sexta-feira, 27 de abril de 2018

Avança-se na verdade sobre a queda da URSS




Arthur González

“O objetivo da minha vida foi a aniquilação do comunismo ... a minha esposa
apoiou-me plenamente e entendeu isso, inclusivamente, antes de eu [...] para o
conseguir, ter encontrado companheiros de luta – entre eles, A.N. Yakovlev e E.
A. Shevardnadze”.
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No ano de 2000, Mikhail Gorbachov, num discurso na Universidade norte-americana
da Turquia, confessou:
“O objetivo da minha vida foi a aniquilação do comunismo ... a minha esposa
apoiou-me plenamente e entendeu isso, inclusivamente, antes de eu [...] para o
conseguir, ter encontrado companheiros de luta – entre eles, A.N. Yakovlev e E.
A. Shevardnadze”.
Recentemente, a CIA desclassificou alguns documentos onde se afirma que “o
magnata financeiro George Soros e a CIA ajudaram Gorbachov a alcançar a
posterior dissolução da URSS”.
Sobre esses documentos, o analista e ex-funcionário da NSA, a Agência de
Segurança Nacional, Wayne Madsen, afirmou que o multimilionário George Soros deu
cobertura económica, em 1987, ao governo de Mikhail Gorbachov, através de uma
ONG da CIA, conhecida como o Instituto dos Estudos de Segurança Leste-Oeste,
IEWSS (a sua sigla em inglês).
A informação indica que Soros e a CIA promoveram a difusão de dois termos
orquestradas naqueles anos a partir do Ocidente – “perestroika” (reestruturação)
e “glasnost” (transparência) – para servirem como elementos desestabilizadores
no acelerar do desaparecimento da URSS.
Esses documentos da CIA provam que o que aconteceu não foi o resultado de um ato
“espontâneo e democratizador” de Gorbachov, por o sistema socialista estar
“esgotado e alquebrado”, como querem fazer crer ao mundo.
Na Turquia, o próprio Gorbachev afirmou:
“Para o conseguir aproveitei a minha posição no Partido e no país, tive de
substituir toda a direção do PCUS e da URSS, assim como a direção de todos os
países socialistas da Europa”.
A verdade é que foi a CIA, com o dinheiro da Organização Soros, que projetou e
executou essa grande operação, com todo o apoio do então líder soviético.
O ex-analista Wayne Madsen garante que o plano concebido para eliminar o bloco
socialista da Europa oriental foi organizado por dois copresidentes do IEWWS de
Soros: Joseph Nye, economista de Harvard, e Whitney MacMillan, presidente do
agronegócio multinacional Cargill, que tinha mantido relações comerciais com a
União Soviética, nos anos setenta do século XX.
Não satisfeitos com os resultados alcançados, em 1991, a CIA e Soros centraram
os seus esforços em provocar um forte golpe na nova Federação da Rússia,
estimulando o separatismo nas suas regiões, a fim de a enfraquecer ao máximo.
O relatório de Nye e MacMillan perspetiva o fim da União Soviética e os
elementos do novo modelo para as futuras relações de Moscovo com os Estados
Unidos, para se passar para a era capitalista, e, segundo eles, “qualquer nova
avaliação das relações do ocidente com uma União Soviética reestruturada, tem de
partir de uma posição de força, em vez de um equilíbrio de poder”.
O relatório do IEWWS, datado de 1987, e a sua aplicação prática foi uma forma
de, sem sangue, despedaçar a URSS por etapas.
O dito documento exorta o Ocidente a tirar proveito da agonizante União
Soviética, no novo mapa geopolítico que se aproximava, particularmente no
Terceiro Mundo, uma área até então de influência soviética.
Madsen refere que Soros e as suas aliadas organizações de “direitos humanos”
trabalharam ativamente para destruir a Federação Russa, apoiaram os movimentos
independentistas em Kuzbass (Sibéria), através dos direitistas alemães que
tentavam restaurar Konigsberg e a Prússia Oriental, e estes financiaram
nacionalistas lituanos e de outras repúblicas autónomas e regiões nacionalistas
como o Tartaristão, a Ossétia do Norte, a Inguchétia e a Chechénia, entre
outras, com o objetivo de incentivar o separatismo nas chamadas Repúblicas
Autónomas Socialistas Soviéticas.
A atividade de ingerência Soros contra a Rússia não se deteve; foi
provocatoriamente aumentada, através das suas bases operacionais espalhadas
pelos territórios circundantes, em particular na Ucrânia, Estónia, Letónia,
Lituânia, Finlândia, Suécia, Moldávia, Geórgia, Azerbaijão, Turquia, Roménia,
Mongólia, Quirguistão, Cazaquistão, Tadjiquistão e Uzbequistão, unindo-se a
grupos terroristas em coligação com fascistas ucranianos e neonazis moldavos
sionistas.
Recentemente, o presidente russo Vladimir Putin expulsou várias organizações de
Soros, como a Open Society Foundation e outras ONG da CIA, que operavam em
circunstâncias semelhantes no território russo, incluindo a NED (Fundação
Nacional Para a Democracia), o Instituto Republicano Internacional, a Fundação
MacArthur Foundation e a Freedom House, considerando-as indesejáveis ​​e uma
ameaça à segurança do Estado russo.
Mikhail Gorbachov foi agraciado com o Prémio Nobel da Paz não por prazer, mas
por que seguiu diligentemente as orientações da CIA e de George Soros.
A CIA não descansa e pretende eliminar qualquer vestígio de socialismo na terra;
daí, os seus planos contra Cuba e agora a Venezuela, onde nada é casual, nem por
obra e graça do Espírito Santo, mas, como diz S. João: 8-32, “E conhecereis a
verdade e a verdade vos libertará”.
Por isso, todos os dias o mundo vê do que os ianques são capazes para conseguir
os seus interesses hegemónicos, e as mentiras que tecem, criando padrões
pré-concebidos entre as grandes massas, através das suas campanhas de imprensa;
daí que José Martí tenha sabiamente afirmado:
“Descobrir uma verdade alegra tanto como ver nascer um filho”.
 
Fonte: publicado em 2017/09/18, em
https://heraldocubano.wordpress.com/2017/09/18/se-abre-paso-la-verdad-sobre-la-caida-de-la-urss/


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