sábado, 1 de abril de 2017

Fórum das Centrais convoca paralisação nacional para 28 de abril




 Caio Andrade  


Reunidos na cidade de São Paulo na última segunda-feira (27), representantes das
Centrais Sindicais discutiram a construção de uma agenda comum de resistência às
contrarreformas em curso no Congresso Nacional. Membros da Coordenação Nacional
da Unidade Classista estiveram presentes para acompanhar a reunião.
Apesar das profundas divergências políticas em relação ao processo de
impeachment da presidente Dilma Rousseff, a natureza do governo Temer e o
próprio papel do movimento sindical no atual momento, os dirigentes das Centrais
chegaram a alguns consensos.
 Todos avaliaram de forma positiva as atividades realizadas em 15 de março, dia
nacional de paralisações. Assim, identificou-se a importância de dar
continuidade a um calendário de ações conjuntas contra as reformas da
previdência, trabalhista e as terceirizações.
 Definiu-se, por unanimidade, que dia “28 DE ABRIL, VAMOS PARAR O BRASIL”. Nesse
sentido, a maioria das entidades presentes também incorporou o dia 31 de março
em suas agendas, por entender que a data, inicialmente proposta pelas Frentes
Brasil Popular e Povo Sem Medo, extrapolou este campo e adquiriu um caráter
unitário de preparação do “Abril de Lutas”, rumo à greve geral.

Gravidade dos ataques aos direitos dos trabalhadores impõe unidade tática
Somente a gravidade dos atuais ataques aos direitos dos trabalhadores pode
explicar o fenômeno da unificação tática de Centrais e correntes sindicais
marcadas por concepções políticas e ideológicas tão diferentes.
As entidades que estão voltadas para as eleições de 2018 aproveitam-se dos
processos de mobilização operária e popular para galvanizar suas lideranças
políticas e favorecer seu retorno ao governo federal, tendo em vista um novo
ciclo de conciliação de classes.
 Mesmo os setores mais próximos de Temer são obrigados a compor as articulações
sindicais e acenar com alguns gestos de “protesto” para parecer combativos. Por
mais que estejam dispostos a negociar direitos, estes setores precisam simular
que estão na luta para evitar a desmoralização perante suas bases, desmascarando
sua política de colaboração com o empresariado.
Todavia, o dia 15/3 mostrou mais uma vez que, em movimento, os trabalhadores
podem avançar na consciência de classe e romper os limites do atual período
histórico. Portanto, a tarefa do campo classista é compreender as contradições
em jogo e atacar em duas frentes simultâneas: construir a luta de massas para
derrotar as contrarreformas do governo Temer e disputar o saldo das
mobilizações, contribuindo na politização dos trabalhadores e na formação de um
bloco social para superar os ataques do capital e a conciliação de classes, na
perspectiva da alternativa anticapitalista e anti-imperialista para o Brasil.
Fórum das Centrais convoca paralisação nacional para 28 de abril

In
UNIDADE CLASSISTA
http://unidadeclassista.org.br/uc1/2807
30/3/2017

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