quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Agrofloresta

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=rU9W_FBHwvA#t=47

Governo Dilma abandonou a Reforma Agrária


Por Iris Pacheco
Da Página do MST

O governo Dilma apresenta o pior índice de desapropriação de terras dos últimos
20 anos. Em 2012, apenas 28 imóveis rurais foral alvo de decreto. Em 2013,
nenhum imóvel foi desapropriado até o momento.

Durante o primeiro semestre desse ano, movimentos sociais do campo realizaram
diversas jornadas de lutas, com pautas conjuntas ou específicas, colocando a
necessidade emergencial do governo realizar a Reforma Agrária no Brasil.

De acordo com Alexandre Conceição, da Coordenação Nacional do MST, o governo
abandonou a Reforma Agrária e absteve-se de cumprir a sua obrigação
constitucional.

Conceição também afirma que, no próximo período, o MST vai intensificar as
jornadas de lutas contra a ofensiva do capital estrangeiro e fará ocupações de
latifúndios improdutivos.

Ao mesmo tempo, fará alianças para consolidar a construção do projeto da Reforma
Agrária Popular, diante da necessidade de mudança do modelo agrícola do país.

Confira a entrevista concedida à Página do MST:

O governo permanece em silêncio no quesito Reforma Agrária. Qual é sua avaliação
sobre essa postura?

O governo Dilma abandonou a Reforma Agrária. Ao fazer isso, não está apenas se
acovardando, mas cometendo uma violação constitucional - que perdura desde o
estabelecimento da Constituição - e que no último período tem se agravado de
maneira muito crítica.

Essa postura do governo deixa claro a opção em benefício do latifúndio e sua
posição de refém da aliança com o agronegócio.

Por que o governo não desapropria latifúndios para a Reforma Agrária?

Porque o governo aposta no agronegócio como modelo de desenvolvimento para o
campo. Temos dialogado com o governo, mas sem resultados concretos.

Segundo dados do Incra, atualmente há mais de 180 milhões de hectares
classificados como grande propriedade improdutiva no país. O governo não se mexe
para promover a democratização da terra.

Não conseguimos nada porque o núcleo central do governo não quer saber da
Reforma Agrária. Diariamente novos procedimentos e portarias são inventados e
emperram ainda mais o processo.
A Reforma Agrária depende de desapropriações de grandes propriedades
improdutivas, como determina a Constituição.

Quanto de recursos públicos o governo destina para os agricultores familiares e
para os latifundiários?

Neste ano, foram disponibilizados R$ 21 bilhões no Plano Safra 2013/2014 para a
agricultura familiar. O valor é 16,6% maior que o destinado ao setor no ano
passado, de R$ 18 bilhões.

Para o agronegócio, no entanto, se disponibilizou R$ 136 bilhões, ou seja, dez
vezes mais investimentos do que à agricultura familiar, responsável por produzir
70% dos alimentos e gerar nove empregos por hectare.

Além disso, o agronegócio, que está completamente endividado, protela as dívidas
com o governo brasileiro, enquanto as dívidas dos agricultores familiares nos
bancos demoraram para serem renegociadas.

Os índices de produtividade ainda são um entrave em todo o processo?

O índice de produtividade do Brasil não é atualizado desde 1975 e segue sendo um
dos piores da América Latina. Nesses mais de 30 anos, o campo passou por muitas
mudanças e se torna inconcebível nivelar a produção agrícola atual com a de
1975.

O governo não teve a coragem de rever a questão dos índices. Essa revisão, sem
dúvidas, proporcionaria um grande desentrave na Reforma Agrária no país.

Qual o reflexo para o campo com a inoperância da Reforma Agrária?

Reflete-se na violência do campo. Além de inoperante, é um governo de composição
inclusive com o latifúndio e, por isso, não enfrenta os ruralistas e não
desapropria terras para Reforma Agrária.

Sem avanços na democratização da terra, o Movimento intensificará a luta e
ocupará latifúndios para enfrentar a ofensiva contra os povos do campo.

Nesse aspecto, o Judiciário se converte no principal conivente do latifúndio: é
super ágil para criminalizar os Sem Terra, mas ao mesmo tempo garante a
impunidade dos crimes do latifúndio.

Como você vê o discurso do governo sobre o Judiciário ter emperrado o processo
de novas áreas para criação de assentamento em 2013?

Além de garantir a impunidade dos conflitos no campo, o Poder Judiciário segurá
os processos de criação de novos decretos para desapropriações de áreas.

Dos atuais 523 processos envolvendo Reforma Agrária no país, 234 estão
paralisados.
Portanto, é dever do governo Dilma trabalhar de forma articulada com o
Judiciário para que se resolvam os impasses que deixam as áreas numa situação
jurídica indefinida por anos.

Qual é a importância da Reforma Agrária para a sociedade?

Atualmente, 85% das terras agricultáveis no Brasil cultivam soja, enquanto que a
agricultura familiar é responsável por 70% da produção de alimentos para consumo
interno, mesmo tendo apenas 15% das terras agricultáveis do país.

O agronegócio é apenas uma forma de se apropriar do lucro obtido pelo comércio
agrícola, mas não resolve os problemas do povo. Ao contrário, apenas piora,
principalmente pela incidência do uso de agrotóxicos e transgênicos no país, que
têm afetado a saúde do povo brasileiro.

Esse modelo não serve para o Brasil. Precisamos de um modelo que garanta a
produção de alimentos saudáveis para a sociedade brasileira por um custo de
obtenção considerável. Assim, cria empregos e formas de vida saudáveis para a
população camponesa não se marginalizar nos grandes centros urbanos.

Permitirá desenvolver técnicas de aumentar a produtividade e a produção sem
destruir a biodiversidade do planeta.
O viés para efetivar a construção desse modelo é o projeto da Reforma Agrária
Popular, que defende a desapropriação massiva de áreas improdutivas, tendo a
agroecologia como base para o desenvolvimento do campo.

Diante dessa conjuntura, como o Movimento pretende atuar no próximo período?

O MST vai continuar lutando e ocupando os latifúndios improdutivos, combatendo a
monocultura e lutando contra a ofensiva do capital estrangeiro na agricultura
brasileira.

O governo precisa mexer no índice de concentração fundiária do país, em vez de
investir em programas compensatórios que não promovem a Reforma Agrária, levando
aos assentados e assentadas o endividamento crônico.

Ao mesmo tempo, vamos costurar alianças que consolidem a construção do projeto
de uma Reforma Agrária Popular para o Brasil, ao representar a necessidade de
mudança do modelo agrícola do país.

É necessário reorganizar o setor agroindustrial, baseado em cooperativas e não
grandes empresas transnacionais. Adotar a matriz tecnológica da agroecologia,
preservar o meio ambiente e frear o êxodo rural para as grandes cidades.

******************
MST preconiza que é necessário reorganizar o setor agroindustrial com base em cooperativas de produção de trabalhadores, e não em grandes empresas transnacionais.
******************
In:
www.mst.org.br
http://www.mst.org.br/Governo-Dilma-abandonou-a-Reforma-Agraria-afirma-Alexandre-Conceicao
28/08/2013

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Trabajadores de Lácteos Los Andes nombraron en asamblea la nueva directiva de la empresa en Lara, bajo control obrero



Miembros de los Consejos de Trabajadores y Trabajadoras Socialistas de la empresa estatal
Lácteos Los Andes, con plantas en Lara, Carabobo, Aragua y otras partes del
país, productora de bebidas lácteas, yogurt y otros productos alimenticios,
llegaron hoy a la capital y se concentraron cerca de la sede del Gobierno
Nacional, Palacio de Miraflores, con el propósito de ser recibidos por el
Presidente de la República Nicolás Maduro o por una Comisión Presidencial, para
conversar sobre las graves denuncias de irregularidades y la situación de esa
empresa.
A raíz de sus denuncias, publicadas por Aporrea.org, se presentaron en la planta
de Cabudare uno de los viceministros del Min. de Alimentación y el presidente de
Venalcasa, que interviene en la adquisición de la materia prima y en otras
operaciones de las que depende la empresa. Luego de realizar una inspección
presenciaron una asamblea donde los trabajadores democráticamente, resolvieron
postular y elegir para la dirección de la empresa a un trabajador que ha estado
al frente de todo el esfuerzo realizado para mantener esta planta y denunciar
las irregularidades mencionadas. Se informó que el Ministro de Alimentación
aceptó esa designación hecha por los trabajadores, quienes también proponen que
las otras plantas escojan en asamblea de trabajadores a sus directores.
Hicieron un llamado a los Diputados de la Asamblea Nacional para que se aboquen
a este caso de corrupción y para la defensa del modelo de producción socialista
bajo control obrero que se encuentra en peligro.
También llaman a los trabajadores a seguir este ejemplo de lucha que se está
dando en LLA, en Industrias Diana y en otras empresas donde se está dando la
lucha por la producción socialista y por el control obrero.
Para los trabajadores hay una infiltración del capitalismo para quebrar estas
empresas del sector alimentario.

Antecedentes y Denuncias
Recientemente, los trabajadores denunciaron graves irregularidades, causantes de
enormes pérdidas al Estado y con impacto en el abastecimiento de los productos
lácteos consumidos por el pueblo. Entre estas irregularidades señalaron la
adquisición de más de 355 mil toneladas de leche en polvo en mal estado,
destinada a su utilización en los productos derivados. También denunciaron el
involucramiento de gerentes con empresas exportadoras extranjeras cuyos
productos son adquiridos, de manera no idónea, por Lácteos Los Andes. Detectaron
sobresueldos de casi 17 mil bolívares mensuales cobrados por gerentes y por
asesores externos que no hacen acto de presencia en las plantas. La situación ha
llevado a la reducción de la producción hasta en un 40 % y les quedan menos de
tres semanas de inventario para abastecer el mercado.
Los trabajadores, a pesar de todo esto, se esfuerzan por mantener operativa la
planta principal del Estado Lara (Cabudare) y en otros estados.
Informan que Chávez proyectó la planta más grande de América Latina para la
producción de leche, relacionada con Lácteos Los Andes, que estaría ubicada en
Oriente, pero de la cual hace ya un año que no se sabe nada. Igualmente hay
Unidades de Producción Socialista (UPS) que pasaron a manos de LLA y que no
están operativas y nadie da respuesta, a pesar de que hay un personal que no
está produciendo y que está ocasionando ruinosos gastos para la empresa.

Esperan formalización de los acuerdos logrados
La ratificación y formalización de estos acuerdos es uno de los asuntos que
esperaban abordar y asegurar en la reunión de Miraflores. Mientras se
encontraban concentrados junto a Miraflores se comunicaron con la Radio Voces
Libertarias 97.3 FM (comunitaria ubicada en San Martín – Caracas) para la cual
ofrecieron declaraciones, entrevistados desde el lugar de concentración junto al
Liceo Fermín Toro, a pocos metros de la sede gubernamental nacional.
También fueron a la Fiscalía (Ministerio Público) para presentar denuncias
contra integrantes de la vieja directiva acusada de corrupción por amenazas
contra los integrantes del Consejo de Trabajadores.

Declaraciones para la Radio Voces Libertarias 97.3 FM
En operación conjunta de medios alternativos, dieron declaraciones al ser
entrevistados por Alí Verenzuela, de la Radio Comunitaria Alí Primera de El
Valle, mientras se hacían tomas de video con participación de Aporrea Tvi y de
jóvenes comunicadores de Barrio TV. A continuación reproducimos el audio de
radio y los comentarios que desde la Radio Voces Libertarias emitió su director
Roberto Sanabria ofreciendo su solidaridad.
Entrevista y declaraciones de trabajadores de Lácteos Los Andes Parte 1
Entrevista y declaraciones de trabajadores de Lácteos Los Andes Parte 2

ATENCIÓN EMISORAS DEL CONSEJO NACIONAL DE LA COMUNICACIÓN POPULAR: SE SOLICITA
LA DIFUSIÓN SOLIDARIA DE ESTOS AUDIOS POR TODO EL SISTEMA DE RADIOS COMUNITARIAS
Y ALTERNATIVAS.

In
http://www.aporrea.org/endogeno/n235160.html
27/08/2013

Barreras a vencer en la constitución de las empresas socialistas*


Néstor Aponte
Rebelión

El socialismo parece ser una panacea para la sociedad; sin embargo, por mas
penurias que vive el mundo ni pizca de socialismo, a lo más, socialismos
políticos (de discursos) que no son suficientes para salvar a la clase
trabajadora. El socialismo no termina de nacer porque no hay empresas
socialistas que inicien el desarrollo de una nueva economía que le de viabilidad
a una ideología, una cultura, una política, un derecho, y un Estado socialista.
Si esta es nuestra situación hoy, entonces, ¿cuáles son las barreras que impiden
el surgimiento de la nueva sociedad?
Un primera barrera es ideológica y es aquella que separa a los trabajadores de
dirección de aquellos que administran y ejecutan las tareas de la empresa. Ni
siquiera el desempleo que viven unos y otros es suficiente para unirlos. La
falta de una empresa que los explote dispersa y neutraliza a los trabajadores,
entregándolos a la desesperación y la desunión. Pero, cuando la empresa existe
la ideología capitalista los separa con sus salarios, incentivos y diferencias
de calidad de vida. Hace falta la unidad de intereses y valores que subyacen en
una ideología socialista. Hace falta la empresa socialista que una los intereses
de los trabajadores que ejecutan y con los que dirigen. He aquí el papel y las
tareas de la vanguardia revolucionaria socialista.
La segunda barrera, que fácilmente puede ser la primera, consiste en que la
vanguardia revolucionaria socialista no está preparada para dirigir las empresas
sobre las que tiene la responsabilidad de transformar en socialistas. No sabe
cómo hacerlas productivas y menos aún hacerlas crecer: no sabe cómo expandir la
experiencia de las empresas socialistas a todos los sectores económicos del
país. Esta vanguardia no sabe crear una economía socialista viable, sostenible y
sustentable. Pero, quizás lo peor: no saben, que ese es su gran y único trabajo
para la historia. Lo único de lo que saben, y a medias, es sobre la lucha
política callejera. No comprenden, que no sólo se trata de tomar el poder
político (para lo cual ya hay mucha división en la izquierda) de lo que
realmente se trata es de crear una economía socialista que nos permita acceder a
una nueva sociedad. Requerimos de una vanguardia de primera línea que sepa
avanzar en lo político para abrir caminos a una economía que le de sustento a lo
social: al socialismo.
La tercera barrera la conforman los sectores de la vanguardia revolucionara que
asumen el hecho productivo como una forma de hacer política circunstancial y no
como una forma de vida donde se construirán los valores y la economía
socialista. El control político de las empresa, por parte de la clase
trabajadores, es apenas (cuando se da) un comienzo cuyo riesgo de fracaso
aumenta si no se conoce ni se asume la responsabilidad (ideológica y gerencial)
de echarla adelante y hacerla crecer en forma socialista.
La cuarta barrera la conforma la visión de corto plazo de la vanguardia
revolucionaria socialista; así como sus compromisos reaccionarios con la
burguesía. La acción política diaria nos seduce y nos hace perder el rumbo.
Pero, los compromisos con la burguesía nacional y el imperialismo convierten a
esa vanguardia (como en el caso europeo) en grupos de reaccionarios y traidores,
a los intereses de la clase trabajadora: promotores de catarsis social en lugar
de cambios revolucionarios. De aquí la necesidad de que exista un plan de
gobierno socialista y revolucionario mundial que apalanque la acción de toda la
izquierda. Aquella, donde unos estén dedicados a construir las empresas
socialistas, hasta lograr la hegemonía de la economía socialista; otros,
dedicados a las actividades políticas, comprometidos hasta lograr la toma de
poder y el resto comprometidos a construir la cultura y la educación socialista.
Con esta estrategia los partidos y los movimientos sociales contarían con una
dirección colectiva, multi-funcional y polifacética, donde el centro integrador
sea el plan de gobierno socialista orientador, del esfuerzo conjunto de
transformación de la sociedad.
La quinta barrera es el financiamiento y la prioridad que le dé el plan de
gobierno socialista y la vanguardia a la conformación y formación
ideológico-gerencial de la vanguardia económica socialista. Sin la esperanza
puesta en la formación y en el impulso de las empresas socialista como vía para
apalancar la toma del Estado burgués para transformarlo en socialista será
imposible la construcción del socialismo. Venceremos y viviremos, que viva el
socialismo, Carajo.

In
Rebelión
http://rebelion.org/noticia.php?id=173100
28/08/2013
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* O projeto de construção de "empresas socialistas", o que implica o
autogoverno dos trabalhadores na política e também nas unidades de trabalho,
esteve presente -real ou virtualmente- no movimento operário e popular em geral,
em especial na Comuna de Paris e na Revolução Soviética. Aparen-
temente, dada a influência da Revolução no movimento comunista inter-
nacional, bem como, devido ao curso por ela seguido, que eclipsou os
"soviets" em geral, e em particular os "soviets" de empresas, a temática
relativa aos "produtores associados" esmaeceu no movimento operário
em favor de uma visão de concentração dos esforços nas lutas econômi-
cas corporativas ou na política - frequentemente reduzida a política parla-
mentar. Recentemente, a temática relativa ao trabalho associado ressurgiu
em diversos países na forma de luta pelo controle operário, a recuperação
de fábricas e a formação de cooperativas de trabalhadores. No entanto,
a dificuldade de integração dessas esferas subsiste, o que se manifesta
amiúde tanto na uniteralização da política quanto do universo do
trabalho.
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sábado, 24 de agosto de 2013

Renacionalización y autogestión obrera de Pemex


24-08-2013

Editorial de Unidad Socialista


Los voraces grupos dominantes económicos y políticos están ansiosos por culminar
con la privatización furtiva que ha venido carcomiendo desde hace tres décadas a
la industria más lucrativa del país, la energética: integrada por Pemex y la
Comisión Federal de Electricidad (CFE). Tanto en su rama eléctrica y
principalmente en la petrolera, esta industria es la fuente de multimillonarias
ganancias que el capital está deseoso de acumular lo más pronto posible sólo
para él mismo.
La renta petrolera es, de lejos, al nivel mundial el origen de las riquezas más
fabulosas del sistema capitalista. El petróleo es la sangre misma del sistema,
la mercancía de mercancías por antonomasia que lo mueve. Los monopolios
petroleros imperialistas –Exxon-Mobil, BP (antes British Petroleum), Shell,
Chevron, Total, Repsol YPF, las compañías perforadoras como Halliburton y
Schulumberger– constituyen las compañías más ricas y poderosas del mundo. Y son
las descendientes de las mismas compañías que en 1938 fueron expropiadas por el
gobierno de Lázaro Cárdenas y que desde ese momento no han cesado de presionar a
los sucesores de éste en Los Pinos, priistas y panistas por igual, para que
revoquen las leyes nacionalizadoras de entonces.
Mucho han logrado en las décadas subsiguientes con una privatización furtiva que
se aceleró a partir de la llegada de los gobiernos crudamente neoliberales en
los 80's, en un proceso que Peña Nieto está dispuesto a culminar con sus leyes
que representan la completa reprivatización de la industria petrolera,
convirtiendo a Pemex en una simple oficina de permisos de explotación sin
control fundamental de la producción. Con la (contra) reforma de Peña el gran
capital trasnacional podrá explotar ya sin cortapisas legales los yacimientos
del subsuelo, comercializar la gasolina de las refinerías, dominar por completo
la petroquímica y, como cereza del pastel, exportar también hidrocarburos y sus
derivados.
Desde 1938, Pemex se convirtió y sigue siendo por mucho la compañía más
importante del país, ocupando en la jerarquía mundial el séptimo lugar entre las
petroleras. Ha sido el pilar fundamental donde se ha apoyado el crecimiento
económico logrado hasta hoy, ciertamente a un costo altísimo pues los moldes
capitalistas que han determinado su condición de compañía sometida a la ordeña
sin medida de sus recursos para abaratar la energía a la industria y ahorrarle
miles de millones de impuestos a los burgueses nacionales e imperialistas (40
por ciento del presupuesto federal es financiado con los petropesos), la han
descapitalizado.
Pero la voracidad y la codicia burguesas no han sido saciadas, el gran Kapital
está ansioso por eliminar toda restricción a su intervención directa en la
industria, de ello es muestra el coro ensordecedor de todos los medios de
comunicación en su poder, nacionales y extranjeros, que derraman alabanzas y
pintan de color de rosa las perspectivas de la privatización en marcha. “La
gasolina no será cara, la electricidad igualmente será más barata, habrá más
empleos, la vida también será más barata”. Pero la realidad es más terca: la
privatización de Teléfonos de México no abarató el servició y sí creó al hombre
más rico no sólo de México sino del mundo, los bancos en su mayoría en manos de
extranjeros son el emporio de multimillonarias ganancias que se van del país a
costa de prestar dinero a intereses altísimos. Es un crimen decir y pretender
engañar al pueblo con la cantaleta absolutamente mentirosa de que la
privatización petrolera significará mayor bienestar para el pueblo de México.
Exactamente lo contrario es el caso.
Reto al pueblo
Peña Nieto, el PRI y el PAN, con el PRD como su cómplice vergonzante, en
colaboración estrecha con la casta de los jueces de los tribunales, comenzando
por los de la Suprema Corte de Justicia, expresan sin mediaciones los intereses
económicos antes mencionados y están echando toda la carne al asador para
conseguir la reforma que abrirá de par en par la explotación energética a los
inversionistas privados nacionales y extranjeros.
¿Qué hacer ante tamaño desafío? La prueba fundamental que está representando la
total desnudez del sistema político nacional, representante sin tapujos del gran
capital nacional e internacional frente a la población, obliga a definiciones
esenciales.
La “oposición” burguesa representada por el PAN a la derecha y por el PRD a la
izquierda, ambos partidos cuyo caudal de votos en las elecciones presidenciales
del 2012 fue mayor al caudal del PRI, ha demostrado que no está operando como
representante nacional de esos intereses populares mayoritarios. El PAN, de
hecho es el aliado estratégico de Peña Nieto, su postura es de franca y total
subordinación al capital imperialista. El PRD, el cómplice de izquierda
vergonzante de Peña Nieto en el Pacto por México, está sacudido por una crisis
al verse desgarrado cada vez más fuertemente con respecto a sus masivos apoyos
populares. La exigencia de López Obrador (AMLO) a la dirección perredista
conciliadora de romper su compromiso con el Pacto por México es una clara
demostración de ese desgarramiento existente entre las bases populares
perredistas, hoy divididas entre los chuchos y Morena.
Cuauhtémoc Cárdenas ha surgido como un potencial posible unificador de las dos
corrientes principales del perredismo. Pero su postura de demandar la suspensión
de las reformas hasta el 2015 y de convocar a un plebiscito nacional para
decidir sobre ellas, inmediatamente la han hecho suya los chuchos conciliadores.
Ellos tampoco tienen prisa.
Por su parte AMLO ha convocado para el 8 de septiembre a una movilización en el
Zócalo de la ciudad de México, en la cual expondrá sus posiciones, contrarias a
las propuestas de Peña, pero sin proponer todavía una salida realmente viable de
acuerdo con la urgencia de la situación y el gran calado que conlleva la apuesta
de Peña. AMLO a su modo también se está viendo desbordado por la situación,
mostrando que su alternativa, básicamente electoral, es por completo
insuficiente.
Alternativa revolucionaria
La alternativa verdaderamente revolucionaria, la única posible de detener la
ofensiva del gran capital sólo puede venir de una movilización popular
democrática e independiente, cuyo eje fundamental sean los trabajadores, en
primer lugar los petroleros y sus aliados naturales, los trabajadores de la
industria eléctrica, también en la mira privatizadora de Peña.
Los sindicatos petrolero (STPRM) y electricista (SUTERM) maniatados por las
poderosas jerarquías burocráticas de los charros, parecen impotentes ante la
situación. Pero su base se mueve, los trabajadores de estas industrias tienen en
sus manos la llave de la solución favorable para los intereses nacionales:
evitar la vuelta de las petroleras imperialistas, a la situación anterior a
1938, evitar la total reprivatización. Su acción que reivindicaría su
protagonismo como actores esenciales en el conflicto potencial, romperá los
esquemas y los planes gubernamentales. Su organización autónoma, democrática e
independiente pondrá en jaque a los charros y se proyectará en una lucha que no
puede sino encaminarse a la huelga.
Los trabajadores petroleros en 1937-38 con sus huelgas y movilizaciones fueron
quienes determinaron finalmente la decisión del gobierno de Cárdenas de
expropiar a las compañías inglesas y estadounidenses. Más de 70 años después la
situación de la lucha nacional y proletaria también está convocando al
protagonismo clave de los trabajadores petroleros, electricistas y de sus
aliados en general, el proletariado mexicano.
No es sensato pensar que la crisis de Pemex se resolverá dejándola en las manos
corruptas y mafiosas de los funcionarios y los burócratas sindicales que la han
conducido a su situación actual de mala administración y de ordeña impune. Sólo
el surgimiento combativo de los trabajadores de las industrias energéticas
nacionalizadas, la eléctrica y la petrolera, podrá ser capaz de detener los
planes de Peña y convocar a los trabajadores y al pueblo de México a luchar por
mantener Pemex y la CFE nacionalizadas bajo el control de sus trabajadores y sus
usuarios que es el pueblo mismo.
La lucha de los socialistas, de los verdaderos revolucionarios, de los sectores
consecuentemente democráticos de México se debe encauzar hacia ese objetivo
central: lograr el ascenso de los trabajadores de las industrias energéticas
para que encabecen la movilización popular que detenga y eche para atrás la
privatización de Pemex y la CFE.
Más que nunca lo que acontece actualmente en nuestro país plantea la necesidad
impostergable de avanzar en la construcción de la organización socialista
revolucionaria que tanto urge para garantizar la victoria de los próximos
combates de los trabajadores y sus aliados populares. Pongamos todo nuestro
esfuerzo en hacerla surgir lo más pronto posible.

Fuente: Editorial de Unidad Socialista, órgano de la Liga de Unidad Socialista
(LUS), núm 55, agosto-septiembre 2013.
*********
In
Rebelión
http://rebelion.org/noticia.php?id=172948
24/08/2013

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Funcionan en Cuba cooperativas no agropecuarias*

martes, 20 de agosto de 2013


Raúl Menchaca (XINHUA)

Un grupo de 124 cooperativas no agropecuarias operan desde hace poco más de un
mes y medio en Cuba, como parte del proceso de actualización del modelo
económico que impulsa el presidente Raúl Castro.

La mayoría de esas nuevas entidades, surgidas de empresas estatales, se ocupan
desde el 1 de julio último de la venta de productos agrícolas, operaciones de
construcción o servicios del transporte, uno de los sectores más carentes y
problemáticos de Cuba.

De ellas, 99 trabajan en mercados agropecuarios en las provincias de La Habana,
Artemisa y Mayabeque, otras cinco en la transportación de pasajeros, así como
dos en recuperación de materias primas y otras vinculadas a los servicios
auxiliares del transporte, como pintura, chapistería, grúas y auxilio en la vía,
fregado, ponche e inflado de neumáticos y mecánica.

En la construcción se constituyeron 12, algunas dedicadas al montaje, reparación
y mantenimiento de sistemas de climatización, congelación, refrigeración,
ventilación y extracción, más otras en la producción de materiales de la
construcción y en los servicios ingenieros relacionados con las inversiones.

En Artemisa y Mayabeque, dos provincias colindantes por La Habana por el oeste y
este, se ensaya un modelo de administración y dirección que se espera se
implante más adelante en toda la isla.

En los mercados gestionados por las cooperativas se mantienen precios regidos
por la oferta y la demanda, aunque por indicación estatal hay precios limitados
para determinados productos como el arroz, la papa o los chícharos.

Las cooperativas también contratan excedentes productivos de los campesinos,
compran en el nuevo mercado mayorista o establecen relaciones contractuales con
otras cooperativas.

En todos los casos, las nuevas estructuras tienen cuentas bancarias y libertad
de autogestión, aunque mantienen su objeto social de modo que no se afecte al
servicio al pueblo, han dicho las autoridades.

La formación de esas entidades no agropecuarias, la más colectivas de las formas
de gestión no estatales, está entre las más de 300 medidas que conforman la hoja
de ruta aprobada por el VI Congreso del Partido Comunista, realizado en abril de
2011.

Esas medidas incluyen también la ampliación del trabajo fuera del sector estatal
y el usufructo de tierras ociosas, pero son las cooperativas, las que tendrán un
régimen más suave en materia tributaria.

De acuerdo con lo anunciado, las nuevas cooperativas tendrán una carga
impositiva más baja en relación con otros trabajadores empleados en el sector no
estatal, una medida que busca favorecer a la propiedad colectiva.

Hace poco más de un año, en julio de 2012, la Asamblea Nacional de Cuba
(parlamento unicameral) aprobó la extensión de la fórmula del cooperativismo a
más de 200 actividades no agrícolas.

La gastronomía, los servicios, el transporte y otros rubros, parecen ser terreno
fértil para el crecimiento de esa forma de propiedad colectiva, cuyo marco legal
se elabora para generalizarlas una vez transcurrido el plazo del experimento.

El pasado año, el presidente de la Sociedad de Cooperativismo de Cuba, Alberto
Rivera, dijo al semanario "Trabajadores" que la potenciación del cooperativismo
como forma de gestión constituye una de las vías del proceso de actualización
del modelo económico del país.

Para Rivera, en un futuro no muy lejano las cooperativas tendrán un importante
rol en el país, donde, junto con las empresas estatales, serán motores
fundamentales de nuestra economía.

Además de una Ley General de Cooperativas, que incluirá tanto a las nuevas como
a las que ya están en el agro, se preparan una metodología aplicable a cualquier
tipo de unión, un manual de cooperativismo y un sistema de contabilidad, así
como las políticas tributarias, de precios y de seguridad social que cumplirán
los miembros.

En Cuba el sistema de cooperativas solo funcionó hasta ahora en la agricultura,
con preponderancia del control del estado, por lo que aplicación de esa
modalidad en otras áreas es algo sin precedentes en el último medio siglo.

Antes del triunfo revolucionario de 1959, en la isla existió una cooperativa de
ómnibus formada por propietarios de ese transporte público, además de
organizaciones mutualistas de salud, pero esas entidades desaparecieron con la
ampliación del sector estatal que asimiló casi todas las áreas de la economía
nacional.

Las cooperativas reaparecieron después, pero sólo en el sector agrícola, aunque
ahora son vistas como una solución para asimilar una buena parte de los
trabajadores que saldrán de la abultada plantilla pública.

Incluso, la hoja de ruta aprobada por el VI Congreso del PCC incluye la
formación de cooperativas de segundo grado, es decir la unión de varias
cooperativas.

El gobierno prevé que el aporte del sector no estatal al Producto Interno Bruto
(PIB) de la isla crezca hasta alcanzar casi un 50 por ciento en los próximos
cinco años como parte del proceso de actualización del modelo económico
actualmente en marcha.

In:
Argenpress
http://www.argenpress.info/2013/08/funcionan-en-cuba-cooperativas-no.html
20/08/2013
***********************************************************
* Na ordem social capitalista, a transformação de uma empresa capitalista
em cooperativa de trabalhadores, visto o acontecimento da pespectiva da emanci-
pação do trabalho, pode ser considerado um acontecimento positivo, em princípio.
No entanto, como no caso assinalado neste artigo, a passagem de uma empresa
estatal à situação de cooperativa precipita várias indagações. O autor refere-se
às cooperativas como "propriedade coletiva". Contudo, nos Estados capitalistas,
as cooperativas formadas por trabalhadores não constituem propriedade coletiva,
e sim propriedade privada pertencente a um "coletivo de trabalhadores". E
em Cuba? O esclarecimento desta indagação é importante para que se possa
ajuizar corretamente a natureza do vetor social a que pertencem esses novos entes
num país que reivindica o socialismo.
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sábado, 17 de agosto de 2013

¿Qué pasa en Industrias Diana, SIDOR, Lácteos los Andes, etc? una lectura Crítica

Por: Jesus Enrique Marcano


Motivado por el momento que atraviesa la revolución, los importantes conflictos
presentes en las experiencias de co-gestión y/o control obrero, y la posición
asumida en el programa de temas sobre el tapete transmitido por RNV el día
martes 06 de agosto del presente año, he decidido aportar algunas ideas que
permitan abonar al entendimientode por qué tal situación, las cuales pueden
verse erróneamente como simples problemáticas domesticas o reivindicativas, sin
observar el volumen del iceberg que se esconde tras aguas aparentemente
tranquilas.
Antes de leer este breve escrito, sería oportuno que escuchen el audio del
citado programa para poder lograr la necesaria contextualización que requieren
estas líneas, aunque trate de bajarlo, para ahorrarles el trabajo de buscarlo,
lamentablemente aún no he podido hacerlo*. No obstante, en el citado programa se
asume de forma muy rápida y genérica, dadas las limitaciones del tiempo en
radio, tan importante tema como es el del control obrero, la co-gestión, el
sindicalismo o cualquiera otra forma de organización de los trabajadores y su
relación con los medios y unidades de producción, expresión concreta ésta de
cómo funcionan las unidades de producción en el socialismo.
Por éste estratégico espacio de debate, al cual agradezco la gentileza de
siempre publicar mis escritos, han sido múltiples los artículos en que los
camaradas han puesto en evidencia la problemática presente en lácteos los andes,
Industrias diana, SIDOR, Ferrominera, etc, etc, etc, en las que los trabajadores
reclaman en algunos casos mayor o menor participación en el esquema de
co-gestión, mayor participación en la repartición de dividendos, mayor
participación en la toma de decisiones estratégicas de las unidades de
producción, pago de deudas contraídas y cuyo cumulo para el futuro es
simplemente incalculable, eliminación de la tercerización, mayor número de
cargos fijos, aumento de salarios, etc, etc, etc.
Esta larga lista de peticiones y la consecuente problemática que acarrea su
insatisfacción, solo se pueden explicar cuando se logra entender las
características que determinan la estructuración de la formación económico
social venezolana, y como las más importantes de éstas tenemos la cultura
rentista que se produjo, reprodujo e inoculo con el oro negro en el imaginario
colectivo venezolano y, en segundo lugar, el mesianismo que distingue no solo la
cultura política nacional, sino, y más grave aún, el modo se ser del venezolano.
Si bien estas dos características pueden parecer abstractas, en realidad las
mismas operan las 24 horas del día y en forma bien concreta en nuestra población
y en el caso que acá nos motivaes la lamentable explicación del fenómeno
presentado. En el caso de la primera característica, el Estado y la enorme renta
petrolera que el mismo administra, lo han convertido lógicamente en el centro de
las apetencias de todas las clases sociales que a su sombra se han estructurado,
históricamente todo depende del Estado y sus recursos, lo cual no sería del todo
contraproducente si se tratara de un Estado revolucionario, pero como no es así,
a su sombra se desarrolló una vergonzosa cultura parasitaria, que tiene como
principales protagonistas a la mal llamada burguesía nacional, pero que también
tiene como protagonistas aguas abajo a toda la burocracia estatal, que con
distinta forma de extracción cumple el mismo papel parasitario, desde el
respetable portero que trabaja durante 25 años en un ente público para quedar
ganando una pensión, pasando por profesionales, gerencia media y alta, la
iglesia católica y hasta los académicos que nunca producen nuevos conocimientos
en pro del colectivo pero que si garantizan los privilegios de parasitar
académicamente del Estado .
Pero como con esto no estoy descubriendo el agua fría, surge la pregunta ¿por
qué es tan importante esta problemática en la llamada clase obrera?, ¿acaso esto
no ocurre en otros sectores?, en procura de la respuesta más acertada nos
encontramos con el hecho de que como estamos en revolución y es la clase obrera
la que hace revolución, entonces es el estado de su organización, claridad
política y compromiso un tema de primer orden en toda experiencia de
transformación social que tiene la intención de ser socialista. Entendiendo este
nivel de importancia y los rasgos esenciales de la primera característica, nos
surge una nueva pregunta ¿acaso la clase obrera escapo de la inoculación del
rentismo petrolero? Obviamente la respuesta es NO.
Lamentablemente la experiencia histórica nos dice, salvo honrosas excepciones,
que la reserva moral que debe asistir a esta clase social y particularmente a
sus llamados dirigentes, es una gran deuda, y como bien reza la lógica del
rentismo petrolero, lo importante es lograr adherirse a la piel del Estado para
comenzar la extracción de su renta, es decir, la prioridad para este grupo
social es entrar a trabajar para el Estado, más aun si es para una institución o
empresa de gran magnitud, procurar un cargo fijo para garantizar parasitar para
toda la vida y posteriormente en el caso de la dirigencia sindical, esconder
estos objetivos individuales y vergonzosos bajo banderas de luchas
reivindicativas, discursos revolucionarios y la organización de la clase obrera.
Se lo fuerte de estas afirmaciones pero con mucho dolor tengo que decirlas, como
ejemplo de esto basta tomar a la CVG y de todas sus empresas afiliadas, siendo
nativo del estado bolívar puedo hablar con propiedad, en ellas es común escuchar
expresiones de descontento con su gerencia, funcionamiento, producción,
salarios, beneficios, tanto de personal que labora en ellas como del que no, sin
embargo, hay una gran contradiccióncuando descubrimos que el sueño de éstos es
lograr conseguir algún cargo fijo en las citadas empresas, rentismo simplemente
rentismo, y como no solo son los trabajadores, sino el esquema de gestión y el
modelo de desarrollo que en ese momento se impuso, hay que recordarle a nuestro
pueblo que la CVG tiene el mas descarado ejemplo de parasitismo, ya que funciona
con la materia prima de todos los venezolanos (hierro, bauxita, aluminio, etc) y
las riquezas que de su procesamiento se genera solo la disfrutan un pequeño
grupo de trabajadores, ya que la republica no obtiene nada de esta actividad
productiva.
Desde la lógica del rentismo todo proyecto de vida tiene que girar en torno a
sustraer del Estado la mayor renta posible y esperar en su estado de comodidad,
lo cual rompe con toda lógica de trabajo productivo, de creación, de innovación,
de invención, de conocimiento creativo, como características que deben definir
al socialismo. Se trata de medrar del Estado, de importar, de consumir y
asimilar ficticiamente un modo de vida propio de una sociedad industrializada,
se trata de la lógica de ¿para qué trabajar creativa y productivamente, si hay
un Estado rico y hay que parasitar de él en la versión que sea?, así las
unidades de producción no puedan pagar ni su propia nomina, allí hay un Estado
rentista que resuelve.
La segunda característica refiere a una de las maldiciones históricas de nuestra
sociedad el mesianismo, en el que se resume el hecho concreto de no asumir
responsabilidades en el rol protagónico que tenemos todos y cada uno en el
destino de nuestra patria y hasta en la definición y concreción de nuestros
proyectos de vida personales, es siempre la necesidad que tenemos de endilgar
esta responsabilidad en un mesías o caudillo, en la otredad, para de esta manera
siempre mantener nuestra pureza moral frente a la complejidad de hecho social.
Desde esta segunda característica se explica el por qué del caudillismo en
nuestro pasado mediato, el por qué del presidencialismo y todos los jefismo que
hoy definen nuestra vida política, desde la dimensión más abstracta hasta la más
particular; ahora cómo se relaciona esta característica con el tema que motivo
esta líneas, pues resulta obvio, se trata de unidades de producción con esquemas
de gestión en los cuales resulta imprescindible la presencia del Estado, tanto
para para su dirección como para asumir los riesgos que pueden acarrear
posibles fracasos económicos.
Las nuevas unidades de producción y los nuevos esquemas de gestión no
capitalistas que estas deben poner en práctica, suponen una nueva racionalidad
que rompa con el estado de comodidad que caracteriza al rentismo y demanda
asumir efectivamente nuevas y mayores cuotas de responsabilidad en el destino de
estas nuevas experiencias productivas. Los esquemas de gestión de Industrias
Diana, de Lácteos los Andes, de CVG, entre otras experiencias, deben ser
expresión concreta de un nivel de claridad política y cosmovisión cónsono con
los valores y principios que definen al socialismo, donde se debe entender que
el desarrollo de todas y cada una de las aristas que supone el hecho productivo
dependen del trabajo de cada trabajador o trabajadora, así como el posterior
destino de esta producción, en este nuevo esquema de gestión se rompe con las
clásicas relaciones técnicas de producción, y en una primera fase seguramente se
requerirá de mayores horas de trabajo de cada trabajador, ya que su nueva cuota
de responsabilidad va más allá de operar tal o cual maquinaria o cumplir
rigurosamente un horario y deberá mantener los mismos niveles de beneficios
socio-económicos.
Esta realidad tiene como significante principal la disminución de la cuota de
responsabilidad del Estado, tanto en la injerencia en la operatividad de la
unidad productiva como y progresivamente en la definición de las líneas de
producción, destino de la misma y distribución de las utilidades obtenidas, las
cuales sin duda alguna deben traspasar los muros de las unidades de producción
(UP) e impactar al mayor número de venezolanos, ya que el nivel de claridad
política de los trabajadores debería permitircomprender que la citada UP se
enmarca en un nuevo proyecto de país que se intenta construir sobre la base de
los valores y principios del socialismo, y en el que no operaran los valores
egoístas del capitalismo y la tesis de la falsa democratización de la propiedad.
Igualmente, esta realidad supone un trabajo de planificación de importancia
cardinal, a través del cual se logre la mayor eficiencia posible con una
progresiva disminución en el tiempo de las jornadas de trabajo, sin embargo, y
como contrapartica, los trabajadores deben entender que en este nuevo esquema de
gestión y su lucha contra el mesianismo de papa Estado rentista, supone asumir
la responsabilidad de todo cuanto ocurra en la UP, es decir, que en caso de
perdidas, baja de producción, falta de colocación de la producción, disminución
de los precios internacionales, ect, son los trabajadores los que tienen que
buscar alternativas para procurar el menor impacto posible a la UP y no acudir
al Estado y su renta para que asuma las perdidas, mientras que ellos asumen la
distribución de las utilidades.
Lamentablemente estos supuestos no son los que caracterizan los esquemas de
gestión de las UP acá citadas, el mesianismo y la otredad son los que mejor
explican los fenómenos que en ellos vienen ocurriendo, salvo honrosas
excepciones, la comodidad del rentismo, el cumplir un horario, el no ocuparse
más allá de su responsabilidad directa y el tener garantizado con el Estado
rentista el quince, el ultimo y la pensión, son los elementos que caracterizan
el imaginario de los trabajadores sobre los cuales se materializa el esquema de
gestión.
Con la cultura rentista y el mesianismo, como características predominantes de
nuestra sociedad, se puede explicar grosso modo lo que ocurre en las nuevas
experiencias productivas y más allá, no obstante, para lograr una comprensión
más terrenal del fenómeno se hace necesario, cual chef que trabaja con dos
ingredientes principales, combinar en la complejidad del hecho social las
relaciones e interacciones que existe entre estas y otras características. En
este sentido, es en este plano donde logramos comprender la situación de la
clase obrera y de su dirigencia, sin duda, no es en el contenido de los
discursos donde encontramos las reales motivaciones que moldean sus acciones,
sino en el rentismo y el mesianismo, lamentablemente se trata de grupos
inoculados por estas características, y cómo no estarlo, que ven en el Estado su
fuente de riqueza. Cualquier estudio serio sobre el tema arrojaría pésimas
conclusiones al respecto, salvo honrosas excepciones, en el seno de los
trabajadores se prefiere seguir operando bajo el amparo del Estado,
democratizando las perdidas y privatizando la distribución de las utilidades.
Sin desconocer lo complejo que significa un cambio de cosmovisión, tampoco se
trata de esconder la preeminencia de estas características en el imaginario
colectivo, sin duda, un gran hombre como el presidente Hugo Chávez se consumió
en esta tarea titánica, pero la realidad parece mostrar un fortalecimiento de
estas dos características, en ello creo importante mencionar el ejemplo del
SENIAT o PDVSA, entre otras, instituciones con naturaleza distinta pero en las
cuales sus trabajadores han sido víctimas de la acción de estas características
y del resto del enorme aparato hegemónico del sistema, ya que son trabajadores,
salvo honrosas excepciones, que dado el musculo financiero que poseen han
logrado adquirir estándares de vida de la llamada clase media y han sido
absorbidos por los valores y principios capitalistas de este grupo social, no
obstante, a pesar de ser la renta petrolera el origen de esta movilidad social,
han asimilado la cultura hegemónica del modo de producción capitalista, pero
como no hacerlo si no hay razón para no hacerlo.
En este sentido, por ejemplo las pugnas en el seno de la dirigencia sindical y
de éstos con los incipientes consejos de trabajadores, no tiene otra explicación
que la de los celos naturales por ver quien se lleva la mayor parte en la
extracción de la renta, tras el ocultamiento en un discurso que dista muy lejos
de sus prácticas. Es el rentismo y el mesianismo, sazonado con una poderosa
dosis de egoísmo, lo que explica la situación de conflictividad que actualmente
ocurre en estas experiencias de cogestión o control obrero, es un poco de
luchemos para abrir la puerta, pero cuando estamos a dentro luchemos para
cerrarla y si no es así preguntémonos que dirían los trabajadores si se les
consulta ¿están ustedes de acuerdo con disminuir los bonos de productividad para
dirigir estos recursos al beneficio de las comunidades donde se encuentran
ubicadas las UP?, ¿están ustedes de acuerdo con usar las horas de trabajo que
fueron disminuidas en un plan de trabajo diario con las comunidadesdonde se
encuentran ubicadas las UP?, ¿están ustedes de acuerdo con frenar un nuevo
aumento salarial para incorporar más trabajadores a las UP?, ¿están ustedes de
acuerdo con eliminar progresivamente el HCM para fortalecerel sistema público de
salud?, ect, ect, ect, etc,
sin duda, esta líneas tendrán muy diversas interpretaciones y muchas de ellas
fundadas a partir de una respuesta natural al sentirse aludido, pero más allá de
estas interpretaciones, el sentido de estas líneas es hacer reflexionar en torno
a lo que está ocurriendo en estas UP y en la revolución en general, si no
reconocemos la preeminencia de estas características entonces caemos en su
reafirmación, ¿cómo reclamarle a un trabajador de Industrias diana por ejemplo,
que históricamente estuvo excluido de la renta y que ahora entro en una UP
estatizada altamente productiva, en la que seguramente son muy llamativos los
beneficios socio-económicos, que exija que las utilidades se repartan solo entre
los trabajadores, que estas se incrementen cada vez más, que se anule cualquier
toma de decisiones que ponga en peligro su cuota de renta?, lógicamente el que
históricamente esta inoculado por los valores y principios de capitalismo y ha
estado excluido, cuando se le incluye quiere cerrar la puerta y asumir la
propiedad privada sobre lo que no la tiene.
No se trata de cuestionar a la clase obrera que actualmente tenemos con una
argumentación anti-obrerista, ni de fustigar al Estado, se trata de diagnosticar
e identificar sin prejuicios cuáles son los aspectos que caracterizan su
situación ideológica, y en el caso del Estado se trata de hacer ver su
inviabilidad económica en el largo plazo, no se trata de reducir el Estado, todo
lo contrario se trata de fortalecerlo en cuanto a sus funciones orientadoras y
reguladoras, mas no en su irracional volumen administrativo y de personal, un
Estado fuerte y eficiente no es sinónimo de una nómina gigantesca, todo lo
contrario una nómina gigantesca es sinónimo de ineficiencia.
En este sentido, lo que actualmente ocurre en las UP acá tratadas, es un
resultado lógico que aún no muestra su rostro más capitalista, ya que cuando se
tiene un accionar político que parte de una atomización de la complejidad social
y en la que se prioriza casi exclusivamente el hecho económico, el resultado
lógico en el mediano plazo es que tengamos una clase obrera con una situación de
clase antagónica a su posición de clase, es decir, tengamos trabajadores a los
que se les ha resulto en gran medidas su precaria situación económica pero que
manifiestan una clara racionalidad capitalista. Es en este punto donde el
trabajo ideológico debe tener la misma importancia del hecho económico, pero
trabajo ideológico como política de la revolución y sin ortodoxias
metodológicas, en el que se rompa con ese anquilosado método de escuelas de
formación que no forman ni a los formadores.
Sin duda es la variable ideológica la gran ausente en todo este proceso
revolucionario, si no logramos atender eficientemente este complejo campo de
batalla, más temprano que tarde la revolución terminara capitulando ante el
rentismo y el mesianismo capitalista. Estas características resultan
completamente antagónicas al socialismo, no puede haber un socialismo rentista,
todos y cada uno debemos de asumir nuestra nueva responsabilidad en la
construcción de esa nueva realidad social, mientras digerimos esta urgente
necesidad el excremento del diablo y la enorme maquinaria ideológica del sistema
continúan haciendo su trabajo, segundo a segundo, minuto a minuto y día tras
día, recuperemos la autoridad moral que lamentablemente parece haberse borrado
de nuestra dirigencia o burocracia alta, media y baja, recuerden la consigna de
predicar con el ejemplo y la revolución no se tiene en los labios para vivir de
ella, la revolución se lleva en el corazón para morir por ella
********
In
http://www.aporrea.org/actualidad/a171937.html
Venezuela
17/8/2013

Trabajadores de Diana celebran victoria, tras semanas de lucha: Dan la bienvenida al nuevo gerente

“Considérenme un trabajador más" dijo el nuevo gerente

Jueves, 15/08/2013 08:36 PM

Gral. Rodriguez hablando con los trabajadores de planta
Asamblea de trabajadores 15/08
Trabajadores Hector Mieres y Omar Pinto15/08- Luego de 4 semanas de intenso
conflicto, en las cuales los trabajadores de la Industria Diana se han estado
enfrentando contra la imposición de David Mendoza como gerente, se confirmo
oficialmente en el transcurso de la mañana de este jueves 15 de agosto la
designación del Gral Dester B. Rodríguez como nuevo gerente de dicha empresa.

En el trascurso de esa misma mañana el nuevo gerente se dispuso a recorrer las
instalaciones de la empresa, sosteniendo conversaciones con los trabajadores y
trabajadoras de planta y de los diferentes departamentos. Igualmente se conoció
que levanto el congelamiento de las cuentas para el pago de nómina, decisión que
había sido tomada por el ministerio el pasado martes en la mañana, para
acorralar la lucha de los trabajadores

“Considérenme un trabajador más, mi política es de puertas abiertas… he venido a
aprender de la experiencia de Diana” afirmo, entre otras cosas, el Gral. Dester
Rodríguez en una Asamblea que se realizó en el comedor de la empresa en horas de
la tarde.

Lo que dicen los trabajadores

A propósito de esta decisión, conversamos con Héctor Mieres, trabajador de
Planta y activo militante del Consejo de Trabajadores

A: ¿Cómo han tomado los trabajadores la oficialización de la designación del
Gral. Dester Rodríguez?

H.M: El Consejo de Trabajadores y los trabajadores en general nos encontramos
muy contentos por esta decisión. Ha sido una larga lucha, que aunque se agudizo
en estas últimas 4 semanas, ya teníamos meses dando esta la pelea para rechazar
la imposición de un empresario como gerente de Diana. Con esta decisión se ha
demostrado que es a través de la movilización y lucha de los trabajadores que se
pueden conseguir las victorias en contra del maltrato, las maniobras y las
mentiras.

A: ¿Cuál es su primera impresión sobre este nuevo gerente?

H.M: Es positivo que el nuevo gerente venga en ánimos de dialogo, ha recorrido
la empresa conversando con los trabajadores con humildad y ya dio el visto bueno
para el pago de las nóminas, cosa que había sido parada por el ministerio con el
afán de perjudicarnos. Esperemos que esto continúe así para poder llevar
adelante la profundización del modelo de Control Obrero en nuestra empresa.

A:¿Cuáles cree ud. que son los retos que vienen a partir de este importante
logro?

H.M: Lo más importante de este logro es la disposición que demostró el Gral
Rodríguez para conocer y respetar los mecanismos de decisión y participación que
los trabajadores hemos conquistado como parte del control obrero. El mismo
reconoció, reunido con parte del Consejo de Trabajadores, lo exitosa e
importante que ha sido nuestra experiencia, y afirmo que ha venido a aprender.
Esto abre los caminos para seguir avanzando en conquistas para los trabajadores,
profundizar el control obrero con más democracia y participación de nuestra
clase y continuar con el legado de nuestro comandante.

Finalmente, quiere expresar un saludo de agradecimiento profundo y solidaridad
continua con los compañeros de los movimientos políticos, sociales, laborales y
de todos los ámbitos que han venido sumando a la pelea, sin quienes no hubiera
sido posible esta victoria. ¡Su lucha es nuestra lucha!
**********
In
http://www.aporrea.org/endogeno/n234542.html
Venezuela
15/8/2013

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

La escuela-comunidad de Warisata


Raúl Zibechi


La Jornada
10-08-2013


En el altiplano boliviano, cerca de un importante centro aymara, en la pequeña
ciudad de Achacachi, con los picos nevados de la cordillera Real a su espalda y
la inmensidad del lago Titicaca al frente, se alza el edificio de lo que fue la
primera experiencia de educación comunitaria. Warisata desafía el viento helado
como la escuela-comunidad desafió la servidumbre impuesta al indio por los
hacendados y el Estado colonial travestido en república.
La fundación de la escuela de Warisata fue parte de la lucha por la recuperación
de tierras de las comunidades de la región. Después de 1899, cuando fue
derrotado el ejército indio del mallku Pablo Zárate Willka por las clases
dominantes, se comenzaron a crear escuelas indigenales (dirigidas por
autoridades indias), para continuar resistiendo la expansión del latifundio.
Muchos de los que se atrevieron a fundar escuelas fueron torturados y
encarcelados. Los hacendados eran, como en las novelas de Manuel Scorza (
Garabombo el invisible, entre otras) los principales enemigos de la educación
india.
Avelino Siñani, aymara del altiplano y fundador de Warista, enseñó
clandestinamente en su comunidad hasta que lo descubrieron; tuvo que alejarse y
fundó varias escuelas en otras comunidades pero finalmente fue apresado y
torturado. En 1917 el maestro Elizardo Pérez, cofundador de la escuela, fue
nombrado inspector de educación primaria para el departamento de La Paz y en una
de sus giras conoció a Siñani. En 1931 buscaba crear una escuela en la cual el
indio educara al indio; vuelve a encontrarse con Siñani y juntos emprenden la
tarea de crear una escuela-comunidad.
En agosto de ese año los comuneros de Warisata crean el Parlamento Amauta como
supremo órgano de decisión de la escuela. La primera decisión es abolir la
servidumbre y el trabajo gratuito que los indios prestaban al subprefecto, al
corregidor y al cura. La escuela se apodera de tierras usurpadas por los
terratenientes y a su vez los comuneros ceden parcelas para el campo de cultivo
de la escuela.
En un libro posterior (Warista. La escuela-ayllu), Elizardo Pérez destaca los
principios que guiaron la creación y el funcionamiento de la escuela. Todo lo
comunal se concentraba en la escuela y ella reproducía la comunidad, en tanto el
Parlamento Amauta abarcaba todos los aspectos de la escuela, desde la pedagogía
o la forma de enseñar, hasta los contenidos y todo lo relacionado con su
funcionamiento.
La escuela era un gran cuadrado de dos pisos con aulas y salones para que
durmieran los internos, y tenía 10 hectáreas para la producción. La escuela no
sólo producía conocimiento sino los bienes materiales necesarios para
reproducirse, escribió Elizardo. El modo de conocer partía de la praxis
comunitaria: Conocer y no copiar, transformar y no consolidar, recrear y no
estatizar, según la hermosa descripción de la historiadora Karen Claure. Los
alumnos no sólo sembraban y cultivaban, también fabricaban los colchones y las
armazones de sus camas, participaban en las cosechas junto a sus familias y los
fines de semana lavaban juntos la ropa en el arroyo.
Una parte de la enseñanza se realizaba al aire libre: el manejo del telar, la
elaboración de tejas para mejorar los techos de las viviendas de los comuneros,
las caminatas hacia el pie de la cordillera. Todos estábamos aprendiendo en la
cruda escuela del trabajo, desde legislar hasta cocinar estuco y cal, describe
Elizardo en su libro. Alumnos, campesinos y profesores almuerzan juntos en el
patio de la escuela. Las fotos de la época enseñan a los alumnos en ronda,
cuaderno en mano, al aire libre junto a los profesores. Por momentos no se sabe
si trabajan, estudian o juegan.
Para comercializar el excedente de producción de la escuela, el Parlamento
Amauta decidió crear un mercado semanal libre, sin intermediarios. Elizardo
explica: La comunidad encontró así una vía más para reproducirse, porque pasó a
controlar el comercio de sus productos. La escuela era una extensión de la
comunidad, que era la que tenía el control y a quien servía la experiencia
educativa. Las comunidades construyen el edificio, mantienen a los docentes y
deciden qué y cómo se enseña. La escuela redunda en el fortalecimiento de las
estructuras comuneras y en la expansión de sus lógicas.
El jilakata Cipriano Tiñini (autoridad comunal) expresó el sentir de los
comuneros: Para nosotros se habrá acabado esta maldición de no ver nada sin ser
ciegos; de no oír nada sin ser sordos; no poder hablar sin ser mudos. Por eso
hemos levantado esta gran escuela. ¡Mírenla ustedes! Es nuestra hija y ha de ser
nuestra madre.
Como sabían que sólo en lucha contra los terratenientes y el Estado puede
sobrevivir la escuela-comunidad, deciden expandir la lógica y la experiencia de
Warisata hacia otras comunidades. Contribuyeron a crear 15 núcleos escolares en
todas las regiones de Bolivia. En 1940 el poder feudal de los hacendados se
apodera de la educación comunal y de la escuela-comunidad, sus directores son
destituidos y el edificio saqueado. Sin embargo, la semilla germina en la
revolución de 1952 que descabalga a la oligarquía del poder estatal. La escuela
de Warisata fue el antecedente de la reforma agraria de 1953.
Hace unos años conocí Warisata de la mano de unos jóvenes de Achacachi que
relataron no sólo la historia de la escuela sino el levantamiento de 2003, la
primera guerra del gas, el asalto a las dependencias estatales, incluyendo la
cárcel local, y la creación del cuartel de Qalachaka en las afueras de la
ciudad. Estaban editando un periódico artesanal que distribuían entre jóvenes.
En cierto momento fueron ellos los que preguntaron. Querían saber del zapatismo,
mirando fijo a los ojos al interlocutor.
Ahora que vamos a participar en una escuelita, sin maestros y sin aulas, donde
seremos alumnos dedicados a aprender escuchando, me pareció oportuno hurgar en
la memoria: es la comunidad la que enseña, es el sujeto colectivo el que
enseña-luchando.
Fuente:
http://www.jornada.unam.mx/2013/08/09/index.php?section=opinion&article=018a1pol

In
Rebelion
http://rebelion.org/noticia.php?id=172386
10/08/2013

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O declínio de Detroit é um fracasso típico do capitalismo*

Carta Maior

Richard Wolff (artigo publicado originalmente em The Guardian)


O crescimento econômico dos anos 1950 e 1960, conduzido pela indústria
automobilística, fez de Detroit um símbolo global da renovação capitalista após
a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial. Os altos salários nas indústrias,
com segurança e benefícios exemplares, eram tidos como a prova da habilidade do
capitalismo de gerar e sustentar uma ampla "classe média", que poderia incluir
até os afro-americanos. Os trabalhos na indústria automobilística se tornaram o
modelo de emprego que os trabalhadores norte-americanos buscavam.

O fato é que estas condições de trabalho foram impostas aos capitalistas através
de duras lutas sindicais, especialmente nos anos 1930. Uma vez derrotados nessas
lutas, rapidamente reescreveram a história para que os bons salários e boas
condições de emprego se tornassem algo que os patrões ''deram" aos
trabalhadores. De qualquer forma, Detroit se tornou uma cidade vibrante e
mundial nos anos 1950 e 1960, e sua cultura profunda e peculiar inspirou a
música mundial tanto quanto seus carros influenciaram o mundo industrial.

Nos últimos 40 anos o capitalismo transformou esse sucesso em um fracasso
abjeto, culminando agora na maior falência municipal da história dos EUA.
Aqueles que tomavam as decisões chaves - os acionistas majoritários da General
Motors, Ford, Chrysler, etc, e o conselho diretor que eles mesmo selecionaram -
fizeram escolhas desastrosas. Eles não conseguiram competir com os capitalistas
europeus e japoneses e consequentemente perderam uma fatia do mercado. Eles
reagiram de maneira inadequada e com atraso à necessidade de desenvolver
tecnologias que poupassem combustível. Mas o que causou o maior impacto foi o
fato de terem reagido a seus próprios fracassos decidindo deslocar a produção
para longe de Detroit, para que pudessem pagar aos trabalhadores salários mais
baixos.

Os fracassos competitivos das companhias automobilísticas, assim como suas
mudanças de domicílio, tiveram duas consequências econômicas centrais. A
primeira: destruíram as fundações da economia da cidade de Detroit. A segunda:
acabaram com as possibilidades de se constituir uma classe média duradoura nos
EUA. Os últimos 40 anos revelaram a incapacidade ou a falta de vontade do
sistema capitalista de reverter esta situação.

Os salários reais deixaram de crescer nos EUA nos anos 1970, e não cresceram
desde então, mesmo que o aumento da produtividade dos trabalhadores tenha gerado
ainda mais lucros aos patrões. O aumento da dívida dos consumidores e o trabalho
em excesso postergaram em alguns anos o impacto da estagnação dos salários reais
no consumo.

Mas, em 2007, com a estagnação dos salários e o esgotamento da possibilidade de
endividamento do consumidor, uma crise longa e profunda chegou. Os patrões
usaram o desemprego resultante para atacar a segurança e benefícios trabalhistas
além do setor público, que fora construído nos anos 1950 e 1960 para dar suporte
à classe média (por exemplo, o ensino superior público de baixo custo).

Os capitalistas da indústria automobilística se tornaram líderes e Detroit
expressou o declínio econômico resultante dessa liderança. Na crise profunda que
enfrenta desde 2007, a General Motors e a Chrysler conseguiram resgates
financeiros do governo federal, mas Detroit não. As companhias automobilísticas
conseguiram estabelecer reduções salariais (através de um sistema de salários
diferenciados, baseados na produtividade) o que fez com que a economia de
Detroit, baseada nos salários, não conseguisse se recuperar, enquanto os lucros
e produção das companhias conseguiram. Os fracassos do capitalismo privado
obtiveram a cumplicidade do governo federal.

Apesar das vitórias do passado, obtidas a partir de heroicas greves e outras
ações da União dos Trabalhadores Automobilísticos (United Auto Workers, em
inglês), os poderes decisórios das companhias se mantiveram nas mãos dos
acionistas majoritários e seu conselho diretor. Eles usaram esse poder para
enfraquecer e até mesmo desfazer o que as lutas sindicais conseguiram
conquistar. Os sindicatos se provaram incapazes de parar esse processo. Os
capitalistas de Detroit então minaram as condições trabalhistas que os
trabalhadores arrancaram deles - e assim destruíram a cidade do "sucesso
capitalista" construída sob essas condições.

O declínio de Detroit, como o declínio paralelo da União dos Trabalhadores
Automobilísticos, nos ensina uma lição inevitável. Os mesmos contratos que os
sindicatos militantes conquistaram deram aos patrões grandes incentivos para que
eles encontrassem caminhos por fora desses contratos.

A estrutura hierárquica das empresas capitalistas proporciona aos acionistas
majoritários e aos conselhos diretores os recursos necessários (lucros
corporativos) para cortar as boas condições que os sindicatos às vezes
conquistam. É assim que o sistema funciona. Detroit está aí para nos provar
isso. A solução não está mais nos contratos.

Se os trabalhadores tivessem transformado as companhias em cooperativas de
trabalhadores, Detroit teria evoluído de maneira diferente. As cooperativas não
teriam deslocado a produção, o que acabou com seus trabalhos, famílias e
comunidade. O deslocamento da produção, uma estratégia tipicamente capitalista,
foi a chave para a queda populacional de 1,8 milhão em 1950 para 700.000 pessoas
hoje.

As cooperativas de trabalhadores talvez tivessem encontrado alternativas ao
deslocamento da produção que poderiam ter salvado Detroit. Elas teriam, por
exemplo, pago menos em dividendos aos proprietários e salários aos gerentes.
Essas economias, se transferidas a um custo mais baixo para o consumidor, teriam
possibilitado melhor preço em relação às montadoras japonesas e europeias do que
aquele conseguido pelas Três Grandes de Detroit.

Não podemos saber exatamente o quanto a mais as indústrias de Detroit teriam se
beneficiado do progresso técnico se elas tivessem se organizado como
cooperativas de trabalhadores. Podemos supor que os trabalhadores possuem mais
incentivos para melhorar a tecnologia em cooperativas que eles possuem e operam
do que como empregados em empresas capitalistas. Por fim, cooperativas teriam
produzido (e ajudado a promover) veículos de transporte coletivo ou outras
alternativas aos automóveis, uma vez que eles viam que uma produção continuada
de automóveis não garantiam as prioridades - emprego e o bem-estar dos
trabalhadores - às cooperativas.

Que tipo de sociedade dá a um número relativamente pequeno de pessoas a posição
e o poder para fazer decisões corporativas que impactam milhões dentro e no
entorno de Detroit, enquanto excluem esses mesmos milhões de participarem das
decisões?

Quando as decisões capitalistas condenam Detroit a 40 anos de um declínio
desastroso, que tipo de sociedade alivia esses capitalistas de qualquer
responsabilidade na reconstrução da cidade?

A resposta mais simples a essa pergunta: nenhuma economia genuinamente
democrática poderia funcionar dessa forma.

Tradução de Roberto Brilhante
In:
Carta Maior
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=22439&utm_source=emailmanager&utm_medium=email&utm_campaign=Boletim_Carta_Maior__01082013
30/07/2013
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* Não temos de coincidir necessariamente com o ponto de vista dos artigos publicados.
Entendemos que o movimento operário e popular (MOP), em princípio, deve defender
toda e qualquer iniciativa dos trabalhadores instauradora de trabalho associado em suas
diversas formas. No entanto, não é seguro que a criação de trabalho associado (cooperativas),
por si mesma, num contexto de preservação do dinheiro, do intercâmbio de mercadorias e
da propriedade privada, produza todos os efeitos positivos de caráter social sugeridos
por Wolf. Por exemplo, estudo realizado por Harnecker, em 2008 na Venezuela ,
com uma amostra significativa de cooperativas, na vigência do governo Chávez, praticamente
não encontrou por parte das cooperativas a solidariedade social exógena suposta
por Wolff (http://rebelion.org/noticia.php?id=70139).
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