terça-feira, 26 de abril de 2022

Ucrânia : a Segunda Guerra mundial continua

 
 

Thierry Meyssan

A propaganda da OTAN tenta minimizar a presença de neo-nazis na Ucrânia
comparando-a com a dos grupúsculos equivalentes no resto do Ocidente. A
verdade é muito diferente. Os banderistas foram-se paulatinamente
apoderando do Poder nesse país durante os últimos trinta anos,
reescrevendo a história, formando a juventude e modificando, um a um,
todos os símbolos do Estado. Eles endoutrinaram uma terça parte da
população e representam um bom terço das Forças Armadas. O seu objectivo
é o de destruir a Rússia, o que tentam fazer com a ajuda dos Straussianos.



Num artigo precedente, eu mostrei como e porquê o MI6 e a CIA haviam
feito aliança com os banderistas ucranianos durante a Guerra Fria. Esses
homens e mulheres, que deveriam ter sido julgados em Nuremberga,
tornaram-se para os vencedores soldados da sombra. Eles puderam assim
prosseguir a sua obsessão anti-Russa neste serviço.

Na sequência de inúmeras reacções dos meus leitores, eu quero aqui
explicar como tomaram conta da Ucrânia actual, depois retomaram e
prosseguiram a Segunda Guerra mundial, em vários países, por sua
iniciativa. Sobretudo, quero mostrar que em 2000, estes raivosos
passaram do estatuto de auxiliares ao de tropas de choque dos EUA. Eles
fizeram um pacto com os Straussianos contra a Rússia. Foi este pacto que
conduziu à guerra actual.


    Banderistas do interior e do exterior

Quando a União Soviética oscilou, os dirigentes banderistas do interior
sairam da sombra e entraram na legalidade. Alguns sobreviveram à Segunda
Guerra Mundial e ao período dos problemas que se seguiram (1945-50).
Eles foram agraciados por Nikita Khrushchev (um Soviético ucraniano), em
1954, e foram recuperados pelo sistema. Foram incorporados na
administração comunista. No entanto, eles tinham conservado laços entre
si e com os banderistas do exterior, os do Bloco das Nações
anti-bolcheviques (ABN) e da Liga Anti-comunista Mundial [1 <#nb1>]
(WACL) [2 <#nb2>].

Enquanto a URSS vacilava, um punhado de estudantes, alguns dos quais
eram banderistas, organizou em Outubro de 1990 um movimento na Praça
Maidan (então chamada « Praça da Revolução de Outubro ») contra qualquer
forma de associação com a Rússia. É o que se chama de « Revolução de
Granito »; um período de grande confusão intelectual. Nesse momento,
muitos Ucranianos não consideravam que os Russos desejavam libertar-se
do regime soviético como eles. Muitos pensavam que a URSS era uma forma
de imperialismo russo e que os Russos tinham tentado destruir o seu país.

Quando a Ucrânia proclamou a sua independência, em 24 de Agosto de 1991,
os banderistas em geral apareceram na ribalta. Não se apresentaram como
antigos colaboradores nazistas que perpetraram crimes contra a
humanidade, mas como « nacionalistas » e militantes anti-soviéticos.
Ocupando postos importantes, eles conseguiram que os jovens conscritos
assinassem um documento em que se comprometiam a combater a Rússia em
caso de conflito com ela. Conseguiram também organizar, em 1992, uma
manifestação pública nas ruas da capital com 7. 000 pessoas celebrando o
70º aniversário do Exército banderista com a participação de banderistas
do exterior que haviam regressado ao país.

*Slava Stetsko, a viúva do antigo Primeiro-Ministro imposto pelos nazis,
Yaroslav Stetsko, abre a sessão da Verkhovna Rada. Ela concluiu a sua
intervenção com o grito de guerra dos banderistas, « Glória à Ucrânia ! ». *
Fonte : ABN


    A reorganização dos banderistas (1990-98)

Os banderistas do interior (OUN-B) repartiram-se entre o /Partido
nacionalista social da Ucrânia/ (SNPU), depois o /Svoboda/ (Liberdade),
enquanto os mais aguerridos criaram a /Assembleia Nacional ucraniana/ e
a milícia de /Autodefesa do Povo ucraniano/.

Os paramilitares de Andriy Biletsky (o « führer Branco ») separaram-se
administrativamente do Svoboda para criar a sua própria organização. Mas
o Svoboda nem por isso mudou. A plataforma do partido continuou a
afirmar que pretendia « liquidar fisicamente toda a intelligentsia
russófona e abater rapidamente todos os ucranianófobos sem julgamento ».
O Partido começa a estabelecer arquivos de pró-russos, pró-romenos,
pró-húngaros e pró-tártaros porque « esse rebanho deverá ser reduzido em
cerca de 5 a 6 milhões de indivíduos ».

A Milícia de Autodefesa do Povo Ucraniano era chefiada por um banderista
do exterior, Yuriy Shukhevych, filho de um tristemente célebre criminoso
contra a humanidade. O seu grupo envolveu-se com a CIA em guerras contra
os Russos, muitas vezes ao lado dos islamistas. A sua presença foi posta
em dúvida entre os Georgianos na Abecásia (1998), mas confirmada com os
Romenos na Transnístria (1992), com a legião árabe de Osama bin Laden na
Jugoslávia (1992-95), com os Azeris no Nagorno-Carabaque (até 1994) e
especialmente com os islamistas durante a primeira guerra da Chechénia.
Vários combatentes foram identificados pela Procuradoria (Promotoria-br)
russa, entre ao quais Igor Mazur, Valeriy Bobrovich, Dmytro Korchynsky,
Andriy Tyahni-bok (irmão de Oleh Tyahnibok), Dmytro Yarosh, Vladimir
Ma-malyga e Olexandr Muzychko. Eles caracterizaram-se tanto pelo seu
valor em combate quanto pela sua crueldade.

Olexandr Muzychko foi elevado ao título de « Herói da Nação » pelo
Emirado islâmico da Ichquéria (Chechénia) por « ter quebrado os dedos de
oficiais [russos], arrancado os seus olhos, arrancado as suas unhas e
dentes, e ter liquidado outros ». Ele tornou-se o chefe da guarda
pessoal do emir Dzhokhar Dudayev.

*Antes da sua eleição, Leonid Kuchma, o segundo Presidente da nova
Ucrânia, dirigiu-se a Munique para reencontrar a equipa da ABN. Pode
assim beneficiar do discreto apoio dos Estados Unidos para liberalizar o
país. *
Fonte: ABN.

O Bloco Anti-bolchevique de Nações (ABN), cuja sede permaneceu em
Munique nas instalações da CIA, abriu escritórios em Kiev.

Em 1994, a presidente da ABN e viúva do Primeiro-ministro nazi Yaroslav
Stetsko, Slava Stetsko, concorreu às eleições legislativas. Ela foi
eleita (embora não tivesse nacionalidade ucraniana), depois reeleita em
1998 e em 2002. Decana da Verkhovna Rada, presidiu às cerimónias de
abertura, em 19 de Março de 1998 e em 14 de Maio de 2002. Nessas
ocasiões, ela proferiu discursos sob os aplausos dos seus pares (mas sem
a presença dos deputados comunistas que abandonaram a sala). Elogiou
Stepan Bandera e Yaroslav Stetsko e concluiu com o seu grito de guerra:
« Glória à Ucrânia! ». Morreu aos 82 anos, em 12 de Março de 2003, em
Munique.


    O assassinato de Georgiy Gongadze (2000)

Durante a sua presidência, Leonid Kuchma privatizou tudo o que podia. As
riquezas concentraram-se em treze personagens, os oligarcas, agrupados
em três clãs (Donetsk, Dnipropetrovsk e Kiev). Estes cedo adquiriram
mais poder que os políticos. Este sistema, que ainda perdura. priva os
Ucranianos da sua soberania e baralha os dados.

Em 2000, o jornalista Georgiy Gongadze, que tinha ido combater na
Geórgia junto com banderistas, depois havia investigado a corrupção do
Presidente Kuchma e do seu circulo, desapareceu. O seu corpo foi
encontrado posteriormente, decapitado e pulverizado com dioxina para o
tornar dificilmente identificável. Foi então que o Presidente da
Verkhovna Rada filtrou (vazou-br) gravações de uma conversa do
Presidente Kuchma com o seu Chefe de gabinete e o seu Ministro do
Interior sobre a maneira de silenciar Georgiy Gongadze. O final da
presidência de Kuchma foi patético.

No fim de 2000, o embaixador norte-americano Lev E. Dobriansky (líder
dos banderistas nos EUA) organizou uma conferência bipartidária em
Washington sobre as relações bilaterais EUA-Ucrânia. Ali foram
pronunciados 70 discursos e reunidos 12 grupos de trabalho. A delegação
republicana era chefiada pelo Straussiano Paul Wolfowitz, enquanto a
delegação democrata por Zbignew Brzezinki.
Wolfowitz falou primeiro. Depois de saudar a destruição das armas
nucleares, o fecho da central (usina-br) de Chernobyl e a adesão à
Parceria para a Paz da OTAN, anunciou a concessão de um empréstimo pelo
FMI de 2,6 milhões de dólares e as pressões de Washington para que a UE
aceitasse a Ucrânia como membro. Sobretudo, ele sublinhou que a Rússia
continuava a ser uma potência imperialista como mostrava a guerra na
Chechénia, na qual participaram os banderistas. Era preciso, portanto,
apoiá-los contra a Rússia.
Brzezinski, esse, comparou a Ucrânia à Rússia para a considerar mais
democrática e menos corrupta. Argumentou longamente para que não fosse
mais considerada como um Estado pós-soviético, mas sim europeu e que
pudesse entrar no clube fechado da União Europeia.
O inevitável havia sido pronunciado: os banderistas de aliados durante a
Guerra Fria eram agora reconhecidos como aliados dos Estados Unidos no
mundo unipolar em construção.


    A revolução laranja (2004)

A sucessão presidencial não devia modificar o equilíbrio entre os clãs.
Kuchma (clã de Dnipropetrovsk) acabou por se inclinar perante a
candidatura do seu Primeiro-Ministro Viktor Yanukovych (clã de Donestk).
A eleição foi-lhe favorável, mas provocou uma viva contestação
alimentada pelo clã de Kiev (apoiado pelo National Endowment for
Democracy – NED [3 <#nb3>]). A consulta foi anulada. Durante o segundo
escrutínio, Viktor Iushenko venceu. Foi o que se chamou a « Revolução
Laranja ».

No entanto, a nova equipe fracturou-se rapidamente por trás de Viktor
Iushenko, por um lado, e de Julia Timoshenko, por outro. Os banderistas
aproveitaram essa clivagem interna da oligarquia para avançar um pouco
mais os seus peões nos dois campos.

*Bis repetita : Slava Stetsko abre de novo uma outra sessão da Verkhovna
Rada, en 2002. « Glória à Ucrânia ! ». *
Fonte: ABN.

Em 8 de Maio de 2007, em Ternopol, por iniciativa da CIA, os banderistas
de Autodefesa do Povo ucraniano e os islamistas criaram uma « Frente
Anti-Imperialista » anti-russa sob a presidência conjunta de Dmytro
Iarosh e do emir da Ichquéria, Dokka Umarov. Organizações da Lituânia,
Polónia, Ucrânia e da Rússia participaram nela, entre os quais os
separatistas islamistas da Crimeia, Adigueia, Daguestão, Inguchétia,
Cabardino-Balcária, Carachai-Cherquéssia, Ossétia, Chechénia. Não
podendo lá ir devido a sanções internacionais, Dokka Umarov mandou que
aí fosse lido a sua contribuição. O Ministério do Oriente de Alfred
Rosenberg e o ABN de Stepan Bandera reviviam agora sob uma outra forma
ao abrigo do Estado ucraniano.

A divisão do clã de Kiev reverteu, em 2010, na eleição de Viktor
Ianukovich. Este substituiu o sistema dos clãs pela sua família, que
colocou nos principais postos do Estado. Era mais importante manter boas
relações com um dos seus familiares do que representar este ou aquele
oligarca. Progressivamente, toda a vida política e económica é
controlada pelo Presidente Ianukovich através da sua formação política,
o Partido das Regiões. Cinco oligarcas são excluídos do sistema. Eles
vão-se aliar aos Straussianos e aos banderistas a fim de recuperar o Poder.

No entanto, durante este período, a propaganda continua e os Ucranianos
habituam-se à presença dos banderistas, agora financiados pelo oligarca
judeu Ihor Kolomoyskyi. Em 2011, eles conseguiram fazer aprovar uma lei
proibindo a comemoração do fim da Segunda Guerra Mundial porque havia
sido ganha pelos Soviéticos e perdida pelos banderistas. Mas o
Presidente Viktor Ianoukovytch recusou promulgá-la. Furiosos, os
banderistas atacaram o cortejo de antigos combatentes do Exército
Vermelho, espancando os idosos. Dois anos mais tarde, as cidades de Lviv
e de Ivano-Frankivsk aboliram as cerimónias da Vitória e proibiram todas
as manifestações de júbilo. Mas, entretanto, o Presidente Iushchenko já
havia retomado o passo, um pouco antes do fim do seu mandato, elevando
Stepan Bandera ao título de « Herói da Nação ».

Quando o Partido Comunista se espantou por ver um judeu financiar
neo-nazis, o Comité Judaico da Ucrânia respondeu-lhe que ele transmitia
uma nova versão da alegação anti-semita segundo a qual “haviam sido os
judeus a levar os bolcheviques ao Poder e que também haviam sido os
judeus quem desencadeara a Segunda Guerra Mundial “.

Impossible de lire la video
*Durante a revolução da dignidade (2014) o misterioso chefe do Sector
Direito (Pravy Sector), Dmitryo Yarosh, foi apresentado à multidão, na
Praça Maidan, em Kiev. Como se vê, os Ucranianos reservaram-lhe um bom
acolhimento e repetiram os seus slogans. A sequência termina com o grito
de guerra dos banderistas : « Glória à Ucrânia ! » (« Slava Ukraina ! »). *

Impossible de lire la video
*Enquanto ainda decorria a revolução da dignidade, os banderistas
organizam uma marcha de tochas em Kiev em honra do criminoso contra a
humanidade Stepan Bandera. Já não se tratava mais de um simples
grupúsculo. *


    A revolução da dignidade, dita EuroMaidan (2014)

A Revolução da Dignidade, em 2014, foi organizada pela Straussiana
Victoria Nuland com a ajuda de banderistas traquejados no campo de
batalha. Estes acontecimentos são conhecidos de todos, não voltarei a
eles. Desta vez, é um oligarca, Petro Poroshenko, quem se torna
presidente. Os postos oficiais foram ocupados pelos banderistas. Um
terço dos ministros eram oriundos do Slovoda ou da Milícia de Autodefesa
do Povo Ucraniano. Andriy Parubiy tornou-se secretário do Conselho de
Segurança e Defesa Nacional e Dmytro Iarosh o seu adjunto. De imediato,
o novo regime baniu a língua russa, que era falada em casa por mais de
40% da população.

Recusando este recuo da História, a Crimeia votou a sua independência e
aderiu à Federação da Rússia, enquanto os “oblasts” do Donbass (Donetsk
e Lugnask) se declaravam autónomos.

Impossible de lire la video
*O Presidente ucraniniano Petro Porochenko decide não por em prática os
Acordos de Minsk. Ele decide cortar o acesso aos serviços públicos aos
seus compatriotas do Donbass enquanto estes lhe fizerem frente. *

Em Março de 2014, a Assembleia Nacional ucraniana e a milícia de
Autodefesa do Povo ucraniano mudaram de nome para se tornar o Sector
Direito sob a autoridade de Dmytro Iarosh e de Andriy Biletskiy.

Em Abril de 2015, a Verkhovna Rada declara os membros da Organização dos
nacionalistas ucranianos (OUN) « combatentes da independência ». A lei
foi promulgada, em Dezembro de 2018, pelo Presidente Poroshenko. Os
antigos Waffen SS tiveram direito retroativamente à reforma
(aposentadoria-br) e a todo o tipo de benefícios.

Os programas escolares são modificados para que as crianças aprendam a
nova história: a Segunda Guerra Mundial não acabou. Acabará em breve com
a derrota da Rússia e o triunfo da Ucrânia.

Os banderistas impuseram sua lei um pouco por todo o lado à maneira das
Secções de Assalto (SA) nazis dos anos 30. Eles entraram nos tribunais
para ameaçar os juízes, nas administrações para pressionar os
presidentes (prefeitos-br) e os governadores, sendo o incêndio da Casa
dos Sindicatos em Odessa o seu crime mais célebre [4 <#nb4>].

Ninguém se inquietou grande coisa quando Irina Farion, deputada pelo
Svoboda, declarou que « Nós só temos um caminho: destruir Moscovo
(Moscou-br). É para isso que vivemos, foi para isso que viemos ao mundo
: destruir Moscovo. Para destruir não apenas os Moscovitas em nossas
terras, mas esse buraco negro da segurança europeia que deve ser varrido
do mapa do mundo ».

*Em 24 de Outubro de 2016, o Presidente Poroshenko mudou o emblema dos
Serviços Secretos. Trata-se agora de uma de uma coruja segurando um
gládio dirigido contra a Rússia com a divisa « O sábio reinará sobre as
estrelas ». *


    A eleição de Volodymyr Zelensky (2019-)

O oligarca judeu e patrocinador de banderistas, Ihor Kolomoyskyi, lança
o comediante Volodymyr Zelensky na política. Ele difundia a sua série de
televisão “/Servidor do Povo/”, depois montou-lhe um partido político e
finalmente apresentou-o à eleição presidencial.

/Dando um curso de comunicação política, Alexej Arystowitsch, o
Conselheiro de comunicação estratégica do Presidente Zelensky, pergunta
« Como se aldraba (trapaceia-br) ? Quem pode definir os princípios? »,
depois vendo que as respostas não saem, declara : « É preciso dizer
exactamente o contrário. Se são fortes, mostrem que são fracos. Se estão
perto, mostrem que estão longe. Se estão longe, mostrem que estão perto.
É necessário fazer o contrário da situação real. Notem que esta não é
uma pergunta trivial. Como enganar com precisão ? Que direcção escolher
para enganar (trapacear-br) a fim de aldrabar correctamente e com êxito.
Enganar, para o dizer cientificamente »./

O seu programa assenta em seis pontos : - Descentralizar o Poder de
acordo com as normas europeias - Transformar as administrações públicas
em instituições locais de tipo europeu - Elevar o padrão de vida dos
Ucranianos a um nível superior à média europeia - Adoptar as leis
necessárias à concretização de um acordo de associação entre a Ucrânia e
a UE. - Desenvolver a cooperação com a UE e a OTAN - Reformar as Forças
Armadas em conformidade com as normas da OTAN.

Os Ucranianos. que apreciam a cruzada deste jovem artista contra a
corrupção, ficam seduzidos pelo seu sonho europeu e não compreenderam o
que significava a sua admiração pela OTAN, elegem-no com 73% dos votos,
em 21 de Abril de 2019.

Em Março de 2021, a cidade de Ternopol, a seguir o “oblast” de Lviv
renomeiam os seus estádios em homenagem ao General Roman Shukhevych (o
pai do fundador da milícia de Autodefesa do Povo Ucraniano) e a Stepan
Bandera.

Em 1 de Julho de 2021, o Presidente Volodymyr Zelensky promulga a Lei
sobre Povos Autóctones da Ucrânia. Agora, por norma, os cidadãos de
origem russa já não poderão mais reivindicar os direitos do homem
perante os tribunais.

Em 2 de Novembro de 2021, Dmitryo Yarosh torna-se Conselheiro do
Comandante- Chefe das Forças Armadas ucranianas, o General Valerii
Zaluzhnyi. Todas as organizações paramilitares banderistas, ou seja,
102. 000 homens, são incorporadas nas Forças Armadas ucranianas. Um
plano de ataque à Crimeia e ao Donbass é elaborado. A OTAN, que tem já
instrutores militares no local, encaminha as armas.
Em 24 de Fevereiro de 2022, o Presidente russo, Vladimir Putin, ataca a
Ucrânia para « desnazificar o país ».

Em
VOLTAIRE.NET
https://www.voltairenet.org/article216626.html
26/4/2022

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