sábado, 2 de maio de 2015

PM reprime violentamente profissionais da Educação do Paraná para garantir retirada de direitos previdenciários








CSP- Conlutas


Seria mais um dia de luta tenso da greve dos profissionais da educação uma vez
que já havia tido repressão no dia anterior. Mas os que estavam nas ruas
centrais de Curitiba não esperavam passar pelo o que passaram nesta quarta-feira
(29) durante o protesto contra a votação do ParanaPrevidencia e promoção de um
ajuste fiscal estadual, que reduz drasticamente direitos dos servidores
estaduais. O ato unificado de trabalhadores está sendo duramente reprimido neste
momento pela polícia de Beto Richa (PSDB). Já há dezenas de trabalhadores
feridos. Enquanto a PM reprime os servidores, os deputados votam na Assembleia
Legislativa projeto de lei que altera custeio da ParanaPrevidência. Todo apoio
aos servidores públicos do Paraná! Abaixo a repressão digna de época de ditadura
militar.




Segundo a professora Marcia Ferher, da CSP-Conlutas, o centro virou um campo de
guerra. “É uma vergonha o que estão fazendo aqui, já vi diversos trabalhadores
feridos, dois acabaram de ser levados por uma ambulância. A que ponto chegou o
governo de Beto Richa (PSDB) para aprovar a retirada de direitos dos servidores
no estado”, denuncia a professora revoltada. Márcia comenta que a repressão
pesada durou mais de uma hora, mas que há espírito de resistência na categoria
para impedir a votação.

Profissionais em Educação do Paraná intensificam luta para barrar votação do
projeto que ataca previdência e será votado hoje



Os profissionais em Educação do Paraná em greve continuam mobilizados para
barrar o projeto de lei que ataca direitos previdenciários dos servidores
públicos. A votação das emendas da medida que foi adiada para esta quarta-feira
(29). Os servidores estão comparecendo em peso ao Centro Cívico, em Curitiba, e
reforçam a resistência contra esse ataque. Estão previstas mais de 20 mil
trabalhadores em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).



A mobilização é contra as políticas do governador Beto Richa (PSDB) que está
tentando aprovar, sem discussão alguma, o projeto de lei 252/2015, que prevê
mudanças na Paraná Previdência – fundo que paga a aposentadoria de servidores
estaduais e pensionistas.



Desde o início da mobilização, a categoria enfrenta a truculência da polícia e a
dureza do estado que tenta impedir os trabalhadores em acompanhar a votação do
projeto. Os educadores tiveram que acionar a justiça para conseguir entrar no
plenário na terça-feira (28), no entanto a polícia, usando extrema violência,
dificultou o acesso dos servidores.



Na noite de segunda- feira (27), o governador tucano acionou um aparato policial
descomunal para fazer um cerco à Alep. Os policiais agiram com truculência
contra os professores e impediram o acesso às dependências do local, tentando
desmontar o acampamento montado do lado de fora desde o fim de semana.



O Bloco de Oposição conseguiu instalar algumas barracas, mas, à noite, a polícia
partiu para a cima numa ação e violência descabidas. “Para cada professor
acampando havia quatro policiais com gás de pimenta, foi muita repressão”, conta
a professora Karem Capelesso, representante do Bloco de Oposição APP de Luta e
Pela Base, ligado à CSP-Conlutas.



Os carros de som do sindicato foram guinchados e continua uma forte intimidação
sobre os trabalhadores, mas a resistência continua e o acampamento permanece.



“Nós vamos fortalecer nosso acampamento e resistir. Diversos ônibus estão saindo
de várias regiões do Paraná rumo à capital para unir forças e pressionar o
governo de Beto Richa e a “bancada do camburão” para que não imputem esse
projeto sobre os servidores”, frisa Karem, se referindo ao governador do Estado
e aos deputados, que só conseguiram acessar à Alep dentro de um camburão,
durante a greve realizada em fevereiro, contra o mesmo projeto.



Retomada da mobilização



Os profissionais da educação do Paraná realizaram uma forte greve em fevereiro
último com 100% de adesão contra diversos projetos previstos para serem votados,
que atacam os direitos da categoria e do conjunto do funcionalismo público no
estado.



Em fevereiro, a categoria ocupou a Alep duas vezes e conseguiu barrar o pacotaço
de Beto Richa. Na segunda vez, mais de 50 mil pessoas derrubaram as grades e
furaram o bloqueio da tropa de choque. Sob os gritos de palavras de ordem de
“Fora Beto Richa”, “Ou retira ou não sai”, os deputados foram obrigados a
retirar o projeto de pauta e ainda fugir de camburão blindado.



O PL 252/2015, que retira direitos previdenciários, é um dos projetos mais
prejudiciais aos trabalhadores e, por isso mesmo, tem causado muita revolta
entre os servidores. O governo tem um déficit elevadíssimo nas contas públicas e
quer cobrir esse rombo tirando verbas da previdência e da aposentadoria dos
trabalhadores. O rombo do Fundo Financeiro do Estado foi deixado por ele e
outros governadores que o sucederam, inclusive com as nababescas obras da Copa
do Mundo de 2014. Para cobrir esse montante o governo tucano exige que os
trabalhadores paguem por ele, por isso quer utilizar dinheiro do Paraná
Previdência, que é o fundo previdenciário dos servidores. Um verdadeiro absurdo!



Para fortalecer a mobilização dos servidores públicos, os trabalhadores da saúde
estadual também decidiram pela greve em assembleia realizada nesta terça-feira e
vão em caravanas para Curitiba e participar da mobilização em frente à Alep.



Ataque é nacional



Os educadores, o trabalhadores da saúde e o conjunto dos servidores públicos não
podem permitir essa escala de ataques contra a categoria. A CSP-Conlutas apoia a
luta desses trabalhadores, assim como apoia as greves dos profissionais da
educação que vêm ocorrendo por todo o país, como em São Paulo, Pará e
Pernambuco, contra retirada de direitos trabalhistas.



Segundo Paulo Barela, também servidor público e membro da Secretaria Executiva
Nacional da CSP-Conlutas,“a política do governo Dilma-PT, que editou as MP-664 e
665 retirando direitos das pensões por morte, seguro desemprego, PIS e seguro
defeso, assim como a política de Beto Richa-PSDB, que retira direitos
previdenciários dos servidores públicos, carrega o mesmo receituário de combate
à crise econômica jogando a conta nas costas dos trabalhadores. Não vamos
aceitar isso”.

O dirigente saúda a disposição e a combatividade dos servidores públicos do
Paraná que representam um exemplo para a classe trabalhadora em nosso país,
entretanto pondera que é preciso avançar na unificação de todos os trabalhadores
e suas lutas rumo à greve geral. “Nós, da CSP-Conlutas, fazemos esse chamado a
todas as Centrais e exigimos da CUT, especialmente, que rompa com o governo e
defenda de fato os interesses dos trabalhadores”.



Barela aponta a greve geral como a única perspectiva neste momento capaz de
barrar efetivamente os ataques aos direitos dos trabalhadores em todo o país,
seja por meio das MPs-664 e 665, do PL-4330 das terceirizações ou projetos
estaduais e municipais, como esse do tucano Beto Richa.

Matéria atualizada dia 29 às 10h30

IN
CSP -Conlutas
http://cspconlutas.org.br/2015/04/profissonais-da-educacao-do-parana-enfrentam-repressao-da-pm-

para-impedir-votacao-de-projeto-de-beto-richa-psdb-que-retira-direitos-dos-servidores/

28/4/2015

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