) é de
US$ 11,881 bilhões. Só a Ucrânia recebe mais do que o dobro daquele
valor. A pandemia e a emergência climática são reflexões secundárias.
Tudo que importa é a guerra. Esta é a receita para o suicídio coletivo.



Havia três limitações à avareza e a sede de sangue da economia de guerra
permanente – limitações que não existem mais. A primeira limitação era a
antiga ala liberal do Partido Democrata, liderada por políticos como o
Senador George McGovern, Senador Eugene McCarthy e o Senador J. William
Fulbright – que escreveu o livro '/The Pentagon Propaganda Machine/' (A
Máquina de Propaganda do Pentágono). Os auto-identificados
progressistas, uma minoria pífia no Congresso atual – desde Barbara Lee,
que foi o único voto na Câmara e no Senado dos EUA a opor-se a uma ampla
e autorização sem limite máximo que permitiu ao presidente fazer a
guerra no Afeganistão ou em qualquer outro lugar, até Ilhan Omar, que
agora está fielmente alinhada a financiar a próxima guerra por
procuração. A segunda limitação eram as mídias independentes e a
academia, incluindo jornalistas como I.F. Stone e Neil Sheehan, junto
com estudiosos como Seymour Melman – autor dos livros '/The Permanent
War Economy/' [A Economia da Guerra Permanente] e '/Pentagon Capitalism:
The Political Economy of War/' [O Capitalismo do Pentágono: A Economia
Política da Guerra]. A terceira e talvez a mais importante limitação era
um movimento organizado contra a guerra encabeçado por líderes
religiosos como Dorothy Day, Martin Luther King Jr. e Phil e Dan
Berrigan, bem como grupos como os Estudantes por uma Sociedade
Democrática (SDS – Students for a Democratic Society). Eles entenderam
que o militarismo irrestrito era uma doença fatal.

Nenhuma dessas forças de oposição – que não reverteram a economia de
guerra permanente, porém inibiu os seus excessos – existe agora. Os dois
partidos das classes dominantes foram comprados pelas corporações,
especialmente pelos empreiteiros militares. A imprensa é anêmica e
obsequiosa para com a indústria da guerra. Os propagandistas a favor da
guerra permanente – largamente oriundos dos 'think tanks' [centros de
estudos] que são prodigamente financiados pela indústria da guerra,
juntamente com ex-autoridades militares e dos serviços de inteligência –
são citados com exclusividade, ou são entrevistados como especialistas
militares. O programa _“Meet the Press”_
<https://www.youtube.com/watch?v=qYfvm-JLhPQ> da NBC levou ao ar um
segmento intitulado '13 de Maio', no qual autoridades do Centro por uma
Nova Segurança Americana [sic] (CNAS – Center for a New American
Society) simulou o quê pareceria uma guerra da China sobre Taiwan. A
cofundadora do CNAS, Michèle Flournoy, que apareceu no segmento sobre
jogos de guerra no programa “Meet the Press” e foi considerada por Biden
para chefiar o Pentágono, _escreveu em 2020_
<https://www.foreignaffairs.com/articles/united-states/2020-06-18/how-prevent-war-asia> na revista [conservadora] Foreign Affairs que os EUA precisam desenvolver “a capacidade de ameaçar com credibilidade afundar todos os navios militares, submarinos e navios de marinha mercante da China no Mar do Sul da China dentro de 72 hours.

”O punhado de antimilitaristas e críticos do império da esquerda, como
Noam Chomsky, e da direita, como Ron Paul, foram declarados como
personae non grata pelas mídias complacentes. A classe liberal recuou
para o ativismo de boutique onde as questões de classe, capitalismo e
militarismo são descartadas pela “cultura do cancelamento”, o
multiculturalismo e a política de identidades. Os liberais estão
liderando a torcida pela guerra na Ucrânia. Pelo menos no início da
guerra com o Iraque os viu [os liberais] juntarem-se a significativos
protestos de rua. A Ucrânia é acolhida como a mais nova cruzada por
liberdade e democracia contra o novo Hitler. Temo que haja pouca
esperança de reverter ou de conter os desastres que estão sendo
orquestrados a nível nacional e global. Os intervencionistas
neoconservadores e liberais _cantam em uníssono a favor da guerra_
<https://scheerpost.com/2022/04/11/hedges-the-pimps-of-war/>. Biden
nomeou três destes belicistas, cujas atitudes em relação à guerra
nuclear são terrivelmente cavalheiras, para comandar o Pentágono, o
Conselho de Segurança Nacional e o Departamento de Estado [dos EUA].


Já que tudo que fazemos é a guerra, todas as soluções propostas são
militares. Este aventurismo militar acelera o declínio, como a derrota
no Vietname e o _desperdício de US$ 8 trilhões_
<https://www.brown.edu/news/2021-09-01/costsofwar>, como ilustram as
guerras fúteis no Oriente Médio. Acredita-se que a guerra e as sanções
aleijarão a Rússia – rica em gás e recursos naturais. A guerra, ou a
ameaça de guerra, conterão a crescente influência econômica e militar da
China.

Estas são fantasias dementes e perigosas, perpetradas por uma classe
dominante que se separou da realidade. Não mais capazes de salvar a sua
própria sociedade e economia, eles buscam destruir as sociedades e
economias dos seus competidores – especialmente a Rússia e a China. Uma
vez que os militaristas aleijem a Rússia, segundo o plano, eles
focalizarão na agressão militar à região do Indo-Pacífico, dominando
aquilo que Hillary Clinton, como secretária de estado dos EUA,
_referindo-se ao Pacífico_
<https://www.nytimes.com/2016/10/17/us/politics/hillary-clinton-was-open-to-covert-action-abroad-hacked-transcript-shows.html>, chamou de “o Mar Americano” [sic].

Não se pode falar sobre a guerra sem falar sobre os mercados. Os EUA –
cuja taxa de crescimento _caiu abaixo dos 2%_
<https://www.cnbc.com/2022/04/28/us-q1-gdp-growth.html>, enquanto a taxa
de _crescimento da China é de 8,1%_
<https://www.reuters.com/markets/asia/chinas-q4-2021-gdp-grow-faster-than-expected-2022-01-17/> - apelaram para a agressão militar a fim de reforçar a sua flácida economia. Se os EUA conseguirem cortar os fornecimentos de gás russo para a Europa, isso forçará os europeus a comprarem gás dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, as _empresas estadunidenses_ <http://www.jiesworld.com/international_corporations_in_china.htm> ficarão felizes de substituir o Partido Comunista Chinês – mesmo que tenham que fazê-lo através da ameaça de guerra – a abrir um acesso irrestrito aos mercados chineses. Se a guerra for aberta com a China, isso devastaria as economias chinesas, estadunidense e globais, destruindo o livre comércio entre os países, como na Primeira Guerra Mundial. Mas isto não significa que o mesmo não ocorra. Washington está tentando desesperadamente construir alianças militares e econômicas para repelir a ascensão da China, cuja economia, espera-se, ultrapasse a dos EUA, segundo o Centro de Pesquisas sobre Economia e Negócios do Reino Unido [CEBR – Centre for Economics and Business Research] _até 2028_ <https://www.bworldonline.com/world/2020/12/26/336049/china-to-leapfrog-us-as-worlds-biggest-economy-by-2028-think-tank/>. A Casa Branca disse que a atual visita de Biden à Ásia trata de mandar uma _“mensagem poderosa”_ <https://www.whitehouse.gov/briefing-room/press-briefings/2022/05/18/press-briefing-by-press-secretary-karine-jean-pierre-and-national-security-advisor-jake-sullivan-may-18-2022/> a Beijing e outros sobre o que o mundo parecerá se as democracias “juntem-se para dar forma às regras do caminho”. O governo Biden convidou a Coreia do Sul e o Japão a participarem na cúpula da OTAN em Madrid.


Porém, cada vez um menor número de nações – mesmo entre os aliados
europeus – estão dispostos a serem dominados pelos EUA. O verniz de
democracia de Washington e o suposto respeito aos direitos humanos e às
liberdades civis estão manchados de tal maneira que são irrecuperáveis.
O seu [dos EUA] declínio, com a China fabricando 70% a mais de
manufaturados do que os EUA, é irreversível. A guerra é uma desesperada
oração à Ave Maria, empregada por impérios moribundos ao longo da
história, com catastróficas consequências. “Foi a ascensão de Atenas e o
medo que essa instalou em Esparta que tornou inevitável a guerra”,
Thucydides assinalou no seu livro '/A História da Guerra do Peloponeso/'
('History of the Peloponnesian War').

Um componente-chave para a sustentação do estado permanente de guerra
foi a criação de uma Força Inteira de Voluntários [nos EUA]. Sem
conscritos, a carga de lutar guerras recai sobre os pobres, a classe
trabalhadora e as famílias dos militares. Esta Força Totalmente
Voluntária permite que os filhos da classe média – que lideraram o
movimento contra a guerra no Vietname – evitem o serviço militar
[obrigatório]. Ela protege as forças militares contra revoltas internas,
realizadas pelas tropas durante a Guerra do Vietname, as quais
comprometeram a coesão das forças armadas.

Ao limitar o conjunto das forças disponíveis, a Força Totalmente
Voluntária torna impossíveis as ambições globais dos militaristas.
Desesperados para manter ou aumentar os níveis de tropas no Iraque e no
Afeganistão, os militares instituíram a política de impedir a perda [de
combatentes] que estendeu arbitrariamente os contratos de engajamento
ativo [nas forças militares dos EUA]. O termo de gíria usado para isto
foi o '/backdoor draft/' (conscrição pela porta dos fundos). O esforço
para reforçar o número de soldados ao engajar também empreiteiros
militares privados, teve um efeito negligenciável. O aumento do número
de soldados não teria vencido as guerras no Iraque e no Afeganistão, mas
a diminuta porcentagem daqueles que estavam dispostos a servir nas
forças militares (_apenas 7% da população dos EUA são veteranos de
guerra_
<https://www.pewresearch.org/fact-tank/2021/04/05/the-changing-face-of-americas-veteran-population/>) é um calcanhar de Aquiles não reconhecido para os militaristas.

“Como consequência disso, o problema de se ter guerras de mais e
soldados de menos merece um sério escrutínio”, escreve o hisotirador e
Coronel aposentado do Exército [dos EUA] _Andrew Bacevich_
<https://chrishedges.substack.com/p/the-chris-hedges-report-podcast-with-0d2?s=w#details> no seu livro '/After the Apocalypse: America's Role in a World Transformed/' ('Após o Apocalipse: o Papel dos EUA num Mundo Transformado'). “As expectativas de que a tecnologia preenchesse a lacuna provê uma desculpa para se evitar de fazer as perguntas mais fundamentais: Será que os Estados Unidos possuem os meios militares para obrigar os adversários a endorsarem a sua alegação de serem a nação indispensável da história? E se a resposta for não – como as guerras pós-9/11 [os ataques às torres gêmeas em New York em 11 de setembro de 2001] e no Afeganistão e no Iraque sugerem, não faria sentido que Washington moderasse as suas ambições de acordo com isso?”

Como assinala Bacevich, a questão é um “anátema”. Os estrategistas
militares trabalham a partir da suposição que as futuras guerras não se
parecerão em nada com as guerras passadas. Eles investem em teorias
imaginárias de futuras guerras que ignoram as lições do passado,
assegurando assim [a ocorrência de] mais fiascos.

A classe política é tão autoiludida quanto os generais. Ela se recusa a
aceitar a emergência de um mundo multipolar e o palpável declínio do
poder estadunidense. Eles falam a desatualizada linguagem do
excepcionalismo e o triunfalismo dos EUA, acreditando que estes têm o
direito de impor a sua vontade como líder do “mundo livre”. No seu
memorando de Guia do Planejamento de Defesa de 1992 (_Defense Planning
Guidance memorandum_
<https://militarist-monitor.org/profile/1992_draft_defense_planning_guidance/> –, o subsecretário de Defesa [dos EUA] Paul Wolfowitz argumentava que os EUA devem assegurar-se que nenhuma superpotência rival surja de novo. Os EUA devem projetar a sua força militar para dominar perpetuamente um mundo unipolar. Em 19 de fevereiro de 1998, no show televisivo “Toda Show” da NBC, a Secretária de Estado Madeleine Albright deu a versão democrata da sua doutrina de unipolaridade. “Caso nós [os EUA] tivermos que usar a força, é porque nós somos estadunidenses; nós somos a nação indispensável”, _disse ela_ <https://1997-2001.state.gov/statements/1998/980219a.html>. “Nós nos erguemos altaneiros e enxergamos o futuro mais longe do que outros países.”

Esta visão demente de uma supremacia global e sem rivais dos EUA – sem
falar da [nossa, dos EUA] bondade e virtude sem rivais – cega os
Republicanos e Democratas do 'establishment'. Os ataques militares que
eles usaram eventualmente para afirmar a doutrina da unipolaridade,
especialmente no Oriente Médio, espalhou rapidamente o terror jihadista
e prolongou o estado de guerra. Nenhum deles viu isto chegando até que
os jatos sequestrados bateram nas torres gêmeas do World Trade Center
[em New York]. O fato que eles se agarram a esta alucinação absurda é o
triunfo da esperança sobre a experiência.

Há uma profunda repugnância dentre o público [dos EUA] por estes
arquitetos elitistas da Ivy League [as antigas universidades elitistas
do nordeste dos EUA] do imperialismo estadunidense. O imperialismo foi
tolerado quando era capaz de projetar poder no estrangeiro e produzir
crescentes níveis de vida domesticamente. Ele foi tolerado quando se
continha a fazer intervenções secretas em países como o Irã, a Guatemala
e a Indonésia. Ele saiu fora dos trilhos no Vietname. As derrotas
militares que se seguiram acompanharam um gradual declínio nos padrões
do nível de vida, na estagnação dos salários, na infraestrutura que se
desmoronava e, ao final, numa série de políticas econômicas e acordos
comerciais, orquestrados pela mesma classe dominante, que
desindustrializou e empobreceu o país.

Os oligarcas do 'establishment', agora unidos no Partido Democrático,
desconfiam de Donald Trump. Ele comete a heresia de questionar a
santidade do império estadunidense. Trump ridicularizou a invasão do
Iraque como “Um grande e gordo erro”. Ele prometeu “nos manter fora da
guerra infindável”. Trump foi repetidamente questionado sobre a sua
relação com Vladimir Putin. Um entrevistador disse a Trump que Putin era
“um assassino”. “Há muitos assassinos”, _retorquiu Trump_
<https://www.cnn.com/2017/02/04/politics/donald-trump-vladimir-putin/index.html>. “Você pensa que o nosso país é tão inocente?” Trump ousou falar uma verdade que deveria se manter indizível para sempre, como os militaristas venderam ao povo estadunidense.

Noam Chomsky _foi atacado por assinalar, corretamente_
<https://www.youtube.com/watch?v=NkSvwAxHvhc>, que Trump é o “único
estadista” que apresentou uma proposta “que faz sentido” para resolver a
crise da Rússia-Ucrânia. A solução por ele proposta incluía “facilitar
as negociações, ao invés de miná-las e indo adiante na direção de
estabelecer algum tipo de acomodação na Europa... na qual não existem
alianças militares, mas só uma acomodação mútua”.

Trump é desfocalizado e imprevisível demais para oferecer soluções
políticas sérias. Efetivamente, ele estabeleceu um calendário para a
retirada do Afeganistão, mas ele também aumentou a guerra econômica
contra a Venezuela e reinstituiu as esmagadoras sanções contra Cuba e o
Irã que haviam sido terminadas pelo governo Obama. Ele aumentou o
orçamento militar. Aparentemente, _ele flertou_
<https://www.nytimes.com/2022/05/05/us/politics/mark-esper-book-trump.html> sobre executar um ataque de mísseis contra o México para “destruir os laboratórios de drogas”. Mas ele reconheceu um desgosto pela má gestão imperial que ressoa com o público – o qual tem todo o direito de detestar os presunçosos mandarins que nos afundam em uma guerra após a outra. Trump mente como ele respira. E assim o fazem eles.

Os 57 senadores republicanos que se recusaram a apoiar o pacote de US$
40 bilhões de ajuda para a Ucrânia, juntamente com muitos dos 19
projetos de lei que incluíam anteriores US$ 13,6 bilhões de ajuda para a
Ucrânia, são oriundos do excêntrico mundo conspirativo de Trump. Assim
como Trump, eles repetem a heresia dele. Também eles são atacados e
censurados. Mas quanto mais Biden e a classe dominante continuarem a
despejar recursos na guerra às nossas custas, mais estes protofascistas
– que já estão preparados para varrer os ganhos dos democratas na Câmara
e no Senado [federais dos EUA] neste outono – estarão em ascensão.
Durante o debate sobre o pacote de ajuda à Ucrânia que não foi dado
tempo à maioria dos membros para examinar com cuidado, [a senadora
republicana] _Marjorie Taylor Greene disse_
<https://ms-my.facebook.com/PatriotOneNews/videos/marjorie-taylor-greene-blasts-america-last-ukraine-spending-billstop-funding-reg/995364457756989/>: “[Há] US$ 40 bilhões [para a Ucrânia], porém não há fórmula para bebês para as mães e bebês estadunidenses”.

Uma quantia desconhecida de dinheiro para a CIA e para a Ucrânia [foi
incluída] no projeto de lei suplementar, porém não há fórmula [alimentos
industrializados] para os bebês estadunidenses”, ela acrescentou. “Parem
de financiar mudanças de regimes e golpes de lavagem de dinheiro. Um
político dos EUA acoberta os seus crimes em países como a Ucrânia.”

O [senador] democrata Jamie Raskin imediatamente atacou Greene por
papagaiar a propaganda do presidente russo Vladimir Putin.

Greene, assim como Trump, disse uma verdade que ressoa com um público
sitiado. A oposição à guerra permanente deveria ter vindo da diminuta
ala progressista do Partido Democrata – a qual infelizmente se vendeu à
covarde liderança do Partido Democrata, para salvar as suas carreiras
políticas. Greene é demente, porém Raskin e os democratas vendem a sua
própria marca de demência. Nós pagaremos um preço muito alto por esta farsa.

Em
BRASIL 247
https://www.brasil247.com/blog/nao-ha-outra-saida-senao-a-guerra
25/5/2022

quinta-feira, 19 de maio de 2022

Experto Chino: Estados Unidos sólo se tambalea si es derrotado militarmente.

 


18 mayo, 2022

*/El intento de EEUU de compensar sus deficiencias económicas a través
de medios militares/políticos inevitablemente significa que sus acciones
dañarán los intereses de otros países que representan la gran mayoría de
la población mundial./*

LUO SIYI*, EXPERTO CHINO EN INVESTIGACIÓN FINANCIERO

Pr*eámbulo*

Desde hace más de 20 años, la expansión militar extranjera de los EEUU
es evidente. Pero aun así, la guerra de Ucrania también representa un
cambio cualitativo en la política militar estadounidense. Antes EEUU
solo había emprendido acciones militares contra países en desarrollo que
eran mucho más débiles en poderío militar y no poseían armas nucleares.
En orden cronológico, las principales operaciones militares agresivas de
EEUU contra países en desarrollo incluyen: bombardeo de Yugoslavia en
1999; invasión de Afganistán en 2001; invasión de Irak en 2003; ataques
aéreos de 2011 sobre Libia.

Sin embargo, la amenaza de EEUU de llevar a Ucrania a la OTAN,
desencadenando una guerra, muestra que la política militar de EEUU no se
limita a atacar a los países en desarrollo que son mucho más débiles que
él. Aunque EEUU sabía de antemano que su expansión hacia el este con
Ucrania afectaría los intereses más importantes de Rusia (un movimiento
que claramente cruzó la línea roja de una Rusia con capacidades
militares y nucleares extremadamente poderosas, a la par con las de
EEUU), EEUU decidió que estaba preparado para correr el riesgo.

Aunque, al menos hasta ahora, EEUU no ha enviado tropas a Ucrania y ha
dejado claro que no se arriesgará a una guerra con una Rusia con armas
nucleares para evitar una guerra mundial, se enfrenta a Rusia en forma
de guerra de poder. Esto se refleja no solo en la propuesta inicial de
EEUU para que Ucrania se una a la OTAN, sino también en el entrenamiento
de las tropas ucranianas por parte de EEUU antes de la guerra, el
suministro a Ucrania de grandes cantidades de armas militares y de
satélites y otra información de inteligencia durante la guerra.

*¿Cómo empujó EEUU a Ucrania a la guerra?*

Debido a que es importante comprender los objetivos de EEUU en la guerra
de Ucrania, es necesario reconocer cómo orquestó la guerra desde una
perspectiva fáctica. Sin embargo, antes de pasar al tema de este
artículo, que es analizar los factores que llevan a EEUU a adoptar una
política militar agresiva en escalada, es necesario mencionar el
artículo del Dr. Vyacheslav Tetkin, miembro del Comité Central de la
Partido Comunista de la Federación Rusa «¿Cómo EEUU empujó a Ucrania a
la guerra?».

El artículo deja claro que Ucrania no es más que un peón de EEUU contra
Rusia:»Ucrania comenzó a prepararse para la guerra ya en 2014, hace ocho
años. Para ser más precisos, Ucrania fue empujada deliberadamente a la
guerra… Durante esos ocho años, los EEUU jugaron un sucio juego
estratégico, presionando a los pueblos de dos naciones hermanas. en una
guerra sangrienta unos con otros…

«Rusia se vio obligada a entrar en la guerra. Todo comenzó con el golpe
de Estado en Ucrania en febrero de 2014, cuando las fuerzas antirrusas
llegaron al poder con el apoyo de los EEUU y los neonazis locales…

«Durante la ‘reforma’ iniciada en 1991, el ejército ucraniano sufrió
pérdidas considerables. Como resultado, en 2014, el ejército ucraniano
ya no era una fuerza de combate. El equipo militar estaba en mal estado;
la moral de los oficiales y soldados estaba baja debido al bajo gasto
militar. El ejército ucraniano no quería y no podía luchar …

«Después del golpe de 2014, la camarilla gobernante en Kiev cambió la
orientación de las finanzas del estado, de mejorar el bienestar de la
gente a fortalecer el ejército. El presupuesto militar de Ucrania ha
aumentado de 1.700 millones de dólares en 2014 a 8.900 millones de
dólares en 2019 (5,9 % del PIB del país). Ucrania gasta tres veces más
(como porcentaje del PIB) en fines militares que los países occidentales
desarrollados…

«El gasto militar es una prueba convincente de que Ucrania se estaba
preparando para una gran guerra… Cientos de militares de EEUU y otros
países de la OTAN han participado en entrenamiento militar.

«Se gastaron enormes sumas de dinero en restaurar equipos militares.
Durante la guerra de Donbas de 2014-15, el ejército ucraniano contó con
poco apoyo aéreo ya que casi todos sus aviones de combate necesitaban
reparaciones. Sin embargo, en febrero de 2022 la Fuerza Aérea de Ucrania
tenía alrededor de 150 aviones de combate, bombarderos y aviones de
ataque listos para el combate. Y tal escala de ensamblaje solo tiene
sentido para capturar el Donbass.

«Al mismo tiempo, se construyeron importantes fortificaciones cerca del
Donbass para resistir los ataques de represalia… Los salarios de los
soldados se triplicaron para fines de 2021, de 170 a 510 dólares. El
gobierno ucraniano ha estado ampliando drásticamente el tamaño de sus
fuerzas armadas.

«Los preparativos para la guerra en Ucrania se completaron a fines de
2021. Se ha restaurado la capacidad de combate del ejército y se ha
reparado y modernizado el equipo militar…

«Sin embargo, incluso un ejército ucraniano moderno no puede desafiar a
Rusia, que se encuentra detrás del Donbass. Pero eso no molestó a EEUU.
Su gran objetivo es utilizar a Ucrania como arma contra Rusia. Por lo
tanto, EEUU tiene planeadas dos opciones para la nueva Ucrania
militarizada bajo el régimen neonazi. La primera es la conquista del
Donbass y la invasión de Crimea, la segunda opción es una intervención
armada para provocar a Rusia…

«Rusia se dio cuenta de que la Ucrania controlada por EEUU sería un
peligro muy real. En diciembre de 2021, Moscú hizo una serie de demandas
a la OTAN para garantizar los intereses de seguridad legítimos de Rusia.
Occidente ignoró con arrogancia estas demandas, sabiendo que los
preparativos para una invasión del Donbass estaban en pleno apogeo. Las
unidades más preparadas para el combate del ejército ucraniano ascienden
a 150.000 soldados y se concentran cerca del Donbass. Pueden romper la
resistencia del ejército local en 2-3 días, destruir completamente
Donetsk y Luhansk y hacer que los defensores paguen con sangre…

«La responsabilidad de lo que está pasando en Ucrania recae enteramente
en los EEUU y sus aliados, que están utilizando al pueblo ucraniano como
arma. «

*La guerra de Ucrania es un punto crítico de cambio cualitativo en la
escalada de la expansión militar estadounidense*

Por lo tanto, la combinación de la postura política básica (EEUU insiste
en que Ucrania «tiene derecho» a unirse a la OTAN) y los hechos
militares (EEUU proporciona armas a Ucrania) muestra claramente que EEUU
provoca deliberadamente una confrontación entre Rusia y Ucrania, aunque
esto inevitablemente conduciría a los EEUU y Ucrania a un conflicto
directo con Rusia.

Por lo tanto, al evaluar la crisis de Ucrania, debe tenerse en cuenta
que EEUU intensificó las amenazas militares y pasó de apuntar a los
países en desarrollo, amenazas que son injustas pero sin riesgo directo
de desencadenar una guerra mundial, a apuntar a una potencia como Rusia.
Entonces, es necesario analizar qué factores conducen a la escalada de
la amenaza militar estadounidense. Si esto es temporal, después de lo
cual EEUU reanudará la línea pacífica, o la dependencia de EEEUU de las
amenazas militares será una tendencia a largo plazo.

Esto es fundamental para todos los países, especialmente para China. Por
ejemplo, mientras intensificaba las sanciones contra Rusia, EEUU también
impuso aranceles a los productos chinos, difundió mentiras relacionadas
con Xinjiang en la comunidad internacional e intentó vaciar la política
de una sola China.

Como todos sabemos, desde que Biden llegó al poder, EEUU ha planteado
con frecuencia el tema de Taiwán, como por ejemplo:

• Por primera vez desde el establecimiento de relaciones diplomáticas
entre China y EEUU, invitó a los llamados «representantes de Taiwán en
EEUU» a asistir a la toma de posesión presidencial;
• La presidenta de la Cámara de Representantes de EEUU, Nancy Pelosi,
anunció que visitaría Taiwán, aunque esto fue antes de que contrajera el
virus;
• EEUU pide la participación de Taiwán en el sistema de las Naciones Unidas;
• EEUU fortalece la venta de armas a Taiwán;
• Ha aumentado el número de delegaciones estadounidenses en Taiwán;
• EE.UU ha aumentado su despliegue militar en el Mar de China Meridional
y envía regularmente buques de guerra a través del Estrecho de Taiwán;
• Las fuerzas especiales estadounidenses entrenan en secreto a las
tropas taiwanesas en Taiwán;

EEUU es plenamente consciente de que la política de una sola China
involucra los intereses nacionales más importantes de China y es la base
de las relaciones entre ambos países. Abandonar la política de una sola
China es cruzar la línea roja de China, lo cual es más peligroso que
tratar de incorporar Ucrania en la OTAN. Entonces, está claro que EEUU
está tratando de vaciar la política de una sola China de una manera
provocativa, al igual que decidió deliberadamente cruzar la línea roja
de Rusia sobre Ucrania.

Sobre la cuestión de si la provocación de EEUU contra China y Rusia es
temporal o de largo plazo/permanente, la conclusión clara de este
artículo es que la tendencia de escalada militar de EEUU continuará. Sin
embargo, debido a la importancia práctica extrema de este tema, que
puede implicar una guerra, no es aconsejable cualquier propaganda falsa
exagerada o engañosa sobre esto. Por lo tanto, este artículo tiene como
objetivo analizar las razones importantes por las que la agresión
militar de EEUU se intensificará aún más en el próximo período desde la
perspectiva más realista, tranquila y objetiva, y que esta tendencia a
su vez impulsará a EEUU a implementar políticas más peligrosas.

*Un factor importante que impulsa la escalada de la política militar de
EEUU es que ha perdido de forma permanente su abrumador dominio de la
economía mundial*

Resumido en los hechos más básicos, el factor clave detrás de los más de
20 años de escalada de la política estadounidense de agresión militar es
claro: EEUU ha perdido permanentemente su abrumador dominio de la
economía mundial. Pero al mismo tiempo, EEUU aún mantiene una ventaja en
poder militar y gasto militar. Este será un momento muy peligroso para
la humanidad, durante el cual puede intentar usar su poderío militar
para compensar sus deficiencias económicas. Esta es la razón por la cual
ha escalado su amenaza militar de apuntar a países en desarrollo a
apuntar a grandes potencias como Rusia.

Entonces surge la pregunta: ¿se intensificará aún más la agresión
militar de EEUU para enfrentar a China o, en el caso más extremo, estará
EEUU dispuesto a iniciar una guerra mundial? Para responder es necesario
realizar un análisis preciso de la situación económica y militar de los
EEUU.

El primer y más importante problema para hacer una evaluación correcta
de la situación económica y militar en los EEUU es un análisis fáctico
de la misma. Contrariamente a la propaganda estadounidense de que «la
economía de los EEUU está llena de vitalidad», su participación en la
economía mundial ha tenido una tendencia a la baja a largo plazo. Para
obtener una mejor comprensión de esto y determinar su relación con la
política militar actual de los EEUU, es necesario comparar el poder
económico de los EEUU durante la era antigua y la nueva de la Guerra Fría.

*Cómo difiere el poder económico y militar de EEUU entre la antigua y la
nueva era de la Guerra Fría*

Hablemos primero de la economía. Según el economista de renombre mundial
Angus Maddison, en 1950, justo en el comienzo de la primera Guerra Fría,
el PIB de los EEUU representaba el 27,3% del PIB mundial. En contraste,
el PIB de la Unión Soviética, el país socialista más grande en ese
momento, representaba el 9,6% de la economía mundial. Es decir, la
economía estadounidense era casi tres veces más grande que la economía
soviética.

En los años posteriores a la Segunda Guerra Mundial, la mayor crecida
del PIB de la URSS respecto a los EEUU llegó al 44,4% en 1975. Es decir,
incluso en la cúspide del desarrollo económico soviético, la economía
estadounidense era más del doble del tamaño de la URSS. En conclusión,
EEUU estuvo económicamente por delante de la URSS durante la antigua
Guerra Fría.

Volvamos a la situación actual. Incluso a tipos de cambio de mercado, el
PIB de China ha alcanzado el 74% del de EEUU, mucho más de lo que alguna
vez logró la Unión Soviética. Además, la economía de China está
creciendo mucho más rápido que la de EEUU.

Según el cálculo de paridad del poder adquisitivo (PPA) utilizado por
Madison, la economía de China ya es un 18 % más grande que la de EEUU.
El Fondo Monetario Internacional (FMI) predice que para 2026, la
economía de China superará a la de EEUU en un 35% en términos de paridad
de poder adquisitivo. Por lo tanto, la brecha económica entre China y
EEUU es mucho menor que la que existía entre EEUU y la Unión Soviética.

En otros aspectos, China es, con mucho, la nación manufacturera más
grande del mundo desde cualquier punto de vista. Según los últimos
datos, en 2019, la productividad manufacturera de China representó el
28,7 % de la participación mundial, frente al 16,8 % de EEUU. Y la
participación de la productividad manufacturera mundial en la URSS nunca
estuvo cerca de la de los EEUU.

En cuanto al comercio de bienes, China ha humillado a EEUU al vencer en
la guerra comercial iniciada por Trump. En 2018, China ya era la nación
comercial de productos básicos más grande del mundo. Pero en ese
momento, la participación de China en el comercio mundial de mercancías
era un 11 % más alta que la de EEUU, y en 2021, la participación de
China es un 35 % más alta.

En cuanto a las exportaciones de mercancías, la situación en EEUU es aún
peor. En 2018, la proporción de las exportaciones de mercancías de China
en el mundo fue un 53 % superior a la de los EEUU; en 2021, la
proporción de China fue un 92 % superior. En conclusión, hasta ahora
China no solo se ha convertido en el mayor comerciante de mercancías del
mundo, sino que también ha vencido claramente a EEUU en la guerra
comercial iniciada por las administraciones de Trump y Biden.

Desde una perspectiva macroeconómica más importante, la inversión china,
es decir, los ahorros (ahorros gubernamentales, corporativos y
domésticos), el motor del crecimiento económico, es mucho mayor que en
los EEUU. Según los últimos datos, en 2019, el ahorro total de China fue
de 6,3 billones de dólares, en comparación con los 4,3 billones de
dólares de EEUU, un 56 % más. Pero esta cifra subestima
significativamente la ventaja del ahorro de China sobre los EEUU porque
no tiene en cuenta la depreciación. Una vez que se tenga, el ahorro
total de China en 2019 será de 3,9 billones de dólares, en comparación
con los 0,6 billones de dólares de EEUU, un 635 % más. En general,
mientras que los ahorros totales de China han crecido sustancialmente
cada año, los de EEUU apenas lo han hecho.

Como resultado, la economía china no solo superó a la de EEUU durante
todo el período de 40 años desde 1978, sino que continuará haciéndolo en
el futuro previsible. En dólares estadounidenses ajustados por
inflación, desde 2007, el año anterior a la crisis financiera mundial,
la economía estadounidense ha crecido un 24 % y la de China un 177 %.
Con todo, la economía capitalista de EEUU ha fracasado estrepitosamente
frente a la economía socialista de China en un ambiente de competencia
pacífica.

*La economía mundial avanza hacia la multipolarización*

Como se señaló anteriormente, el liderazgo de EEUU en productividad,
tecnología y tamaño de las empresas significa que su economía general
sigue siendo más fuerte que la de China, pero la brecha entre las
economías de EEUU y China es mucho menor que la que existía entre las
economías de EEUU y la Unión Soviética.

Además, por cualquier cálculo, se puede ver que EEUU ha perdido
permanentemente su abrumador dominio de la economía mundial. Según la
paridad del poder adquisitivo, en 2021, EEUU solo representará el 16 %
de la producción económica total del mundo, es decir, el 84 % de esa
producción será creada por países distintos a los EEUU. Económicamente,
ha llegado la era de la multipolaridad global en lugar del dominio
unipolar de EEUU.

Sin embargo, como muestra el análisis a continuación, EEUU concluye que
debería tratar de utilizar medios militares y políticos para evitar esta
multipolarización económica.

*Poderío militar de EEUU*

Estos reveses económicos en los EEUU han llevado a algunos,
especialmente en círculos occidentales, a creer que el fracaso de los
EEUU es inevitable, o incluso que ya sucedió. Un pequeño número de
chinos también tiene puntos de vista similares y creen que la fuerza
integral de China ha superado a la de EEUU. Estos puntos de vista están
completamente equivocados. Olvidan el famoso dicho de Lenin «La política
debe tener prioridad sobre la economía» o el famoso dicho del presidente
Mao «El poder viene del cañón de un arma». El hecho de que EEUU haya
perdido la competencia económica pacífica no significa que permitirá que
esta tendencia económica continúe pacíficamente, es decir, cometer el
error de anteponer la economía a la política. En cambio, impulsará a
EEUU a probar otros medios militares y políticos para compensar sus
deficiencias económicas.

Más bien, el peligro para todas las naciones es que, si bien EEUU ha
perdido irreversiblemente su dominio económico global, no ha perdido su
superioridad militar. Su gasto militar excede el de los siguientes nueve
países combinados. Solo en el campo de las armas nucleares hay otro
país, Rusia, que puede igualar la fuerza de los EEUU, porque Rusia ha
heredado las armas nucleares de la Unión Soviética.

La cantidad exacta de armas nucleares en poder de los países es
generalmente un secreto de estado, pero un importante informe de 2022 de
la Federación de Científicos Estadounidenses muestra que las reservas de
ojivas nucleares de Rusia ascienden a 5.977, en comparación con 5.428 en
los EEUU. Rusia y EEUU tienen cada uno alrededor de 1.600 ojivas
nucleares estratégicas. EEUU tiene muchas más armas nucleares que China.
Al mismo tiempo, en el campo de las armas convencionales, EEUU gasta
mucho más que cualquier otro país. En conclusión, si EEUU ha perdido su
capacidad de dominar por completo la producción mundial, mantendrá una
enorme ventaja en el gasto militar, excepto en armas nucleares.

Esta diferencia entre la posición económica y militar de EEUU es la
diferencia fundamental entre la «nueva Guerra Fría» que libra y la
«vieja Guerra Fría» que libró contra la Unión Soviética.

Durante la antigua Guerra Fría, EEUU y la Unión Soviética eran
comparables en poder militar, pero como se muestra arriba, la economía
de EEUU era mucho más grande que la de la Unión Soviética. La estrategia
estadounidense en ese momento era tratar de trasladar el problema al
ámbito económico. Incluso la acumulación militar de Reagan en la década
de 1980 no fue para iniciar una guerra contra la URSS, sino para
involucrar a la URSS en una carrera armamentista que dañaría su
economía. Entonces, a pesar de la tensión, la guerra fría en ese momento
no se convirtió en una guerra caliente.

La situación actual en los EEUU es la contraria. Su posición económica
se ha debilitado considerablemente, pero su ejército sigue siendo
fuerte. EEUU está tratando de trasladar el problema al campo militar.
Esto explica su creciente política militar y por qué será una tendencia
creciente.

Entonces esto significa que la humanidad ha entrado en un período muy
peligroso. EEUU aún mantiene una ventaja militar sobre China. Por lo
tanto, EEUU intenta utilizar medios militares «directos» o «indirectos»
para impedir el desarrollo de China.

*Poder militar directo e indirecto disponible para los EEUU*

EEUU puede usar medios militares «directos» e «indirectos», lo que no
solo significa que tiene la posibilidad de lanzar una guerra frontal
contra China. Por supuesto, esta es la variable más extrema, pero
también puede usar los siguientes otros medios para tratar con China:

• Usar y presionar a otros países que dependen del ejército de EEUU para
que adopten políticas económicas más hostiles hacia China; en particular
ha presionado a Alemania y la UE;
• Intentar revertir el patrón multipolar de la economía mundial y en su
lugar construir alianzas dominadas unilateralmente por los EEUU: OTAN,
el Cuarteto (EEUU, Japón, Australia, India), etc.;
• Los intentos de obligar a los países con buenas relaciones económicas
con China a volverse unos contra otros: Australia es un claro ejemplo y
EEUU está trabajando actualmente en Alemania;
• Posible guerra contra los países amigos de China;
• Prepararse para una «guerra limitada» con China por la llamada
«defensa de Taiwán».

En cuanto al ejemplo del uso de la presión militar directa e indirecta
por parte de EEUU, después de que intentara crear las condiciones para
que Ucrania se uniera a la OTAN, lo que llevó al estallido de la guerra,
Janan Ganesh, principal comentarista político del Financial Times, comentó:

«A partir de 2026, el gas natural licuado llegará a la costa norte de
Alemania en camiones cisterna, se verterá en barriles de almacenamiento
a baja temperatura (a menos 160 grados centígrados) y, después de la
‘regasificación’, la generación de energía se conectará a la red,
reemplazando así al gas natural importado de Rusia… Alemania actualmente
no tiene terminales de GNL… EEUU está más cerca que Australia entre los
exportadores que pueden obtener ganancias… Y estas exportaciones no son
las más importantes.

Si Alemania cumple con sus compromisos recientes de aumentar
agresivamente su propio presupuesto de defensa, EEUU debería poder tener
más responsabilidades financieras y logísticas en la OTAN… Una Europa
que esté más conectada con EEUU… En lugar de poner fin al giro de EEUU
hacia Asia, puede convertirse en la fuerza impulsora detrás de ese giro…
En cuanto a esa región (del Pacífico)… Japón no escatimó esfuerzos para
ayudar a Kiev, por lo que estaba atado a Washington.»

En resumen, EEUU utilizó la presión militar para obligar a Alemania y
Japón a someterse económicamente. Además de esto, se pueden contemplar
muchas otras variables. Pero lo que tienen en común es que EEUU está
tratando de usar su poderío militar para compensar las deficiencias
económicas. Además, es claro que se ha embarcado en una importante
política de uso directo e indirecto de su poderío militar.

Por supuesto, el desarrollo económico de China es mucho más rápido que
el de EEUU, lo que significa que después de un período de tiempo, se
espera que la fuerza militar de China iguale a la de EEUU. Pero esto no
se puede hacer de la noche a la mañana. Incluso si China decide seguir
esa política, le llevará años construir un arsenal nuclear comparable al
de EEUU. Dado que la fuerza aérea, la armada y otras fuerzas con
tecnología avanzada necesitan gastar una gran cantidad de mano de obra y
recursos materiales, puede tomar más tiempo construir armamentos
convencionales comparables a la fuerza de los EEUU. Por lo tanto,
durante un largo período de tiempo, el poderío militar de los EEUU será
mucho más fuerte que el de China. Y eso tentaría a los EEUU a tratar de
compensar su poder económico menguante con medios militares.

*Lecciones de la guerra de Ucrania: contar con la ‘bondad’ de EEUU no
tiene sentido*

Este importante acontecimiento hace que el resultado de la guerra en
Ucrania sea crucial para China y el resto del mundo. En general, la
guerra trajo dos lecciones importantes.

En primer lugar, deja claro que no tiene sentido esperar la «amabilidad»
estadounidense. Durante 17 años, desde el colapso de la Unión Soviética
en 1991, Rusia ha estado tratando de entablar amistad con EEUU. Bajo
Yeltsin, Rusia fue de hecho humillantemente subordinada a los EEUU. En
los primeros días de la presidencia de Putin, Rusia brindó asistencia
directa a EEUU en la guerra contra el terrorismo de la Yihad Islámica y
la invasión estadounidense de Afganistán. Lo que EEUU le devuelve a
Rusia es que viola su promesa de que «la OTAN no se expandirá ni una
pulgada hacia el este», y en cambio continúa aumentando la presión
militar sobre Rusia.

En segundo lugar, el resultado de la guerra de Ucrania es crucial no
solo para Rusia, sino también para China y el mundo en general. Rusia es
el único país que puede rivalizar con EEUU en armas nucleares, y le
llevará mucho tiempo a China igualar el poder nuclear de EEUU.

Durante este período, si China adopta una política de relaciones
amistosas con Rusia, la buena relación entre China y Rusia será una
importante fuerza disuasoria para EEUU, lo que hará que tenga miedo de
ir directamente a la guerra con China. El propósito de la provocación
estadounidense de la guerra de Ucrania es precisamente tratar de
subvertir a Rusia para establecer un gobierno que ya no defienda los
intereses nacionales y sea hostil a China. Si es así, China no solo
enfrentará mayores amenazas militares de los EEUU, sino que también la
larga frontera norte de China con Rusia se convertirá en una amenaza
estratégica para China. Es decir, si EEUU realmente tiene éxito, los
intereses nacionales tanto de Rusia como de China se verán gravemente
dañados.

Sergey Glazyev, Ministro de Integración y Macroeconomía de la Comisión
Económica Euroasiática de Rusia, señaló enfáticamente la estrategia de
EEUU contra China y Rusia: «Es imposible debilitar el dominio de China
en una guerra comercial. Después de eso, los estadounidenses trasladaron
el principal campo de batalla a Rusia, a la que consideraban como el
eslabón débil de la geopolítica y la economía mundial, los anglosajones
intentaron destruir nuestro país (Rusia) y al mismo tiempo debilitar a
China, porque EEUU fue incapaz de hacer frente a la estratégica alianza
Rusia-China.»

*¿Continuará EEUU su expansión militar?*

Bajo la circunstancia de una fortaleza económica en declive, si EEUU se
ve impulsado por su poderío militar a emprender el camino de la
expansión militar, entonces surge la pregunta: ¿hay un final para esta
expansión?

Al respecto, lo primero que hay que señalar es que el alcance de la
expansión de los EEUU no está limitado por su carácter «interno», es
decir, doméstico. Los hechos muestran claramente que EEUU está listo
para la expansión militar más extrema y violenta, incluso a costa de
destruir el mundo entero.

• Durante la Guerra de Corea, aunque EEUU no utilizó armas nucleares,
utilizó explosivos, bombas incendiarias y napalm para destruir casi
todas las ciudades de Corea del Norte, incluido aproximadamente el 85 %
de los edificios de Corea del Norte;


• Durante la guerra de Vietnam, los bombardeos estadounidenses fueron
aún mayores. Desde 1964 hasta el 15 de agosto de 1973, el ejército
estadounidense lanzó un total de 6,2 millones de toneladas de bombas y
otras armas químicas en la península de Indochina. Los aviones de la
Armada y el Cuerpo de Marines de EEUU lanzaron otros 1,5 millones de
toneladas de bombas en el sudeste asiático. Como señalaron Edward Miguel
y Gerard Roland en un completo informe de investigación: «EEUU gastó
muchas más bombas durante la Guerra de Vietnam que durante la Segunda
Guerra Mundial y la Guerra de Corea. La Fuerza Aérea de EEUU consumió
2,15 millones de toneladas de municiones en la Segunda Guerra Mundial,
1,613 millones de toneladas en el teatro europeo, 537.000 toneladas en
el teatro del Pacífico y 454.000 toneladas en la Guerra de Corea.
Entonces, la cantidad de bombas lanzadas por los bombarderos de la
Fuerza Aérea de EEUU en la Guerra de Vietnam, al menos, fue tres veces
la cantidad de bombas lanzadas en los teatros de Europa y el Pacífico
durante la Segunda Guerra Mundial combinados, y unas 15 veces la de la
Guerra de Corea. Teniendo en cuenta que la población de Vietnam antes de
la guerra era de unos 32 millones, eran cientos de kilogramos en
términos de bombardeos per cápita. Por otro lado, las bombas atómicas
que arrojaron sobre Hiroshima y Nagasaki fueron unas 15.000 toneladas y
20.000 toneladas de TNT. EEUU arrojó 100 veces más bombas en Indochina
que las bombas sobre Hiroshima y Nagasaki». Además de las bombas,
utilizó químicos notorios como el «agente naranja». Las personas
afectadas por el agente naranja más tarde dieron a luz a bebés
horriblemente deformados.


• En la agresión a Irak, debido a la corta duración de la guerra, la
cantidad de explosivos utilizados por EEUU fue mucho menor que la
cantidad de bombas lanzadas sobre la península de Indochina, pero EEUU
estaba preparado para dañar al país durante mucho tiempo. Usó armas
terribles, como bombas de uranio empobrecido. Esto ha llevado a altas
tasas de defectos de nacimiento en los bebés iraquíes muchos años
después del final de los bombardeos estadounidenses.


• Tras los ataques aéreos en Libia, EEUU convirtió el estado de
bienestar avanzado con el ingreso per cápita más alto de África en un
país donde persisten los conflictos tribales y se comercia abiertamente
con esclavos.

En general, hay evidencia de que EEUU no está preparado para ayudar a
reducir el crimen en los países que invade. Si EEUU cree que puede
eliminar el desafío económico de China librando una guerra nuclear, no
hay evidencia de que no lo haga. Además, si bien existen movimientos
contra la guerra en los EEUU, están lejos de ser suficientes para evitar
que decidan usar armas nucleares. En resumen, EEUU no tiene
restricciones internas lo suficientemente grandes como para evitar que
haga la guerra contra China.

Pero si bien no existen fuertes restricciones internas para limitar la
agresión estadounidense, las restricciones externas son poderosas. La
primera es que otros países tienen armas nucleares. Por eso puede
considerarse un gran logro nacional decir que China detonó su primera
bomba atómica en 1964. La posesión de armas nucleares por parte de China
es un elemento importante de disuasión contra los ataques nucleares
estadounidenses. Sin embargo, a diferencia de EEUU, la política de China
de no ser el primero en usarlas refleja su postura militar defensiva más
restringida. Además, como se mencionó anteriormente, Rusia también tiene
un arsenal nuclear comparable al de los EEUU.

Por supuesto, si EEUU, China y Rusia cayeran en una guerra nuclear a
gran escala, causaría una catástrofe militar sin precedentes en la
historia de la humanidad: una guerra nuclear a gran escala mataría al
menos a cientos de millones de personas. Por lo tanto, es necesario
evitar una mayor escalada de la expansión militar de los EEUU hasta que
alcance un punto de inflexión. Entonces, la pregunta es, ¿cuál es la
probabilidad de que deje de hacerlo?

*¿Cuáles son los factores que restringen la escalada de la expansión
militar estadounidense?*

Para analizar esto, es necesario comprender las tendencias generales en
la política estadounidense desde la Segunda Guerra Mundial. La política
estadounidense exhibe un patrón racional y lógico. Cuando EEUU siente
que está en una posición fuerte, sus políticas se vuelven agresivas,
cuando se siente débil, se vuelve más «amante de la paz». Esto fue más
evidente antes, durante y después de la Guerra de Vietnam, pero
ciertamente también en otros períodos.

Después de la Segunda Guerra Mundial, EEUU se consideró en una posición
ventajosa. Por lo tanto, estuvo listo para invadir Corea del Norte.
Incluso después de que EEUU no pudiese ganar la Guerra de Corea, tenía
la confianza suficiente para tratar de aislar diplomáticamente a China
en las décadas de 1950 y 1960, despojando a China de su estatus en las
Naciones Unidas, impidiendo que China estableciera relaciones
diplomáticas directas, etc. La Guerra de Vietnam, luchada por la
liberación nacional por parte del pueblo vietnamita, con la asistencia
militar masiva de China y la Unión Soviética, golpeó duramente a los
EEUU. Para revertir esta tendencia, EEUU suavizó su postura hacia China,
como lo demuestra la visita de Nixon a Beijing en 1972 y el posterior
establecimiento de relaciones diplomáticas plenas con China. Poco
después de 1972, EEUU también suavizó las relaciones entre EEUU y la
Unión Soviética.

En general, EEUU quedó devastado por su derrota en Vietnam, lo que lo
obligó a adoptar una política más «amante de la paz». Pero en la década
de 1980 se había recuperado de su derrota en Vietnam y, bajo Reagan,
adoptó una política más agresiva hacia la Unión Soviética. En resumen,
cuando EEUU es débil, es pacífico; cuando es fuerte, es agresivo.

*Crisis financiera internacional*

Lo mismo ocurre en áreas menos severas que los conflictos militares,
como cuando comenzó la crisis financiera internacional en 2007/2008. La
crisis ha asestado un duro golpe económico a EEUU, por lo que ha
comenzado a enfatizar la cooperación internacional. EEUU ayudó a
establecer el Grupo de los Veinte (G20), especialmente en áreas como la
economía internacional, mostrando una actitud cooperativa hacia China.
Debido a que se siente débil, se vuelve «amante de la paz».

Pero a medida que la economía de EEUU se recuperó de la crisis
financiera internacional, se volvió agresiva hacia China, en particular,
la guerra comercial de Trump con China.

*En comparación con antes de la Segunda Guerra Mundial*

Comparar a EEUU con Japón y Alemania antes de la Segunda Guerra Mundial
puede ayudar a obtener una comprensión más profunda de esto. La guerra
comenzó con el surgimiento del militarismo japonés y culminó con la
invasión del noreste de China en 1931. Luego, Hitler llegó al poder en
Alemania en 1933. Pero a pesar de estos eventos desafortunados, una
guerra mundial no era inevitable. Desde la rápida expansión del
militarismo japonés y el fascismo alemán hasta el estallido total de la
Segunda Guerra Mundial, todo se debió a una serie de derrotas sufridas
por países de todo el mundo entre 1931 y 1939, al no poder resistir el
militarismo japonés y la agresión de la Alemania nazi.

En Asia, el Kuomintang pasó la mayor parte de la década de 1930 sin
concentrarse en resistir a Japón, sino en luchar contra el PCCh,
mientras que EEUU no intervino para detener a Japón y no comenzó a
luchar contra Japón hasta 1941 cuando Japón atacó Pearl Harbor. En
Europa, Gran Bretaña y Francia no pudieron evitar la remilitarización de
Alemania, aunque tenían derecho a hacerlo en virtud del Tratado de
Versalles, y tampoco apoyaron al gobierno legítimo de España en 1936
para detener el golpe fascista y la guerra civil de Franco respaldado
por Hitler. El infame «Acuerdo de Munich» que se firmó en 1938,
desmembró a Checoslovaquia y se rindió directamente a Hitler. Antes del
estallido de esta guerra mundial, los países del mundo podrían haber
tomado medidas decisivas para detener la expansión de Japón y Alemania,
pero su rendición y derrota allanaron el camino para el estallido de la
Segunda Guerra Mundial.

Esto es lo mismo que la situación actual. Ciertamente no es comparable a
la de 1938, que después de todo estaba a solo un año de la Guerra
Mundial. Si se compara con la década de 1930, la situación se parece más
a 1931. Ahora, la mayoría de los estadounidenses ciertamente no apoyan
una guerra mundial agresiva; hasta ahora, solo una parte
minoritaria/marginal dentro del círculo diplomático/militar de los EEUU
ha discutido la posibilidad de una guerra. Si EEUU se ve frustrado,
ciertamente no se enfrentará a China o Rusia de frente.

Pero al igual que con la invasión japonesa del noreste en 1931 y el
ascenso al poder de Hitler en 1933, el peligro a mediano plazo es que si
EEUU sale victorioso en una guerra limitada, será más fácil, como se
señaló anteriormente, alentarlo a iniciar un gran conflicto militar global.

Entonces, para evitar que ocurra una guerra mundial de este tipo y
proteger la paz, la cuestión crucial es asegurarse de que EEUU no gane
en las luchas actuales: la guerra que ha comenzado en Ucrania, la guerra
que está tratando iniciar por Taiwán y otros temas socavan la política
de una sola China.

*Construyendo un frente unido contra la expansión militar de EEUU*

Como muestra el análisis anterior, hay dos fuerzas poderosas que se
opondrían a la expansión militar estadounidense.

La primera y más poderosa fuerza es el propio desarrollo de China. El
desarrollo económico de China no solo es fundamental para mejorar el
nivel de vida del pueblo chino, sino que, en última instancia, ayudará a
China a igualar el poder militar de EEUU, que será el último elemento
disuasorio de la agresión militar.

La segunda fuerza son muchos países, incluida la mayoría de la población
mundial, que se oponen a la agresión estadounidense desde un punto de
vista moral y de interés propio directo. El intento de EEUU de compensar
sus deficiencias económicas a través de medios militares/políticos
inevitablemente significa que sus acciones dañarán los intereses de
otros países que representan la gran mayoría de la población mundial.

Por ejemplo, EEUU intentó expandir la OTAN hacia el este, lo que provocó
una guerra en Ucrania, y provocó a su vez que los precios mundiales de
los alimentos se dispararan, ya que Rusia y Ucrania son los mayores
proveedores mundiales de trigo y fertilizantes; la prohibición de Huawei
de las redes 5G significa que en todos los países sus ciudadanos tienen
que pagar costos de comunicación más altos; EEUU presiona a Alemania
para que compre gas natural licuado estadounidense en lugar de gas
natural ruso, elevando los precios de la energía en Alemania; EEUU
intenta evitar que otros países busquen la independencia nacional. De
hecho, la gente de otros países se ve obligada a pagar por la política
estadounidense de agresión militar, que inevitablemente conducirá a la
resistencia.

Por lo tanto, estas dos fuerzas, el propio desarrollo de China y el
hecho de que las políticas estadounidenses no están en los intereses de
la gran mayoría de la población mundial, constituyen el principal
obstáculo para la expansión militar estadounidense y están claramente
interrelacionadas.

Si bien la resistencia de la mayoría de la población mundial a la
política estadounidense es una fuerza poderosa, la fuerza más poderosa
es el propio desarrollo de China, y esto se debe a que el pueblo chino
ha hecho grandes sacrificios para lograr este objetivo desde la
fundación del Partido Comunista Chino y la República Popular de China.
Pero para ser la fuerza más poderosa debe mantener un frente unido con
la mayoría de la población mundial oprimida por EEUU.

Por lo tanto, formar ese frente unido contra la opresión estadounidense
es la tarea más crítica en la situación mundial actual. Los forasteros
pueden entender claramente el marco general, pero solo aquellos con
información de alto nivel pueden juzgar con precisión todos los pasos
específicos y qué políticas necesarias deben adoptarse.

*Elección de América*

En 1912, el jefe del Estado Mayor alemán, von Moltke, hizo la infame
declaración de que «dado que la guerra es inevitable, ¡cuanto antes
mejor!» A los ojos de Alemania en ese momento, esto era perfectamente
razonable. Rusia y EEUU estaban creciendo más rápido que Alemania, lo
que inevitablemente los llevaría a ser militarmente más fuertes. Por lo
tanto, von Moltke llamó a la guerra lo antes posible.

El peligro inmediato para China y toda la humanidad es que EEUU,
derrotado en una competencia económica pacífica, está bajo presión para
recurrir cada vez más a la expansión militar. Como se analizó al inicio
de este artículo, el proceso ya ha comenzado. EEUU está listo para pasar
de apuntar a los países en desarrollo a confrontar a la potencia nuclear
rusa. Al mismo tiempo, EEUU decidió ejercer la máxima presión sobre
«aliados» como Alemania, obligándolos a obedecer, perjudicando así sus
propios intereses.

Sin embargo, EEUU sigue dudando, aparentemente evaluando la situación
para ver qué tan arriesgado es escalar su expansión militar. Aunque ha
amenazado con incorporar a Ucrania a la OTAN, ha provocado la guerra y
está brindando asistencia militar, EEUU no se ha atrevido a enviar
tropas directamente para participar en la guerra. Esto sugiere que, si
bien EEUU está explorando la mejora de su estrategia de expansión
militar para apuntar a las principales potencias, aún no se sabe si se
desplegará por completo.

Obviamente, esto afecta directamente las relaciones entre Rusia y China
y hace que el resultado de la guerra de Ucrania sea crucial. Las buenas
relaciones entre China y Rusia son un enorme obstáculo económico y
militar ante la amenaza de guerra en EEUU. Por lo tanto, el objetivo
estratégico central de la política estadounidense es dividir a Rusia y
China y luego derrotarlos individualmente, incluso a través de la fuerza
militar.

*La guerra de Ucrania y la situación internacional*

Resumiendo esta situación global, la crisis de Ucrania exhibe
naturalmente características específicas de cada país. Pero también
demuestra la escalada de la política militar internacional de EEUU,
causada por el debilitamiento de la economía mientras sigue teniendo
poderío militar. El ímpetu creado por esta situación es que la política
estadounidense de escalada militar continuará a menos que sufra un
fracaso externo. En resumen, la escalada de la política militar de los
EEUU de atacar a los países en desarrollo a cruzar la línea roja de las
principales potencias como Rusia está determinada por la situación
general en los EEUU. No es temporal, sino que continuará. Esto significa
que esta política militar agresiva también tendrá como objetivo a China.

También significa que la expansión militar estadounidense no será
detenida por la oposición de los grupos pacifistas nacionales o sus
«aliados». Solo China y la gran mayoría de los países del mundo que han
sido víctimas de la política estadounidense pueden detener la expansión
militar estadounidense: la gran mayoría de la población se concentra en
los países en desarrollo. Entre las dos fuerzas que se oponen a la
agresión estadounidense, el propio desarrollo de China es la más poderosa.

*En conclusión*

• Lamentablemente, la única visión realista de la situación global es
que debe esperarse un aumento de las acciones agresivas de los EEUU
contra China y otros países, no solo en el ámbito económico, sino
especialmente en áreas donde los EEUU pueden usar directa o
indirectamente el poder militar.
• EE.UU. sólo se tambalea cuando sufre la derrota. Por supuesto, se
deben aprovechar todas las oportunidades para que EEUU se vuelva
«pacífico». Pero también hay que reconocer que cuando se encuentre con
una derrota, intentará recargar baterías, y cuando se recupere,
implementará una nueva ronda de políticas de agresión.
• Derrotar la agresión estadounidense depende ante todo del desarrollo
general de China: económico, militar y en todas las demás áreas.
• El mayor poder de China también beneficia a otros países que han
sufrido la agresión de EEUU.
• Siguiendo el desarrollo del propio poder de China, la fuerza más
importante para prevenir la agresión de EEUU es la mayoría de la
población mundial y aquellos países que se ven perjudicados por la
política de EEUU, contra la agresión de EEUU.
• La escalada de la agresión militar de EEUU, directa o indirecta,
depende de cuánto sea derrotado en luchas específicas: cuanto más
exitoso sea EEUU, más agresivo se volverá; cuanto más débil se vuelva,
más «amante de la paz» se convertirá.
• A corto plazo, por lo tanto, el resultado de la guerra de Ucrania será
crucial. Si EEUU tiene éxito en esta guerra, se volverá más agresivo con
China. En caso contrario, su ataque a China se debilitará.

No podemos predecir los detalles de la política agresiva de EEUU. Pero a
menos que EEUU sufra un fracaso del tipo analizado anteriormente, la
realidad de una economía estadounidense débil y un ejército fuerte sin
duda llevará a EEUU a intensificar su política de expansión militar en
todos los ámbitos.

  * *Luo Siyi es Investigador principal del Instituto Chongyang de
    Investigación Financiera, Universidad Renmin de China.

Em
OBSERVATORIO DE LA CRISIS
https://observatoriocrisis.com/2022/05/18/experto-chino-estados-unidos-solo-se-tambalea-si-es-derrotado-militarmente/
18/5/2022

terça-feira, 17 de maio de 2022

El imperialismo nunca terminó, sólo cambió de forma

 
     


  Los países ricos han drenado 152 billones de dólares del Sur global
  desde 1960



Traducido por Luis Lluna Reig

Desde hace tiempo sabemos que el ascenso industrial de los países ricos
dependía de la extracción del Sur global durante la época colonial. La
revolución industrial europea se basó en gran medida en el algodón y el
azúcar, que se cultivaron en tierras robadas a los indígenas americanos,
con el trabajo forzado de los esclavos africanos. La extracción de Asia
y África se utilizó para pagar la infraestructura, los edificios
públicos y los estados de bienestar en Europa, todos los indicadores del
desarrollo moderno. Pero, a su vez, los costes para el Sur fueron
catastróficos: genocidio, despojo, hambruna y empobrecimiento masivo.

Finalmente, a mediados del siglo XX, las potencias imperiales retiraron
la mayoría de sus banderas y ejércitos del Sur. Pero durante las décadas
que siguieron, los economistas e historiadores asociados a la «teoría de
la dependencia» alegaron que los patrones básicos de apropiación
colonial seguían vigentes y continuaban definiendo la economía global.
El capitalismo nunca terminó, argumentaban, sólo cambió de forma.

Tenían razón. Investigaciones recientes demuestran que los países ricos
siguen dependiendo de una gran apropiación neta del Sur global, que
incluye decenas de miles de millones de toneladas de materias primas y
cientos de miles de millones de horas de trabajo humano al año
–incorporados no sólo en productos básicos, sino también en bienes
industriales de alta tecnología como teléfonos inteligentes, ordenadores
portátiles, chips informáticos y automóviles, que en las últimas décadas
han pasado a fabricarse mayoritariamente en el Sur.

Este flujo de apropiación neta se produce porque los precios son
sistemáticamente más bajos en el Sur que en el Norte. Por ejemplo, los
salarios pagados a los trabajadores del Sur son, por término medio, una
quinta parte del nivel de los salarios del Norte. Esto significa que por
cada unidad de trabajo y recursos incorporados que el Sur importa del
Norte, se ve obligado para pagarla a exportar muchas más unidades.

Los economistas Samir Amin y Arghiri Emmanuel lo describen como una
«transferencia oculta de valor» desde el Sur, que sostiene altos niveles
de ingresos y consumo en el Norte. La fuga se produce de forma sutil y
casi imperceptible, sin la declarada violencia de la ocupación colonial
y, por tanto, sin provocar protestas ni indignación moral.

En un reciente artículo publicado en la revista New Political Economy,
nos basamos en el trabajo de Amin y otros autores para cuantificar la
magnitud de la fuga debida al desigual intercambio durante la era
poscolonial. Descubrimos que la fuga aumentó drásticamente durante los
años ochenta y noventa, cuando se impusieron los programas neoliberales
de ajuste estructural en todo el Sur global. En la actualidad, el Norte
global importa del Sur productos básicos por valor de 2,2 billones de
dólares [unos 2 millones de euros] al año, en precios del Norte. En
perspectiva, esa cantidad de dinero bastaría para acabar con la pobreza
extrema, a nivel mundial, aun siendo esta quince veces mayor que la actual.

Durante todo el periodo que va de 1960 hasta hoy, la fuga ascendió a 62
billones de dólares [57 billones de euros] en términos reales. Si este
valor hubiera sido retenido por el Sur, contribuyendo a su crecimiento
según sus propias tasas durante este periodo, tendría hoy un valor de
152 billones de dólares [138 billones de euros].

Son sumas extraordinarias. Para el Norte global (y aquí nos referimos a
Estados Unidos, Canadá, Australia, Nueva Zelanda, Israel, Japón, Corea y
las economías ricas de Europa), las ganancias son tan grandes que,
durante las últimas dos décadas, han superado la tasa de crecimiento
económico. En otras palabras, el crecimiento neto del Norte depende de
la apropiación del resto del mundo.

Para el Sur, las pérdidas superan por un amplio margen las
transferencias de ayuda exterior. Por cada dólar de ayuda que recibe el
Sur, pierde 14 dólares [12,64 euros] sólo en drenaje por el intercambio
desigual, sin contabilizar otros tipos de pérdidas como los flujos
financieros salientes ilícitos y la repatriación de beneficios. Por
supuesto, la proporción varía según el país –es más alta para unos que
para otros– pero en todos los casos, el discurso de la ayuda oculta una
realidad más oscura de saqueo. Los países pobres están desarrollando a
los países ricos, no al revés.

Los economistas neoclásicos tienden a ver los bajos salarios del Sur
como algo «natural» –una especie de resultado neutral del mercado–. Pero
Amin y otros economistas del Sur global sostienen que las desigualdades
salariales son artefactos del poder político.

Los países ricos tienen el monopolio de la toma de decisiones en el
Banco Mundial y el Fondo Monetario Internacional (FMI), tienen la mayor
parte del poder de negociación en la Organización Mundial del Comercio,
utilizan su poder como acreedores para dictar la política económica en
las naciones deudoras y controlan el 97% de las patentes del mundo. Los
Estados y las empresas del Norte aprovechan este poder para abaratar los
precios de la mano de obra y los recursos en el Sur global, lo que les
permite lograr una apropiación neta mediante el comercio.

Durante las décadas de los 80 y 90, los programas de ajuste estructural
del FMI redujeron los salarios y el empleo en el sector público, al
tiempo que recortaron los derechos laborales y otras normas de
protección, todo lo cual abarató la mano de obra y los recursos. Hoy en
día, los países pobres dependen estructuralmente de la inversión
extranjera y no tienen más remedio que competir unos contra otros para
ofrecer mano de obra y recursos baratos con el fin de complacer a los
barones de las finanzas internacionales. Esto garantiza un flujo
constante de aparatos desechables y moda rápida hacia los consumidores
acomodados del Norte, pero con un coste extraordinario para las vidas
humanas y los ecosistemas del Sur.

Hay varias formas de solucionar este problema. Una de ellas sería
democratizar las instituciones de la gobernanza económica mundial, de
tal modo que los países pobres tengan una participación más justa en la
fijación de las condiciones comerciales y financieras. Otra medida sería
garantizar que los países pobres tengan derecho a utilizar los
aranceles, las subvenciones y otras políticas industriales para crear
una capacidad económica soberana. También podríamos dar pasos hacia un
sistema global de salarios dignos y un marco internacional de
regulaciones medioambientales, que pondrían un nivel mínimo a los
precios de la mano de obra y los recursos.

Todo ello permitiría al Sur captar una parte más justa de los ingresos
del comercio internacional y liberar a sus países para una movilización
de sus recursos en orden a la eliminación de la pobreza y la
satisfacción de las necesidades humanas. Pero alcanzar estos objetivos
no será fácil; requerirá un frente organizado entre los movimientos
sociales dirigido hacia el logro de un mundo más justo, en contra de
aquellos que se benefician tan prodigiosamente del /statu quo./

*Autores:*

/– Jason Hickel, Académico de la Universidad de Londres y Miembro de la
Real Sociedad de Arte del Reino Unido./

/– Dylan Sullivan, estudiante de posgrado en el Departamento de Economía
Política de la Univer-sidad de Sidney. /

/– Huzaifa Zoomkawala, investigador independiente y analista de datos
con sede en Karachi./

Fuente:
https://www.aljazeera.com/opinions/2021/5/6/rich-countries-drained-152tn-from-the-global-south-since-1960 <https://www.aljazeera.com/opinions/2021/5/6/rich-countries-drained-152tn-from-the-global-south-since-1960>

Em
REBELION
https://rebelion.org/los-paises-ricos-han-drenado-152-billones-de-dolares-del-sur-global-desde-1960/
17/5/2022

terça-feira, 10 de maio de 2022

9 de Maio, Dia da Grande Vitória contra o nazismo

 


 


    Vladimir Putin [*]

Praça Vermelha, 9/Maio/2022.

Companheiros cidadãos russos,
Caros veteranos,

Camaradas soldados e marinheiros, sargentos e sub-tenentes,
guarda-marinhas e primeiros sargentos,

Camaradas oficiais, generais e almirantes,

Congratulo-vos pelo Dia da Grande Vitória!

A defesa da nossa Terra Mãe quando o seu destino estava em causa sempre
foi sagrada. Foi com o sentimento de verdadeiro patriotismo que a
milícia de Minin e Pozharsky levantou-se pela Terra Pátria, que soldados
avançaram na ofensiva no Campo de Borodino e combateram o inimigo fora
de Moscovo e Leningrado, Kiev e Minsk, Stalingrado e Kursk, Sebastopol e
Karkov.

Hoje, tal como no passado, estão a combater pelo nosso povo no Donbass,
pela segurança da nossa Pátria Mãe, pela Rússia.

O dia 9 de Maio de 1945 foi consagrado para sempre na história mundial
como um triunfo do povo soviético, da sua coesão e poder espiritual, um
feito sem paralelo nas linhas de frente e na frente interna.

O Dia da Vitória é querido de modo íntimo por todos nós. Não há família
na Rússia que não tenha sido queimada pela Grande Guerra Patriótica. A
sua memória nunca se desvanece. Neste dia, filhos, netos e bisnetos dos
heróis marcham num fluxo infindável do Regimento Imortal. Eles levam
fotos dos membros da sua família, os soldados caídos que permaneceram
jovens para sempre, e os veteranos que já se foram.

Temos orgulho na inquebrantável geração corajosa dos vitoriosos, estamos
orgulhosos de sermos os seus sucessores e é nosso dever preservar a
memória daqueles que derrotaram o nazismo e confiaram-nos sermos
vigilantes e fazermos tudo para impedir o horror de uma outra guerra global.

Portanto, apesar de todas as controvérsias nas relações internacionais,
a Rússia sempre advogou o estabelecimento de um sistema de segurança
igual e indivisível que é criticamente necessário para toda a comunidade
internacional.

Em Dezembro último propusemos assinar um tratado de garantias de
segurança. A Rússia instou o Ocidente a manter um diálogo honesto em
busca de soluções significativas e comprometedoras, e levar em conta os
interesses de cada um dos outros. Tudo em vão. Os países da NATO não
quiseram prestar-nos atenção, o que significa que tinham planos
totalmente diferentes. E nós vimos isto.

Uma outra operação punitiva no Donbass, uma invasão das nossas terras
históricas, incluindo a Crimeia, estava abertamente em preparação. Kiev
declarou que podia conseguir armas nucleares. O bloco da NATO lançou uma
ativa acumulação militar nos territórios adjacentes ao nosso.

Assim, uma ameaça absolutamente inaceitável estava ser firmemente criada
exatamente junto às nossas fronteiras. Havia todas as indicações de que
um choque com neo-nazis e banderistas apoiados pelos Estados Unidos e
seus comparsas era inevitável.

Deixe-me repetir, nós vimos a infraestrutura militar sem acumulada,
centenas de conselheiros estrangeiros a começarem a trabalhar e
fornecimentos regulares de armamento de ponta a ser entregue de países
NATO. A ameaça crescia a cada dia.

A Rússia lançou um ataque antecipativo à agressão. Foi uma decisão
forçada, em tempo hábil e a única correta. Uma decisão de um país
soberano, forte e independente.

Os Estados Unidos começaram por afirmar o seu excepcionalismo,
particularmente após o colapso da União Soviética, denegrindo assim não
só o mundo inteiro mas também os seus satélites, que têm de fingir não
ver nada e de o tolerar obedientemente.

Mas nós somos um país diferente. A Rússia tem um carácter diferente.
Nunca abandonaremos o nosso amor pela Mãe Pátria, nossa fé e valores
tradicionais, nossos costumes ancestrais e respeito por todos os povos e
culturas.

Enquanto isso, o Ocidente parece estar prestes a cancelar estes antigos
valores milenares. Tal degradação moral está subjacente nas cínicas
falsificações da história da II Guerra Mundial, escalando a russofobia,
louvando traidores, ridicularizando a memória das suas vítimas e
apagando a coragem daqueles que venceram a Vitória através do sofrimento.

Estamos conscientes de que veteranos dos EUA que pretendiam vir à parada
em Moscovo foram realmente proibidos de assim fazer. Mas quero que
saibam: Estamos orgulhosos dos seus feitos e da sua contribuição para a
nossa Vitória comum.

Honramos todos os soldados dos exércitos aliados – os americanos, o
inglês, o francês, combatentes da Resistência, bravos soldados e
partisans na China – todos aqueles que derrotaram o nazismo e o militarismo.

Camaradas,

A milícia do Donbass juntamente com o Exército Russo hoje estão a
combater na sua terra, onde os príncipes Svyatoslav e Vladimir Monomakh,
soldados sob o comando de Rumyantsev e Potemkin, Suvorov e Brusilov
esmagaram os seus inimigos, onde os heróis da Grande Guerra Patriótica
Nikolai Vatutin, Sidor Kovpak e Lyudmila Pavlichenko permaneceram até ao
fim.

Estou a dirigir-me às nossas Forças Armadas e à milícia do Donbass.
Estão a combater pela nossa Terra Mãe, pelo seu futuro, de modo a que
ninguém esqueça as lições da II Guerra Mundial, de modo a que não haja
lugar no mundo para torturadores, esquadrões da morte e nazis.

Hoje, inclinamos as nossas cabeças à memória sagrada de todos aqueles
que perderam as suas vidas na Grande Guerra Patriótica, às memórias dos
filhos, filhas, pais, mães, avós, esposos, viúvas, irmãos, irmãs,
parentes e amigos.

Inclinamos as nossas cabeças à memória dos mártires de Odessa que foram
queimados vivos na Casa dos Sindicatos em Maio de 2014, à memória dos
idosos, mulheres e crianças do Donbass que foram mortos e atrozes e
bárbaros bombardeamentos pelos neo-nazis. Inclinamos as nossas cabeças
aos nossos camaradas combatentes que morreram corajosamente numa batalha
justa – pela Rússia.

Declaro um minuto de silêncio.

(Um minuto de silêncio)

A perda de cada oficial e soldado é penosa para todos nós e
irrecuperável para os familiares e amigo. O governo, autoridades
regionais, empresas e organizações públicas farão tudo para envolver
tais famílias com cuidados e para ajudá-las. Apoio especial será dado
aos filhos dos camaradas de armas mortos e feridos. A Ordem Executiva
Presidencial para isto foi assinada hoje.

Desejo uma recuperação rápida aos soldados e oficiais feridos e agradeço
aos médicos, paramédicos, enfermeiros e equipes de hospitais militares
pelo seu trabalho abnegado. Nossa mais profunda gratidão vai para vós
por salvar cada vida, muitas vezes sem pensar em si mesmos sob
bombardeamento nas linhas de frente.

Camaradas,

Soldados e oficiais das muitas regiões da nossa enorme Terra Mãe,
incluindo aqueles vindos diretamente do Donbass, da área de combate, que
agora estão aqui ombro a ombro, na Praça Vermelha.

Recordamos como inimigos da Rússia tentaram usar gangues internacionais
contra nós, como tentaram semear rixas inter-étnicas e religiosas de
modo a enfraquecer-nos a partir de dentro e a dividir-nos. Eles
fracassaram completamente.

Hoje, nossos guerreiros de diferentes etnicidades estão a combater
juntos, a escudarem-se uns aos outros de balas e estilhaços, como irmãos.

É aqui que repousa o poder da Rússia, um grande poder invencível da
nossa nação unida multi-étnica.

Estão hoje a defender aquilo porque combateram os seus pais, avós e
bisavós. O bem estar e segurança da Terra Mãe foi a sua prioridade
principal em vida. A lealdade para com a nossa Terra Pátria é o valor
principal e um fundamento confiável da independência da Rússia para nós,
seus sucessores, também.

Aqueles que esmagaram o nazismo durante a Grande Guerra Patriótica
deram-nos um exemplo de heroísmo para todas as eras. Esta é a geração
dos vitoriosos, e nós sempre os admiraremos.

Glória às nossas heroicas Forças Armadas!

Hurra!


        09/Maio/2022


    [*] Discurso no dia 9/Maio/2022, 77º aniversário da Grande Vitória
    contra o nazismo, na Praça Vermelha.

Em

RESISTIR.INFO

https://www.resistir.info/russia/putin_09mai22.html

9/5/2022