segunda-feira, 27 de junho de 2022

Soros participa no Fórum globalista de Davos e deixa uma mensagem perturbadora sobre o futuro da civilização

 



    Soros participa no Fórum globalista de Davos e deixa uma mensagem
    perturbadora sobre o futuro da civilização
    <https://pelosocialismo.blogs.sapo.pt/soros-participa-no-forum-globalista-de-203278>



Carlos Esteban

 

    /Catastrofista? Não necessariamente. Para Yuval Harari, o 'filósofo'
    não oficial do fórum, pode ser uma solução. Harari não se cansa, com
    uma frieza de gelar o sangue, de discursar sobre essa enorme massa
    de humanos “inúteis” que constituem um peso morto para o planeta,
    ainda mais agora que a mecanização e a inteligência artificial os
    tornaram supérfluos para a produção./

 



Assim não há maneira de ser conspiranóico. Quando os poderosos deste
mundo se encontram numa pitoresca —e altamente vigiada— aldeia suíça e
dão entrevistas coletivas contínuas para nos dizer em *detalhes
horripilantes o que vão fazer conosco*, ou seja, com a plebe do planeta
que ainda compartilhamos, para seu desgosto, com essa elite, não se pode
continuar a entreter a ideia de uma cabala secreta que comanda o mundo
nas nossas costas.


Bem-vindos à reunião do Fórum Económico Mundial, convocado para Davos
mais um ano e mais e prepotente do que nunca, com aquele Dr. No de um
filme da Série B que é o seu fundador, *Klaus Schwab*.

Não sei se todos lá estão, mas é claro que todos os que lá estão são.
Como a nossa inefável salsa de todos os molhos, o octogenário financista
internacional George Soros, que  na sua primeira aparição pessoal em
Davos desde que chamou a Trump   "vigarista, narcisista" e, alegando que
Mark Zuckerberg estava a conspirar para que ele fosse reeleito, atacou
outra vez a China (que desta vez enviou funcionários de segunda
categoria ao fórum) e, claro, contra o mau funcionário destes dias, a
Rússia de *Vladimir Putin*.

Ele estava a transbordar de otimismo, como o nonagenário Henry
Kissinger, outra estrela idosa desta edição, que alertou que a guerra na
Ucrânia poderia degenerar numa guerra mundial a qualquer momento. No seu
discurso, Soros lamentou que "as questões que dizem respeito a toda a
humanidade (combater pandemias e mudanças climáticas, evitar a guerra
nuclear, manter as instituições globais) tiveram de ficar em segundo
plano nessa luta", acrescentando: "*É por isso que digo que nossa
civilização pode não sobreviver*."

Catastrofista? Não necessariamente. Para Yuval Harari, o 'filósofo' não
oficial do fórum, pode ser uma solução. Harari não se cansa, com uma
frieza de gelar o sangue, de discursar sobre essa enorme massa de
humanos “inúteis” que constituem um peso morto para o planeta, ainda
mais agora que a mecanização e a inteligência artificial os tornaram
supérfluos para a produção.

 

*Uma boa guerra atómica poderia ajudar a aliviar o problema*, e não é
como se algum "deles", em todo o caso, sofresse as consequências: como
ele mesmo disse publicamente com uma sinceridade desarmante, "se o pior
acontecer e o 'dilúvio' se der, os cientistas construirão uma *Arca de
Noé para as elites*, deixando o resto afogar-se ." «Os outros», caso não
se entenda, somos nós, os que nunca vão receber um convite para ir a Davos.

Harari não tem a certeza, observando que a grande questão do nosso tempo
é o que fazer "com todas essas pessoas inúteis". «O problema é o tédio,
porque lhes falta valor. Eu apostaria numa combinação de drogas e jogos
de computador». Que alívio.

Enquanto decidem o que fazer connosco, o gado humano, o que eles deixam
claro é que temos de ser *postos em estábulos e controlados de perto*. E
a pandemia de coronavírus veio a calhar para alcançá-lo. Continuamos com
Harari: «O Covid tem sido fundamental, porque é o que convence as
pessoas a aceitar e legitimar a supervisão biométrica total. Não temos
apenas de controlar as pessoas, temos de controlar o que se passa sob
sua pele."

Claro, o que os nossos amos de forquilha e faca em Davos estão a fazer é
dizer-nos através de um megafone que a democracia liberal tem sido uma
experiência curiosa e interessante, mas que temos de aceitar o facto de
que acabou. Com tudo o que isso implica, como a liberdade de expressão,
essa antiguidade. É a tese que a comissária de segurança cibernética
australiana, *Julie Inman*, expôs abertamente no fórum. Sendo uma
política com um eleitorado a que tem de se responder mais ou menos, ela
foi um pouco menos direta do que Harari, mas tudo ficou entendido:
«Encontramo-nos numa situação onde há cada vez mais polarização, em que
tudo se apresenta como binário sem necessidade,  por isso acho que
teremos de repensar e recalibrar toda uma série de direitos humanos que
se manifestam /online/… como a liberdade de expressão.”

Poderíamos descartar todo esse programa macabro como a tagarelice vazia
de milionários com delírios de grandeza, se não fosse o facto de os
governantes de meio mundo se esbofetearem pora aparecerem em Davos e
aparentemente aplicarem as suas receitas com assustadora unanimidade.
Claro, o fundador e diretor da invenção, Klaus Schwab, acredita
absolutamente que está a ditar o futuro da humanidade e não hesita em
anunciá-lo, pelo contrário. "O futuro não acontece simplesmente. O
futuro é construído por nós, uma comunidade poderosa como nós aqui nesta
sala”, disse ele no discurso de abertura. Isso é bom.

Em
PELO SOCIALISMO
https://pelosocialismo.blogs.sapo.pt/soros-participa-no-forum-globalista-de-203278
27/6/2022

Nenhum comentário:

Postar um comentário