quarta-feira, 23 de maio de 2018

Requião se lança candidato a presidente pelo MDB



"Onde eles renunciam à soberania nacional, traem o país, cedem o petróleo e os
minérios, vendem as terras e querem privatizar a água que bebemos e que movem as
nossas hidrelétricas, eu retomo o pré-sal, nacionalizo as riquezas do subsolo,
proíbo a venda de terras, declaro as nossas águas um bem de todo o povo, fora do
mercado, e preservo a propriedade estatal sobre as hidrelétricas", disse o
senador Roberto Requião (MDB-PR), que, nesta tarde, em discurso no Senado,
colocou seu nome à disposição do MDB para disputar a presidência
247 – Em discurso nesta tarde no Senado, o senador Roberto Requião (MDB-PR) se
lançou candidato à presidência da República, com uma plataforma nacionalista.
"Onde eles renunciam à soberania nacional, traem o país, cedem o petróleo e os
minérios, vendem as terras e querem privatizar a água que bebemos e que movem as
nossas hidrelétricas, eu retomo o pré-sal, nacionalizo as riquezas do subsolo,
proíbo a venda de terras, declaro as nossas águas um bem de todo o povo, fora do
mercado, e preservo a propriedade estatal sobre as hidrelétricas", disse o
senador Roberto Requião (MDB-PR), que, nesta tarde, em discurso no Senado,
colocou seu nome à disposição do MDB para disputar a presidência.

Abaixo, a íntegra:
Se não és quente nem frio, lanço-te da minha boca: PMDB necessita de um
candidato à Presidência da República
Roberto Requião[1]
Desde que as eleições diretas para a Presidência da República foram
restabelecidas no país, o PMDB apresentou candidaturas próprias em apenas duas
ocasiões: em 1989, Ulysses Guimarães e 1994, Orestes Quércia.
Nas eleições seguintes, 1998, 2002, 2006, 2010 e 2014, o maior partido do Brasil
foi às urnas como caudatário de outras candidaturas.
Mas, teimosamente, eleições após eleições tenho insistido em candidatura própria
do PMDB à Presidência.
Mesmo em 1994, quando Quércia candidatou-se, disputei com ele a convenção
nacional, porque achava que o PMDB deveria se apresentar como opção clara ao
neoliberalismo encarnado por Fernando Henrique Cardoso.
Mas,
com um discurso muito próximo aos dos tucanos, quase um carbono do PSDB, fomos
esmagados pelo original.
Em 1998, antes das eleições, fiz um discurso no Senado antecipando que o Brasil
iria quebrar, que Fernando Henrique iria levar o país a ajoelhar-se diante do
FMI, que a política cambial explodiria, que a crise atingiria fortemente todos
os setores da economia que entraríamos em um período de recessão, com queda da
produção industrial, desemprego, arrocho salarial e aumento da pobreza.
Diante do desastre anunciado, propunha candidatura própria do PMDB à
Presidência, oferecendo ao país um programa de governo alternativo à catástrofe
tucana.
E apresentava como nosso candidato o ex-presidente Itamar Franco.
Se tínhamos a simpatia das bases peemedebistas, faltava-nos o controle da
máquina partidária e recursos que se opusessem ao trator tucano que, na
convenção, esmagou-nos inclusive fisicamente. Os peemedebistas favoráveis à
candidatura própria fomos cercados e hostilizados pelos que se venderam ao PSDB.
Nesse episódio, distinguiu-se, por sua histeria e devoção a FHC, um dirigente de
nosso partido hoje recolhido à prisão.
Em 2002, antes que me decidisse por disputar o governo do Paraná, fiz a pregação
de sempre pela candidatura própria, mas o PMDB decidiu abraçar-se novamente ao
PSDB, pondo-se como vice da candidatura de José Serra.
Em 2006, na reeleição de Lula, quando eu próprio me candidatei a um segundo
mandato no Paraná, apoiei novamente a tese da candidatura própria, com Itamar
Franco, de novo, como uma das opções do PMDB. O partido, no entanto, optou por
não lançar e nem apoiar ninguém, dividindo-se entre as candidaturas de Lula e de
Alckmin.
Em 2010, ainda mais uma vez, briguei pela candidatura própria e apresentei o meu
nome à convenção nacional. De novo, o maior partido do Brasil preferiu o papel
subalterno, oferecendo-se, agora, como vice na chapa do PT.
Em 2014, defendi a tese de sempre, mesmo porque, no Senado, eu fazia fortíssima
oposição à política econômica em vigor.
Enfim, se no segundo turno alinhei-me a esta ou àquela candidatura presidencial,
sempre quis ver um nome do PMDB disputando o primeiro turno, expondo com clareza
e convicção um programa de governo nacionalista, democrático e popular.
É por isso que, pela undécima vez, vou à convenção nacional do MDB defender
candidatura própria nas eleições deste 2018.
E apresentar o meu nome.
Filiado número um do PMDB do Paraná, nunca tive outro partido. Mais do que isso:
nunca traí os Estatutos e o Programa do PMDB. Nunca abdiquei, nunca abjurei os
princípios éticos, morais, programáticos, políticos, ideológicos e o pensamento
econômico que alicerçaram o nosso partido.
Em sua refundação, nos anos 80, os estatutos do PMDB definiram-no como o partido
das classes populares, o partido das classes desvinculadas dos interesses do
grande capital, nacional ou transnacional. O partido dos assalariados, dos
funcionários públicos, dos estudantes, das mulheres, do capital produtivo, dos
agricultores, das minorias.
Esta definição estatutária consubstancia-se com a adoção do programa "Mudança e
Esperança", em 1982. E como, nesses 36 anos, o PMDB não se reuniu em convenção
para mudar tanto os Estatutos quanto o Programa eles continuam vigentes e a eles
devemos lealdade e respeito.
O programa "Mudança e Esperança" aprovado por Ulysses Guimarães, Tancredo Neves,
Itamar Franco, Pedro Simon, Mário Covas, Franco Montoro, Orestes Quércia,
Teotônio Vilela, Paulo Brossard, Pedroso Horta, Freitas Nobre, Alencar Furtado,
Marcos Freire, Fernando Lira, Rafael de Almeida Magalhães, Carlos Lessa, Maria
da Conceição Tavares, Luís Gonzaga Belluzzo, Luís Henrique da Silveira, Jarbas
Vasconcelos, Chico Pinto, Paes de Andrade, Iris Rezende, Hélio Garcia, Cristina
Tavares, entre outros tantos companheiros, é tido por historiadores, economistas
e políticos comprometidos com o Brasil, como a mais completa e avançada proposta
para a construção de um país desenvolvido, soberano, seguro e bom para todos.
Da mesma forma que, no mais das vezes, ficamos a reboque de outros partidos e
candidaturas, também renunciamos ao nosso programa. E a tentativa de alguns
dirigentes de, à sorrelfa, enfiar goela a baixo do partido essa excrescência
neoliberal e entreguista chamada "Ponte para o Futuro", como programa do PMDB
foi repudiada por 17 diretórios regionais presentes em uma reunião do Fundação
Ulysses Guimarães, em Brasília, no ano de 2015. Em seguida, pesquisa interna
entre militantes do partido, revelou uma rejeição de 99 por cento ao documento
redigido por economistas que não são filiados ao PMDB e sim simpatizantes do
PSDB e prestadores de serviço para os maiores bancos que operam no país.
Companheiras e companheiros. Brasileiros.
Talvez, de todas as vezes em que insisti, teimei, obstinei para que o maior
partido do Brasil tivesse seu próprio candidato à Presidência da República, esse
é o momento mais grave pelo que passa o nosso país.
Todas as propostas contidas na "Ponte para o Futuro", como a reforma
trabalhista, a inacreditável emenda constitucional que congelou os gastos
públicos por 20 anos, a política de desinvestimento da Petrobrás, a política de
austeridade fiscal que leva à contenção dos investimentos públicos na saúde,
educação, segurança, infraestrutura, habitação, saneamento agricultura,
pesquisas e inovação está levando o Brasil a galope para o buraco.
O desemprego aumenta, a economia patina, dá um suspiro e volta ao coma, os
investimentos privados estancaram-se e a especulação financeira transformou-se
na opção também para os nossos empresários.
O fracasso da reforma trabalhista e da PEC dos Gastos ressoa por todos os
cantos, por todos os setores de atividade, pública ou privada.
E eis que um dos maquinadores dessas desgraças ousa não apenas filiar-se ao
nosso partido; pior: quer ser o candidato do MDB à Presidência.
Não é possível que permitamos que o nosso partido se submeta a essa suprema
humilhação, que a nossa portentosa história seja conspurcada por tais
aventureiros.
Meu Deus!
O país foi arremessado a uma das mais arrasadoras crises de sua história e os
engenheiros do caminho que levou a vaca para o brejo querem sequestrar o nosso
partido para aprofundar e ampliar o atoleiro.
Minha proposta é o oposto, exatamente o inverso do que esse modelo falido,
inexequível e calamitoso impõe ao Brasil.
Onde eles tiram, diminuem e enfraquecem o Estado, eu recoloco o Estado e
fortaleço-o.
Qualquer ser humano minimamente dotado sabe que em situações de crise quem puxa
a reativação da economia e dá partida para o crescimento é o Estado, são os
investimentos públicos.
Ainda agora, o presidente norte-americano, Donald Trump, anuncia investimentos
estatais de um trilhão e 500 bilhões de dólares em infraestrutura, para sacudir
a economia dos Estados Unidos. E, atenção para a suprema heresia: um trilhão e
500 bilhões de investimentos deficitários!
Nos Estados Unidos, Canadá, França ou Alemanha, na China, na Rússia, Índia ou no
Japão os governos não estão preocupados em fazer déficit, dívidas ou emitir
moedas.
Por que?
Porque a economia em movimento, puxada pelos investimentos estatais, faz crescer
a produção, o emprego, o consumo, a arrecadação de tributos.
É a roda que gira, mas que se torna quadrada quando esse bando de gente
inexpressiva, de fronteiriços possuídos pela ideologia do equilíbrio fiscal
desmantelam a produção industrial, exterminam os empregos, empobrecem a
população, e exibem triunfantes os seus livros-caixa.
Medíocres!
Onde eles tiram, afastam, diminuem ou eliminam o Estado, eu reconstruo a
capacidade do Estado de alavancar a economia.
Onde eles destroem o Estado de Bem-estar Social, eu recomponho o orçamento
público destinado à saúde, à educação, à segurança, à habitação popular, à
infraestrutura aeroportuária, rodoviária, ferroviária, aquaviária e de
transporte urbano de passageiros.
O Estado que prevê, o Estado que provê.
Onde eles banem, excluem o Estado, confiando o país e a vida das pessoas à mão
invisível do mercado, eu restauro o planejamento público e convoco a formidável
capacidade pensar dos brasileiros para, a curtíssimo prazo, tirar o país do
sorvedouro neoliberal e, a média e longo prazos, construir as bases do Brasil do
futuro.
Onde eles aniquilam a pesquisa, a inovação e a tecnologia, eu transformo a
ciência e as humanidades em ferramentas do desenvolvimento, do progresso, da
riqueza nacional, do bem-estar de todos os brasileiros.
Onde eles renunciam à soberania nacional, traem o país, cedem o petróleo e os
minérios, vendem as terras e querem privatizar a água que bebemos e que movem as
nossas hidrelétricas, eu retomo o pré-sal, nacionalizo as riquezas do subsolo,
proíbo a venda de terras, declaro as nossas águas um bem de todo o povo, fora do
mercado, e preservo a propriedade estatal sobre as hidrelétricas.
Onde eles finaceirizam a economia, e tornam todas as atividades dominadas pelo
dinheiro, pelos bancos, pelo mercado financeiro, pela agiotagem, pelos juros, eu
faço prevalecer o capital produtivo e o trabalho.
Expulsarei Mamon da vida brasileira com o mesmo vigor dos profetas do Velho
Testamento, pois o dinheiro só deve ter valor quando gera produção, emprego,
salários e bem-estar.
Onde eles eximem o Estado da defesa dos direitos dos trabalhadores, eu restauro
o direito à carteira assinada, ao contrato de trabalho, à jornada de oito horas,
ao intervalo de almoço, às férias e ao descanso remunerados, ao FGTS, à
recomposição salarial segundo os índices inflacionários e de produtividade.
Onde eles obrigam as mulheres grávidas e lactentes a trabalharem em ambiente
insalubre, eu as liberto dessa infâmia escravocrata, desumana.
Onde eles desmancham, demolem a política de valorização do salário mínimo, de
aumento real do salário e das aposentadorias, eu recupero esse instrumento vital
para
o aumento da renda dos trabalhadores, para o aumento do poder de compra, para o
aumento do consumo e reativação da produção.
Onde eles sucateiam, destroem, inviabilizam o Sistema Único de Saúde, eu
recupero o SUS, contrato mais profissionais, amplio o atendimento, zero as
filas. O
SUS é uma proposta do velho MDB, e vamos honrar o que os históricos militantes
do partido buscaram construir.
Onde eles desfalcam a Previdência Pública, simulam déficits, com o claro
objetivo de privatizá-la, de entregá-la aos bancos, eu restabeleço a verdade dos
fatos, combato a sonegação, faço a roda da economia girar virtuosamente,
provocando o aumento das contribuições.
Afinal, foi também o velho MDB que ajudou a criar um sistema previdenciário
público universal, justo, equitativo. Há de ser o PMDB a recuperar o sistema.
Onde eles praticam uma política tributária cruel, extremamente injusta, eu vou
mudar as alíquotas do Imposto de Renda, aliviando para os assalariados e
aumentado para os mais ricos.
Os ganhos de capital serão tributados, pois apenas dois países no planeta Terra
não o fazem, o Brasil e a Estônia. Afinal, que país é esse onde banqueiro não
paga imposto, mas assalariado sim?
Onde eles intervieram para transformar o Brasil em um país para poucos,
exclusivo das classes privilegiadas, eu vou antepor um governo solidário,
fraterno, que ama, respeita e promove o povo.
Onde eles saqueiam o país para destinar ao capital financeiro os juros de uma
dívida nunca auditada e tantas vezes já paga, eu vou auditar a dívida, reduzir
os juros e redirecionar os recursos sangradas da nação para as atividades
produtivas, para criar empregos, para aumentar a massa salarial, elevar o poder
de compra e estimular o consumo.
Onde eles desindustrializam, desnacionalizam a nossa economia, transformam os
setores industrial, comercial e de serviços em pratos apetitosos e quase
gratuitos para o repasto das transnacionais, eu vou planejar e executar a
reindustrialização do Brasil, proteger o capitalismo produtivo nacional,
desenvolver e preservar o mercado interno, o nosso mais precioso bem.
Onde eles desorganizam e enfraquecem o sistema público de crédito, eu vou
fortalecer o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o BNDES e os bancos regionais
de desenvolvimento.
Os bancos privados, de capital nacional ou estrangeiros instalados no país
revelam todos os dias que não têm nenhum compromisso com o Brasil.
Eles se dedicam quase que exclusivamente à agiotagem e a engordar sem pudor os
seus lucros. Sem um sistema público de crédito, não há como financiar as
atividades produtivas.
Companheiras e companheiros convencionais.
A direita e a centro-direita representadas nestas eleições por Geraldo Alkmin,
Jair Bolsonaro, Rodrigo Maia, Marina Silva, João Almoêdo, Flávio Rocha, Rabello
de Castro, os folclóricos Eymael e Levy Fidélis não ousam propor nada diferente
do que este governo defende e pratica. Não vemos sair da boca desses candidatos
qualquer proposta que contrarie as premissas falidas do neoliberalismo.
Todos são partidários da reforma trabalhista, da reforma da Previdência, da
emenda constitucional que congelou os gastos públicos por 20 anos; todos são
apologistas do mercado, entusiastas da globalização, defensores ardorosos das
privatizações.
No Apocalipse, o apóstolo João fala da tibieza, dos homens que não são nem
quentes e nem frios, e cuja mornidão provoca o vômito.
Eis uma coisa que não sou, frouxo, vacilante, escorregadio. Podem até discordar
do que penso. Mas eu penso, eu falo, eu manifesto, eu defendo minhas ideias,
meus princípios e minhas propostas com ardor, paixão e entusiasmo.
Comecei muito cedo na lida política, comecei querendo mudar o mundo,
revolucionar a sociedade, hoje com 77 anos, mantenho frescos e vivos os mesmos
ideais da adolescência.
Companheiras e companheiros convencionais, vamos virar de ponta cabeça essas
eleições presidenciais optando por uma candidatura autenticamente emedebista.
Vamos fazer a diferença e ganhar a eleição.
O Brasil precisa do PMDB. O PMDB não pode faltar ao Brasil.
Carta aos convencionais do PMDB
Companheiras e companheiros delegadas(os) à Convenção Nacional do MDB.
Anexo a este bilhete o discurso que fiz no plenário do Senado, no dia 23 de
maio, e que pretendo fazer na Convenção de nosso partido, caso conte com o apoio
de vocês.
Há 24 anos que o PMDB não lança seu próprio candidato à Presidência da
República. E, neste 2018, quando finalmente se fala em candidatura própria,
temos como pretendente alguém que em toda a sua vida política foi militante do
PSDB e só entrou em nosso partido para ficar com a vaga de candidato à
Presidência.
Mas isso não é o principal. O que conta é que ele se distinguiu como o artífice
da maior crise nacional de todos os tempos. Nem aqueles desastrosos anos do
Fernando Henrique Cardoso foram tão tenebrosos. Por quase três anos à frente do
Ministério da Fazenda, ele não parou de falar em retomada da economia. E nada
aconteceu.
Filiado número um do PMDB do Paraná, nunca militei em outro partido. E, como
deputado, prefeito de Curitiba, três vezes governador do Paraná, duas vezes
senador sempre defendi as teses históricas de nosso partido, as bandeiras do
nacionalismo, do desenvolvimentismo, do amor ao povo brasileiro, dos princípios
da moral e da ética.
Neste discurso, recupero essas teses e apresento-as como fundamentos para um
programa de governo autenticamente emedebista.
Companheiras e companheiros, espero ser merecedor de seu apoio e de seu voto na
Convenção Nacional. Juntos, vamos resgatar o velho MDB de guerra pelo Brasil,
pela nossa gente.
Senador Roberto Requião
[1] Roberto Requião é presidente do PMDB do Paraná e senador da República no
segundo mandato. Foi governador do Paraná por três mandatos, prefeito de
Curitiba, secretário de estado, deputado, oficial do Exército Brasileiro,
industrial, agricultor e advogado. É graduado em direito e jornalismo com pós
graduação em urbanismo e comunicação.

In
BRASIL247
https://www.brasil247.com/pt/247/parana247/355904/Requião-se-lança-candidato-a-presidente-pelo-MDB.htm
23/5/2018

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