sábado, 30 de abril de 2016

O Day After: estrategistas de uma guerra social iminente***





Rejane Carolina Hoeveler




“Temos que identificar as questões chave que não mudaram nos últimos 20 anos e
atacar”. (Alberto Ramos, diretor do Goldman Sachs.)

“Estávamos preparando uma guerra social e ela parecia falar de uma partida de
golfe”(Marc Tourneuil)[1]

“A questão para os investidores é: irá Dilma sobreviver até o fim do mandato?
Até duas semanas atrás, eu achava que sim. Mas os eventos agora mudaram os
cálculos.” Foi assim que Brian Winter, jornalista norte-americano, editor da
revista Americas Quarterly[2], iniciou a sua fala na Brazil Investment
Conference, realizado em Nova York em 09 de março de 2016[3]. Cinco dias antes
da conferência, o ex-presidente Lula havia sido conduzido coercitivamente a
depor na Polícia Federal, e na semana seguinte, a imprensa brasileira divulgaria
os áudios vazados pelo juiz Sérgio Moro, contendo conversas de Lula com
personagens envolvidos na operação Lava-Jato.

O encontro foi organizado pelo Council on Foreign Relations (CFR), entidade
tradicionalíssima da política externa dos EUA, em parceria com a Fundação
Getúlio Vargas (FGV); e foi patrocinado pelo BNDES, pela AMCHAM (Câmara
Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos), por diversas companhias
brasileiras que participaram do encontro (entre elas, Braskem e Grupo
Stefanini), e pela Latin America Private Equity and Venture Capital Association
(LAVCA).[4] Desde que a conjuntura brasileira tem se agravado, o CFR e a sua
revista Foreign Affairs[5] acompanham os acontecimentos brasileiros ainda mais
de perto do que normalmente. Uma fonte preciosa do debate corrente nas elites
orgânicas do capital internacional, já que o CFR é um dos principais aparelhos
privados de hegemonia[6] existentes nos Estados Unidos, tendo influência
mundial.

Desenhando cenários pós-Dilma

“Mas porque isso mudou?”, perguntou para Brian Winter a debatedora da primeira
parte do encontro, Shannon O’Neil, do CFR. Em sua resposta, ele explicou que em
agosto e setembro de 2015, embora tenha existido no Brasil um forte “sentimento
pró-impeachment”, o establishment político em Brasília, e o empresarial em São
Paulo, não estavam decididos a apoiar essa medida. Por duas razões. Uma era que
a acusação contra Dilma era muito fraca. “Ninguém acredita”, dizia Winter, “que
Dilma seja corrupta”. Assim, o caso que foi trazido à tona não tinha nada a ver
com a Petrobrás, centro das denúncias de corrupção na mídia, e sim com as
“pedaladas” fiscais, uma tecnicalidade que quase ninguém no Brasil entende. “O
establishment olhou isso e disse, as pessoas não vão entender isso, vamos ter
mais problemas, vamos pra frente, deixando-a lá”. Outra parte do cálculo,
segundo Winter, era que Levy ainda era ministro da Fazenda, “numa linha
pró-mercado”, e, pensaram os empresários, “talvez se ele trabalhar direitinho,
nós podemos nos recuperar”.

“Agora, no entanto”, continuava Winter, “ninguém mais acredita que a economia
vai se recuperar nem em 2016 nem em 2017”; “Levy se foi”; e, ao mesmo tempo, “a
situação econômica piorou”. Pra completar, “a Polícia Federal começou a indicar
que tem provas de que o PT recebeu dinheiro da Petrobrás – ainda que, novamente,
nada contra pessoalmente a Dilma Rousseff”.

Para uma platéia recheada de empresários, acadêmicos e jornalistas, em sua
maioria americanos e alguns brasileiros, Winter explicou os dois caminhos
através do quais Dilma poderia sair do poder. Num dos pontos altos dessa
primeira parte do encontro, um representante do banco Goldman Sachs pediu para
Winter explicar com mais detalhes os dois caminhos para tirar Dilma Rousseff e
as implicações de cada um deles. Ele respondeu, pacientemente, que

“A opção preferida pelos brasileiros e pela oposição é o impeachment, porque não
demoraria tanto, como a decisão do TSE, e poderia ser apresentado como a vontade
das pessoas, já que [nesse caso] a maioria da Câmara, os representantes do povo,
votariam. Os juízes do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] fazendo [a cassação da
chapa], pareceria ser menos legítimo. No cenário de novas eleições, o problema é
que para muitas pessoas Lula permanece a única figura relevante na vida delas, e
ele seria apresentando pelo PT como vítima de um golpe contra tudo que o PT fez
nos últimos anos. Por isso o impeachment é preferível, mesmo que não seja o mais
provável’’.

Por essa fonte é possível notar que desde março, pelo menos, já era claro para
os altos círculos financeiros internacionais que Dilma era carta fora do
baralho. Os cenários eram pensados a partir, já, da maneira “mais legítima” de
tirá-la do poder. O peso de uma possível candidatura Lula também ficaria claro
na fala de Yoshiaki Nakano, da FGV:

“Se não tivermos uma liderança política agora, no meio da crise, tem que haver
uma coalizão no Congresso, algo como o que houve nos anos 1980, o centrão, e a
principal questão para desacordo são as eleições de 2018; todos os empresários
não querem mais Lula no poder; se colocarem o Lula na prisão, aí pode haver
acordo.”

Hoje, editoriais de grandes jornais burgueses do mundo, como o The Economist,[7]
já admitem o anti-climax que representou a votação da admissibilidade do
processo de impeachment na Câmara no dia 17 de abril. O mesmo Brian Winter, em
artigo recente, desenvolveu mais detalhadamente o cenário de novo pleito como
uma saída para a crise política.[8]

Um “ajuste” do tamanho do Brasil

“O custo de fazer negócios no Brasil é muito alto”; “O Brasil é a economia mais
fechada nas Américas”; “é preciso aumentar a produtividade e a competitividade”;
o “setor estatal é ineficiente”…esses foram alguns dos mantras mais repetidos
pelos participantes do Brazil Economic Summit. Também não faltaram elogios ao
juiz Sergio Moro, ao Judiciário e a Polícia Federal independentes “cumprindo
rigorosamente seu papel”, somados a afirmações entusiásticas a respeito do
funcionamento das instituições. Todos enxergando em curso um verdadeiro
“aperfeiçoamento democrático”!

Ninguém menos que Albert Fishlow, professor de Berkeley e de Columbia, um dos
mais renomados brasilianistas vivos[9], membro do CFR e figura sempre reportada
na imprensa brasileira[10], foi escalado para mediar o segundo painel do
encontro. As duas primeiras questões postas por Fishlow foram sobre o ajuste
fiscal e sobre a taxa de poupança. Todos os cinco foram unânimes em dizer que 1.
O problema fiscal não será resolvido no curto prazo; 2. Os investimentos tem que
vir de fora; e 3. O Brasil precisa se “reestruturar” para atrair esses
investimentos. Enquanto uns, no entanto, demonstravam certo entusiasmo ou alívio
com a perspectiva da queda iminente do agonizante governo Dilma, outros, a
começar por Fishlow, eram bem mais cautelosos quanto às realizações imediatas
que o próximo governo será capaz.

Yoshiaki Nakano, professor da FGV e colunista do jornal Valor Econômico – além
de ex-conselheiro econômico de Dilma em 2013[11] – não conseguia esconder seu
entusiasmo com o Plano Temer: “Se você vir o documento do PMDB, propondo
mudanças na Constituição e nas leis, como a desvinculação completa das
receitas…” – dizia, maravilhado – “Hoje só 15% da receita é livre!”,
indignou-se. Como se sabe, a desvinculação das receitas da União, criada no
governo Fernando Henrique e continuado pelos governos Lula e Dilma, permite o
desvio de recursos de áreas sociais como saúde e educação para o pagamento de
juros da dívida, e Michel Temer vem sinalizando que garante uma DRU de pelo
menos 30% do orçamento federal.[12]

Eduardo Valentim, diretor da International Finance Corporation, uma das agências
do Banco Mundial voltada para “países em desenvolvimento”, reivindicou otimismo
a partir da realização de concessões aos setores privados no setor de
infra-estrutura, além das concessões de hospitais públicos e escolas públicas,
itens que podem, segundo ele, avançar de imediato.[13]

A maioria dos debatedores, entretanto, apontava um prognóstico mais realista a
respeito de prazos e condições. Corrado Varolli, diretor da Evercore, empresa
especializada em consultoria para bancos e grandes investidores, afirmou que “um
novo governo não irá imediatamente resolver o problema, isso é uma questão de
médio ou longo prazo”.

No receituário de Fishlow, “Brasil tem que focar em quatro ou cinco anos, e não
em dezoito meses. Se você foca em apenas doze ou dezoito meses, exagera o que é
possível fazer, e fica parecendo que será rápido.” Para Christopher Garman,
cientista político de carreira e consultor do Eurasia Group, especializado em
“consultoria de riscos políticos” para grandes investidores[14], garantir o
objetivo é mais importante do que o prazo.[15] A um grande jornal brasileiro,
Garman afirmou em entrevista anterior à votação do dia 17 na Câmara que “É
difícil esperar grandes avanços de um governo não eleito”.[16] Palavras
eufemísticas para o que será um governo ilegítimo.

“A melhor coisa que aconteceu ao Brasil foi a eleição de Macri na Argentina”,
disse Winter, ao explicar o efeito de influência que teria a eleição de uma
presidência mais simpática aos acordos de livre mercado. Quais não seriam os
efeitos de uma terapia de choque neoliberal na décima economia do mundo, uma das
mais importantes não somente da América Latina (com muitas relações com a
Venezuela) mas de todo o “Sul global”?

Procura-se um(a) Macri

“Temos que pensar no Day-after. Existe uma crise que ameaça toda a classe
política. Não está claro para nós se a crise de governabilidade se encerrará com
o vice assumindo”. (Garman)

Uma grande interrogação aparecia na fala de todos, e simplesmente ninguém tinha
a mais tímida resposta. “Se ela [Dilma] for removida, quem a substituirá no
longo prazo? Essa questão importa. Líderes importam,” disse Shannon O’Neil ainda
na abertura do encontro.

O’Neil ao menos deixou transparecer a opção mais confiável, caso alguém ainda
tivesse alguma dúvida. Logo na primeira sessão de debates, um jornalista da
platéia questionou, com ares furiosos, se as pessoas em Brasília “de fato
realizam” que existe “muito Estado”, “muitos impostos”, “muita interferência no
setor privado”, ao que O’Neil respondeu, timidamente, que “existem pessoas do
PSDB que percebem”, mas que “o que interessa’’, afinal, é se “quem virá [após a
queda de Dilma] percebe isso”. O decepcionante não-dito aqui é que estes há
muito tempo não conseguem chegar ao Executivo pelo voto, e suas perspectivas
eleitorais continuam desanimadoras.

O alinhamento preferencial com o PSDB não surpreende, já que um dos convidados
escalados para abrir o encontro foi o embaixador dos EUA no Brasil entre 1999 e
2001, durante o mandato de FHC – ao qual proferiu altos elogios – e é membro da
ONG lobbista Albright-Stonebridge, a qual ofereceu almoço no dia 19 de abril ao
senador tucano Aloysio Nunes cumpriu agenda variada no país naquela semana.[17]

Já Corrado Varolli, advertindo sobre a impossibilidade, mesmo, de o governo
fazer o ajuste fiscal no Brasil, tinha conclusão mais pragmática. “Podem dizer o
que for do Lula, mas ele era um líder, ele conseguia galvanizar o país. FHC era
um líder. Não vemos emergindo um líder, em nenhum setor, nesse momento”,
afirmou.

Eles sabem e fazem, só não o dizem

O problema da liderança só não era mais evidente que o do controle social diante
das conseqüências sociais do “ajuste” proposto. Como lembrou Fishlow, a
distribuição de renda no Brasil ainda é uma das piores do mundo, “apesar”, em
suas palavras, “de uma melhoria substancial que houve nos últimos anos, com
milhões de pessoas entrando numa classe média baixa [lower middle class]”.
“Existe um caminho de resolver o problema econômico que não confronte o problema
social conectado com a distribuição de renda?” Era a pergunta de Fishlow. E 100
das respostas se encaminhou realisticamente para o “não”, de forma mais ou menos
sutil.

Ramos, do Goldman Sachs, era curto e grosso. “O ajuste realmente significa
recessão e desemprego, e parte dos avanços sociais que vimos nos últimos anos
realmente vai retroceder.” O retrocesso social decorrente do “ajuste” e das
“reformas necessárias” é portanto, aqui, explicitamente admitido. Valentim, do
IFC-Banco Mundial, lembrou dos protestos de junho de 2013, nos quais, segundo
ele, ‘vimos como uma classe média emergente foi às ruas e disse, ‘nós ganhamos
essas coisas e agora vocês querem nos tirar? Acabamos de sair de uma situação de
pobreza e agora não queremos voltar pra ela.’” “As expectativas sociais geradas
pelo período de crescimento serão fatalmente frustradas”, confirmou, alertando,
implicitamente, para a possibilidade de novas ondas contestatórias.

Admitindo que a conseqüência do ajuste será precarização dos serviços públicos,
Garman disse que “A frustração dessa classe média emergente vai se aprofundar”,
porque que “A classe média quer melhores serviços públicos, e isso significa
mais gastos públicos (…) Lidar com uma desigualdade crescente e uma classe média
insatisfeita é o que os políticos vão ter que fazer”. Mais cristalino
impossível.

Como é perceptível, a “classe média baixa” nada mais é do que um termo mais
suave para classe trabalhadora – termo que causa ojeriza entre esses
intelectuais orgânicos afeitos a eufemismos. É daí que virá, sabem eles, a
resistência ao “ajuste”, pois são estes, nesse sistema, os “ajustáveis”, e não o
grande capital! São esses a serem “flexibilizados”, “terceirizados”, “ajustados”
às exigências do capital.

A pergunta direta foi feita por alguém da platéia. “Existe um risco social
grande, por exemplo, com manifestações violentas”? Garman respondeu
afirmativamente.

“Existe sim um risco social, particularmente num cenário muito polarizado que
vai continuar nos próximos meses (…) A tensão social será crescente com a
desigualdade e o desemprego.”

Parafraseando G. Lefebvre, o grande medo burguês transpirava nas palavras…

Um horizonte de guerra social

É cada vez mais evidente o pacote de contra-reformas que o grande capital deseja
aplicar no Brasil, aprofundando qualitativamente o ataque aos direitos sociais,
e demolindo aquilo que ainda resta do conjunto de direitos sociais consolidados
na Constituição de 1988, como o direito à previdência social, um sistema de
saúde e educação público universal, e as leis trabalhistas.[18] A espoliação do
patrimônio público já se mostrou uma eficiente alavanca de acumulação na atual
fase do capitalismo; e o avanço sobre os direitos representa uma forma
avassaladora de expropriação alimentadora de capital.[19]

O debate que relatamos aqui é apenas uma pequena amostra daquilo que se discute
hoje nos higher circles mundiais; uma espiada num dos Q.G.s da guerra social que
se avizinha. O que ele nos mostra é que, embora o disparador continue obscuro, e
não exista uma direção unificada, os arranjos posteriores ficam cada vez mais
claros.

Em essência, trata-se de restaurar a rentabilidade dos investimentos
capitalistas num cenário de crise econômica e política. Estes temem a
resistência popular aos “ajustes”, e têm razão para temê-la. As mobilizações
sociais virão, e possivelmente com maior radicalidade. Os de cima têm por
consenso o objetivo de restaurar as condições políticas de modo que se programa
possa ser aplicado com o máximo de legitimidade possível. É tarefa da esquerda
socialista dificultar ao máximo esse trabalho, enquanto prepara o contra-ataque
dos de baixo.

(Agradeço a Luiz Mario Behnken e Virgínia Fontes por observações e comentários.)

Notas

[1] Personagem do filme O Capital, de Costa Gavras (2012), ao comentar o uso da
suave palavra “ajuste” para designar um catastrófico plano de demissão em massa.

[2] Revista quadrimensal da Americas Society-Council of the Americas (AS-COA),
think tanks fundados ainda nos anos 1950 para reunir grandes empresários
estadunidenses e latino-americanos. Ver DREIFUSS, A Internacional Capitalista,
Estratégias e táticas do empresariado transnacional. 1918-1986. Rio de Janeiro:
Espaço e Tempo, 1987. p.148-169.

[3] A íntegra do encontro pode ser assistida em: http://bit.ly/1VPcYzG, e a
descrição do evento pode ser acessada em: http://fam.ag/1puvTBP.

[4] A LAVCA se define como uma organização não-lucrativa dedicada a auxiliar o
crescimento da indústria de private equity e venture capital na América Latina
(trata-se de duas modalidades de aplicação de capital, sendo a primeira com
ações já previamente classificadas como promissoras, visando mais o crescimento
da empresa do que os dividendos; e a segunda conhecida por financiar empresas
pequenas com produtos novos no mercado). Ver http://lavca.org/about/.

[5] Revista de maior prestígio da área de Relações Internacionais, existente
desde 1922. Dos últimos artigos sobre o Brasil na revista, ver COSTA, Moises.
“Brazil’s next president? Meet Michel Temer.” Foreign Affairs, 14 de abril de
2016. Disponível em: http://fam.ag/22OFwba; e _________. “Brazil’s pocket lining
playbook”. Foreign Affairs, 04 de abril de 2016. Disponível em:
http://fam.ag/1PWlnIS. No site do CFR já se encontra disponível uma atualização
da situação feita por Shannon K. O’Neil: http://on.cfr.org/26q63Qx.

[6] Estamos usando aqui os conceitos de elite orgânica de René Dreifuss e de
aparelho privado de hegemonia de Gramsci para entender a atuação do CFR. Para
consultar a interpretação utilizada aqui desses conceitos, ver HOEVELER, Rejane
Carolina. As elites orgânicas transnacionais diante da crise: os primórdios da
Comissão Trilateral. Dissertação de mestrado. PPGH-UFF, 2013. Disponível em:
http://www.historia.uff.br/stricto/td/1919.pdf.

[7] Editorial. “The great betrayal”. The Economist, 23 de abril de 2016.
http://econ.st/1pkEEO5.

[8] Ver WINTER, Brian. “O momento ‘Que se vayan todos’ do Brasil”. Americas
Quarterly, 07 de abril de 2016. Disponível em: http://bit.ly/26q65rD.

[9] Fishlow ficou conhecido no Brasil quando, durante a ditadura, estudou os
dados censitários que concluíram sobre a alta concentração de renda entre as
décadas de 1960 e 1970 – que ele atribuía a baixa produtividade rural e a baixa
escolaridade. Foi secretário de Estado para a América Latina dirante a gestão de
Gerald Ford (1975-1976), com Henry Kissinger como secretário de Estado. Para um
perfil de Fishlow e a sua pesquisa de 1972, ver http://bit.ly/1Sw1V8b.

[10] SILVA JUNIOR, Altamiro. “Impeachment de Dilma não resolverá problemas e
Brasil vai ter década perdida”. Estado de S. Paulo, 06 de abril de 2016.
Disponível em: http://bit.ly/1RGnKVu.

[11] Nakano escreve mensalmente ao site do PPS (Partido Popular Socialista),
tendo ali publicado sua carta de adesão ao Plano Temer em dezembro de 2015.
NAKANO, Yoshiaki. “2016: uma ponte para o futuro”. Disp. em:
http://bit.ly/1re3f93.

[12]A DRU é um mecanismo que permite que o governo use recursos destinados a
áreas sociais na formação de superávit primário. A última prorrogação da DRU
estaria em vigor até 31 de dezembro de 2015, e em julho de 2015, o governo Dilma
enviou ao Congresso Nacional a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 87/2015,
estendendo novamente o instrumento até 2023.

[13] Mais um ponto excitante na agenda de Temer, que promete um pacotaço de 31,2
bilhões de imediato em concessões de infra-estrutura, que será facilitado pelo
“fast-track” aprovado pelo ministro Hélder Barbalho (PMDB), como último ato de
sua gestão na Secretaria de Portos. Ver RITTNER, Daniel & JUBÉ, Andrea. “De
saída, ministro entrega ‘fast-track’ para terminais”. Valor Econômico, 22 de
abril de 2016. Disponível em: http://bit.ly/1UdEEMV.

[14] Segundo a descrição disponível em seu site, o Eurasia Group, “ao prover
informação sobre como os acontecimentos políticos afetam os mercados, ajuda os
clientes a antecipar e reagir à instabilidade e oportunidades onde quer que eles
façam seus negócios”. Ver http://bit.ly/1WQJYXj.

[15] Sobre a taxa de poupança, Garman disse que “A taxa de poupança é baixa
porque ainda tem muitas coisas de graça, universidades federais, previdência,
etc… as reformas têm que ser feitas para que as pessoas poupem mais”.

[16] CARNEIRO, Mariana. “Dilma não termina mandato, mesmo sem impeachment, diz
consultor”. Folha de S. Paulo, 13 de abril de 2016. Disponível em:
http://bit.ly/1SKCcyd.

[17] A agenda oficial encontra-se disponível em http://bit.ly/1W4cggm. A lista
de membros do Albright-Bridgestone pode ser encontrada em http://bit.ly/1qO6d3q.

[18] Uma breve lista dos projetos que já tramitam no Congresso, muitos deles
apresentados pelo Executivo, pode ser encontrada em HOEVELER, Rejane. “A agenda
das contra-reformas no Congresso: 63 ataques aos direitos sociais, e contando”.
Blog Junho, 13 de abril de 2016. Disponível em: http://bit.ly/1WQK15l

[19] A respeito desses dois pontos, ver HARVEY, D. O novo imperialismo.São
Paulo: Loyola, 2004; e FONTES, V. O Brasil e o capital-imperialismo. Teoria e
História. Rio de Janeiro: EPSJV/Fiocruz, 2010.

In
BLOGJUNHO
http://blogjunho.com.br/o-day-after-estrategistas-de-uma-guerra-social-iminente/#_ftnref17
25/4/2016

***a COZINHA, NÃO TÃO REMOTA, DO GOLPE PALACIANO NO BRASIL.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

La Batalla Geopolítica ante un Cambio Civilizatorio



Wim Dierckxsens

Una propuesta alternativa al neoliberalismo es más estratégica en la medida en
que enfoca la contradicción fundamental en la racionalidad existente. Es un
dogma en las ciencias económicas afirmar que el proceso de crecimiento económico
es impulsado por la innovación tecnológica. Sin embargo la paradoja es que
innovaciones tecnológicas más rápidas, van de la mano con reducciones más
rápidas en el crecimiento de la productividad del trabajo y con ello la
tendencia de la tasa de ganancia es a la baja. Lo anterior se dio en EE.UU. y
Europa fines de los años sesenta y en Japón fines de los ochenta. En la
actualidad China está en el mismo camino y con ello el fenómeno se ha hecho
global. Al invertir menos en maquinaria y equipo, se alarga la vida media del
capital fijo y baja la demanda de estos productos y con ello también la tasa de
ganancia. Al globalizarse hoy en día el fenómeno parece que hemos llegado a los
límites del capitalismo.




La transnacionalización del capital a partir del llamado ´outsourcing’ no se dio
tanto debido al aumento en el costo de la fuerza de trabajo, como suelen
plantearlo las tesis neoliberales. La obsolescencia programada de la tecnología
empleada en las empresas ha contribuido más al proceso de outsourcing que el
propio aumento en el costo de la fuerza laboral. El discurso neoliberal solo
habla del elevado costo laboral ya que no conviene señalar el otro.

Leer texto completo [PDF]
http://nuevaradio.org/mariwim/b2-img/wim_batalla.pdf



In
La Página de Wim Dierckxsens
http://mariwim.info/?p=51
Abril de 2016

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Visite uma escola ocupada







Convite é de Mônica Francisco, membro da Rede de Instituições do Borel, que
visitou as escolas Colégio Estadual Herbert de Sousa, no Rio Comprido; e
Compositor Luiz Carlos da Vila, em Manguinhos, na Zona Norte do Rio de Jeneiro.
"O que temos assistido é um espetáculo de comprometimento e de amor ao espaço
escolar, uma espécie de resgate do espaço da alegria, da ludicidade e do
pertencimento", afirma Mônica, que viu a "libertação de livros e equipamentos
eletrônicos, a quebra das correntes que prendem e encerram bibliotecas e
laboratórios de informática, a exploração de pátios vedados por simples capricho
ou/e demonstração de força". Mônica conclui: "Lindo de ver, lindo de participar.
Se puder, visite, vá, converse com os alunos e contribua. A escola é de
todas(os) nós!"

.................................


Por *Mônica Francisco, para o Jornal do Brasil

Ocupação nas escolas: tendência e inspiração

Há um movimento que vem se mostrando, já desde o seu início em São Paulo, como
uma das ações de vanguarda neste período de efervescência na sociedade
brasileira. É o movimento de ocupação das escolas por alunos e alunas.
Certamente estes alunos e alunas não são mais os mesmos de antes da ocupação.
Sua atitude vai gerar uma marca profunda na vida deles e delas, e como toda
vanguarda, vem se desenhando como inspiração e tendência, seguida com intensa
adesão e muita vontade de mudança, por pares de vários estados.

Não pude ir a muitas destas ocupações pelo óbvio, o tempo. Mas nas duas que
acompanhei de perto, no Colégio Estadual Herbert de Sousa no Rio Comprido e
Compositor Luiz Carlos da Vila em Manguinhos, pude ver e ouvir, além de
conversar bastante com os estudantes. E o que vê neste movimento é a ruptura e a
desconstrução do discurso atemporal e cristalizado de uma juventude, apática e
alienada.

No caso das escolas estaduais, sua população discente ainda tem mais alguns
desafios, como a criminalização e a subvalorização. O que temos assistido é um
espetáculo de comprometimento e de amor ao espaço escolar, uma espécie de
resgate do espaço da alegria, da ludicidade e do pertencimento.

A libertação de livros e equipamentos eletrônicos, a quebra das correntes que
prendem e encerram bibliotecas e laboratórios de informática, a exploração de
pátios vedados por simples capricho ou/e demonstração de força.

A revelação do sucateamento não só dos espaços físicos, mas a deterioração das
relações, que por sinal, uma das relações mais importantes para a consolidação
da própria essência dos seres que ali buscam a constituição de si mesmos como
sujeitos e sujeitas da sua história.

São histórias de racismo, humilhação, constrangimento e resiliência, sim, muita
resiliência. Sim, sei que são muitas as dificuldades dos docentes, dos
profissionais de apoio, das direções, mas nada se compara com a potência que se
desperdiça ao não se ouvir mais estes meninos e meninas.

Li muitos textos sobre pesquisas acadêmicas e artigos de profissionais da
docência, pedagogos e pedagogas que chamam a atenção para a esgotada forma de se
educar no Brasil, de que precisamos lutar por uma escola que priorize a troca, a
cumplicidade e principalmente o respeito ao alunato.

Não sei se teremos tudo isso ao terminarem as ocupações, mas certamente esses
alunos e alunas não serão mais os mesmos(as), Serão profundas como disse as
marcas deixadas por uma das maiores e mais ricas experiências que eles puderam
ter na escola, ade verem a escola sendo de fato parte deles e eles sendo parte
da escola.

Lindo de ver, lindo de participar. Se puder, visite, vá, converse com os alunos
e contribua. A escola é de todas(os) nós!


*Mônica Francisco é membro da Rede de Instituições do Borel, coordenadora do
Grupo Arteiras e consultora na ONG ASPLANDE.

In
BRASIL247
http://www.brasil247.com/pt/247/favela247/228903/Visite-uma-escola-ocupada.htm
28/4/2016

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Deputados de AL aprovam lei que pune professor que opinar em sala de aula***





Instituto Humanitas Unisinos


Por 18 votos a oito, os deputados estaduais de Alagoas decidiram, em votação no
fim da tarde desta terça-feira (26), derrubar o veto do governador Renan Filho
(PMDB) ao projeto Escola Livre. Agora, os professores são obrigados a manter
"neutralidade" em sala de aula e estão impedidos de "doutrinar" e "induzir"
alunos em assuntos políticos, religiosos e ideológicos, sob pena até de
demissão.

A reportagem é de Carlos Madeiro e publicado por Uol, 26-04-2016.

A votação foi marcada por confusão no lado de fora, onde manifestantes
contrários e a favor do projeto assistiam à sessão. Logo no início da discussão,
o telão que apresentava a votação teve problemas e foi desligado. Manifestantes
tentaram invadir o plenário da Assembleia para assistir à votação, mas a galeria
já estava lotada. A polícia precisou conter os manifestantes. O portão do
legislativo foi destruído na confusão, mas não houve relato de feridos.

O projeto Escola Livre, de autoria do deputado Ricardo Nezinho (PMDB), foi
aprovado em primeira e segunda votações, por unanimidade, no dia 17 de novembro.
Dois meses depois, em janeiro, o governador vetou integralmente a lei, alegando
inconstitucionalidade.

O veto à lei foi defendido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação. Segundo
a instituição, Alagoas passa a ser o primeiro Estado do país a ter uma lei nesse
sentido que pune professores por opiniões em sala de aula.

O veto do governador foi defendido pelo líder do governo, deputado Ronaldo
Medeiros (PMDB). "O professor, com essa lei, não vai poder falar sobre a teoria
de Darwin, pois, como se sabe ele, era ateu. E não vai poder falar sobre a
Reforma Protestante porque um católico pode reclamar", afirmou.

Em sua fala, o deputado Ricardo Nezinho rebateu e garantiu que o projeto não
censura professores. "Fiquei pasmo ao saber que, após sete meses tramitando
aqui, passando por várias comissões, ninguém chegou para discordar da
proposição. É inadmissível, quase um ano depois, haver discussão de censura, de
mordaça de professor. O projeto vai em busca do bom professor, que é 99% da
rede", disse.

O deputado Bruno Toledo (Pros), um dos maiores defensores do projeto, criticou a
repercussão contrária e pediu a derrubada do voto em "nome dos costumes."
"Ninguém quer criminalizar aqui professor, e rogo pela honestidade intelectual
de quem está falando sobre o tema, que discuta, que sugira que a gente tenta
melhorar", disse.

O projeto

Segundo a lei que será promulgada, o professor deve manter "neutralidade
política, ideológica e religiosa do Estado"; e fica "vedada a prática de
doutrinação política e ideológica em sala de aula, bem como a veiculação, em
disciplina obrigatória, de conteúdos que possam induzir aos alunos a um único
pensamento religioso, político ou ideológico."

O professor também ficaria proibido de fazer "propaganda religiosa, ideológica
ou político-partidária em sala de aula" e incitar "seus alunos a participar de
manifestações, atos públicos ou passeatas".

Além disso, determina ainda que, nas questões políticas, socioculturais e
econômicas, o professor deve apresentar aos alunos, "de forma justa, com a mesma
profundidade e seriedade, as principais versões, teorias, opiniões e
perspectivas das várias concorrentes a respeito, concordando ou não com elas."

A lei também condiciona a frequência dos estudantes em disciplinas optativas à
"expressa autorização dos seus pais ou responsáveis."

Para garantir a efetividade da lei, o projeto prevê punições previstas no Código
de Ética e no regimento único dos servidores, que estipula até demissão.

A lei foi vetada integralmente pelo governador sob argumento de que era
inconstitucional. Para Renan Filho, ela prevê gastos com cursos de capacitação,
e é vedado aos deputados apresentarem projetos que criem novas despesas ao
Executivo.

Também foi contrária à ideia dos deputados. "A partir do momento que se proíbe o
professor de tecer qualquer consideração de natureza filosófica, política e
ideológica, sem qualquer parâmetro adequado, acaba-se por tolher o amplo
espectro de atuação do profissional da educação", diz o veto do governador.

Repercussão

Segundo o doutor e professor em direito constitucional, Othoniel Pinheiro, a lei
é "totalmente inconstitucional" e pode ser derrubada por meio de ações no STF
(Supremo Tribunal Federal) ou TJ-AL (Tribunal de Justiça de Alagoas).

"Essa lei tem vícios de iniciativa, porque mexeu na atribuição da Secretaria da
Educação de criar gastos. Já existe precedente nesse sentido no STF, inclusive
com uma lei de Alagoas. Na questão material, ela é uma que restringe em demasia
a liberdade de ensinar do professor, que é prevista na Constituição. Ela fala
que o professor não pode induzir um aluno a um pensamento. O que seria induzir?
Qualquer aluno ou pai vai poder dizer que o professor está induzindo, e vai
criar um problema desnecessário ao professor, mesmo. Lei não deve ter conteúdo
muito aberto, as definições devem ser taxativas, e não é o caso dessa lei
absurda", afirma.

Procurada, a assessoria do governador Renan Filho afirmou que ele está em
viagem, mas disse que ainda não há definição sobre se o governo vai recorrer da
aprovação da lei no judiciário.

In
Instituto Humanitas Unisinos
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/554184-deputados-de-al-aprovam-lei-que-pune-professor-que-opinar-em-sala-de-aula
27/4/2016

*** A direita se valentea e o obscurantismo começa a exibir sua imagem.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Basta ya!



Atahualpa Yupanquyi



https://www.youtube.com/watch?v=a-kkhnfw0E8&feature=related

Os patrões querem mais ataques contra a classe trabalhadora e Temer do PMDB já disse que sim





Intersindical



NOSSA RESPOSTA É AMPLIAR A LUTA EM CADA LOCAL DE TRABALHO, ESTUDO E MORADIA EM
DEFESA DOS DIREITOS.

No dia 17 de abril de 1996, o braço armado do Estado assassinou dezenas de
trabalhadores rurais sem-terra, em Eldorado do Carajás/PA, no 17 de abril de
2016, outro espaço do Estado, o parlamento atendendo a exigência do Capital,
avança no processo do impeachment, para que se troque o gerente de seus
interesses na máquina do Estado com o objetivo de acelerar os ataques à classe
trabalhadora.

O governo do PT durante os últimos 13 anos foi subserviente na máquina do Estado
aos interesses da burguesia. Antes de chegar ao governo, o intenso processo de
conciliação de classes realizados pela CUT em que direitos e salários dos
trabalhadores foram reduzidos, credenciou o PT para ser aceito pela burguesia na
Presidência da República para impor um pacto, em que além de garantir farta
ajuda ao Capital com dinheiro público, impôs à classe trabalhadora a contenção
das lutas.

Empregos precarizados, endividamento da classe trabalhadora, reforma da
Previdência que atacou o funcionalismo público, bolsas mínimas para quem não tem
o básico para sobrevivência e bolsas fartas para o Capital industrial e
financeiro.

O governo do Partido que deixou de ser dos Trabalhadores, governou para
burguesia, se submeteu às negociatas sórdidas do Congresso, manteve as
concessões aos grandes meios de comunicação do Capital, como a Rede Globo e como
pensou já estar aceito no petit comitê da burguesia, agora se sente traído por
àqueles que simplesmente permitiram sua permanência no governo federal enquanto
foi útil ao apassivamento da luta de classes.

O vice que já se coloca como presidente, Michel Temer/PMDB anunciou medidas
duras, ou seja, duras para classe trabalhadora ao gosto do grande Capital:
reforma da Previdência com o objetivo de aumentar a idade para aposentadoria, (o
que o próprio governo do PT já havia anunciado), reforma trabalhista que tem por
objetivo reduzir salários e direitos, prevalecendo o negociado acima do
legislado, o que significa o rebaixamento de direitos garantidos através de
muita luta. A pauta de Temer é a pauta das principais representações patronais
como a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), FIRJAN
(Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), que tentam a todo custo impor
mudanças na legislação trabalhista com o objetivo de reduzir o preço da força de
trabalho do conjunto da classe trabalhadora. No Paraná a FIEP (Federação das
Indústrias do Paraná), a Associação Comercial e a representação do Agronegócio,
agradeceram aos deputados pelos “serviços prestados” na votação do impeachment,
demonstração escancarada da ação da burguesia que decidiu por trocar a gerencia
de seus negócios na máquina do Estado.

Ao lado do Capital nessa empreitada está Eduardo Cunha/PMDB, que além de estar
credenciado como um dos maiores corruptos do país, é o porta-voz daqueles que
defendem a legitimação da violência contra as mulheres, aos jovens e crianças,
com seus projetos de bolsa estupro e apoio a outros como o da redução da
maioridade penal e o projeto de terceirização que tem por objetivo rebaixar
salários e direitos e aumentar os acidentes, doenças e mortes nos locais de
trabalho.

A ofensiva contra nossos direitos, que se manifesta nos pacotes dos governos em
todas as esferas e na ação do Capital que para retomar e ampliar seu patamar de
lucros avança sobre os empregos e salários se enfrenta sem ilusões com as
esferas de representação do Estado. E o enfrentamento contra a piora das
condições de vida e trabalho se dá nos locais de trabalho, estudo e moradia, com
as greves e ocupações de fábricas, com a paralização da produção e circulação do
Capital.

A INTERSINDICAL - Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora está
inserida no enfrentamento real junto com a classe trabalhadora contra os ataques
do Capital e seu Estado e disposta a construir a devida unidade de ação com as
demais Organizações que de fato estejam dispostas a se empenhar na ação pela
base. Não estamos juntos à pauta daqueles que seguem na defesa do atual governo
que mostrou de todas as formas sua subserviência ao Capital, bem como, mais do
que não estarmos juntos, somos contra a canalha que se reúne no Congresso
Nacional representantes dos interesses do Capital e que no dia 17 de abril
vibraram com a abertura do processo de impeachement contra Dilma.



Seguimos aonde estamos, na base junto aos trabalhadores no enfrentamento contra
a ação do Capital e seu Estado, sem ilusões que será na esfera da superestrutura
do sistema, ou seja, no Executivo, no Parlamento ou no Judiciário, que a classe
trabalhadora encontrará a solução para seus problemas.

É a luta organizada nos locais de trabalho, moradia e estudo, ocupando as
fábricas e as ruas com as bandeiras vermelhas do sangue dos nossos que tombaram
defendendo a classe trabalhadora que se faz o verdadeiro enfrentamento contra a
minoria que segue concentrando riqueza através da exploração do conjunto de
nossa classe.

In
INTERSINDICAL
http://www.intersindical.org.br/mobilizacao/noticias2/item/1056-os-patrões-querem-mais-ataques-contra-à-classe-trabalhadora-e-temer-do-pmdb-já-disse-que-sim
26/4/2016 ?

domingo, 24 de abril de 2016

Estudantes ampliam movimento e ocupam 68 escolas no Rio de Janeiro



CSP Conlutas

Até a última contagem divulgada pela Anel (Assembleia Nacional de Estudantes
Livre) nesta terça-feira (19) chegava a 68 o número de escolas ocupadas por
estudantes no Rio de Janeiro.





Os estudantes iniciaram as ocupações no começo do mês de abril, em protesto
contra o desmonte da educação pública. As reivindicações vão desde a inclusão de
disciplinas na grade curricular a volta de porteiros nos colégios.



Até o momento, a Seeduc (Secretaria de Educação do Estado) não negociou a pauta
de reivindicação dos estudantes que, em resposta, ocupam mais escolas e
resistem.



A terceira escola ocupada da rede estadual foi a Heitor Lira. A estudante
secundarista do terceiro ano, Nathalia Martins, de 17 anos, também representante
da Anel, disse que é a primeira vez que integra movimentos assim e está feliz
por fazer parte dessas ocupações. “ É gratificante ver a união das pessoas por
uma mesma causa; esse movimento está fazendo história, apesar de até agora a
Secretaria não ter atendido nossas exigências, já estamos obtendo ganhos com
essa ocupação, que vamos levar para vida, lutar por uma educação melhor para mim
é uma aula de cidadania”, diz entusiasmada.



Apesar da força do movimento, a estudante diz que as pressões externas tornam
mais difíceis as coisas. “Já fomos ameaçados, houve duas invasões do grêmio
estudantil tentando desarticular o movimento, mas sempre conseguimos reverter e
manter nossa luta”, reforça.



A estudante é uma das responsáveis pela comissão de organização e de comunicação
da ocupação e disse que os alunos são divididos em grupos para zelar pelo
patrimônio, como a limpeza e manutenção, e também promover atividades no
interior da escola e cuidar da alimentação dos ocupados.



Além disso, há uma articulação de todas as escolas ocupadas. Os estudantes se
reúnem uma vez por semana para discutir o movimento.



Estão previstas manifestações com todas as escolas ocupadas integradas para
pressionar o governo pelo atendimento de suas reivindicações.



Apoio da Anel ao movimento



Em nota, a Anel relata que o governo do Estado e a Seeduc estão tentando
deslegitimar a luta dos estudantes por considerarem que tudo se trata de uma
grande conspiração de organizações alheias à comunidade escolar.



A entidade explica, no entanto, que a luta é legitima e os estudantes que estão
auto-organizados em assembleias e comissões. “Um exemplo de luta e de democracia
que esse governo que está destruindo a educação não consegue enxergar. Não há
nenhum conspiração de ninguém. O que há é um gigantesco descontentamento com a
situação da educação pública”, reitera.



A Anel destaca ainda ser uma organização estudantil composta por estudantes
secundaristas e universitários e tem presença nacional.



“Ao invés de usar esses argumentos podres pra tentar deslegitimar a luta, o
governo deveria estar preocupado em como vai atender a pauta de reivindicações
apresentada pelas escolas ocupadas”.



A CSP-Conlutas apoia a luta desses estudantes que assim como os estudantes de
São Paulo e de Goiás estão tando exemplo de mobilização por uma educação pública
e de qualidade.

In
CSP - Conlutas
http://cspconlutas.org.br/2016/04/estudantes-ampliam-movimento-e-ocupam-68-escolas-no-rio-de-janeiro/
19/4/2016

sábado, 23 de abril de 2016

Es Tiempo de más Autogestión




FACTA


Facta felicita a los trabajadores y trabajadoras que fundaron el primer matutino
cooperativo de la Ciudad Autónoma de Buenos Aires Por más tiempo.

Dialogamos con el periodista Martín Piqué sobre la votación y conformación de la
cooperativa de los trabajadores del ex Diario Tiempo Argentino. Nuestra
Federación estuvo acompañando desde hace meses el proceso y fuimos consultados
varias veces para el armado de la cooperativa. Pusimos y seguiremos poniendo a
disposición nuestros equipos profesionales para ayudar en este particular
momento. Le damos la bienvenida a esta nueva empresa recuperada por sus
trabajadores que se animaron a continuar trabajando, haciendo periodismo
autogestivo.

En esta charla Piqué analiza el proceso de lucha y resistencia, el poco
acompañamiento de parte del Ministerio de Trabajo, y repasa todas las medidas
previas que realizaron los trabajadores en estos meses que apuntalaron la
decisión final de conformarse en cooperativa de trabajo y sacar el Semanario Por
más tiempo. Este domingo los lectores podrán conseguir su ejemplar en todos los
puestos de diarios de la Ciudad Autónoma de Buenos Aires, de la provincia de
Buenos Aires y en la Ciudad de La Plata.

La crónica ya cuenta que el martes 19 de abril de 2016 más de cien periodistas,
fotógrafos, diseñadores, y otros trabajadores votaron los cargos de la nueva
cooperativa denominada Por más Tiempo que será el único diario cooperativo de
la Ciudad de Buenos Aires y, algunos se atreven a decir, el más grande del país.

En una votación absolutamente transparente y democrática los trabajadores
eligieron a las autoridades que gestionarán el nuevo diario cooperativo. El
consejo de Administración quedó conformado por Presidente: Javier Borelli;
Secretario: Randy Stagnaro; Tesorera: Malena Winer. Winer. Los vocales Alejandro
Wall, Julia Izumi, Martín Piqué y Adrián Murano. Síndico: Claudio Mardones.
Estos compañeros deberán gestionar este diario que saldrá todos los domingos y
que además editará un diario web todos los días.


Martín, ¿cuál es el balance que hacés de todo el proceso que tuvieron que llevar
adelante los trabajadores, desde diciembre cuando la patronal se borró hasta la
conformación de la cooperativa?

Fueron cuatro meses muy intensos y desgastantes que nos llevó a aprender mucho
por otra parte. Comenzamos a poner el foco sobre la responsabilidad empresarial.
Una responsabilidad que nadie oculta, todo lo contrario, Sergio Spolky ya tenía
antecedentes por estafa y sinceramente nos mintió en nuestra cara, se manejó con
un cinismo muy importante, es un hombre que ha realizado maniobras oscuras en
todo el conglomerado de negocios que siempre armó, con vinculaciones políticas
transversales a todos los partidos por que él fue candidato a intendente por el
Frente para La Victoria (FPV) en Tigre pero tiene vínculos con el radicalismo,
con Inteligencia como Darío Richarte y el propio Jaime Stiuso, el tristemente
célebre hombre de Inteligencia que viene de la Dictadura. Todos sus antecedentes
hacían prever que sus antecedentes valían poco y efectivamente valió poco. Él
nos dijo que si era derrotado el Frente Para la Victoria él tenía posibilidad de
aguantar hasta un año sin recibir pauta del Estado nacional y en menos de un mes
del triunfo de Mauricio Macri él ya estaba incumpliendo sus promesas. Dejó de
pagarnos en diciembre, enero, febrero, marzo y abril así fue.


Una de las cosas sobresalientes de este conflicto fue que los trabajadores
salieron a la calle y mucho. ¿Cómo fue esa experiencia?

Sí, nosotros hicimos todo tipo de acciones, movilizaciones al Ministerio de
Trabajo, a la sede del Grupo 23 en Puerto Madero, escraches en las redes
sociales. Acciones directas como cortar dos horas y media la avenida 9 de Julio,
cortamos varias veces frente al Ministerio de trabajo. La verdad que fueron
cuatro meses muy intensos. La verdad es que sigue habiendo responsabilidad por
parte del Ministerio de Trabajo a cargo de Jorge Triaca porque le pedimos como
han hecho con otros conflictos laborales que aplicaran los Programas de
Reconversión Productiva ( Repro) que están vigentes y nada. La verdad es que
había mucha gente que creía o tenía la expectativa de que como Spolky estaba
asociado al kirchnerismo el gobierno macrista iba tener otra actitud favorable
a los trabajadores pero no fue así. Hubo una protección, la sigue habiendo hoy.
También acudimos a la Justicia pidiendo el embargo preventivo de la publicidad
oficial que tiene la empresa Balkbrug S.A. estos pedidos tuvieron éxito para
Radio América pero no para Tiempo Argentino.


¿Cómo fue madurando la idea de armar la cooperativa?

Y a medida que pasaba el tiempo nos fuimos dando cuenta que nos teníamos que
organizar como proyecto autogestivo, de armar la cooperativa. A pesar de la
resistencia inicial de algunos sectores de izquierda, de algunos partidos
políticos que no se sienten cómodos con la cooperativa que prefieren siempre la
relación con una patronal porque provienen de una izquierda tradicional que se
sienten descolocados cuando se habla que ya no somos empleados . A pesar de todo
se votó por asamblea, por unanimidad la conformación de la cooperativa y ahora
estamos en la etapa de poner en práctica el proyecto y que sea realmente
rentable y viable para los trabajadores. Ese es el objetivo. El martes pasado
se votó Consejo y a los vocales. Fue una elección uninominal cualquiera podía
postularse o postular un compañero que creía que estaba capacitado para llevar
adelante la cooperativa. En mi caso quedé electo como uno de los cuatro
vocales.


¿Qué expectativas tienen a futuro y adelantanos qué tipo de diario se van a
encontrar los lectores cuando vayan el domingo a buscar un ejemplar?

Nuestra expectativa es recuperar la periodicidad diaria pero va llevar un
tiempo. Queremos que los lectores se encuentren con un buen producto y de
calidad. Un buen diario. Queremos que más allá de la empatía que se generó con
nuestros lectores en estos meses, más allá de eso, queremos que el producto sea
interesante y que refleje este momento tan difícil que estamos viviendo en la
Argentina donde tenemos una regresión neoliberal , donde mucha gente se está
quedando sin trabajo, están desindustrializando el país, desinvirtiendo en
Ciencia y Tecnología. Creemos que domingo a domingo Por más Tiempo va poder
ofrecer algo que pocos medios cuentan que es el costo de esta aventura
modernizante que quiere Macri, re endeudar a la Argentina y hacernos
dependientes del poder económico internacional. Así que tenemos esa expectativa,
después sabemos que va ser muy difícil que la respuesta sea tan masiva como la
repercusión del suplemento del 24 de marzo, cuando hicimos el especial por los
40 años del Golpe cívico Militar de 1976 y nos sacaron de las manos todos los
números, se agotamos los 35 mil ejemplares. Sabemos que no siempre va ser así.
Sabemos que muchas cosas se irán ajustando, tenemos que ver cómo responde la
distribuidora y otros detalles más. Como vos sabés por experiencia propia de la
Federación Argentina de Cooperativas de Trabajo Autogestionadas (FACTA) que
muchas cosas se irán ajustando en la marcha.

In
FACTA - Federación Argentina de Cooperativas de Trabajadores Autogestionados
http://www.facta.org.ar/news/es-tiempo-de-mas-autogestion/
23/4/2016 ?

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Listado de diez medidas urgentes para salvar La Tierra





ONU: Evo Morales planteó un Decálogo para construir comunidad mundial del Vivir Bien


Nueva York, abril 22 - El presidente Evo Morales planteó el jueves en la
Asamblea General de la Organización de Naciones Unidas (ONU), en Nueva York, un
decálogo para construir una comunidad mundial del vivir bien.

En su intervención en el foro de Desarrollo Sostenible de ese organismo
multilateral, el mandatario boliviano dijo que para lograr ese objetivo se debe
superar un conjunto de problemas estructurales mundiales.

"Para alcanzar los objetivos del desarrollo sostenible tenemos que superar un
conjunto de problemas mundiales estructurales", remarcó, al detallar una decena
de puntos con los que se lograría un "mundo justo", sin pobreza y con más
igualdad hasta 2030.

Puntualizó que el primer paso es que el mundo "no puede continuar con opresión
y dominación y colonialismo sobre la humanidad ejercidas por potencias haciendo
que los pueblos pierdan su identidad".

Explicó que para ese fin se debe reconocer y respetar el derecho de los pueblos
a su propia identidad y mantener su cultura y forma de vida, además de la
propiedad y el control sobre sus recursos y riquezas, con decisiones soberanas.

Morales dijo que el segundo paso es que los pueblos del mundo tienen que
sublevarse contra el sistema capitalista, que promueve los negocios ambientales,
la mercantilización de la naturaleza, de la vida y del patrimonio común.

El tercero paso, remarcó pasa por iniciar una lucha contra la dictadura
internacional del dinero y mercado, que empobrecen y deterioran las economías.

"Tenemos que combatir con las potencias que pretenden controlar el mercado del
petróleo y energía. Necesitamos construir economías solidarias y complementarias
sin destruir a nuestros vecinos para vivir bien en armonía hermandad y
complementariedad", agregó.

Consideró que el cuarto paso es evitar un mundo dominado por las máquinas de la
"destrucción" y la tecnología y utilizar la ciencia y el conocimiento como
instrumentos de paz.

El Presidente indígena explicó que el quinto paso tiene que ver con hacer
realidad que todos ejerzan el derecho humano al agua y a los servicios básicos;
el sexto evitar que los migrantes continúen viviendo "el martirio" de la
deportación y la destrucción de sus familias.

"No podemos tolerar un mundo de migrantes y refugiados climáticos. Tenemos que
construir la ciudadanía universal, donde las fronteras entre los países no
discriminen y marginen a las personas. En lugar de destruir un mundo de
sobrevivientes tenemos que construir la comunidad mundial del vivir bien",
refrendó.

En un séptimo paso, dijo que se debe erradicar el modelo patriarcal, en el que
el machismo creó estructuras de poder excluyentes, discriminatorios y generó
violencia contra la mujeres, niñas y familias.

"Tenemos que construir una sociedad donde mujeres y hombres trabajemos juntos",
sustentó.

El octavo paso, precisó, tiene que ser reestructurar las instituciones
financieras multilaterales para que estas respondan a las prioridades de los
Estados y pueblos.

El penúltimo paso de su propuesta establece que los pueblos deben ser parte de
los gobiernos y las organizaciones sociales deben orientar y acompañar a sus
gobernantes, además de protegerlos.

Por último, dijo que la humanidad debe luchar por un modelo donde todos
protejan los bienes comunes universales.

"Los bosques, la tierra, los ecosistemas, mares, océanos son dones de nuestra
Madre Tierra para vivir bien. La usurpación de esos dones rompe el equilibrio y
el sistema de vida de los pueblos", aseguró.

In
APORREA
http://www.aporrea.org/internacionales/n289439.html
22/4/2016

quinta-feira, 21 de abril de 2016



Só a luta dos trabalhadores pode construir uma alternativa à esquerda em nosso
país











(Nota Política do PCB)

Representantes dos segmentos majoritários das classes dominantes no parlamento,
aliados a setores do judiciário e da mídia hegemônica, impuseram a
admissibilidade do impeachment da presidente Dilma, num processo repleto de
manipulações, manobras, conchavos, negociatas e jogo sujo em todas as áreas da
institucionalidade burguesa. O sinal verde para o impeachment aprovado na Câmara
dos Deputados é um acinte ao povo brasileiro, pois se trata de uma medida
comandada cinicamente por um delinquente político e apoiada por mais de uma
centena de deputados envolvidos em processos de corrupção.

Mas esse também foi um processo pedagógico para os trabalhadores, pois
demonstrou claramente a natureza da democracia burguesa e o perfil conservador
do Congresso Nacional, composto majoritariamente pelo que há de mais reacionário
na sociedade brasileira, ou seja, os representantes dos interesses dos
banqueiros, latifundiários, empreiteiras, oligopólios industriais e do grande
comércio, que financiam suas eleições. Eles não representam seus eleitores, mas
seus financiadores.

Esse processo demonstrou, além disso, que as regras formais da democracia
burguesa só são respeitadas pelas classes dominantes enquanto servem aos seus
interesses. Em momentos de crise, a burguesia tira a máscara e manipula essas
regras sem a menor cerimônia, a favor dos seus objetivos. Esta tem sido uma dura
lição para os petistas e todos aqueles que acreditam nas alianças com a direita,
no “estado democrático de direito” e nas concessões ao capital. De nada adiantou
a vergonhosa conciliação de classe que o PT praticou durante treze anos, pois
quando o governo passou a não interessar mais à burguesia – que tem pressa de
fazer as contrarreformas que o PT faz aos poucos – esta usou de todas as suas
artimanhas para descartá-lo do poder.

Tudo leva a crer que dificilmente o impeachment será revertido no Senado,
presidido por outro velho conhecido nos processos que tratam da corrupção, em
relação ao qual o PT ainda se ilude, considerando-o aliado. Chamar de traidores
aos que se lambuzaram com as benesses do seu governo e agora abandonam o barco
para se locupletar em outro é, sem dúvida, a maior evidência da ilusão de
classe. A maior parte da escória que votou pelo impeachment neste domingo
estava, há poucos dias, na base de sustentação do governo. O mesmo poderá
acontecer no Senado.

Mas é necessário lembrar que o vice-presidente, em vias de assumir o lugar de
Dilma, é também indiciado em processos por corrupção e caracteriza-se por ser um
político inescrupuloso e ardiloso, que o tempo todo conspirou nas catacumbas da
imoralidade política contra o próprio governo do qual faz parte, sempre com a
ambição de se tornar presidente, mesmo sem votos. Caso o governo Temer se
estabeleça, o movimento sindical e operário, o movimento popular e a juventude
não lhe devem conceder um minuto de trégua, mobilizando-se para derrotá-lo a
partir das lutas nas ruas, nos locais de trabalho, de moradia e estudo, nas
ocupações urbanas e rurais.

Enfatizamos que por trás das manobras da burguesia para descartar o PT estão
interesses bastante concretos para acelerar e aprofundar a pauta contra os
trabalhadores que os governos petistas já vinham levando a efeito, como a
contrarreforma da previdência, a flexibilização dos direitos trabalhistas, a
entrega do pré-sal às multinacionais e as privatizações. Sabemos que para
implantar uma pauta dessa ordem, o estado burguês tende a aumentar a
criminalização e a repressão contra as lutas populares, bastando aplicar a lei
antiterrorista já em vigor, proposta e sancionada pelo governo petista.
Portanto, a luta de classes se tornará mais acirrada. Em contrapartida, estarão
reduzidas as possibilidades de conciliação e ilusão de classes, o que poderá
levar a resistência dos trabalhadores e setores populares a um novo patamar,
colocando na ordem do dia a necessidade da construção do Poder Popular, rumo ao
Socialismo.

O PCB conclama sua militância, simpatizantes e aliados a somar esforços pela
realização de um Primeiro de Maio Unitário Classista em todas as cidades onde
for possível, para alcançarmos o máximo de unidade na ação contra a ofensiva do
capital. Essa unidade é um dos primeiros passos na construção de um Bloco de
Lutas de todas as forças anticapitalistas e condição para a realização, no
primeiro semestre do próximo ano, de um Encontro Nacional da Classe Trabalhadora
e dos Movimentos Populares.

PCB – Partido Comunista Brasileiro

Comissão Política Nacional – 20/04/2016

In
PCB
http://pcb.org.br/portal2/10884
20/4/2016

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Guerra híbrida das hienas dilacera o Brasil***





por Pepe Escobar [*]

A sombria e repulsiva noite em que a presidente da 7ª maior economia do
mundo foi a vítima escolhida para um linchamento de hienas num insípido e
provinciano Circo Máximo viverá para sempre na infâmia.

Por 367 votos a favor e 137 contra, o impeachment/ golpe/ mudança de
regime contra Dilma Rousseff foi aprovado pelo circo parlamentar
brasileiro e agora irá para o Senado, onde uma "comissão especial" será
instituída. Se este for aprovado, Rousseff será então marginalizada
durante 180 dias e um ordinário Brutus tropical, o vice-presidente Michel
Temer, ascenderá ao poder até o veredicto final do Senado.

Esta farsa desprezível deveria servir como um alerta não só para os BRICS
como também para todo o Sul Global. Quem é que precisa de NATO, R2P
("responsability to protect") ou "rebeldes moderados" quando pode
obter a sua mudança de regime apenas com o ajustamento do sistema
político/judicial de um país?

O Supremo Tribunal brasileiro não analisou o mérito da questão – pelo
menos ainda não. Não há qualquer evidência sólida de que Rousseff tenha
cometido um "crime de responsabilidade". Ela fez o que todo presidente
americano desde Reagan tem feito – para não mencionar líderes de todo o
mundo: juntamente com o seu vice-presidente, o desprezível Brutus,
Rousseff foi ligeiramente criativa com os números do orçamento federal.

O golpe foi patrocinado por um vigarista certificado, o presidente da
câmara baixa Eduardo Cunha, confirmadamente possuidor de várias contas
ilegais na Suíça, listado nos Panama Papers e sob investigação pelo
Supremo Tribunal. Ao invés de reger hienas quase analfabetas num circo
racista, em grande medida cripto-fascista, ele deveria estar atrás das
grades. Custa a crer que o Supremo Tribunal não tenha lançado acção legal
contra Cunha. O segredo do seu poder sobre o circo é um gigantesco esquema
de corrupção que perdura há muitos anos, caracterizado pelas contribuições
corporativas para o financiamento das suas campanhas e de outros.

E aqui está a beleza de uma mudança de regime light, uma revolução
colorida da Guerra Híbrida, quando encenada numa nação tão dinamicamente
criativa como o Brasil. A galeria de espelhos produz um simulacro político
que teria levado descontrucionistas como Jean Braudrillard e Umberto Eco,
se vivos fossem, a ficarem verdes de inveja. Um Congresso atulhado com
palhaços/tolos/traidores/vigaristas, alguns dos quais já estão a ser
investigados por corrupção, conspirou para depor uma presidente que não
está sob qualquer investigação formal de corrupção – e que não cometeu
qualquer "crime de responsabilidade".

A restauração neoliberal

Ainda assim, sem um voto popuplar, os maciçamente rejeitados gémeos
Brutus tropicais, Temer e Cunha, descobrirão que é impossível governar,
muito embora eles encarnassem perfeitamente o projecto das imensamente
arrogantes e ignorantes elites brasileiras. Um triunfo neoliberal, com a
"democracia" brasileira espezinhada abaixo do chão.

É impossível entender o que aconteceu no Circo Máximo neste domingo sem
saber que há um rebanho de partidos políticos brasileiros que está
gravemente ameaçado pelos vazamentos ininterruptos da investigação de
corrupção Lava Jacto. Para assegurar a sua sobrevivência, a Lava Jacto
deve ser "suspensa"; e isto será feito sob a falsa "unidade nacional"
proposta pelo desprezível Brutus Temer.

Mas antes a Lava Jacto deve produzir um escalpe ostensivo. E este tem de
ser Lula na prisão – comparado ao qual a crucificação de Rousseff é uma
fábula de Esopo. Os media corporativos, conduzidos pelo venenoso império
Globo, saudariam isto como a vitória final e ninguém se preocuparia com a
aposentadoria da [investigação] Lava Jacto.

Os mais de 54 milhões que em 2014 votaram pela reeleição de Roussef
votaram errado. O "projecto" global é um governo sem voto e sem povo; um
sistema parlamentar de estilo brasileiro, sem aborrecimentos com
"eleições" incómodas e, crucialmente, incluindo campanhas de
financiamento muito "generosas" e flexibilidade que não obrigue a
incriminar companhias/corporações poderosas.

Em resumo, o objectivo final é "alinhar" perfeitamente os interesses do
Executivo, Legislativo, Judiciário e media corporativos. A democracia é
para otários. As elites brasileiras que fazem o controle remoto das hienas
sabem muito bem que se Lula concorrer outra vez em 2018 vencerá. E Lula já
advertiu; ele não endossará qualquer "unidade nacional" sem sentido;
estará de volta às ruas a combater qualquer governo ilegítimo que surja.

Agora estamos abertos à pilhagem

No pé em que está, Rousseff corre o risco de se tornar a primeira grande
baixa da investigação Lava Jacto, com origem na NSA , que perdura há dois
anos. A presidente, reconhecidamente uma gestora económica incompetente e
sem as qualificações de um político mestre, acreditou que a Lava Jacto – a
qual praticamente impediu-a de governar – não a atingiria porque ela é
pessoalmente honesta. Mas a agenda não tão oculta da Lava Jacto foi sempre
a mudança de regime. Quem se importa se no processo o país for deixado à
beira de ser controlado exactamente por muitos daqueles acusados pela
iniciativa anti-corrupção?

O desprezível Brutus Temer – uma versão fútil de Macri da Argentina – é a
conduta perfeita para a implementação da mudança de regime. Ele representa
o poderoso lobby bancário, o poderoso lobby do agronegócio e a poderosa
federação de indústrias do líder económico do Brasil, o estado de São
Paulo.

O projecto neo-desenvolvimentista para a América Latina – pelo menos
unindo algumas das elites locais, investindo no desenvolvimento de
mercados internos, em associação com as classes trabalhadoras – agora
está morto, porque o que pode ser definido como capitalismo
sub-hegemónico, ou periférico, está atolado na crise após a derrocada de
2008 provocada pela Wall Street. O que resta é apenas restauração
neoliberal, a TINA ("there is no alternative"). Isto implica, no caso
brasileiro, a reversão selvagem do legado de Lula, políticas sociais,
políticas tecnológicas, o impulso para expandir globalmente grandes
companhias brasileiras competitivas, mais universidades públicas, melhores
salários.

Numa mensagem à nação, Brutus Temer admitiu isto; a "esperança" de que
o pós o impeachment será absolutamente excelente para o "investimento
estrangeiro", pois lhe permitirá pilhar a colónia à vontade; um retorno à
tradição histórica do Brasil desde 1500.

De modo que a Wall Street, o Big Oil dos EUA e os proverbiais "American
interests" vencem este round no circo – graças às, mais uma vez
proverbiais, elites vassalas/compradoras. Executivos da Chevron já estão
a salivar com a perspectiva de porem as mãos nas reservas de petróleo do
pré sal; que já foram prometidas por um vassalo confiável na oposição
brasileira.

O golpe continua. As hienas reais ainda não atacaram. De modo que isto
está longe de ter terminado.


19/Abril/2016

NR: Ao publicar um artigo resistir.info não está necessariamente a
corroborar todo o seu conteúdo.

Ver também:
O xadrez do dia da ressaca e a geopolítica mundial

[*] Autor de Globalistan (2007), Red Zone Blues (2007), Obama does
Globalistan (2009) e Empire of Chaos (2014) e 2030 (2015). Seu mais
recente projecto editorial é http://newsbud.com .

O original encontra-se em
www.rt.com/op-edge/340207-rousseff-brazil-impeachment-regime/
In
RESISTIR.INFO
http://resistir.info/brasil/escobar_19abr16.html
20/4/2016

***
O blog não necessariamente concorda, no todo ou em parte, com os materiais que publica

terça-feira, 19 de abril de 2016

Geopolítica de la Casa Común:Los BRICS y el papa Francisco



Walter Formento y Wim Dierckxsens



El banco del Vaticano se encontraba bajo control absoluto de la familia
Rothschild. El papa Francisco anunció en marzo de 2015 que habría un año jubilar
a partir del 8 de diciembre. El jubileo será “dedicado a la misericordia”, según
el papa Francisco. Esto significa una petición de perdón y también implicará la
cancelación de la deuda a nivel mundial y una redistribución de los activos mal
adquiridos por el cabal. Con ello el papa rompe con los Rothschild. El Papa
Francisco anuncia la Tercera Guerra Mundial después de romper con los
Rothschild.

El cambio de decisión del banco Rothschild británico de no trasladarse a Hong
Kong y seguir en Londres fue motivo geoestratégico. Los Rothschild han decidido
volverse a Londres y jugar las cartas contra la salida de Inglaterra de la Unión
Europea; la Reserva Federal se debate entre la caída del dólar y el euro, y
preservar la libra esterlina; cerrar las fronteras luego de entrega de
pasaportes lo que significaría la derogación del Tratado de Schengen. El control
migratorio por las migraciones provocadas desde Medio Oriente contribuye al
mismo resultado.

Los Rothschild están convirtiendo todo EEUU en un paraíso fiscal (con las
Bahamas o Las Vegas) como ha quedado claro una vez más con los ´Papeles de
Panamá. Esta última filtración perjudica principalmente a todos los paraísos
fiscales que hacen la competencia a los paraísos fiscales norteamericanos,
radicados en los estados de Nevada, Wyoming y Dakota del Sur y que son
promovidos por la principal mafia bancaria del mundo, el clan Rothschild.
Millones y millones de francos suizos han salido de Suiza e invirtiéndose en los
EEUU. Otro tanto sucederá entonces a partir del escándalo de los llamados
´Papeles de Panamá´. La salida de dinero europeo de Suiza por parte de los
Rothschild ha alarmado al Vaticano que veía peligrar sus propias inversiones.

----------------------------------------------------------------------------------

Bueno es partir de la pregunta sobre la situación de política internacional en
la que se encuentra Argentina y el mundo hoy. Un mundo que ha cambiado
profundamente y que se encuentra en una crisis y transición donde están abiertos
todas las posibilidades y sueños.

El capitalismo financiero neoliberal y salvaje ha puesto a la humanidad toda en
una situación donde para poder crecer en sus ganancias debe imponer un
consumismo enfermizo e irracional. Un consumismo cuya otra cara es que cada
mercancía, sean lácteos, autos o tractores, se produce con fecha de vencimiento
para forzar en 2 o 5 años su recambio, no su reparación sino lisa y llanamente
su obsolescencia.

Esto no solo atenta contra la integridad de la naturaleza humana sino contra la
naturaleza en su conjunto. Contra la integridad humana pues pone al ser humano
corriendo siempre detrás de las necesidades de consumo materiales todo el día,
haciéndolo esclavo de sus necesidades individuales instintivas y bloqueando el
desarrollo de su ser humano y persona integral. Contra la naturaleza en su
conjunto en tanto la obsolescencia programada de los bienes-mercancías lleva la
explotación de la naturaleza a un punto donde la irracionalidad del consumo
capitalista no solo niega ya la reproducción de la vida misma sino también la
acumulación capitalista y de los capitalistas.

En el recorrido de este camino el capitalismo financiero neoliberal salvaje se
ha transformado en global, el mundo es ya presa de la voracidad cotidiana y
permanente de sus plataformas globales de ensamble de bienes y de
comercialización minorista. Pero en su hacerse de escala global este
capitalismo, este capital y estos capitalistas financieros han diferenciado al
pequeño grupo que avanza en su despliegue en escala en red global, de aquel
capital que se retrasa, no pudiendo salir de su escala de estado-continental y
de su forma de corporación multinacional. Esta fractura y división entre unos y
otros, potencia el conflicto y hace que sus enfrentamientos asuman cada vez
mayor envergadura y gravedad.

Comprometiendo no sus negocios y burbujas financieras sino la vida misma de la
humanidad. Sea porque una fracción posee una muy alta capacidad de destrucción
militar masiva por sus arsenales militares o porque la otra tiene una altísima
capacidad de destrucción masiva por sus arsenales financieros que toman forma de
guerra de precios de materias primas, del petróleo o guerra de divisas-monedas.
Todas y cada una de estas capacidades impactan diariamente excluyendo a las
grandes mayorías del acceso al alimento, a la tierra, al trabajo, al techo, al
agua, etc.

La fracción de las transnacionales financieras globales que avanza empieza a
proyectar la estrategia de dominación global y la denomina Alianza (financiera
global) del Pacifico. Porque reconoce que el centro de gravedad de la economía
mundial se ha desplazado del área anglosajona al área del Asia-pacifico, que hoy
explica más del 57% del PBI Mundial. Cambio del que fue protagonista a partir
del proceso de deslocalización (1990) de empresas transnacionales desde los
países centrales hacia los países semicoloniales de la periferia, que a partir
del 2001 denomino economías emergentes.
La fracción de capital financiero multinacional, que se retrasa en capacidades,
proyecta la estrategia de las Áreas de Libre Comercio de las Américas (ALCA) con
centro en Washington, de las Europas (AELC) con centro en Alemania y del Asia
con centro en Japón.

La confrontación entre ambas estrategias se observa a partir de 1980-90, con su
Consenso de Washington y “caída” de la URRS, que en Argentina se pone de
manifiesta en la concepción de la guerra de Malvinas, en la imposición posterior
del acuerdo de Madrid-Londres y, la ocupación y desarticulación en Argentina de
todas sus capacidades económicas productivas, políticas, administrativas,
constitucionales y valores culturales.

En 1999-2001 la confrontación asume los claros rasgos catastróficos para la
humanidad, observados en la “caída” de las Torres Gemelas como emblema de un
choque de las capacidades de guerra financiera y de guerra militar, bajo forma
regular e irregular. Con la caída de las Torres Gemelas Como también en la
”caída” de la gran banca financiera Lehman Brothers que transformo la crisis
económica financiera en crisis/guerra financiera global.

Semanas antes del 11 de setiembre el Banco JP Morgan Chase, controlado por la
familia Rockefeller y representante del capital financiero multinacional,
negoció la adquisición del World Trade Center (WTC) incluyendo al edificio
siete. El WTC fue asegurado contra ataques terroristas y luego de los ataques
hubo una liquidación de 7.3 mil millones de dólares de las compañías de seguro
que pertenecen a la fracción dominante del capital financiero anglo-americano
globalizado. Con estas pérdidas cuantiosas buscaban tambalear a las empresas
re-aseguradoras (Véase Wim Dierckxsens, Economía de guerra vs economía
especulativa: a once años de las Torres gemelas, http://www.lahaine.org, 12 de
octubre de 2012).

El Lehman Brothers, megabanco financiero que es parte del esquema globalista
financiero, no se cayó durante la Crisis financiera global de septiembre de
2008, sino lo dejaron caer para que arrastrara a toda la banca de inversión a la
crisis. Su compañero Merrill Lynch fue adquirido por Bank of America, banco
perteneciente a las corporaciones financieras retrasadas. La administración Bush
muy alineada con ese capital financiero conservador salvó a grandes entidades
insolventes como las agencias hipotecarias Fannie Mae y Freddie Mac, pero dejó
caer a Lehman. Se trataba de uno de los bancos de inversión más importantes y,
tal vez, el que mayores interconexiones con otras entidades tenía. Para lograrlo
hubo toda clase de desestabilización con los CDS o seguros de crédito por impago
y degradaciones de la capacidad de solvencia por agencias de rating en un
comportamiento estratégico por parte de los compradores a lograr un buen precio.

Esta crisis financiera global estalla en setiembre de 2008 y en diciembre de
2008 se expresa en la necesidad y decisión de los capitales financieros globales
de conformar el G20, con el G7 (ex-economías centrales para ellos) sumando a las
G13 (ex economías periféricas), ahora el corazón de las economías emergentes.
Mientras las corporaciones financieras multinacionales retrasadas, también parte
del G7, se posicionan en la defensa estratégica del mundo que los países
centrales imperialistas supieron imponer en Bretton Woods, en 1945 con EE.UU.
como único vencedor de la segunda guerra mundial del mundo occidental.

Esta situación de crisis financiera global, de un mundo global financiero que
quiere imponer y de un mundo continental financiero que se “defiende” para no
ser subordinado y absorbido. Es lo que abre las puertas a los primeros grandes
pasos de la estrategia Brics, que dejan de ser solo economías emergentes, donde
tienen asiento las empresas transnacionales financieras globales en forma
dominante, y emergen las grandes empresas estatales mixtas con su capitalismo
social de estado.
Esto emerge como decisión política de los Estados de China, Brasil, Rusia,
India y Sudáfrica, no en las citis financieras de Hong Kong, San Pablo, Moscú,
Bombay, Johannesburgo, etc. con fuerte asiento y presencia de los capitales
financieros globales. Pero no será hasta 2014-2015 en que suba la intensidad en
la confrontación de estos esquemas de actores estratégicos, donde el esquema
Brics insurge como uno más.

La crisis financiera global de 2008, pasa de EE.UU. a la Unión Europea (UE) a
fines de 2009 y principios de 2010. Aparece como crisis griega y luego como la
crisis de España. La primera se da cuando la agencia Fitch Rating (comprometida
con la UE), degrada la deuda griega a largo plazo a fin de impulsar una mayor
centralización de poder en la UE. La segunda fue provocada desde la city
financiera de Londres cuando Standard&Poors, agencia calificadora comprometida
con el capital anglo-americano globalizado califica la capacidad de pago de la
deuda española hacia abajo. La reducción en la calificación de deuda
internacional de países como España, ha hecho que sus bonos pasen a formar parte
de los denominados “bonos basura” (bonos que para que sean comprados se los
carga con un interés alto pero sin seguridad de recibir lo prometido al
vencimiento del mismo), comprometiendo la posibilidad de estos países de recibir
nuevas inversiones. El objetivo fue debilitar y desarticular la UE como bloque
continental de poder y desmembrarlo a partir las citis financieras de Frankfurt,
Paris, Ámsterdam y Londres como centros de poder.
El Fondo Europeo de Estabilización Financiera (FEEF) fue creado en 2010 como
una respuesta de la Unión Europea para tratar de contrarrestar los ataques de la
agencia rating S&P con un capital chino de más de 500 mil millones de dólares.
Esta acción combinada de los Estados de China y Rusia articulados con las
Transnacionales Alemanas-Francesas, mediante la instrumentación de este crédito
para bloquear la corrida financiera, la conversión de Yuanes en Euros para
fortalecer al Euro como moneda, y la apertura de la economía China a las
empresas alemanas como Audi, BMW, Mercedes, etc., lograron desactivar las
capacidades golpistas financieras de Londres/WallStreet/ HongKong sobre la UE.

Este hecho que transcurre en el año 2010, deja malparada al conjunto de la gran
banca global con fuerte exposición en la UE: al HSBC y al Barclays pero también
al Santander-Central Hispano. La situación de este último no solo asume la forma
de crisis sino que además impacta de lleno sobre el CEO del Banco Ambrosiano
Ettore Gotti Tedeschi, muy próximo al Opus Dei, ex presidente del Santander
Consumer Bank, la división italiana del Grupo Santander y más aún sobre su
mentor el cardenal Tarsicio Bertone, quién era considerado “el poder” detrás del
poder en el vaticano y el seguro próximo sucesor de Benedicto XVI.

Esto abre la crisis y debilitamiento de los respaldos a la estrategia financiera
global en el Vaticano, del Vaticano financiero global. Esta pérdida de peso del
globalismo financiero le permite a Benedicto XVI profundizar la crisis, expulsar
al Santander del manejo del Banco Ambrosiano, abdicar (renunciar) y llamar al
colegio electoral de para elegir a su sucesor.

Proceso del cual emerge electo Francisco, el primer papa latinoamericano, que
avanza jubilando a Tarsicio Bertone, al Santander y al Vaticano financiero. Al
mismo tiempo, no acepta la renuncia a Benedicto XVI que permanece también como
Papa emérito. Estos hechos fortalecen la estrategia de consolidación de la UE y
de consolidación en el Vaticano del Humanismo Ecuménico Popular Multipolar en la
figura de Francisco y recuperando el proyecto que emerge en el Concilio Vaticano
II que había perdido fuerza con la muerte de Pablo VI y Juan Pablo I.

A nadie se le escapa que el banco de la Santa Sede fue durante décadas el
escondite más seguro para el dinero sucio de la política italiana e incluso de
la mafia. Hasta la misteriosa muerte de Juan Pablo I —ocurrida 33 días después
de ser elegido— fue atribuida al miedo del cardenal Marcinkus ante un pontífice
que con toda seguridad intentaría acabar con esa página vergonzosa de la
Iglesia. Su sucesor, Juan Pablo II, no solo no indagó, sino que utilizó el banco
y a las conexiones del cardenal Marcinkus con el banco Ambrosiano para financiar
su guerra contra el comunismo.

Ettore Gotti Tedeschi, el economista que Benedicto XVI situó en 2009 al frente
del IOR para limpiar las finanzas vaticanas, hasta el punto de que redactó un
expediente con documentación sensible. No lo asesinaron, pero los mismos
jerarcas de la Iglesia acosaron a Joseph Ratzinger en cuanto buscó la
transparencia financiera. La fuga de documentos que culminó en febrero de 2013
con la renuncia al papado de Ratzinger.

El banco del Vaticano se encontraba bajo control absoluto de la familia
Rothschild. El papa Francisco anunció en marzo de 2015 que habría un año jubilar
a partir del 8 de diciembre. El jubileo será “dedicado a la misericordia”, según
el papa Francisco. Esto significa una petición de perdón y también implicará la
cancelación de la deuda a nivel mundial y una redistribución de los activos mal
adquiridos por el cabal. Con ello el papa rompe con los Rothschild. El Papa
Francisco anuncia la Tercera Guerra Mundial después de romper con los
Rothschild.

El cambio de decisión del banco Rothschild británico de no trasladarse a Hong
Kong y seguir en Londres fue motivo geoestratégico. Los Rothschild han decidido
volverse a Londres y jugar las cartas contra la salida de Inglaterra de la Unión
Europea; la Reserva Federal se debate entre la caída del dólar y el euro, y
preservar la libra esterlina; cerrar las fronteras luego de entrega de
pasaportes lo que significaría la derogación del Tratado de Schengen. El control
migratorio por las migraciones provocadas desde Medio Oriente contribuye al
mismo resultado.

Los Rothschild están convirtiendo todo EEUU en un paraíso fiscal (con las
Bahamas o Las Vegas) como ha quedado claro una vez más con los ´Papeles de
Panamá´. Esta última filtración perjudica principalmente a todos los paraísos
fiscales que hacen la competencia a los paraísos fiscales norteamericanos,
radicados en los estados de Nevada, Wyoming y Dakota del Sur y que son
promovidos por la principal mafia bancaria del mundo, el clan Rothschild.
Millones y millones de francos suizos han saliendo de Suiza e invirtiéndose en
los EEUU. Otro tanto sucederá entonces a partir del escándalo de los llamados
´Papeles de Panamá´. La salida de dinero europeo de Suiza por parte de los
Rothschild ha alarmado al Vaticano que veía peligrar sus propias inversiones
(1).

Si Cameron decide salir de la UE, los bancos europeos tendrían que recolocar
unos 108 billones de euros en derivados bajo la modalidad de ´securities´ de la
banca financiera anglo-americana globalista ubicada en la City de Londres. No
sería nada fácil realizarlo. En este contexto el banco HSBC considera
trasladarse de Londres a París. La sede del banco HSBC incluso podría ir a Hong
Kong lo que provocó el desaire de los Rothschild. Queda claro entonces que China
va a colaborar con Francisco y con Rusia.

Parece que ha habido una reunión para medir intenciones en el reparto de la
influencia de bloques en Siria y Sudamérica entre Vladimir Putin y Henry
Kissinger que por lo visto sigue arbitrando para la Reserva Federal los repartos
del Council Foreign Relations (CFR) y la Comisión Trilateral. El retiro del
general Kelly y su sustitución por el almirante Kurt W. Tidd aceleran la locura
de invasión de Obama en Sudamérica con la colaboración de Inglaterra en Las
Malvinas y la Antártida. La propia Argentina entra por la puerta de atrás en la
Otan. Es una estrategia donde vamos a ver un Macri que no solo cambia las
relaciones con Inglaterra, sino que colaborará con ellos en la zona cono sur y
Antártida para combatir a Rusia y China. En este contexto podrá esperarse una
invasión en América del Sur con la colaboración del ejército británico en las
Malvinas; la salida del gobierno de Maduro de Venezuela e la instalación de una
base norteamericana en Argentina.

Gran Bretaña dejaría la UE debido a la presión de la Reserva Federal
norteamericana para preservar una caída del dólar y en carambola la libra. Sin
embargo, los Rothschild se han echado hacia atrás con la opción de China-Hong
Kong para su liderazgo en la nueva moneda mundial y han decidido hundir el Banco
de Desarrollo de los Brics. La Reserva Federal ahora presiona para evitar el
Brexit. La primera evidencia de querer hundir el Banco de Desarrollo es la
amenaza al sistema económico de Brasil que atraviesa una gran inestabilidad
hasta calificarlo las agencias como Standard and Poors (S&P), que ahora controla
Goldman Sachs, en bono basura. Quien podría echar todo hacia abajo en las
próximas elecciones en los EEUU, es Donald Trump como eventual presidente. Esto
haría perder la influencia Rothschild en el país además del riesgo inminente de
quiebra de Wall Street. De ahí que toda la prensa dominante se expresa en contra
de Trump (2).

Este Vaticano Universal Multipolar también influye en el acercamiento de la UE
al proyecto multipolar BRICS. La solución pacífica del conflicto en Siria, Irak,
Irán, Ucrania, Colombia, Méjico, etc. siempre se realiza en coordinación con los
Brics. Los diálogos con Obama, parte del globalismo financiero, permiten avanzar
en las políticas de resolución de guerras mediante la política de paz.
Principalmente en EE.UU., reduciendo los márgenes de maniobra de las
corporaciones financieras guerreristas con fuerte influencia entre los
Republicanos en Washington, la corte suprema del Juez Scalia y el Pentágono.
También influye en el dialogo ecuménico con Cirilo, el patriarca de Moscú, que
permite reducir los márgenes de conflicto militar generalizado y nuclear a
partir del predicamento que tiene Francisco en la Iglesia Greco-Católica
Ucraniana. Francisco se reunió a principios de marzo de 2016 en el Vaticano con
el Sínodo Permanente de la Iglesia greco-católica de Ucrania para reafirmar la
comunión con el pueblo ucraniano.

Podemos observar la existencia de cuatro esquemas de poder, dos que parten de
actores económico financieros trasnacionales, uno el esquema financiero global
unipolar centrado en su red multilateral de citis financieras y bancos
centrales; y el otro, el esquema financiero continental unipolar centrado en el
unilateralismo de EE.UU como potencia militar imperialista mundial. Por otro
lado, tenemos a los dos esquemas de poder que parten del estado, el pueblo, la
política y la producción. Uno el esquema universal BRICS-Ampliado con su red de
polos regionales de poder (OCS, UEA, Unasur/Celac, UA, Asean, ¿UE?, etc.). El
otro, es el esquema Vaticano Multipolar Universal del humanismo revolucionario
ecuménico social.

En Argentina con la asunción del Macrismo como gobierno de la nación, se observa
que el globalismo financiero ha ocupado el 70% de los cargos de mayor rango
institucional (ministros, secretarios y subsecretarios) e incluso ha impuesto
directamente a sus CEO´s, cuadros de la alta gerencia económica de sus empresas
transnacionales en esos puestos. Indicador esto de su falta aún de cuadros
políticos propios. El 20% de los cargos de alto rango los ha impuesto el
continentalismo financiero con centro en EE.UU. Estas transnacionales
financieras retrasadas en lo global, tienen mayor poder territorial en Argentina
respecto de las transnacionales globales con mayor peso en lo institucional, lo
cual configura una muy particular situación de conflicto en la alianza en
posición de gobierno.

Una alianza que contiene la contradicción principal mundial. Una situación que
prefigura una interna estructural que expresa el choque de intereses, esquemas
de poder, entre el unipolarismo financiero continental enfrentado al
unipolarismo financiero global. Donde, además, los dos esquemas multipolares,
Brics y Francisco, que están en una posición de fuerzas favorable en el plano
mundial, articulan con el globalismo financiero ascendente para oponerse a la
amenaza militarista termonuclear del esquema unipolar retrasado centrado en
Washington, los Republicanos y el complejo financiero militar industrial,
pentágono.

El modo en que se resolvieron las elecciones en Argentina, el ascenso del
Macrismo al gobierno, debilita y expone al gobierno de Brasil, Dilma/Lula, que
expresa la articulación de los dos esquemas multipolares de poder, a una
ofensiva salvaje y combinada de ambos esquemas del unipolarismo financiero
transnacional. Particularmente, del unipolarismo financiero global que rompe la
alianza de gobierno con Dilma, donde tenía una posición secundaria, e inicia una
ofensiva destituyente, articulando intereses y fuerzas con las transnacionales
financieras centradas en Washington.

La situación mundial nos muestra puntos claves a tener en cuenta. La resolución
del proceso de acercamiento de la UE –Unión Europea- al Multipolarismo
consolidaría dicho Multipolarismo, hoy en una correlación favorable, como
esquema dominante mundial. Esta unión dejaría sin chances a ambos Unipolarismos
financieros, pero crean la amenaza de la posible articulación de sus capacidades
de guerra militar y financiera en contra de los Multipolarismos.

Los atentados en Paris y Bruselas, la migración forzada de medio oriente hacia
la UE, son una muestra permanente de la decisión de los Unipolarismos
financieros de quebrar por todos los medios la articulación de la UE en el
esquema multipolar. La resolución de la situación en Ucrania, pos golpe de
estado, mediante el dialogo a partir de los esfuerzos del Papa francisco y del
Patriarca de Moscú, permitiría conculcar la amenaza de guerra termonuclear entre
la Otan-Unipolar enfrentada a la Multipolar triada China-Rusia-India.

En la misma línea impacta la solución a la crisis de medio oriente,
específicamente a la estrategia de “rediseño” económico, político y, luego,
geográfico que fragmenta a Siria, Iraq, Turquía e Irán en sus áreas ricas en
recursos naturales para reunirlas luego en un nuevo “estado títere y tapón” de
la Otan, el “IsisTan”. Esto no solo le permitiría monopolizar la mayor riqueza
natural de gas y petróleo en el mundo en manos de la Unipolar Otan sino excluir
a China-Rusia-India del acceso a este recurso estratégico y además, le
permitiría desarticular definitivamente a la UE del multipolarismo Brics.

Esta jugada parte de “sublevar” al mundo musulmán a partir de la imposición del
Wahababismo como versión militarista del Islam. Una versión que niega al Islam
en sus fundamentos de 11 siglos de historia e implica una visión extrema y
militarista, que la enfrenta con el mundo musulmán y abre la puerta a su
instrumentación estratégica por el unipolarismo financiero. No solo pudiendo
armar el instrumento terrorista EI/Isis/Daesh en medio oriente sino exportarlo a
poblaciones musulmanas en China, Rusia, India y todo lugar donde se requiera
para desestabilizar y fragmentar.

Una jugada de jaque mate al multipolarismo, muy peligrosa porque camina en el
límite de una amenaza de guerra militar, regular e irregular, que implica la
derrota de todos y la extinción de la vida toda. Una locura propia de esquemas
de poder que ya agotaron su capacidad de aportarle vida a la Humanidad, que debe
ser contenida y despotenciada en sus capacidades guerreristas. En ese objetivo
camina el Multipolarismo humanista ecuménico de Francisco, reuniendo a las
distintas religiones que tienen un compromiso con la paz, el ser humano y la
naturaleza. El reparto de la influencia de bloques en Siria y Sudamérica entre
Vladimir Putin y Henry Kissinger explica por qué EE.UU. aparentemente cambió de
posición frontal con Rusia en torno a Siria.

La posibilidades de desvirtuar la lectura de los textos de las grandes
religiones, que fuerza lecturas guerreristas en el objetivo de imponer
“visiones” por cualquier medio, brota de los intereses y estrategias del
“negocio financiero transnacional” como esquema de poder. El Wahababismo en el
Islam como en las otras grandes religiones se observan las influencias del poder
financiero trasnacional. Enfrentado desde siempre a los históricos compromisos
del humanismo ecuménico con la paz, con la política, con la tierra, el trabajo,
el techo y la felicidad de los pueblos, de la mayorías. Un Humanismo Ecuménico
comprometido con la vida de los pueblos pobres y sometidos por las elites
económicas poderosas.

Otro punto clave se sitúa en las Américas, en la resolución de la crisis que ha
producido el plan ALCA (Asociación de Libre Comercio de las Américas) lanzado en
1991-94 por el unipolarismo financiero para subordinar todo el continente a
Washington, al Dólar y al Pentágono. Este plan avanzo rápidamente conformando el
Nafta (subordinando a Méjico y Canadá). En ese camino recurre al desarrollo las
formas militares irregulares para desarticular las instituciones estatales de
Méjico y transformarlo en estado-fallido que es el modo que asume su absorción.
Por otro lado, en Méjico estalla la sublevación al mismo tiempo que entra en
vigencia el Nafta/Tlcan en enero de 1994. Una sublevación cuyo punto central fue
en Chiapas, San Bartolomé de Las Casas. Una sublevación compuesta de muchas
sublevaciones y que aún hoy están activas en defensa del estado mejicano. La
respuesta desde la estrategia financiera unipolar fue potenciar financiando,
entrenando y armando todas las formas irregulares del para-guerrerismo:
militares, policías, narcos, pandillas, etc. para consolidar a Méjico como
estado fallido.

Al mismo, tiempo las transnacionales financieras en 1991, aceleran su proceso de
deslocalización de los países centrales a los países periféricos, abriendo la
transformación de estos en economías emergentes y de aquellos en ex países
centrales. Lo cual impacta en el desempleo, precarización y empobrecimiento del
pueblo de EE.UU. en general y de las ciudades industriales (Detroit, etc.) en
particular. Esto crea una situación de exclusión económica, cultural y política
de la población afroamericana, hispanoamericana, indoamericana y también la
asiática de reciente radicación en EE.UU..

Una situación de exclusión y violencia institucional que se transforma en
movimiento por derechos civiles de las minorías desde el pueblo, que retoma las
banderas de 1960. Esta realidad observa y aborda Francisco con el objetivo de
hacerlas visibles, para legitimar y empoderar a los excluidos de EE.UU. y de
Méjico. Pero también para deslegitimar la política del complejo industrial
militar de EE.UU. de recurrir a la violencia armada, regular e irregular, tanto
en EE.UU. como en Méjico para imponer sus intereses. En este punto Obama y su
globalismo financiero coinciden con Francisco, en la necesidad debilitar al
unipolarismo militarista republicano neoconservador. Algo que Obama intenta
realizar con su política de reducción de presupuesto al Pentágono, ya que su
poder se apoya en el despliegue de guerra económico-financiera de
WallStreet/Londres/HongKong/etc. Lo cual lo condujo a un enfrentamiento frontal
con el nucleó de poder neoconservador (stablishment) del partido Republicano y
su facción el Tea Party.

Los diálogos por la Paz en Colombia también siguieron el mismo camino, debilitar
la política militarista del Antioqueño Uribe asociado al pentágono y Washington,
apoyándose en el Bogotano Santos con dialogo fluido con Londres. Uribe era una
pieza clave en la estrategia del Alca por la proyección militarista, regular e
irregular, desde Colombia sobre toda la Suramérica y en particular de Brasil y
la Argentina del Mercosur. Santos también lo es para la Alianza (financiera
global) del Pacífico en la articulación con Santiago, Ciudad de Méjico y Lima de
un eje a partir de cual hacer el puente con Japón, Australia, Corea del Sur,
China, India, etc..

El Multipolarismo de Francisco y de los Brics plantea la necesidad de una
estrategia de dialogo y puentes políticos de paz e inclusión social en el
trabajo y la producción. Esta estrategia se apoya esencialmente en sostener en
el tiempo la política de diálogos y puentes de Paz e inclusión. Nunca dar
espacio para la guerra militar o la guerra financiera.

1. Eladio Fernández, El papa francisco se enfrenta a los Rothschild al
traicionar estos su decisión de sede en Hong Kong,
https://eladiofernandez.wordpress.com, 18 de febrero de 2016.
2. IBID

In
La Página de Wim Dierckxsens
http://mariwim.info/?p=50
Abril 2016