domingo, 19 de junho de 2022

Porque é tão difícil acabar com o nazismo?

 

    


*O crescente pacto de suicídio da NATO ameaça incendiar o mundo*

 

/Matthew Ehret/

    /Este crescimento [do nazismo] não está apenas a tomar a forma de
    uma ren//ovação do //sol negro tatuado com suásticas neonazis //dos
    //Azov, C14, Svoboda e Aidar na Ucrânia hoje em dia//, mas também
    uma reescrita completa da história da Segunda Guerra Mundial que deu
    um mergulho acelerado na irrealidade durante os 30 anos desde o
    colapso da União Soviética./

 

/*É possível que a guerra que pensávamos ter vencido em 1945 fosse
apenas uma batalha dentro de uma guerra maior pela civilização cujo
resultado ainda está para se ver?*/

A decisão recentemente expressa pelos governos finlandês e sueco de
aderir ao pacto de suicídio coletivo da NATO não deve ser uma grande
surpresa para quem tem prestado atenção ao crescimento do nazismo nos
últimos 77 anos.

Este crescimento não está apenas a tomar a forma de uma renovação do sol
negro tatuado com suásticas neonazis dos Azov, C14, Svoboda e Aidar na
Ucrânia hoje em dia, mas também uma reescrita completa da história da
Segunda Guerra Mundial que deu um mergulho acelerado na irrealidade
durante os 30 anos desde o colapso da União Soviética.

Em todo o espectro de membros pós-Pacto de Varsóvia absorvidos pela
NATO, como a Lituânia, Estónia, Albânia, Eslováquia e Letónia, os
colaboradores nazis da Segunda Guerra Mundial foram glorificados com
estátuas, placas públicas, monumentos e até escolas, parques e ruas com
nomes de nazis. Celebrar os colaboradores nazis enquanto desmontam
monumentos pró-soviéticos quase se tornou uma pré-condição para qualquer
nação que deseje ingressar na NATO.

Na Estónia, que se juntou à NATO em 2004, a Erna Society, financiada
pelo Ministério da Defesa, celebrou o grupo nazi Erna Saboteur que
trabalhou com as Waffen SS na Segunda Guerra Mundial, tendo a Guarda
avançada Erna sido elevada a herói nacional oficial. Na Albânia, o
primeiro-ministro Edi Rama reabilitou o colaborador nazi Midhat
Frasheri, que deportou milhares de judeus do Kosovo para campos de
extermínio.

Na Lituânia, o líder pró-nazi da Frente Ativista Lituana Juozas Lukša,
que cometeu atrocidades em Kaunas, foi homenageado como herói nacional
por um ato do Parlamento que aprovou uma resolução apelidando “o ano de
2021 como o ano de Juozas Luksa-Daumantas”. Na Eslováquia, o 'Nosso
Partido Popular da Eslováquia', liderado pelo neonazi Marián Kotleba,
passou do seu estatuto de força marginal para a visibilidade dos
principais partidos, conquistando 10% dos assentos parlamentares em 2019.

*Esqueletos nazis na Finlândia e armários da Suécia*

Enquanto a Finlândia gosta de comemorar o facto de que a sua guerra de
1941-1944 com a Rússia não teve nada a ver com a Segunda Guerra Mundial,
mas foi simplesmente uma aliança defensiva com a Alemanha contra a
malvada União Soviética, e enquanto a Suécia gosta de comemorar o facto
de ter permanecido neutra durante a Segunda Guerra Mundial, os factos
contam uma história muito diferente.

Não apenas ambas as nações desempenharam papéis agressivos na guerra
contra a União Soviética durante a Operação Barbarossa e para além dela,
mas ambas as nações também forneceram vastos empréstimos e outros apoios
económicos de 1940 a 1945.

Num nível puramente militar, a Suécia “neutra” liderada pelo rei Gustavo
V e o primeiro-ministro social-democrata Per Albin Hannson garantiu que
os seus territórios fossem disponibilizados aos nazis durante a Batalha
de Narvik em 1940, que resultou na queda da Noruega. Quando a Operação
Barbarossa foi lançada um ano depois, a Alemanha foi autorizada a usar o
território sueco, ferrovias e redes de comunicação para invadir a União
Soviética via Finlândia. Soldados alemães e equipamentos de batalha
foram transportados de Oslo para Haparanda, no norte da Suécia, em
preparação para ataques à Rússia.

Na frente económica, 37% das exportações suecas ao longo da guerra foram
para a Alemanha, o que incluía 10 milhões de toneladas de minério de
ferro por ano, bem como a maior produção de rolamentos de esferas,
vitais para a máquina de guerra nazi que eram exportados através dos
portos da Noruega ocupada pelos nazis. A família pró-fascista von Rosen
desempenhou um dos papéis mais importantes na promoção da ideologia nazi
na Suécia tendo  Eric von Rosen co-fundando o Partido Nacional
Socialista da Suécia e fornecido acesso à camada superior da nobreza
sueca ao alto comando alemão durante a década de 1920-1930.

Além disso, o conde Hugo von Rosen atuou como diretor da filial
americana do banco sueco Enskilda e da SKF Bearing, que geria o fluxo de
fundos e rolamentos de esferas (fabricados em Filadélfia) para a
Wehrmacht durante toda a guerra.

O historiador Douglas Macdonald escreveu : /“Os rolamentos de esferas da
SKF eram absolutamente essenciais para os nazis. A Luftwaffe não podia
voar sem rolamentos de esferas, e tanques e carros blindados não podiam
rolar sem eles. Canhões nazis, miras, geradores e motores, sistemas de
ventilação, U-boats [submarinos], ferrovias, máquinas de mineração e
dispositivos de comunicação não poderiam funcionar sem rolamentos de
esferas. Na verdade, os nazis não poderiam ter combatido na Segunda
Guerra Mundial se a SKF de Wallenberg não lhes tivesse fornecido todos
os rolamentos de esferas de que precisavam”./

Hugo era primo em segundo grau de Goering por casamento e o seu primo
Eric terá um papel importante nesta história em breve.

*Avaliação da herança nazi da Finlândia*

Ao contrário da Suécia, a Finlândia nunca tentou fingir neutralidade e,
nesse sentido, pode pelo menos ser aplaudida por evitar a hipocrisia dos
seus primos suecos. Compartilhando uma fronteira de 1.340 km com a
Rússia,  a 40 km de alcance da atual São Petersburgo, a Finlândia era um
imóvel de alto valor para os nazis.

Durante a guerra, 8.000 soldados finlandeses lutaram diretamente ao lado
dos nazis contra os russos, e muitos serviram nas divisões nazis da SS
Panzer entre 1941-1943. Um escandaloso relatório de 248 páginas
publicado pelo governo finlandês em 2019 revelou que nada menos que
1.408 voluntários finlandeses serviram diretamente na divisão SS Panzer
realizando atrocidades em massa, incluindo o extermínio de judeus e
outros crimes de guerra.

A causa da aliança da Finlândia com os nazis durante a guerra também é
muito mais sombria do que os livros de história higienizados deixam
transparecer.

Os líderes soviéticos estavam a observar a construção da máquina de
guerra nazi em direção à Rússia como uma colisão de comboios em câmara
lenta desde o momento em que o Acordo de Munique de 1938 foi alcançado,
determinando a destruição da Checoslováquia e o crescimento de um
monstro de Frankenstein no coração da Europa.

No seu brilhante / /'The Shocking Truth About the 1938 Munich Agreement'
[/A Verdade Chocante sobre o Tratado de Munique de 1938 (NT)/] , Alex
Krainer demonstra que a diplomacia secreta britânica garantiu que, desde
a tomada da Áustria por Hitler até a invasão da Polónia em setembro de
1939, a política de apaziguamento da Grã-Bretanha apenas fingiu oposição
ao nazismo, ao mesmo tempo em que facilitou o seu implacável
crescimento, como um monstro Frankenstein, no coração da Europa.

*A corrida para proteger o centro vital e a viragem nazi da Finlândia*

Sabendo que um ataque era inevitável, a Rússia assinou o Pacto
Molotov-Ribbentrop em agosto de 1939 para ganhar tempo, enquanto tentava
estabelecer uma zona tampão entre o regime nazi expansionista e ela mesma.

Durante essa pequena janela, estava em andamento uma corrida  para
consolidar esferas de interesse, com a Rússia agindo defensivamente para
proteger o seu  baixo-ventre antes que a inevitável guerra quente fosse
lançada. Enquanto isso, a Alemanha correu para  levar  o calor com as
operações militares que espalharam o Reich por toda a Europa.

A Rússia conquistou várias vitórias diplomáticas estratégicas
importantes ao assinar pactos de assistência mútua com a Letónia,
Lituânia e Estónia. No entanto, a Finlândia, sob o controle do marechal
de campo Carl Gustaf Mannerheim e do primeiro-ministro Risto Ryti,
rejeitou a oferta da Rússia.

No abortado Tratado de Segurança Mútua Rússia-Finlândia, a Rússia cedia
a Carélia do Sul, no norte, em troca da deslocação da fronteira
soviética para o oeste no istmo da Carélia e da permissão para
estacionar bases russas na Finlândia. O governo pró-alemão de Ryti e
Mannerheim estava publicamente a aproximar-se dos alemães durante a
década de 1930 e grande parte da aristocracia da Finlândia tinha visões
delirantes de expansionismo juntamente com os seus colegas suecos
pró-nazis acreditando que uma grande parte do noroeste da Rússia,
chamada Karelia do Leste, tinha aparentemente um povo nórdico “puro” não
contaminado pelo sangue eslavo e escandinavo.

A rejeição da Finlândia do acordo de cooperação resultou na decisão da
Rússia de a invadir em novembro de 1939, resultando na perda de 20.000
soldados finlandeses, 11% do seu território, representando 1/3 de seu
potencial económico e um ego  feito em cinzas. Esta “Guerra de Inverno”
de quatro meses terminou em março de 1940 com uma Finlândia reduzida e
humilhada ansiando por vingança.

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O Marechal de campo Mannerheim e o Primeiro Ministro Ryti eram crentes
devotos no mito da 'grande Finlândia'. Mannerheim proclamava em voz alta
aos seus soldados, na véspera do acordo da Finlândia para dar as mãos
aos nazis, que /“em 1918 durante a guerra de libertação [contra a
Rússia], eu declarei aos carelianos finlandeses e vienenses que não
colocaria a minha espada na bainha antes de a Finlândia e a Carélia
Oriental serem livres”. /Esse discurso tornou difícil manter a noção de
que a aliança da Finlândia com os nazis era simplesmente 'defensiva'.

Embora seja comummente alegado por historiadores revisionistas que
Herman Göring enviou um mensageiro pessoal a Helsínquia pedindo licença
para usar o território da Finlândia em troca de armas e apoio, em agosto
de 1940, a deposição de 1945 do Coronel da SS Horst Kitschmann – que
estava a par dessas trocas, testemunhou que foi o próprio Mannerheim o
primeiro a entrar em contacto com Göring sugerindo que esse arranjo
fosse feito.

Documentado em /'Finland's War of Choice'/ de Henrik Lunde, Kitschmann
testemunhou:/“Durante essas conversas, von Albedill [major alemão do
estado-maior do adido que informou Kitschmann] disse-me que já em
setembro de 1940, o major-general Roessing, agindo por ordem de Hitler e
do Estado-Maior alemão, tinha organizado a visita do major-general
Talwel, plenipotenciário do marechal Mannerheim, ao quartel-general do
Führer em Berlim. Durante esta visita, foi alcançado um acordo entre os
estados-maiores alemães e finlandeses para os preparativos conjuntos
para uma guerra de agressão e a sua execução contra a União Soviética. A
esse respeito, o general Talwel disse-me, durante uma conferência no
quartel-general do seu estado-maior em Aunosa, em novembro de 1941, que
ele, agindo sob ordens pessoais do marechal Mannerheim, já tinha sido ,
em setembro de 1940, /um dos primeiros a entrar em contacto com o alto
comando alemão com vistas à preparação conjunta de um ataque alemão e
finlandês à União Soviética”.

Em setembro de 1940 foi aprovado um tratado secreto de trânsito
finlandês-alemão e o descarrilamento que seria a operação Barbarossa foi
posto em movimento.

Em 16 de junho de 1941, Mannerheim convocou 16% da população finlandesa
para lutar ao lado da Wehrmacht em preparação para este ataque.

Quando a operação Barbarossa foi lançada oficialmente em 22 de junho de
1941, havia 400.000 tropas finlandesas e alemãs na Finlândia, pois os
aeródromos finlandeses foram entregues aos bombardeiros nazis. O pacto
de Mannerheim com o diabo resultou em vitórias iniciais, pois o seu
sonho de uma “Grande Finlândia”, finalmente ganhou vida quando vastos
territórios de Murmansk ao Lago Onegia  cairam para a ocupação
finlandesa ao longo de 1941-1944. Durante esse período, pessoas de etnia
russa e judeus na Finlândia foram enviados para campos de trabalhos
forçados, onde muitos foram exterminados.

O relatório finlandês de 2019 afirmou: /“As subunidades e homens da
divisão SS Wiking mobilizados durante a marcha para a União Soviética e
a passagem pela Ucrânia e pelo Cáucaso estiveram envolvidos em inúmeras
atrocidades… Os diários e lembranças dos voluntários finlandeses mostram
que praticamente todos eles deviam, desde o início, estar cientes das
atrocidades e massacres”./

À medida que a SS Wiking Division finlandesa avançava pelo oeste da
Ucrânia entre julho e agosto de 1941, mais de 10.000 civis foram mortos
em Lviv e Zhytomyr e mais de 600.000 foram mortos na região desde o
início da operação Barbarossa até março de 1942.

*O estranho caso da suástica duradoura da Finlândia*

Uma palavra agora deve ser dita sobre o peculiar logotipo oficial da
força aérea da Finlândia, criado em 1919, e que durou até 2020, quando
foi retirado de aviões, bandeiras e uniformes (embora ainda mantido nas
paredes da academia da força aérea).

Aqui, estou a referir-me, é claro, à estranha suástica que uma Finlândia
pós-1945 não achou sensato remover dos seus aviões ou uniformes
militares, apesar da queda dos seus aliados nazis.

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Livros de história higienizados são rápidos em dissipar esse estranho
fetiche com um século dizendo que a suástica é uma coincidência total
não tendo nada a ver com os nazis devido ao facto de o partido nazi ter
adotado o símbolo um ano inteiro depois do governo finlandês. No
entanto, como a maioria de nossas narrativas históricas oficiais, esta
também se desfaz à menor pressão.

Segundo a história, o conde da Suécia Eric von Rosen da Suécia legou ao
Exército Branco da Finlândia como presente uma aeronave Thulin Tipo D
decorada com suásticas, em 1918, que caracterizou  a força aérea
finlandesa com a suástica tornando-se o seu logotipo oficial. Como von
Rosen já estava a usar a suástica como emblema pessoal desde a primeira
vez que a viu em ruínas antigas quando frequentava o liceu, conclui-se
que as suásticas militares finlandesas e as suas contrapartes nazis não
poderiam ter nenhuma conexão.

Essa afirmação ignora completamente o facto de que ambos os irmãos von
Rosen, Eric e Clarence, serem aristocratas que orgulhosamente defendiam
a causa nazi, patrocinavam a eugenia sueca através do Instituto Sueco de
Biologia Racial da Universidade de Uppsala (c. 1922), faziam lóbi a
favor de leis de esterilização e apresentavam Hitler à nata da elite da
Suécia. Em 1933, Eric von Rosen tornou-se membro fundador do
Nationalsocialistiska Blocket (também conhecido como “O Partido Nacional
Socialista da Suécia”).

O vigoroso apoio aos nazis (que incluiu a influência de von Rosen sobre
o Enskilda Bank e a SKF da Suécia) também muda a forma como devemos
interpretar o relacionamento próximo que Clarence, Eric e Hugo von Rosen
tiveram com o seu cunhado Hermann Göring, que trabalhou como piloto
pessoal para Eric von Rosen após a Primeira Guerra Mundial.

Foi durante uma estadia prolongada no Castelo Rockelstad de von Rosen,
em 1920, que Göring tomou contacto pela primeira vez com 1) as suásticas
de von Rosen que decoravam o castelo e o pavilhão de caça adjacente, 2)
a paixão de von Rosen pela conservação da natureza que Göring
compartilhava, tornando-se mais tarde o primeiro nazi Ministro da
floresta  e da conservação do Reich na década de 1930 e 3) a cunhada de
Eric von Rosen, Carin von Kantzow, que logo se tornou a esposa de Goring
e apelidada por Hitler de “Primeira Dama do Partido nazi”.

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/Foto de Birgitta, Mary, Hermann Göring e Eric von Rosen em Rockelstad
na Suécia/

 

Eric e Clarence von Rosen eram seguidores de uma seita ocultista chamada
Ariosophism, liderada por um poeta místico obcecado por ruínas chamado
Guido von List, que simplesmente tomou a teosofia^1 de Madame Blavatsky
e  juntou uma  entorse de superioridade racial ariana com um foco
elevado nos mitos de Wotan. Nesta seita, a suástica e outros símbolos
rúnicos^2 como a runa Othala, runa Ehlaz/vida, runas Sig (mais tarde
usadas pela SS) e wolfsangle foram tratadas como imagens sagradas
dotadas de poder mágico.

Guido von List organizou a sua seita num núcleo interno e externo com os
“eleitos” que aprendiam uma interpretação secreta das runas sob uma
sociedade oculta de elite chamada Alta Ordem Armanen, onde o próprio von
List serviu como Grão-Mestre.

Esse arianismo oculto racista com seu objetivo teosófico de infundir o
misticismo hindu e budista numa nova era pós-cristã tornou-se um
fenómeno extremamente popular entre as famílias nobres da Europa durante
esse período. O objetivo era usar uma interpretação perversa do
espiritualismo oriental desprovida de substância e criar uma nova ordem
baseada numa “Era do Aquário”^3 que substituiria a obsoleta “Era dos
Peixes”^3 que representava o obsoleto da razão exemplificado por
Sócrates, Platão e Cristo.

Fora da Alta Ordem Armanen logo cresceu outra organização oculta secreta
chamada Sociedade Thule, que teve Rudolf Hess, Hans Frank, Hermann
Goring, Karl Haushofer e o  mentor de Hitler, Dietrich Eckart, como
membros principais.

*Um facto desconfortável deve agora ser confrontado*

É um facto incómodo da história que esses mesmos poderes que deram
origem ao fascismo nunca foram punidos nos Julgamentos de Nuremberga.
Aqueles industriais e financeiros de Wall Street que forneceram fundos e
suprimentos à Alemanha antes e durante a guerra foram punidos… mas não o
foram os financeiros britânicos do Banco da Inglaterra que garantiram
que os cofres nazis estivessem repletos de saques confiscados à Áustria,
Checoslováquia ou Polónia.

A era do pós-guerra assistiu a uma vasta reorganização de assassinos
fascistas na forma da Operação Gladio orquestrada pela CIA/NATO e
sabemos que Allan Dulles supervisionou diretamente a reintegração do
chefe da inteligência de Hitler, Reinhard Gehlen, na estrutura de
comando da Inteligência da Alemanha Ocidental juntamente com toda a sua
rede. Nazis ucranianos como Stefan Bandera e Mikola Lebed foram
prontamente absorvidos por esse mesmo aparelho onde Bandera trabalhou
com Gehlen, de 1956 até à sua morte em 1958, enquanto Lebed foi
absorvido pela inteligência americana comandando uma organização de
fachada da CIA chamada Prolog.

Como Cynthia Chung descreveu recentemente no seu Sleepwalking into
Fascism/_[_//Marcha Sonâmbula em direção ao//Fascismo//]/, nada menos
que dez ex-nazis de alto nível desfrutaram de vasto poder dentro da
estrutura de comando da NATO durante os anos sombrios da Operação
Gládio^4 . Cynthia escreve: /“De 1957 a 1983, a NATO teve pelo menos um,
senão vários “ex” nazis de alto escalão no comando total de vários
departamentos dentro da NATO… Forças Aliadas da Europa Central – AFCENT
foi uma posição preenchida EXCLUSIVAMENTE por “ex” nazis durante 16
ANOS   SEGUIDOS, de 1967-1983.”/

Durante esses anos, os participantes na operação Gládio organizaram uma
corrente de terrorismo contra a população da Europa usando grupos de
fachada nominalmente 'marxistas' ou realizando ataques a alvos de alto
valor como Dag Hammarskjold, Enrico Mattei, Aldo Moro ou Alfred
Herrhausen quando necessário. Estadistas que não jogaram pelas regras do
Grande Jogo, infelizmente, não  duraram muito neste mundo.

A autoproclamada imagem da NATO como precursora da 'ordem internacional
baseada em regras liberais' é mais do que superficial quando se
consideram as alianças crivadas de nazis que muitos filiados da NATO no
Conselho do Atlântico podem desejar que sejam esquecidas. Esta história
também deve levar-nos a reavaliar as verdadeiras causas para a criação
da NATO em 1949, que serviu como um prego no caixão para a visão de
Franklin Roosevelt de uma aliança EUA-Rússia-China que ele esperava que
moldasse a era pós  Segunda Guerra Mundial.

O crescimento da NATO em torno do perímetro da Rússia desde 1998 e as
atrocidades em massa lideradas pela NATO com os bombardeamentos na
Bósnia, Afeganistão e Líbia também devem ser reavaliados tendo em mente
esta ascendência nazi.

Por que razão a NATO postou imagens de um soldado ucraniano claramente
brandindo um sol negro do ocultismo da sociedade Thule no seu uniforme
em homenagem ao 'Dia da Mulher' este ano? Por que razão os nazis
ucranianos ativos estão a servir nos batalhões   Aidar e Azov sendo
sistematicamente encobertos pelos meios de propaganda da NATO ou pela
grande média, apesar dos casos comprovados de atrocidades em massa no
leste de Donbass desde 2014? Por que é que os movimentos nazis estão a
ter um grande renascimento em todo o espaço do Leste Europeu -
especialmente nos países que estão sob a influência da NATO desde o
colapso da União Soviética?

É possível que a guerra que pensávamos que os aliados venceram em 1945
fosse apenas uma batalha dentro de uma guerra maior pela civilização
cujo resultado ainda está para ser visto? Certamente os patriotas da
Finlândia e da Suécia devem pensar muito profundamente sobre as
tradições sombrias que correm o risco de serem revividas quando se
juntam a uma nova Operação Barbarossa no século XXI.

(O autor fez recentemente uma apresentação sobre este tema que pode ser
vista aqui.
<https://canadianpatriot.org/2022/05/19/the-great-game-this-week-nazi-skeletons-in-finlands-closet/>)

^1  Teosofia. Doutrina religiosa que tem por objeto a união com a
divindade    

^2 . Runa: cada um dos carateres dos mais antigos alfabetos germânicos e
escandinavos. Escrita que utiliza esses  carateres.

 

^3  Da astrologia. Designação de setores do zodíaco

 

^4  Ver artigo publicado por “Pelo Socialismo  em:
https://pelosocialismo.blogs.sapo.pt/search?q=Cynthia+Chung&x=9&y=4
<https://pelosocialismo.blogs.sapo.pt/search?q=Cynthia+Chung&x=9&y=4>.

Fonte:
https://www.strategic-culture.org/news/2022/06/02/why-is-it-so-hard-finnish-nazism-nato-growing-suicide-pact-threatens-to-light-the-world-on-fire/ <https://www.strategic-culture.org/news/2022/06/02/why-is-it-so-hard-finnish-nazism-nato-growing-suicide-pact-threatens-to-light-the-world-on-fire/>, publicado e acedido em 02.06.22

Em
PELO SOCIALISMO
https://pelosocialismo.blogs.sapo.pt/porque-e-tao-dificil-acabar-com-o-201979
18/6/2022

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