segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Militantes e Memórias do Movimento Operário do ABC Paulista

 

Lutas Anticapital

 

 

 

Candido G. Vieitez

 O golpe de Estado burguês-militar que implantou a ditadura em 1964 prontamente promoveu a repressão, desmantelamento e controle do movimento operário. O Movimento, aparentemente muito forte, foi incapaz de oferecer uma resistência consistente à ação predatória da ditadura e foi rapidamente dizimado. Esse fato paradoxal esteve no cerne de uma leva de importantes estudos sobre o MO na assim denominada república populista. Esses estudos formularam a teoria do “sindicalismo populista” a qual aproximativamente sustenta que: nessa época o MO esteve enredado em aliança implícita ou explícita com o populismo varguista, o que impediu a sua ação autônoma, bem como, o desenvolvimento da consciência de classe do proletariado; havia um descolamento entre as cúpulas dirigentes dos sindicatos e as massas, uma vez que os dirigentes não se empenharam na organização dos trabalhadores na base, sobretudo nos locais de trabalho, o que propiciou uma manipulação política oportunista dos sindicatos e, em geral, de todo o Movimento.No entanto, pesquisas subsequentes, apoiadas em melhor fundamentação empírica, inclusive ao nível molecular dos acontecimentos, contraditam em pontos fundamentais as formulações da teoria do “sindicalismo populista”.Os textos apresentados neste trabalho, sem qualquer pretensão polêmica, descrevem espontânea e naturalmente uma práxis de militância que tende a somar-se a esses estudos que contestam a justeza da teoria do “sindicalismo populista”.

 

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