quarta-feira, 8 de junho de 2016

A chave da Terceira Guerra Mundial foi passada para a posição “start”




Publicado originalmente em Strogosekretno


Traduzido do russo para o inglês por Borislav e republicado em 05 de junho
SouthFront

Traduzido do inglês para o português por Ruben Bauer Naveira



Nos dias 8 e 9 de julho próximo, a cidade de Varsóvia sediará a reunião de
cúpula da OTAN, o Conselho do Atlântico Norte. Este será o jubileu de 25 anos da
OTAN, em que seus líderes estabelecerão aquilo que nós vimos alertando há anos –
que a linha de frente da Terceira Guerra Mundial foi transferida para a Europa
Oriental, a qual, em caso de hostilidades abertas, será destruída por completo.
É esse o objetivo dos Estados Unidos e da OTAN




Nos dias 8 e 9 de julho próximo, a cidade de Varsóvia sediará a reunião de
cúpula da OTAN, o Conselho do Atlântico Norte. Este será o jubileu de 25 anos da
OTAN, em que seus líderes estabelecerão aquilo que nós vimos alertando há anos –
que a linha de frente da Terceira Guerra Mundial foi transferida para a Europa
Oriental, a qual, em caso de hostilidades abertas, será destruída por completo.
É esse o objetivo dos Estados Unidos e da OTAN.

No momento, essa ativação se dá ao norte na Polônia, e ao sul na Romênia,
Bulgária e Turquia.

Os Estados Unidos e a OTAN inundaram os mares Báltico e Negro com novas bases e
navios, e reforçaram a linha de frente em solo: países bálticos, Polônia,
Ucrânia, Romênia, Bulgária e Turquia.

O front está traçado. A chave da Terceira Guerra Mundial foi passada para a
posição “start”

A escalada nuclear dos Estados Unidos para a Europa continua com a transferência
da mais avançada aeronave de ataque americana, o F-22 Raptor, da base da Tindal
na Flórida para a base de Linkenholt na Inglaterra, a partir de onde voará para
outras posições carregando as novas armas nucleares B 61-12.

Em 12 de maio, na base de Deveselu na Romênia (a 40 km da fronteira com a
Bulgária), a primeira unidade de 24 mísseis antimísseis SM-3 foi ativada, como
parte da construção de um escudo de defesa antimísseis americano na Europa
contra as forças nucleares estratégicas da Rússia.

Em 13 de maio, a construção do segundo elemento desse sistema teve início na
base polonesa de Redzikovo.

Em ambos os lugares, as autoridades americanas juntamente com o Secretário-Geral
da OTAN general Jens Stoltenberg anunciaram que o sistema terrestre Aegis
“aumenta as chances de proteger os aliados europeus contra mísseis balísticos de
fora da área Euro-atlântica”. Como é sabido, fora dessa área apenas a Rússia
possui mísseis.

Essas duas bases de mísseis de solo se juntarão aos quatro navios Aegis
igualmente equipados com mísseis SM-3 com lançadores verticais, enviados a
partir das bases americanas em Rota na Espanha, no Mediterrâneo, no Mar Báltico
e no Mar Negro, conectadas ao sistema de radar na Turquia e ao centro de comando
na Alemanha.

Em 18 de maio, o general britânico Alexander Sheriff, que de 2011 a 2014 foi o
comandante aliado supremo na Europa, declarou que “a OTAN deveria preparar-se
para a guerra contra a Rússia”.

Em 20 de maio, O Vice-Ministro da Defesa Robert York afirmou que a política
externa da Rússia está se movendo “rumo à confrontação”.

Há alguns dias, a Ucrânia e a Turquia assinaram um plano de cooperação militar.
Simultaneamente, a OTAN anunciou que continuará a defender a Geórgia, que poderá
se transformar em mais uma base nuclear na fronteira da Rússia. Atualmente os
Estados Unidos possuem 800 bases militares pelo mundo.

A resposta de Moscou foi fulminantemente veloz desta vez, ao contrário de
ocasiões anteriores. Em 12 de maio, relativamente à abertura da base em
Desevelu, Putin, numa reunião do complexo industrial-militar, declarou que os
Estados Unidos não têm como enganar a Rússia com afirmações a respeito da
“natureza defensiva da defesa antimísseis, que na verdade está lá para
transferir uma parte do potencial nuclear dos Estados Unidos para a periferia, e
que a Rússia irá responder apropriadamente às novas ameaças à sua segurança”.
Imediatamente após esta declaração, o Ocidente ficou histérico quanto à “reação
inadequada da Rússia contra as ações completamente inofensivas da OTAN”. Por sua
parte, o Ministro das Relações Exteriores da Rússia emitiu uma nota afirmando
que a frota militar da OTAN no Mar Negro debilitará a segurança regional, e
forçará a Rússia a responder.

Como nós sabemos, a Rússia possui recursos suficientes para responder. Reside aí
o cinismo dos Estados Unidos e da OTAN. Eles exportaram os seus potenciais
nucleares e de mísseis para a periferia – a qual, para nós, não é de modo algum
uma periferia – sabendo muito bem que, de um ponto de vista militar, todos esses
sistemas, mísseis e demais sucatas de ferro, são ficção que será destruída em
questão de segundos, e que, na eventualidade de um ataque americano contra a
Rússia, as defesas antimísseis na Romênia, na Polônia (possivelmente na
Bulgária) e na Turquia serão transformadas em cinza nuclear.

Em suma, esses países vão passar a experimentar a vida dos países-alvo dos
mísseis nucleares e de cruzeiro da Rússia. A sua serventia para os Estados
Unidos é puramente provocação. Mas é esse o objetivo.

De um ponto de vista técnico, as coisas são muito mais simples. Muito
provavelmente, a Rússia já tem um plano para utilização dos mísseis apropriados
para destruir os alvos dos Estados Unidos e da OTAN na Polônia, Romênia e
Bulgária. O plano de voo, se necessário, pode ser codificado nos sistemas
computadorizados dos mísseis. Nós estamos falando aqui de segundos. Os foguetes
estão prontos para destruir radares, navios, silos, bases ou mesmo um país
inteiro.

Todo exército tem uma lei – se há algum lugar que ameaça a segurança nacional, o
exército seleciona alvos – aeroportos com depósitos de armas nucleares, sistemas
de defesa antimísseis, portos com submarinos nucleares. Todas as forças armadas
fazem isso. As da Rússia não são exceção.

Mesmo os maiores entusiastas pró-OTAN se dão conta que as defesas antimísseis
americanas na Romênia e na Polônia são uma provocação rasteira com um viés
anti-russo, e que elas estão completamente vulneráveis à resposta russa. A
Rússia sabe disso. Os Estados Unidos e a OTAN sabem disso. Assim, os Estados
Unidos e a OTAN estão aprontando esses países para serem buchas de canhão contra
a Rússia.

Simultaneamente, a mídia ocidental repete persistentemente a ideia de que a
Rússia é um agressor que ameaça a paz mundial. Ultimamente, Putin em pessoa vem
sendo responsabilizado por qualquer coisa de ruim.

É contra esse pano de fundo que os Bálcãs, mais uma vez, estão sendo convertidos
no barril de pólvora da Europa. A situação agora se encontra ainda mais trágica,
porque o verdadeiro sonho da geopolítica Anglo-Saxônica-Sionista se tornou
realidade. Esse sonho é lutar contra a Rússia fazendo uso dos países eslavos e
de religião ortodoxa. É improvável que tal oportunidade venha a se repetir no
futuro.

Por causa disso, a Terceira Guerra Mundial pode começar nos Bálcãs. A chave foi
passada para a posição “start”.


In
BRASIL247
http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/236972/A-chave-da-Terceira-Guerra-Mundial-foi-passada-para-a-posição-“start”.htm
8/6/2016

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