sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Professores da rede estadual de Educação apontam greve nacional contra a reforma da Previdência e pelo cumprimento da lei do piso



CSP- Conlutas

Os professores da rede estadual de todo país estão convocando uma greve nacional
a partir do dia 15 de março. A categoria vai parar tendo como principais
reivindicações a luta contra a reforma da Previdência e o cumprimento da lei do
piso salarial da categoria.

O indicativo de greve foi aprovado no 33° Congresso da CNTE (Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Educação) realizado em janeiro, em Brasília, que
contou com a presença de cerca de 2.200 trabalhadores e trabalhadoras em
Educação.

Joaninha Oliveira, professora da rede estadual de Santa Catarina e da Secretaria
Executiva Nacional da CSP-Conlutas, indica que é necessário fazer um bom
trabalho de base para concretizar uma forte greve nacional da categoria. “A
tarefa de cada entidade da educação é fortalecer a construção do calendário
aprovado. Esta greve deve servir como uma alavanca para a construção de uma
greve geral do conjunto da classe trabalhadora. Já existe forte adesão nos
estados, como no caso de Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do
Sul e Rio Grande do Norte”, afirmou.

Na mesma data, em 15 de março, as centrais sindicais estão impulsionando um Dia
Nacional de Paralisações e Lutas contra a PEC (Proposta de Emenda à
Constituição) 287, da reforma da Previdência, e prometem paralisar o país em
protesto contra qualquer medida que vise atacar direitos. O setor da Educação
foi um dos mais atingidos pela PEC 55 que congelou por 20 anos os repasses das
áreas sociais e também está entre os alvos preferenciais da reforma da
Previdência, que incide especialmente sobre a retirada de direitos das mulheres,
quase 80% do magistério.

Reforma da Previdência na Educação

O exercício de magistério acarreta desgaste físico e mental, por esse motivo é
enquadrado no chamado “regime especial” da Previdência, aplicado a profissionais
expostos a trabalhos mais desgastantes ou arriscados.

Pela regra geral atual, os homens se aposentam com 35 anos de contribuição e as
mulheres, 30. Para os professores que trabalham na educação básica, ensino
infantil, fundamental e médio, existe a garantia de  redução de cinco anos de
contribuição mínima, e o tempo cai para 30 e 25 anos, respectivamente.

Com a reforma proposta, esse regime especial acaba e todos terão que trabalhar
até, no mínimo, 65 anos, com 25 anos de contribuição.

Joaninha alerta também que as mudanças podem ampliar o número de educadores
doentes. Segundo dados levantados pela Revista NOVA ESCOLA, somente no ano de
2012, na rede municipal de São Paulo, a quantidade de afastamentos superou o
número de docentes em sala. “Desconsiderar as especificidades da profissão e
aumentar o tempo de trabalho dos professores pode acarretar ainda problemas na
saúde dos trabalhadores”, conclui a dirigente.

A campanha contra a Reforma da Previdência já teve início e será ampla. A
CSP-Conlutas produziu materiais diversos para divulgação do tema e formação. São
artes gráficas, como cartaz, adesivos, cartilha e vídeo. Além dessas peças e
plataformas, farão parte da campanha reuniões, assembleias, debates, atos e
seminários

In
CSP CONLUTAS]
http://cspconlutas.org.br/2017/02/professores-da-rede-estadual-de-educacao-apontam-greve-nacional-contra-a-reforma-da-previdencia-e-pelo-cumprimento-da-lei-do-piso/
23/2/2017

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